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Transição para baixo carbono tem mais oportunidades no Brasil
Cleomar Almeida, coordenador de Publicações da FAP
O Brasil talvez seja o único país do mundo onde a transição para o baixo carbono apresenta muito mais oportunidades a menor custo. “País onde a matriz energética pode ser 100% renovável ao menor custo. Temos todas as chances de sermos os primeiros do mundo em biomassa, com uma inserção privilegiada na economia mundial”, diz a obra Sustentabilidade: os desafios do Brasil no Século XXI, que está à venda na internet.
Dedicada exclusivamente ao tema da sustentabilidade, a nova edição temática da revista Política Democrática, editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), será lançada no dia 16 de fevereiro, às 18 horas, durante evento online, com participação dos autores. A transmissão será realizada no portal e nas redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade.




















































Soluções sinérgicas
“A crise ecológica que a humanidade conhece desde o século passado tem duas faces mais visíveis, a climática e a da biodiversidade, com soluções sinérgicas, pois estão intrinsecamente articuladas”, destaca um trecho da revista temática.
A revista pondera, por outro lado, que essa situação já provoca preocupação em alguns países. “Essa crise, que aos poucos se transforma em uma crise civilizacional, é acompanhada de um crescente amor ao meio ambiente e valorização da natureza, ingrediente já presente nos processos eleitorais dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, como o Brasil”, destaca.
"Precificar carbono"
Na avaliação dos autores, a crise é grave, sobretudo para as populações mais socialmente vulneráveis, e injusta, pois são os ricos os menos afetados e os maiores poluidores. “Sua gravidade é de tal monta que já não se visualiza uma ‘aterrissagem suave’ do mundo dos fósseis”, observa a revista.
“A única solução é precificar o carbono de modo a incentivar investimentos e inovações de baixo carbono. Enganam-se os que pensam que se trata de um problema para as próximas gerações, pois cerca de 2,8 bilhões dos humanos, que atualmente habitam a Terra, estarão vivos em 2100”, diz a obra.
Combate ao aquecimento global, urgência da bioeconomia na Amazônia com redução do desmatamento, a importância da segurança hídrica e a relevância do engajamento da juventude na luta ambiental também estão entre os assuntos discutidos na nova obra da FAP. A publicação é composta por 21 artigos, organizados em nove partes.
Dois dos artigos fogem ao padrão habitual: uma entrevista com o ex-prefeito de Vitória do Espírito Santo, Luciano Rezende, e a transcrição de um debate entre sete ex-ministros do Meio Ambiente do Brasil, promovido por 10 fundações de partidos democráticos brasileiros.
Temas relevantes
Em suas seções, a revista temática aborda temas relevantes ao campo da sustentabilidade, como a mudança climática e o debate em torno da noção da sustentabilidade. Diversos temas desafiantes são tratados com precisão, como da Amazônia, cidade, água e energia. Discute-se, ainda, o gargalo da governança ambiental, a questão da utopia e a da transição.
“Uma das partes mais importantes da revista é sobre o ativismo ambiental dos jovens, o personagem central na superação da crise ecológica. São atores extraordinariamente ativos na COP26, pois cada vez mais sabem que as decisões tomadas nestas reuniões rebaterão sobre suas vidas, sobretudo que, sendo uma geração centenária, estarão presentes em 2100”, dizem os organizadores.






































Livro de Segatto tem compromisso com defesa da democracia, diz professor
João Vitor*, da equipe FAP
O professor Ricardo Marinho afirma que o livro Cultura política e democracia, do historiador José Antônio Segatto, tem compromisso com a defesa da cultura política democrática e republicana. “Desta forma, não é um livro a passeio. Apesar de sua linguagem acessível, exige do seu leitor a disposição de adentrar nesses terrenos movediços e de soluções nada fáceis”. A avaliação dele foi publicada em artigo na revista Política Democrática online de dezembro (38ª edição).
A revista é editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília. A instituição disponibiliza, gratuitamente, em seu portal, todo o conteúdo da publicação mensal na versão flip. Marinho, do Instituto Devecchi e da Unyleya Educacional, diz que Segatto é um historiador de formação crítica sólida.
Para Segatto, conforme analisa o autor do artigo, o belo, a estética e, consequentemente, a cultura política, de sentido republicano e democrático, deram lugar a uma cultura com significado antropológico puramente descritivo, empurrando-a para a “desrepublicanização” progressiva da cultura, da política e da sociedade.
De acordo com o artigo, Segatto observa que a revolução científico-tecnológica dos séculos XX e XXI mudou as formas e os ritmos dos dias tais como acontecia anteriormente na humanidade.
Segundo Marinho, a leitura de Cultura política e democracia leva à reflexão sobre o fato de a obra ser fruto do acompanhamento da crise da cultura política e da democracia manifesta em 2013 e, por isso, mobiliza sua experiência de mais de 25 anos na busca de saídas.
Veja arquivos em PDF de todas as edições da revista Política Democrática online!
A obra, de acordo com o professor, tem 26 artigos publicados no jornal O Estado de São Paulo, escritos nas palavras de Segatto “para tentar compreender e sugerir alternativas a problemas postos pela conjuntura”.
“Bem como de outros 16 ensaios que abraçam as universidades públicas, teoria política e democrática, relações entre Estado e sociedade, partidos e eleições, organizações sindicais e relações de trabalho, esquerda e direita, as relações entre literatura e história, o papel dos intelectuais, os militares, revolução e suas desventuras, globalização entre outras questões espinhosas”, explica Marinho.
A íntegra do artigo de Ricardo José de Azevedo Marinho pode ser conferida na versão flip da revista, disponível no portal da FAP, gratuitamente.
A nova edição da revista da FAP também tem reportagem especial sobre a variante Ômicron da covid-19, entrevista especial com Hussein Kalout, além de artigos sobre política, economia e cultura.
Veja lista de autores da revista Política Democrática online de dezembro!
Compõem o conselho editorial da revista o diretor-geral da FAP, sociólogo e consultor do Senado, Caetano Araújo, o jornalista e escritor Francisco Almeida e o tradutor e ensaísta Luiz Sérgio Henriques. A Política Democrática online é dirigida pelo embaixador aposentado André Amado.
*Integrante do programa de estágios da FAP, sob supervisão do jornalista e editor de conteúdo Cleomar Almeida
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Solidariedade e diálogo: caminhos para a gestão da pandemia
Presidente do Conselho Curador da FAP, Luciano Rezende apresentará proposta para manejo da pandemia em aula da Jornada Cidadã 2022
Cleomar Almeida, da equipe FAP
A pandemia da covid-19 impõe o desafio de lidar com o desconhecido, mas também de criar caminhos para seguir adiante, em todas as esferas, com solidariedade, segundo o presidente do Conselho Curador da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), o médico Luciano Rezende, ex-prefeito de Vitória (ES) por dois mandatos. Ele vai discutir estratégias pós-covid, nesta quarta-feira (8/12), a partir das 19 horas, na 14ª aula do curso Jornada Cidadã 2022.
“O manejo e a gestão da pandemia nas famílias, na sociedade, nas empresas e nas instituições públicas é um enorme desafio. Nós todos fomos surpreendidos, em março de 2020, com a pandemia, e vamos ter que fazer essa gestão, também, no ano de 2022”, destaca Rezende, em entrevista ao portal da FAP.
O curso Jornada Cidadã 2022 é realizado pela FAP, sediada em Brasília, em parceria com o Cidadania. As aulas estão disponíveis na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, gratuitamente, a simpatizantes e filiados ao partido.




















“Nós vamos para o terceiro ano da gestão da covid-19 e suas consequências sociais, econômicas, na educação na saúde, na vida das famílias e das cidades e do país. É sobre isso que nós vamos falar”, diz o ex-prefeito de Vitória (ES).
De acordo com o presidente do Conselho Curador da FAP, um forte aliado do manejo e da gestão da pandemia é o trabalho “com solidariedade, trocando informações para enfrentar um adversário ou uma situação que é um desafio desconhecido em parte”.
“O conhecimento hoje da covid-19 é muito maior do que era em 2020, mas ainda é muito pequeno. Então, a união, a solidariedade, o debate e o diálogo são um bom caminho, e é isso que nós vamos fazer hoje através da Fundação Astrojildo pereira. Falando sobre a gestão da covid-19, ideias e propostas que poderão ser implementadas no ano que vem”, destaca Rezende.
O curso
As inscrições no curso podem ser feitas, diretamente, na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, que é totalmente interativa, moderna, com design responsivo e tem acesso gratuito para matriculados. Nela, além das aulas, os alunos têm à disposição uma série de informações relevantes e atuais sobre o contexto político brasileiro e eventos contínuos realizados pela FAP.
O curso, segundo a coordenação, reúne uma série de professores altamente qualificados para abordar temas que afetam diretamente o dia a dia das pessoas e devem ser encarados por meio de políticas públicas eficazes, em meio a um cenário tomado pela pandemia da covid-19.
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"Arquiteto depende da livre disposição da força de trabalho alheio”, diz livro
João Vitor*, da equipe FAP
Em sua obra O arquiteto: a máscara e a face, Paulo Bicca afirma que “o arquiteto depende da livre disposição da força de trabalho alheio”, isto é, da exploração e da dominação do operário da construção civil. Ele discutirá o assunto, nesta quinta-feira (02/12), a partir das 17 horas, em webinar sobre modernismo na arquitetura brasileira.
O evento online será realizado pela Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo (FAP), sediada em Brasília. O público poderá assistir ao vivo no canal da fundação no Youtube, na página da entidade no Facebook e na rede social da biblioteca. Além do próprio autor Paulo Bicca, a arquiteta Silke Kapp e o pesquisador e professor emérito da Universidade de Brasília (UnB) Frederico Holanda confirmaram presença no debate.
Assista!
Com citações a Karl Marx, o livro Paulo Bicca aponta que “o fato de o arquiteto ser o suporte de um trabalho intelectual dividido do trabalho manual faz da sua existência algo de profundamente social e inevitavelmente comprometido com as contradições daí resultantes”.
Além do escritor alemão, a obra apresenta referências a Lúcio Costa sobre a comparação entre arquiteto e artista. “O artista se alimenta da própria criação, muito embora anseie pelo estímulo de repercussão e do aplauso como pelo ar que respira”, afirma um trecho do livro, em alusão ao pioneiro da arquitetura modernista no Brasil.
Arquiteto e urbanista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Paulo Bicca usa trecho de O Capital, de Karl Marx, para dizer que a profissão exercida é, antes de tudo, forma de sobrevivência e melhor posicionamento na divisão social.

Ele explica que a cooperação entre trabalhador e capital só começa no processo de trabalho: “Os trabalhadores são indivíduos isolados que entram em relação com o capital, mas não entre si”.
O autor defende que o profissional tem sua existência determinada por aquilo que é básico às sociedades divididas em classes. “Ele participa inexoravelmente, de modo mais ou menos consciente, pouco importa, da reprodução de uma sociedade estribada na propriedade e posse privadas dos bens materiais e dos homens”, afirma, no livro.
A obra de Paulo Bicca, que será discutida no webinar da FAP, tem 225 páginas e foi editada pela Projeto.
*Estagiário integrante do programa de estágios da FAP, sob supervisão do jornalista Cleomar Almeida
Ciclo de debates - O modernismo na arquitetura brasileira
Webinário sobre O arquiteto: a máscara e a face
Dia: 02/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
CONFIRA EVENTOS ANTERIORES
Cem anos depois, pintura modernista volta às ruas de São Paulo, Brasília e Rio
Cleomar Almeida, da equipe da FAP
Cores e traços estampam paredes antes acinzentadas pela fumaça de veículos e que agora passam a assumir o protagonismo na cena urbana no Viaduto Comendador Elias Nagib Breim, mais conhecido como Viaduto da Lapa, uma das áreas mais movimentadas na região oeste de São Paulo. O mural foi produzido neste mês e marca o lançamento do projeto da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília, para celebrar o centenário da Semana de Arte Moderna em cidades brasileiras.






















































Em São Paulo, o mural artístico chama atenção de quem passa pelo Viaduto da Lapa diariamente, a pé, de bicicleta, de carro ou dentro dos ônibus de transporte coletivo, em meio à mobilização da FAP para popularizar a arte da pintura, tornando-a mais acessível ao público em geral. Os próximos painéis serão em Brasília e no Rio de Janeiro.
No Viaduto da Lapa, salta aos olhos cada detalhe do mural, que tem20 metros quadrados. É uma releitura da obra Farol, uma das mais conhecidas da pintora Anita Malfatti, produzida, originalmente, em discreta dimensão (46,5 x 61 cm), na ilha de Monhegan, entre 1915 e 1917, na costa leste dos Estados Unidos, ao ar livre, como expressão da liberdade. Ela morreu, em 1964, aos 74 anos, em São Paulo, cidade onde nasceu.
"Arte mais próxima das pessoas"
Artista visual, oficineira de arte e grafiteira, Vanessa de Sousa Lopez, conhecida como Madô, de 39, pintou o mural no Viaduto da Lapa. Ela conta que começou a pintar telas em 2006, após concluir a faculdade, mas, desde criança, fez aula de desenho porque sempre gostou de arte como instrumento de transformação para compartilhar experiências e conhecimento.
“A arte, no Brasil, precisa ser realmente levada mais a sério. Com um painel desse na rua, a arte fica mais próxima das pessoas que não têm acesso a ela, porque estão na correria do trabalho e não têm tempo para irem à galeria ou nem sabem que podem ir”, afirma Madô.
Milhares de pessoas veem a releitura da pintura Farol todos os dias, ao passarem pelo viaduto, que liga as chamadas Lapa de Cima e Lapa de Baixo. Além disso, bem perto do local, há grande movimentação de público por causa do mercado municipal, além de trabalhadores que usam o terminal de ônibus coletivo e duas estações de trem.
“Eu achei maravilhoso o projeto da fundação porque dá oportunidade de colocar uma grande obra de arte em um local não esperado, e a Lapa não tem galeria de arte. Normalmente, a arte está em galerias, distante das pessoas, mas agora está na rua, acessível a muita gente”, diz a artista visual.
Ao longo de oito dias de produção do mural, Madô se preocupou com cada detalhe da obra, que também conta com uma descrição, para informar o público sobre a autoria da pintura original. Segundo ela, o painel artístico é também uma forma de tornar mais conhecidos grandes artistas brasileiros, como é o caso de Anita Malfatti.
“A Anita era contemporânea de Tarsila do Amaral, de quem sempre se falou mais. Anita tem uma história muito interessante, sofreu preconceito por ser filha de imigrantes. Aos 13 anos, tentou suicídio e não deu certo. Foi quando ela decidiu pintar. A pintura Farol é referente a uma praia na Alemanha, onde ela morou”, lembra Madô.
"Não parou nunca"
A artista visual conta que a arte a acolheu assim que ela concluiu a graduação, assim como fez com Anita. “Ela foi uma mulher que se esforçou pra caramba, tinha limitações e um pequeno problema no braço. Teve todos os motivos para parar de pintar, e não parou nunca”, pondera a autora do mural no Viaduto da Lapa, ressaltando que a arte transformou sua vida.
“Fui morar sozinha, comecei a pintar, estava meio deprimida. Não tinha trabalho, na época, e comecei a levar pintura a sério. Minha família não me apoiava, não entendia o que eu estava fazendo. Achava que era passatempo ou hobby porque eu estava pintando na rua. Hoje, meus familiares me apoiam, me respeitam e me entendem, dando todo apoio”, conta Madô.
Sem pretensão de ser perfeito, como diz a artista visual, o mural mescla usa, principalmente, cores primárias – azul, amarelo e vermelho – e ganha ainda mais vida com traços que chamam atenção pela sua simplicidade, fora de padrões considerados eruditos.
“São traços naïf. Não buscam perfeição, são soltos, mais livres. Gosto muito do trabalho sem pretensão de ser perfeito. Não busco perfeição em nada, busco passar a ideia. Não quero fazer a melhor execução possível, pois não sou uma máquina de xérox para imprimir a realidade absolutamente perfeita”, explica.
Essas características fazem o mural ganhar ainda mais destaque, por receber identificação da maior parte do público, formado por pessoas que correm de um lado para o outro, muitas vezes de casa para o trabalho, buscando o que pode ser mais valioso na vida: a simplicidade.
Em Brasília, o artista Paulo Sergio, de 31, conhecido como Corujito, planeja a produção do mural com releitura da obra Operários, de Tarsila do Amaral, na lateral de um prédio na Avenida W3 Sul. No Rio de Janeiro, Thiago Tarm planeja a criação de painel com pintura autoral inspirada no movimento modernista.
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Economista da UFRN destaca importância de planejamento urbano
João Vitor*, da equipe da FAP
O professor do Departamento de Políticas Públicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Fábio Fonseca Figueiredo diz que o objetivo principal de um bom planejamento urbano é “tornar a cidade mais equilibrada, sustentável, humanizada e agradável para todos”. A análise dele foi publicada em artigo na revista Política Democrática online de novembro (37ª edição).
A revista é produzida e editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília e que disponibiliza todo o conteúdo para o público, por meio da versão flip, gratuitamente. No artigo, o professor constata que a melhor cidade é aquela que é pensada a partir de um urbanismo para as pessoas.
Clique aqui e veja a revista Política Democrática online de novembro
Figueiredo, que também é pesquisador da Socioeconomia do Meio Ambiente e Política Ambiental (Semapa), avalia a "cidade como forma de aglomeração humana fantástica”. “A pobreza não é só resultado do modelo socioeconômico atual, mas também do modelo socioespacial das cidades”, acrescenta.
O pesquisador lembra que no Brasil, em 2010, o último Censo, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontava que 85% da população viviam nas cidades e, destes, 26%, nas cidades litorâneas. “Essas estatísticas dão a noção da complexidade de pensar o planejamento urbano, desenvolvendo-o de forma equilibrada e trazendo esse planejamento para privilegiar as pessoas", analisa Figueiredo.
O autor do artigo avalia mais estatísticas que contribuem com a emissão de gases do efeito estufa e geram resíduos sólidos. “O que acarreta problemas de mobilidade urbana, contaminação nas suas diversas formas e a segregação socioespacial”, afirma o economista.
Para resolver esses problemas, o professor explica que conferências como Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e Organização das Nações Unidas (ONU) visam tornar as cidades mais sustentáveis, humanizadas, inclusivas, seguras e resilientes.
“Tanto os ODS como a agenda urbana possuem como objetivo tornar as cidades espaços de sinergia, menos segregadas e mais sustentáveis”, explica Figueiredo.
Ele alerta que as áreas verdes proporcionam qualidade de vida pelo fato de garantir áreas destinadas ao lazer, melhorar a estética do local, possibilitar espaços de sociabilidade e humanidade e melhorar a qualidade do ar.
Para isso, é importante, segundo o economista, não permitir que o meio ambiente urbano se torne cada vez mais um meio artificial.
“Cabe à sociedade atual mudar o modelo de uma cidade antropofágica, devoradora de agenciamentos humanos e espaços naturais para uma cidade pensada a partir de um urbanismo para as pessoas”, observa.
Veja lista de autores da revista Política Democrática online de novembro
A íntegra do artigo de Fábio Fonseca Figueiredo pode ser conferida na versão flip da revista, disponível no portal da FAP, gratuitamente. A nova edição da revista da FAP também tem reportagem especial sobre as novas composições familiares e entrevista especial com o economista Bernard Appy, além de artigos sobre economia, cultura e política.
Compõem o conselho editorial da revista o diretor-geral da FAP, sociólogo e consultor do Senado, Caetano Araújo, o jornalista e escritor Francisco Almeida e o tradutor e ensaísta Luiz Sérgio Henriques. A Política Democrática online é dirigida pelo embaixador aposentado André Amado.
*Estagiário integrante do programa de estágios da FAP, sob supervisão do jornalista Cleomar Almeida
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"Pandemia mostra capacidade de resiliência do SUS", diz Luiz Santini
Pesquisador da Fiocruz e ex-diretor do Inca vai discutir impactos da covid-19 no sistema em nova aula do curso Jornada Cidadã 2022
Cleomar Almeida, da equipe da FAP
Pesquisador associado do Centro de Estudos Estratégicos da Fundação Oswaldo Cruz (CEE-Fiocruz) e ex-diretor do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o médico Luiz Santini diz que “a pandemia mostra a capacidade de resiliência” do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele discute o assunto, na segunda-feira (29/11), a 11ª aula do curso Jornada Cidadã 2022.
Realizado pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília, em parceria com o Cidadania, o curso está disponível na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, gratuitamente, a simpatizantes e filiados ao partido.




















Santini, que que também é professor de Cirurgia e de Saúde Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), vai discutir os impactos da pandemia no SUS, mesmo título da mais recente revista Política Democrática impressa (58ª edição), cuja organização teve participação dele. A publicação foi editada pela FAP.
“O SUS teve capacidade de acionar seu mecanismo de gestão tripartite e fez com que, mesmo com ausência de liderança nacional, o sistema fosse capaz de funcionar e responder adequadamente”, afirma Santini.
Segundo o pesquisador, apesar do negacionismo de Bolsonaro, o SUS se sobrepôs a tentativas de ingerência do governo de tentar desqualificar o sistema para favorecer, por exemplo, compra e distribuição de insumos pelo setor privado, em meio a um esquema de corrupção, como revelou a comissão parlamentar de inquérito (CPI) no Senado.
O médico acredita que, se não fosse o sistema público, o Brasil já teria um número muito maior que o de 614 mil vítimas da covid-19.
O curso
As inscrições no curso podem ser feitas, diretamente, na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, que é totalmente interativa, moderna, com design responsivo e tem acesso gratuito para matriculados. Nela, além das aulas, os alunos têm à disposição uma série de informações relevantes e atuais sobre o contexto político brasileiro e eventos contínuos realizados pela FAP.
O curso, segundo a coordenação, reúne uma série de professores altamente qualificados para abordar temas que afetam diretamente o dia a dia das pessoas e devem ser encarados por meio de políticas públicas eficazes, em meio a um cenário tomado pela pandemia da covid-19.
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Avaliação é da doutora em História e Estética do Cinema Lilia Lustosa, em artigo na revista de novembro
João Vitor*, da equipe FAP
Doutora em História e Estética do Cinema pela Universidade de Lausanne, na França, Lilia Lustosa critica a possível falta de ideias originais no meio cinematográfico mundial que, segundo ela, causa um “surto de remakes no cinema”. Ela abordou o assunto em artigo que produziu para a revista Política Democrática online de novembro (37ª edição).
As refilmagens ou remakes, na avaliação de Lilia, são “uma forma de oferecer ao público uma versão melhorada de um hit do passado, usando tecnologia de última geração”. “Um tiro aparentemente certeiro para atingir grandes bilheterias. Afinal, cinema, além de arte, é também negócio”, continua.
A revista é editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília. A instituição disponibiliza, gratuitamente, em seu portal, todo o conteúdo da publicação mensal na versão flip. Lilia também é especialista em marketing.
Clique aqui e veja a revista Política Democrática online de novembro
A autora do artigo analisa o recente lançamento do longa Duna, dirigido por Denis Villeneuve, remake do filme homônimo já convertido em cult, realizado por David Lynch em 1984, como uma possível escassez de ideias para novos roteiros.
Contudo, ela orienta que não haja generalização, pois, conforme ressalta, em alguns casos, pode haver, de fato, razão importante para a reprodução de um sucesso do passado. “Na passagem do cinema mudo para o cinema falado muitos estúdios refizeram alguns de seus títulos no intuito de modernizá-los, já que o público à época não queria mais saber de filme mudo”, afirma.
Na avaliação da autora, o cinema está cada vez mais negócio do que arte. “Mas uma coisa não se pode negar, o tal fim capitalista às vezes pode render uma versão artística de melhor qualidade, como é o caso do novo Duna”, analisa.
A especialista faz um pedido de desculpas aos fãs de Lynch, pois, para ela, a versão de Villeneuve está bem mais interessante e bonita do que a original. “Resta agora aguardar a segunda parte do novo Duna, com previsão para outubro de 2023, para ver se de fato o remake compensa”, pondera.
Veja lista de autores da revista Política Democrática online de novembro
A íntegra do artigo de Lilia Lustosa pode ser conferida na versão flip da revista, disponível no portal da FAP, gratuitamente.
A nova edição da revista da FAP também tem reportagem especial sobre as novas composições familiares e entrevista especial com o economista Bernard Appy, além de artigos sobre economia, cultura e política.
Compõem o conselho editorial da revista o diretor-geral da FAP, sociólogo e consultor do Senado, Caetano Araújo, o jornalista e escritor Francisco Almeida e o tradutor e ensaísta Luiz Sérgio Henriques. A Política Democrática online é dirigida pelo embaixador aposentado André Amado.
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Filme Homem do Pau Brasil aborda “sexo com leveza”, diz cineasta
Pablo Gonçalo vai analisar filme em webinar de pré-comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna
João Vitor*, da equipe FAP
O filme Homem do Pau Brasil, dirigido por Joaquim Pedro de Andrade e lançado em 1981, transborda brasilidade, carnavalização, leveza e ironia por meio de um “elenco fantástico". A avaliação é do cineasta Pablo Gonçalo, que vai discutir o longa, na quinta-feira (25/11), a partir das 17 horas, em webinar da série de pré-comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.
Pablo explica que a pornochanchada está presente em todo o longa-metragem, por meio da popularização do cinema. “Na década de 70, esse gênero era popular e fazia parte do movimento de modernização do cinema, o que permitiu o diretor a tratar de sexo com leveza e não como tabu. Contribuiu para a comédia e fez, por vezes, o filme parecer um bloco de carnaval”, afirma.
Assista!
O webinar é realizado pela Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo (FAP), sediada em Brasília. O público poderá assistir ao webinar no canal da fundação no Youtube, na página da entidade no Facebook e na rede social da biblioteca. Além de Pablo, o diretor-geral da FAP Caetano Araújo confirmou presença no debate.
Pablo Gonçalo também é roteirista e professor de audiovisual da Universidade de Brasília (UnB). Ele ressalta que o filme de Andrade mostra a movimentação cultural da Semana de Arte Moderna de 1922 por meio da figura dionisíaca de Oswald de Andrade.

O Homem do Pau Brasil foi premiado, no Festival Brasília de 1981, como melhor filme e melhor atriz coadjuvante, que foi entregue a Dina Sfat pela sua atuação com a personagem Branca Clara, um dos pares românticos do protagonista. Oswald de Andrade foi interpretado por dois atores. Um homem e uma mulher, Flávio Galvão e Ítala Nandi.
Para a crítica, o filme é uma montagem descontínua de cenas livremente imaginadas a partir da polêmica vida e dos livros de Oswald e de seus companheiros do modernismo, da antropofagia e da poesia pau-brasil.
Dedicado ao cineasta Glauber Rocha, que morreu poucas semanas antes da primeira exibição do filme em Brasília, o Homem do Pau Brasil foi distribuído pela Empresa Brasileira de Filmes (Embrafilme). Gravado em São Paulo e Rio de Janeiro, este foi o último filme de Joaquim Pedro de Andrade.
*Estagiário integrante do programa de estágios da FAP, sob supervisão do jornalista Cleomar Almeida
Ciclo de Debates: O modernismo no cinema brasileiro
Webinário sobre o filme O Homem do Pau Brasil - Joaquim Pedro de Andrade, 1981
Dia: 25/11/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
“Mais pobres estão solapados pela pandemia”, diz Eliziane Gama
Senadora discute erradicação da pobreza na 10ª aula do curso Jornada Cidadã 2022
Cleomar Almeida, da equipe da FAP
A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) disse que “a erradicação da pobreza é uma imposição a qualquer país que deseje sair do subdesenvolvimento”. “Os mais pobres estão sendo solapados pelos efeitos da pandemia, crise econômica e inflação”, afirma ela, em entrevista ao portal da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília.
A parlamentar discute, nesta quarta-feira (24/11), a partir das 19 horas, redução da desigualdade e erradicação da pobreza na 10ª aula do curso Jornada Cidadã 2022, disponível na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, gratuitamente, a simpatizantes e filiados ao partido.
Os efeitos da pandemia agravaram o cenário de fome no país. “Por isso se faz tão necessário pensar na garantia de uma renda mínima aos brasileiros, isso dentro de uma política de Estado e não como mero artifício eleitoreiro”, destaca a parlamentar.














Fome
Levantamento mais recente da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) indica que, no total, 19,1 milhões de brasileiros passam fome no país, o equivalente a 9% da população.
O estudo foi realizado em dezembro do ano passado, em 2.180 domicílios das cinco regiões do Brasil, tanto em áreas urbanas como rurais. A entidade também concluiu que, com a pandemia da Covid-19, cerca de 116,8 milhões estão em algum grau de insegurança alimentar — leve, moderado ou grave.
Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o número de pobres saltou de 9,5 milhões, em agosto de 2020, para mais de 27 milhões, em fevereiro de 2021. “Isso significa que a pobreza no Brasil triplicou em seis meses”.
A senadora também lembra que 40 milhões de brasileiros vivem em situação de extrema pobreza, com até R$ 89 por mês. “Isso é inadmissível. Enquanto pobres ficam cada vez mais pobres, ricos ficam cada vez mais ricos”, lamenta.
“Vivemos um momento em que iniciativas importantes como a valorização do ganho real do salário-mínimo e as transferências de renda foram abandonadas pelo atual governo. É algo estarrecedor e que, se não for alterado, teremos um enorme contingente, ainda maior, de miseráveis no Brasil”, alerta.
O curso
As inscrições no curso podem ser feitas, diretamente, na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, que é totalmente interativa, moderna, com design responsivo e tem acesso gratuito para matriculados. Nela, além das aulas, os alunos têm à disposição uma série de informações relevantes e atuais sobre o contexto político brasileiro e eventos contínuos realizados pela FAP.
O curso, segundo a coordenação, reúne uma série de professores altamente qualificados para abordar temas que afetam diretamente o dia a dia das pessoas e devem ser encarados por meio de políticas públicas eficazes, em meio a um cenário tomado pela pandemia da covid-19.
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“Lindolfo Hill foi símbolo da melhor utopia comunista”, diz professor
Ricardo Marinho analisa biografia de Lindolfo Hill na revista da Fundação Astrojildo Pereira
João Vitor*, da equipe FAP
Em artigo publicado na revista Política Democrática Online de novembro (37ª edição), o professor Ricardo Marinho, do Instituto Devecchi e da Unyleya Educacional, faz análise da biografia de Lindolfo Hill, escrita por seu sobrinho Alexandre Müller Hill Maestrini. “Apresenta um símbolo e exemplo daquilo que de melhor a utopia do comunismo legou ao século XXI”, afirma ele.
A revista é editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília. A instituição disponibiliza, gratuitamente, em seu portal, todo o conteúdo da publicação mensal na versão flip. Lindolfo Hill foi eleito vereador em Juiz de Fora (MG) para a legislatura 1947-1950, mas teve o mandato cassado após o Governo Eurico Gaspar Dutra encerrar as atividades do PCB.
Clique aqui e veja a revista Política Democrática online de novembro
A biografia Lindolfo Hill: um outro olhar para a esquerda, conforme observa Marinho, ressalta a história de um pedreiro que aderiu ao comunismo muito cedo e que permaneceu ligado ao movimento por toda sua vida. “Ele deve sua sobrevivência ao esforço de sua mãe e da solidariedade familiar”, diz.
Marinho afirma que a biografia é marcada por uma forte ética de convicção política e cultural, sempre submetida pelo protagonista a um código estoico e, ao mesmo tempo, por sua própria admissão tolerante.
O professor diz ser magnético e fascinante o exercício biográfico de entrelaçamento entre a narração de uma biografia de um brasileiro comunista no século XX e a história de uma grande política, abordando a reflexão organizada pela experiência pessoal e a que é gerada pelo operário da construção civil.
Marinho acentua que não se pode ignorar o fato de que o protagonista do livro é um dos maiores comunistas do século passado. “Não se pode escapar de ler sua biografia à luz do seu tempo e do nosso”, ressalta.
A biografia está dividida em prefácio, apresentação, impressões e posfácio de colaboradoras e colaboradores.
Veja lista de autores da revista Política Democrática online de novembro
A íntegra do artigo de Marinho pode ser conferida na versão flip da revista, disponível no portal da FAP, gratuitamente. A nova edição da revista da FAP também tem reportagem especial sobre as novas composições familiares, além de artigos sobre economia, cultura e política.
Compõem o conselho editorial da revista o diretor-geral da FAP, sociólogo e consultor do Senado, Caetano Araújo, o jornalista e escritor Francisco Almeida e o tradutor e ensaísta Luiz Sérgio Henriques. A Política Democrática online é dirigida pelo embaixador aposentado André Amado.
*Estagiário integrante do programa de estágios da FAP, sob supervisão do jornalista Cleomar Almeida
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Impactos da pandemia no SUS são discutidos em revista com 14 análises
Nova edição da Política Democrática impressa reúne nomes de profissionais dedicados à defesa e valorização do Sistema Único de Saúde
Cleomar Almeida, da equipe da FAP
Pesquisador associado do Centro de Estudos Estratégicos da Fundação Oswaldo Cruz (CEE-Fiocruz) e ex-diretor do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o médico Luiz Santini diz que o Sistema Único de Saúde (SUS) resistiu ao negacionismo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e evitou que mais pessoas morressem por complicações da covid-19 no país. Ele participará de evento online de lançamento da revista Impactos da pandemia no SUS, na terça-feira (23/11), a partir das 18h30.
Santini, que também é professor de Cirurgia e de Saúde Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), organizou a 58ª edição temática da revista Política Democrática, editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em Brasília. A publicação reúne 14 análises exclusivas e já está à venda na internet. O webinar será transmitido no site da fundação e nas redes sociais da entidade (Facebook e Youtube).
“A pandemia mostrou a capacidade de resiliência do SUS em acionar seu mecanismo de gestão tripartite e fez com que, mesmo com ausência de liderança nacional, o sistema fosse capaz de funcionar e responder adequadamente”, diz Santini.
Segundo o pesquisador, apesar do negacionismo de Bolsonaro, o SUS se sobrepôs a tentativas de ingerência do governo de tentar desqualificar o sistema para favorecer, por exemplo, compra e distribuição de insumos pelo setor privado, em meio a um esquema de corrupção, como revelou a comissão parlamentar de inquérito (CPI) no Senado. Ele acredita que, se não fosse o sistema público, o Brasil já teria um número muito maior que o de 611 mil vítimas da covid-19.
No grupo de autores selecionados pela revista, estão profissionais, professores e pesquisadores com um longo histórico de luta e trabalho em defesa da saúde pública no país. Eles analisaram a crise sanitária mundial que potencializa, em razão da rapidez de circulação do coronavírus e suas variantes, características já presentes, em escala menor, em pandemias anteriores.
Em seu artigo, o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão destacou que "o discurso da falsa contradição entre preservar a vida e salvar a economia teve enorme peso". Além disso, ele criticou o presidente por sua postura negacionista.
“Bolsonaro transforma falsas verdades em mitologias. E as pessoas passam a acreditar em um raciocínio que torna a realidade superficial, a esvazia de suas contradições e a simplifica oferecendo um diagnóstico e um método de enfrentamento prático, algo em que as pessoas passam a acreditar”, lamenta Temporão.
Para fortalecer o SUS, segundo Temporão, é preciso discutir sua sustentabilidade econômica, revogando a Emenda 95, e sua sustentabilidade política. “É preciso construir e fortalecer a consciência política de que um sistema universal é o melhor caminho para o fortalecimento da democracia, a redução das desigualdades, a justiça social e a proteção da saúde de todos sem distinção”, destaca o ex-ministro da saúde.




















Em seu artigo, a médica Lígia Bahia, professora associada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutora em saúde pública pela Fiocruz, afirma que, na prática, as melhores condições de vida se encontram associadas com sistemas de saúde abrangentes e acessíveis.
“As teses sobre o ‘alívio, desoneração’ do SUS baseiam e retificam a intuição sobre acesso. Se mais pessoas deixam de ‘usar o SUS’, sobram recursos para atender melhor os que precisam e ‘não podem pagar’. Independente da falácia do pagamento (como se os impostos não existissem) ou só fossem considerados para solicitar isenção e redução de alíquotas, as empresas de planos deixam de lado a importância dos preços", afirma Lígia.
A publicação também aponta “legados positivos” da covid-19, como as lições que poderão ser usadas para melhorar o atendimento à população. É o caso do uso da inteligência artificial (IA) na incorporação de procedimentos cotidianos do setor, como aborda a professora do Programa de Tecnologias Inteligentes e Design Digital da Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC SP) Dora Kaufman.
“Independentemente da covid-19, o ecossistema de saúde defronta-se com a disrupção de práticas tradicionais, dentre outros fatores, pelas tecnologias digitais – apps, dispositivos móveis, IA, telemedicina, blockchain – que estão transformando o acesso aos serviços de saúde, a relação médico-paciente, a relação do paciente com a própria saúde, impactando, igualmente, setores periféricos como o de seguros”, escreve ela, em seu artigo.
De acordo com Dora, que também é colunista da Época Negócios com foco nos impactos éticos e sociais da inteligência artificial, “como tecnologia de propósito geral, a inteligência artificial tem impulsionado esta transformação”. “O reconhecimento de imagem, uma das implementações de IA mais bem sucedidas, tem gerado resultados mais assertivos em diagnósticos dependentes de imagem, como radiologia, patologia e dermatologia”, acrescenta.
Análises exclusivas
A seguir, veja a relação de artigos publicados na revista Impactos da pandemia no SUS:
- O lado oculto de uma pandemia: a terceira onda ou o paciente invisível (Eugenio Vilaça Mendes)
- Covid-19 no Brasil: entre mitologias e tragédias (José Gomes Temporão)
- Público e privado no sistema de saúde no Brasil: o fio da navalha das relações entre Estado e mercado (Lígia Bahia)
- Governança no SUS (Ana Maria Malik)
- Pandemia, meio ambiente e autoritarismos: interseções para pensar o mundo pós-covid-19 (Hilton P. Silva)
- O vírus é um animal político (e nós estamos preparados para negociar?) (Nelson Vaz, Luiz Antonio Botelho Andrade e Beto Vianna)
- Na pandemia: da imunologia subteorizada à epidemiologia desprezada (Nelson Vaz e Naomar Almeida Filho)
- Quo vadis, multilateralismo? O enfrentamento global da pandemia em questão (Paulo M. Buss, Santiago Alcázar e Luiz Augusto Galvão)
- Covid-19 e soberania sanitária na América do Sul: a oportunidade perdida (Mariana Faria)
- Inovação, tecnologias e a força de trabalho em saúde no contexto da pandemia por covid-19 (Mário Dal Poz e Adriana Cavalcanti de Aguiar)
- A Inteligência Artificial no setor de saúde: da epidemia do coronavírus aos procedimentos cotidianos (Dora Kaufman)
- Telemedicina de logística na organização da cadeia da saúde: Medicina Conectada 5.0 (Chao Lung Wen)
- Reativando o futuro: considerações sobre o horizonte da Reforma Psiquiátrica no Brasil (Benilton Bezerra Jr.)
- Os crimes de responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro na pandemia da covid-19 (Daniel de Araujo Dourado, Eloísa Machado de Almeida, Juliana Vieira dos Santos e Rafael Mafei Rabelo Queiroz)