FAP lança no Rio livro sobre história do PCB na resistência ao regime militar

Obra reconstitui a trajetória do Partidão na luta clandestina contra a ditadura e na formação da ampla frente política que redemocratizou o Brasil

Comunicação FAP

O livro-reportagem Longa jornada até a democracia – Volume II, de autoria do jornalista Eumano Silva, terá o seu segundo lançamento nesta quinta-feira (14/3). O evento será realizado no Taberna da Glória, no Rio de Janeiro, a partir das 17 horas.

A obra conta a história do Partido Comunista Brasileiro (PCB) no enfrentamento à ditadura e na redemocratização do país. Lastreada em documentos oficiais inéditos, entrevistas, reportagens e farto material bibliográfico, a obra editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP) recompõe a trajetória do Partidão – apelido do PCB – de 1967 até 1992.

O livro-reportagem Longa jornada até a democracia – Volume II conta a história do Partido Comunista Brasileiro (PCB) no enfrentamento à ditadura e na redemocratização do país. Lastreada em documentos oficiais inéditos, entrevistas, reportagens e farto material bibliográfico, a obra editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP) recompõe a trajetória do Partidão – apelido do PCB – de 1967 até 1992.

Escrito pelo jornalista Eumano Silva, o livro reproduz o clima sombrio da Guerra Fria, com relatos minuciosos sobre a vida clandestina de dirigentes e militantes, fugas, prisões, torturas, mortes e desaparecimentos de comunistas. O roteiro de histórias entrelaça personagens que parecem saídos dos romances policiais, como espiões e informantes infiltrados pela repressão nas organizações de esquerda. Mostra também o trabalho silencioso, e essencial para o partido, de caseiros, motoristas e distribuidores de jornais.

Análise: PCB, da luta armada à defesa da democracia

Carlos Marchi lança livro Longa Jornada até a Democracia, no Rio

Livro Longa Jornada até a Democracia, de Carlos Marchi, será lançado em São Paulo

A CIA e da KGB aparecem em vários episódios do mundo real retratado pelo autor. O caso mais conhecido envolveu o “Agente Carlos”, apelido de um assessor do então secretário-geral do PCB, Luiz Carlos Prestes, que passou para o lado da repressão e trabalhou para a CIA.

O texto jornalístico percorre o submundo da ditadura e repassa, em ordem cronológica, os fatos e os personagens mais destacados na longa jornada dos brasileiros rumo à democracia, como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves e José Sarney. A reportagem reconstitui as agruras da clandestinidade e a participação do PCB, desde o final da década de 1960, na ocupação de espaços na sociedade e na formação da frente democrática de oposição ao regime militar.

O Volume II de “Longa jornada até a democracia” trata de fatos transcorridos entre dezembro de 1967, data do VI Congresso, e janeiro de 1992, quando o PCB realizou o X Congresso, encontro que decidiu pela mudança de nome para Partido Popular Socialista (PPS).

O primeiro volume, lançado em 2022, escrito pelo jornalista Carlos Marchi, aborda o período compreendido entre 1922, ano da fundação do PCB, e 1967, marco da mudança na estratégia da organização comunista. No VI Congresso, a definição por mudança na linha política tornou o PCB a única organização comunista a tomar o caminho pacífico no enfrentamento ao governo instalado no Brasil com o golpe de 1964. As demais forças originadas no partido fundado em 1922 optaram pela luta armada.

Apesar da opção pelo caminho pacífico, o Partidão se tornou alvo da repressão na mesma medida que as demais organizações de esquerda. Uma dezena de dirigentes do Comitê Central do PCB foi assassinada pelo governo militar.

Mesmo clandestino, e com perdas irreparáveis, o partido teve expressiva influência na política institucional ao atuar dentro do MDB, legenda legal de oposição. Os comunistas foram responsáveis, por exemplo, pela incorporação, pelos emedebistas, das bandeiras da anistia, da Assembleia Nacional Constituinte e da eleição direta para presidente.

Arquivos militares obtidos pelo autor documentam a montagem da máquina repressiva pelo governo fardado. Os papeis registram o passo a passo da estruturação dos Departamentos de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codis). Descrevem também as disputas entre o Exército e a Marinha pelo controle do aparato criado pelas Forças Armadas para perseguir adversários.

Os anexos do livro contêm fotos inéditas de dirigentes do Partidão procurados pela repressão e imagens de presos nas dependências militares. Apresentam ainda fac-símiles de páginas de exemplares raros do jornal Voz Operária.

Entre os episódios mais impressionantes narrados pelo livro, está a cinematográfica operação montada no exterior para retirar do Brasil o dirigente Giocondo Dias. A transferência do arquivo de Astrojildo Pereira, fundador do PCB, para a Europa também teve lances espetaculares. Outra façanha dos comunistas foi manter durante dez anos, longe das garras da repressão, uma gráfica no Rio de Janeiro, no subsolo de uma casa, onde era produzido o material impresso do partido. Os documentos oficiais também identificam um sargento da Polícia Militar de São Paulo infiltrado pelo PCB no DOI-Codi do estado. Quando tomava conhecimento de prisões de militantes, o policial avisava o partido e ou as famílias.

As artimanhas dos comunistas para enganar os órgãos de segurança incluíam disfarces, documentos falsos. Camaradas instalados nas fronteiras ajudavam nas travessias de militantes e dirigentes nas fronteiras com os países vizinhos – muitas vezes com malas de dólares.

“Longa Jornada até a democracia” resgata a experiência no exílio e os abalos sofridos pelo partido em decorrência da ação de dirigentes do partido cooptados pelos órgãos de segurança. O livro também desenredou mistérios que, durante décadas, suscitaram especulações. As apurações elucidaram, por exemplo, o segredo do “ouro de Moscou”, expressão usada pelos adversários dos comunistas para designar os recursos enviados ao PCB pelo bloco comunista. Com base em depoimentos dos responsáveis pelo transporte do dinheiro, o autor calculou valores anuais repassados ao Partidão.

O colapso da União Soviética, acelerado no final dos Anos 1980, teve contribuição determinante para as mudanças de rumo que levaram à mudança de nome em 1992. O desempenho eleitoral insatisfatório, e dissidências internas, como a saída do grupo de Prestes, abalaram e enfraqueceram o Partidão. O surgimento do Partido dos Trabalhadores (PT) no final da ditadura também reduziu o espaço de atuação dos comunistas e ajuda a explicar a perda de relevância do PCB depois da redemocratização.

SOBRE O AUTOR

Formado em jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) em 1987, Eumano Silva trabalhou em alguns dos principais veículos da imprensa brasileira. Nascido em 1964 em Iturama (MG), especializado em política, o autor foi repórter da revista Veja e dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo. Começou a carreira na cobertura da Assembleia Nacional Constituinte, dirigiu as sucursais de Brasília das revistas Época e Istoé, ocupou as funções de editor de política do jornal Correio Braziliense e editor-executivo do site Congresso em Foco e da revista Veja Brasília. Há mais de três décadas, realiza pesquisas sobre a ditadura militar. Concentrou-se, sobretudo, na busca e análise dos arquivos secretos das Forças Armadas.

O jornalista foi ainda observador independente nas buscas de desaparecidos na região da Guerrilha do Araguaia e participou dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade. É também autor dos livros “A morte do diplomata” e “Nas asas da mamata”. Como analista político, fez trabalhos para Rádio CBN, Portal Metrópoles, TV Democracia, programa Sua excelência, o fato, e Broadcast Político.

Eumano ganhou os seguintes prêmios: Jabuti de melhor livro-reportagem com o livro “Operação Araguaia – Os arquivos secretos da guerrilha”; Esso, com uma série de reportagens sobre a Guerrilha do Araguaia. Excelência Jornalística, na categoria meio ambiente, da Sociedade Interamericana de Imprensa, com a reportagem digital “O Levante dos ribeirinhos”, posteriormente editada como livro impresso.

Atualmente, Eumano exerce a função de especialista em inteligência política da Oficina Consultoria.


Nota de pesar: Morre o sociólogo Luiz Werneck Vianna, aos 86 anos

Equipe FAP

Morreu nesta quarta-feira (21/02/2024) o cientista social Luiz Werneck Vianna, aos 86 anos, no Rio de Janeiro. Também graduado em Direito, o intelectual lecionou em universidades do país e publicou livros considerados fundamentais para a sociologia brasileira.

Intelectual da mais alta qualidade, sempre teve o entendimento de que a política feita de maneira honesta e transparente e baseada na busca de consensos é o único caminho para o desenvolvimento social e econômico de uma Nação.

Werneck é autor de de grandes clássicos da sociologia brasileira com os livros “Liberalismo e sindicato no Brasil”, de 1976; “A revolução passiva: iberismo e americanismo no Brasil”, de 1997; “A judicialização da política e das relações sociais no Brasil”, 1999; “Democracia e os três poderes no Brasil”, de 2002; e “A modernização sem o moderno, 2011.

Nascido 1938, lecionou em várias universidades brasileiras, dentre as quais a Universidade Federal de Juiz de Fora, a PUC-Rio e a Unicamp. Também foi professor do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), presidiu a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs) e foi um dos fundadores do Centro de Estudos Direito e Sociedade (Cedes).

Fica uma lacuna na intelectualidade do país, mas também o ensinamento que o entendimento e a união em torno dos anseios da população são o único caminho para a construção de um país mais forte e justo com todos.

Nós, conselheiros, diretores e colaboradores da FAP manifestamos a todos os seus familiares, amigos e companheiros os nossos votos de profundo pesar. Luiz Werneck Vianna ficará para sempre em nossa memória.


Nas entrelinhas: Werneck Vianna, intérprete do Brasil contemporâneo

Luiz Carlos Azedo/Entrelinhas/Correio Braziliense

O sociólogo carioca Luiz Jorge Werneck Vianna faleceu, nesta quarta-feira, aos 85 anos. Fez parte de uma geração de artistas e intelectuais que formou o pensamento crítico da esquerda brasileira nas décadas de 1960, 1970 e 1980, entre os quais, destacam-se Nelson Pereira dos Santos, Ruy Guerra, Joaquim Pedro, Walter Lima Jr., Zelito Viana, Luiz Carlos Barreto, Glauber Rocha, Leon Hirszman, Ferreira Gullar, Leon Amoedo, Tereza Aragão, Zuenir Ventura, Milton Temer, Norma Pereira Rego, Leandro Konder, Darwin Brandão, Marilia Kranz, Ziraldo, Jaguar, Albino Pinheiro, Ferdy Carneiro, Hélio Oiticica e Hugo Bidet, Hugo Carvana, Paulo Góes, Vergara, Carlinhos Oliveira, Zózimo Amaral, Tom Jobim, Carlos Lira, Vinicius do Moraes e Oduvaldo Viana Filho.

Residentes no Rio de Janeiro, em sua maioria, formavam a chamada República de Ipanema. Apesar da influência do antigo PCB no meio cultural carioca, muitos não eram comunistas e tinham profundas divergências com os militantes do setor cultural do velho Partidão, do qual Werneck fez parte. Com raízes familiares na aristocracia cafeeira fluminense, Werneck Vianna foi criado em Ipanema e estudou nos melhores colégios da Zona Sul carioca, mas teve trajetória rebelde, influenciado por autores como Monteiro Lobato, Eça de Queiroz, Fiódor Dostoiévski e Miguel de Cervantes.

Em 1958, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade do Estado da Guanabara (atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Uerj), concluindo o curso em 1962. Em 1967, graduou-se em ciências sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e, dois anos após, ingressou na primeira turma de mestrado do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj). Sua trajetória acadêmica, porém, foi interrompida na década de 1970, por cinco inquéritos policiais-militares, que o levaram a se exilar no Chile.

Retornou do exílio um ano após. Ao chegar, foi detido por seis meses. Acolhido em São Paulo por Francisco Weffort, seu orientador no doutorado em sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), começou a trabalhar no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), fundado em 1969, com financiamento da Fundação Ford, por professores da Universidade de São Paulo (USP) afastados pelo regime militar, entre os quais, Boris Fausto, Elza Berquó, Fernando Henrique Cardoso, Francisco de Oliveira, José Arthur Giannotti, Octavio Ianni, Paul Singer e Roberto Schwarz.

Em 1974, com outros intelectuais que estudavam O Capital, de Karl Marx, como Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho, foi aluno de Anastacio Mansilla na Escola de Quadros do PCUS. No mesmo ano, de volta ao Brasil, foi um dos redatores do programa político do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Em 1975, fugindo da repressão ao PCB em São Paulo, retornou ao Rio de Janeiro e, escondido na casa do dramaturgo Paulo Pontes, companheiro da época de CPC, escreveu sua tese de doutorado: Liberalismo e sindicato no Brasil (Paz e Terra, 1976).

Modernização autoritária

Por três décadas, Werneck foi professor do Iuperj e, durante o biênio 2003-2004, presidiu a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs). Encerrou sua carreira acadêmica como professor de sociologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Um dos grandes responsáveis pela difusão do pensamento gramsciano no Brasil, no rastro do jornalista Luiz Mario Gazzaneo, produziu ensaios que servem de referência para o estudo do pensamento social brasileiro, principalmente o liberalismo, do papel do Judiciário e da modernização do Brasil.

Destacam-se entre seus trabalhos, pela atualidade: A revolução passiva: iberismo e americanismo no Brasil (Revan, 1997); A judicialização da política e das relações sociais no Brasil, com Maria Alice Rezende de Carvalho, Manuel Palacios Cunha Melo e Marcelo Baumann Burgos (Revan, 1999); Esquerda brasileira e tradição republicana: estudos de conjuntura sobre a era FHC-Lula (Revan, 2006); Uma sociologia indignada — Diálogos com Luiz Werneck Vianna, de Rubem Barboza Filho e Fernando Perlatto (Ed. UFJF, 2012); Modernização sem o moderno: análise de conjuntura na era Lula (Contraponto/Fundação Astrojildo Pereira) e Diálogos gramscianos sobre o Brasil (Fundação Astrojildo Pereira, 2018).

Liberalismo e Sindicato no Brasil é um esforço de compreensão das profundezas da nossa “modernização conservadora”, no contexto das obras de Simon Schwartzman, Florestan Fernandes (1975) e José Murilo de Carvalho (1980). Estudou o liberalismo numa sociedade marcada pelo escravismo e pelo patrimonialismo. Sua tese de que a modernização brasileira não significava ruptura e/ou desaparecimento das elites tradicionais, mas a renovação dessas forças, continua atualíssima.

Segundo Werneck Vianna, numa sociedade excludente e autoritária, que não incorporou os valores liberais, o caminho da modernização foi o Direito e suas instituições, em meio a rupturas e negociações entre elites. Em síntese, a modernização brasileira ocorreu e ainda ocorre em meio a negociações entre o moderno e a cultura do atraso, sem rupturas com ele, mas em compromisso. Werneck condenou a luta armada e apostou na luta política pelas liberdades e na mobilização da sociedade civil durante o regime militar; após a redemocratização, na participação política radicalmente comprometida com a democracia representativa como valor universal.


FAP e IEPfD lançam livro O Horizonte Democrático, de Alessandro Ferrara

Comunicação FAP

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP), vinculada ao partido Cidadania 23, e o Instituto de Estudos e Pesquisas para o Fortalecimento da Democracia (IEPfD) realizarão, no dia 27 de fevereiro, a partir das 18 horas, a mesa redonda online para o lançamento do livro O Horizonte Democrático: o hiperpluralismo e a renovação do liberalismo político (303 p.). A obra, editada pela FAP em parceria com a Universidade de Campinas (Unicamp), é do autor Alessandro Ferrara, professor de filosofia política no Departamento de História, Cultura e Sociedade da Universidade de Roma. “A democracia encontra-se numa encruzilhada”, diz ele, no livro.

O diretor-geral da FAP e professor associado na Faculdade de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Marco Aurelio Marrafon, e o presidente do IEPfD, João Rego, realizarão a abertura da mesa redonda. O debate será coordenado pelo historiador e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Alberto Aggio, ex-diretor da Fundação Astrojildo Pereira. O evento será transmitido, em tempo real, no site da FAP, na página da FAP no Facebook e no canal da entidade no Youtube.

A mesa redonda também terá participação do professor de história econômica no Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e conselheiro da FAP, Vinicius Müller, e do pesquisador Gabriele de Angelis (Ciência Política da Universidade Nova de Lisboa).

O livro foi pensado a partir de uma preocupação com a democracia, a herança do “liberalismo político” e as fontes estéticas da normatividade. A obra lembra que, em todo o mundo, a o regime democrático enfrenta desafios sem precedentes, atribuídos, em parte, a seu próprio sucesso em se estabelecer no horizonte como a única forma de governo plenamente legítima.

Dividida em oito capítulos, a obra discute, entre outros pontos, a autonomia da política no horizonte global; democracia e abertura, pluralismo reflexivo e a volta conjectural; o hiperpluralismo e a polis democrática multivariada e democracias múltiplas. Também questiona negação ou realização do liberalismo; governança e democracia deliberativa; e verdade justificação e liberalismo político.

Segundo o autor, daqui a algumas décadas, o mundo global poderá testemunhar o confronto de dois regimes igualmente desagradáveis para qualquer democrata. “Por um lado, os regimes neoliberais ocidentais que, após contrabandearem com sucesso a ideia de Hobbes de que menos leis trazem mais liberdade como uma noção liberal, usam os vestígios de uma democracia representativa agora colonizada pela mídia e pelo dinheiro para desviar da atenção do público qualquer coisa além da estabilização de um mercado orientado pelas finanças e, ao mesmo tempo, tentar atrair para sua esfera de influência as populações seduzidas pelas sirenes do consumo”, afirma.

Por outro lado, segundo a obra, regimes não democráticos, como o chinês, no qual as elites partidárias e burocráticas tentam manter o consenso garantindo níveis crescentes de consumo e afastando as sirenes da democracia, ao mesmo tempo tentam atrair para sua esfera de influência as elites do Sul global que são igualmente cautelosas com a democracia.


Retrospectiva FAP 2023

Em 2023, a Fundação Astrojido Pereira (FAP), vinculada ao Cidadania 23, realizou 90 atividades, fortalecendo sua atuação em defesa da democracia e do fomento à cultura, principalmente por meio de ações da Biblioteca Salomão Malina e de debates sobre temas relevantes que afetam o dia a dia da população. A entidade promoveu uma série de discussões sobre política, economia, cultura e meio ambiente, além de outros assuntos considerados de interesse público, sempre mantendo a defesa intransigente do Estado Democrático de Direito como o seu primeiro horizonte.

JANEIRO

Carlos Marchi lança livro Longa Jornada até a Democracia, no Rio

Escrito pelo jornalista e escritos Carlos Marchi, o livro Longa Jornada até a Democracia (476 páginas), primeiro de dois volumes que abordam os 100 anos do Partido Comunista Brasileiro (PCB), foi lançado nesta quinta-feira (26/01), a partir das 19 horas, durante evento presencial no Bar e Restaurante R. Farme de Amoedo, 51 – Ipanema, Rio de Janeiro. Os leitores poderão terão seus exemplares autografados no local pelo autor da obra, editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP). Visualizações: 1.290

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/livro-longa-jornada-ate-a-democracia-de-carlos-marchi-sera-lancado-em-brasilia/

Biblioteca Salomão Malina abre inscrições para o workshop escrita criativa

Foram abertas as inscrições para o workshop on-line de escrita criativa, que foi realizado na terça feira (31/01), a partir das 19 horas. A oficina, de 25 vagas, teve como palestrante a escritora, poetisa e cronista Andressa Mikaelly dos Santos, com parceria da Biblioteca Salomão Malina, mantida pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), ambas em Brasília. Visualizações: 1.042

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/biblioteca-salomao-malina-abre-inscricoes-para-o-workshop-escrita-criativa/

Biblioteca Salomão Malina oferece sessões do cineclube Vladimir Carvalho

Em janeiro, houve quatro sessões do Cineclube Vladimir Carvalho, no Espaço Arildo Dória, um importante local de realização de eventos culturais em Brasília.

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/sobre-a-biblioteca/

FEVEREIRO

Banco Central e taxas de juros no governo Lula serão debatidos em live da FAP

Alvos de recentes polêmicas, a autonomia do Banco Central do Brasil e o seu papel de fixação das taxas de juros foram debatidos em live da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), na segunda-feira (27/2), das 18h às 19h. Economistas discutirão o assunto durante o evento online, que será aberto ao público e terá transmissão em tempo real no site e redes sociais da entidade. Visualizações: 1.111

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/banco-central-e-taxas-de-juros-no-governo-lula-serao-debatidos-em-live-da-fap/

Clube de leitura lança nova programação em biblioteca no centro de Brasília

O Clube de Leitura Eneida de Moraes, localizado na Biblioteca Salomão Malina, no Conic, região central de Brasília retomou suas atividades a partir de fevereiro com debates de livros que viraram filmes. A programação especial seguiu até julho, de forma virtual, pelo YouTube e Facebook da instituição. Para mais informações entre em contato (61) 98401-5561. O projeto foi gratuito. Visualizações: 984

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/clube-de-leitura-lanca-nova-programacao-em-biblioteca-no-centro-de-brasilia/

Biblioteca oferece sessões de filmes, batalha de poesias e clube de leitura em Brasília

Em fevereiro, houve três sessões do Cineclube Vladimir Carvalho, no Espaço Arildo Dória, além de encontro do clube de leitura e batalha de jovens da periferia do DF.

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/sobre-a-biblioteca/

MARÇO

Mulheres pretas na ciência e na política é tema de live da FAP

No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a Fundação Astrojildo Pereira (FAP) realizou, na terça-feira (14/3), das 18h às 19h, uma live para discutir a importância das mulheres pretas na ciência e na política. O evento terá transmissão em tempo real no site e nas mídias digitais da entidade. Visualizações: 856

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Biblioteca Salomão Malina discute livro de Martha Batalha e exibe filmes

Em março, houve cinco sessões do Cineclube Vladimir Carvalho, no Espaço Arildo Dória, além de encontro do clube de leitura.

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ABRIL

Mês de abril movimenta Biblioteca Salomão Malina com atividades culturais

Às vésperas do aniversário de 63 anos de Brasília, a Biblioteca Salomão Malina exibiu, na quarta-feira (19/4), a partir das 15 horas, no Cineclube Vladimir Carvalho, o longa-metragem O Céu Perdeu a Cor, dirigido pelo cineasta Gustavo Serrate, com roteiro de Rodrigo Huagha. A entrada foi franca. O espaço fica no Conic, na região centro da capital federal. Visualizações: 1.104

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Governo Lula: FAP realiza webinar sobre rumos da economia

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) realizou, na quarta-feira (26/4), a partir das 19 horas, webinar sobre os rumos do governo Lula na economia. O evento online será transmitido em tempo real, no site e nas redes sociais (Youtube e Facebook) da entidade, para todas as pessoas interessadas. Visualizações: 1.073

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/governo-lula-fap-realiza-webinar-sobre-rumos-da-economia/

MAIO

Biblioteca Salomão Malina movimenta Brasília com série de atividades

Em maio, houve quatro sessões do Cineclube Vladimir Carvalho, no Espaço Arildo Dória, um importante local de realização de eventos culturais em Brasília, além de encontro do clube de leitura e batalha de jovens da periferia do DF.

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JUNHO

Krav Magá: abertas inscrições para novo curso de defesa pessoal em Brasília

Em Junho, a Fundação Astrojildo Pereira (FAP) abriu as inscrições para o curso de defesa pessoal com técnicas de Krav Magá, que começou a ser realizado, em 12 de junho, no Espaço Arildo Dória, na parte superior da Biblioteca Salomão Malina, no Conic, região central de Brasília. As instrutoras Verônica Gomes e Hevellyn Larissa Santos ministram as aulas presenciais, às segundas e quartas, das 12h30 às 13h30. A mensalidade custa 60 reais. Visualizações: 1.021

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/krav-maga-abertas-inscricoes-para-novo-curso-de-defesa-pessoal-em-brasilia/

Biblioteca Salomão Malina realiza debates sobre Livro de Isabel Allende e filmes

Em junho, houve quatro sessões do Cineclube Vladimir Carvalho, no Espaço Arildo Dória, um importante local de realização de eventos culturais em Brasília, além de encontro do clube de leitura.

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JULHO

Cineclube e batalha de poesias na Biblioteca Salomão Malina

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e a Biblioteca Salomão Malina, mantida pela entidade, lançou no dia 31 de julho um novo projeto cultural para discutir temas relevantes e de interesse público a partir de temas abordados em filmes. De acordo com a direção executiva da instituição, a ideia é realizar debates on-line toda última segunda-feira do mês, às 19h30, com participantes do Cineclube Vladimir Carvalho. Visualizações: 547

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/brasilia-tera-debates-sobre-filmes-com-temas-relevantes-da-atualidade/

Em junho, houve três sessões do Cineclube Vladimir Carvalho, no Espaço Arildo Dória, um importante local de realização de eventos culturais em Brasília.

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AGOSTO

Mulheres negras debatem preservação da Amazônia em live da FAP

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) realizou na terça-feira (1/8), das 18h às 19h, uma live para debater as “sabenças de mulheres negras, com autonomia e afetos na Amazônia”. Durante o encontro virtual, elas discutiram ações importantes para a preservação do bioma, que é um dos mais ricos em biodiversidade do mundo. Visualizações: 405

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/mulheres-negras-debatem-preservacao-da-amazonia-em-live-da-fap/

Jovens da periferia realizam batalha de poesias em Brasília

Jovens da periferia do Distrito Federal realizaram, no sábado (26/8), mais uma batalha de poesias do Slam-DéF, em Brasília. Aberto ao público em geral e gratuito, o evento ocorrerá, de forma presencial, a partir das 9h30, no hall da Biblioteca Salomão Malina, mantida pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), no Conic, importante centro comercial e cultural na capital do país. Visualizações: 259

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Filme O Destino de Haffmann é tema de debate do Cineclube Vladimir Carvalho

Filme francês dirigido por Fred Cavayé e que é adaptação da peça de teatro homônima assinada por Jean-Philippe Daguerre, O Destino de Haffmann (2021) será debatido, na segunda-feira (28/8), a partir das 19h30, na sessão virtual do Cineclube Vladimir Carvalho. O projeto é da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e da Biblioteca Salomão Malina, mantida pela entidade, no Conic, importante centro cultural e comercial na região central de Brasília. Visualizações: 571

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/filme-o-destino-de-haffmann-e-tema-de-debate-online-do-cineclube-vladimir-carvalho/

Em agosto, houve mais três sessões do Cineclube Vladimir Carvalho, no Espaço Arildo Dória, um importante local de realização de eventos culturais em Brasília.

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SETEMBRO

Eleições 2024: curso de formação política capacita futuros candidatos e assessores

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em parceria com o Cidadania 23, na terça-feira (12) as inscrições para o novo Curso Online para Candidatos e Assessores, com foco na capacitação para as eleições municipais de 2024, na modalidade de formação continuada. Os interessados podem se inscrever no site da entidade, gratuitamente. Visualizações: 2.578

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/eleicoes-2024-novo-curso-de-formacao-politica-capacita-futuros-candidatos-e-assessores/

Por Dentro do Jazz: Mário Salimon destaca estilo musical em conversa online

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e a Biblioteca Salomão Malina lançaram, na segunda-feira (18/9), a roda de conversa online “Por Dentro do Jazz”. A apresentação foi realizada por  MárioSalimon, considerado uma das principais vozes masculinas da música brasiliense. Visualizações: 418

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/por-dentro-do-jazz-mario-salimon-destaca-estilo-musical-em-conversa-online/

O Invasor Americano pauta debate online do Cineclube Vladimir Carvalho

A sessão virtual do Cineclube Vladimir Carvalho debateu, na segunda-feira (25/9), a partir das 19h30, o filme Invasor Americano (2015), dirigido, escrito e produzido por Michael Moore. Visualizações: 392

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/o-invasor-americano-pauta-debate-online-do-cineclube-vladimir-carvalho/

Biblioteca Salomão Malina movimenta atividades culturais em Brasília

Em agosto, houve mais sessões do Cineclube Vladimir Carvalho, no Espaço Arildo Dória, um importante local de realização de eventos culturais em Brasília. Também houve encontros do clube de leitura e do grupo de jazz e batalha de poesias.

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OUTUBRO

Consultor do Senado ministra aula sobre conjuntura brasileira e perspectivas

O sociólogo e consultor legislativo do Senado Caetano Ernesto Araújo, que também é ex-diretor-geral da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), ministrou na terça-feira (10/10), a partir das 19 horas, a aula telepresencial sobre a conjuntura brasileira e perspectivas para o país, durante o Curso Online para Candidatos e Assessores, com foco na capacitação para as eleições municipais de 2024. A iniciativa é da entidade, em parceria com o Cidadania 23, na modalidade de formação continuada. Visualizações: 1.937

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/consultor-do-senado-ministra-aula-sobre-conjuntura-brasileira-e-perspectivas-em-curso-da-fap/

Cidades inteligentes e inovação tecnológica é tema de aula no curso para candidatos

O presidente do Instituto Brasileiro de Cidades Humanas, Inteligentes, Criativas e Sustentáveis (IBRACHICS), André Gomyde, ministrou na terça-feira (24/10), a partir das 19 horas, a aula telepresencial no Curso Online para Candidatos e Assessores, com foco na capacitação para as eleições municipais de 2024. A iniciativa é da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em parceria com o Cidadania 23, na modalidade de formação continuada. Visualizações: 241

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/cidades-inteligentes-e-inovacao-tecnologica-e-tema-de-aula-no-curso-para-candidatos/

Professor da UFBA analisa conjuntura política em curso online

O professor associado da UFBA Paulo Fábio Dantas participou na terça-feira (31/10) pontos da conjuntura política nacional, em aula do Curso Online para Candidatos e Assessores. Visualizações: 325

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/professor-da-ufba-analisa-conjuntura-politica-em-curso-online/

Cultura é estimulada com atividades culturais da Biblioteca Salomão Malina

NOVEMBRO

Cientista político discute desenvolvimento local em curso da FAP

O cientista político e professor associado em Ciência Política da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) Hamilton Garcia discutiu na terça-feira (7/11) desenvolvimento local e participação na política. Ele, que também é integrante do Conselho Consultivo da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), abordou o assunto, a partir das 19 horas, na aula telepresencial do Curso Online para Candidatos e Assessores, com foco na capacitação para as eleições municipais de 2024, realizado pela entidade, em parceria com o Cidadania 23. Visualizações: 234

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/cientista-politica-discute-desenvolvimento-local-em-curso-da-fap/

Raquel Dias debate turismo local na gestão dos municípios

A secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Cascavel, Raquel Dias, debateu a importância do turismo local nas políticas públicas e na gestão dos municípios, na terça-feira (14/10), a partir das 19 horas, durante a nova aula do Curso Online para Candidatos e Assessores, com foco na capacitação para as eleições municipais de 2024. A iniciativa é da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em parceria com o Cidadania 23, ambos sediados em Brasília. Visualizações: 1.835

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/raquel-dias-discute-turismo-local-na-gestao-dos-municipios/

Ex-deputado destaca política de alianças nas eleições municipais em curso online

Ex-vereador em Natal (RN) e ex-deputado estadual, Wober Lopes Pinheiro Junior destacou as principais estratégias e a importância da política de alianças nas eleições municipais, nesta terça-feira (21/11), a partir das 19 horas, durante a nova aula do Curso Online para Candidatos e Assessores, com foco na capacitação para as eleições municipais de 2024. A iniciativa é da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em parceria com o Cidadania 23, ambos sediados em Brasília. Visualizações: 141

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/ex-deputado-destaca-politica-de-aliancas-nas-eleicoes-municipais-em-curso-online/

Como ser um bom vereador: Professor Azuaite ensina estratégias

O vereador por oito mandatos em São Carlos (SP), Azuaite Martins França, ensinará como ser um bom vereador, durante o Curso Online para Candidatos e Assessores, com foco na capacitação para as eleições municipais de 2024. Ele ministrou aula telepresencial, na terça-feira (27/11), a partir das 19 horas. A capacitação é promovida pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em parceria com o Cidadania 23, ambos sediados em Brasília.  Visualizações: 138

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/como-ser-um-bom-vereador-professor-azuaite-ensina-estrategias/

Atividades da Biblioteca Salomão Malina movimentam novembro em Brasília

A Biblioteca Salomão Malina promoveu eventos e cursos importantes para a população de Brasília, em novembro.

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/sobre-a-biblioteca/

DEZEMBRO

Secretário de SP discute abastecimento e sustentabilidade em curso da FAP

O secretário-executivo municipal de segurança alimentar, nutricional e abastecimento de São Paulo, Carlos Eduardo Fernandes, ministrou, na terça-feira (12/12), a partir das 19h30, em formato telepresencial, a 12ª aula do Curso Online para Candidatos e Assessores, com conteúdo focado na capacitação para as eleições municipais de 2024.

https://www.fundacaoastrojildo.org.br/secretario-de-sp-discute-abastecimento-em-curso-da-fap/

Biblioteca Salomão Malina fecha o ano com uma série de atividades culturais


Cidades inteligentes e inovação tecnológica é tema de aula no curso para candidatos

Comunicação FAP

O presidente do Instituto Brasileiro de Cidades Humanas, Inteligentes, Criativas e Sustentáveis (IBRACHICS), André Gomyde, vai ministrar nesta terça-feira (24/10), a partir das 19 horas, a aula telepresencial no Curso Online para Candidatos e Assessores, com foco na capacitação para as eleições municipais de 2024. A iniciativa é da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em parceria com o Cidadania 23, na modalidade de formação continuada.

https://www.youtube.com/live/y6TP6fYSTJ0?si=3DG1lc_t43aWz13N

A aula será mediada pela presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas-SP, que é diretora-executiva da FAP. Os interessados ainda podem se inscrever, por meio do formulário virtual, que também está disponível no site da entidade, gratuitamente. O curso oferecerá certificado para os alunos concluintes.

A aula será ministrada ao vivo, de forma telepresencial, por meio da sala virtual do aplicativo Zoom, canal que permite a interação direta de alunos com o professor. O acesso é liberado poucos minutos antes do início das aulas. Todas as aulas também ficam disponíveis no canal da fundação no Youtube, para serem vistas posteriormente, a qualquer momento, pelos interessados.

A seguir, confira a programação das primeiras aulas do curso:

O curso integra o programa de formação política da FAP, em parceria com o Cidadania 23. Desde o ano de 2020, a fundação realizou três cursos destinados à capacitação de candidatos a cargos eletivos e suas equipes, fortalecendo o seu comprometimento com a boa política e a cidadania.

Abaixo, veja as aulas anteriores:




Cristovam Buarque debate educação para o futuro em curso focado nas eleições de 2024

Comunicação FAP

O ex-senador Cristovam Buarque, que é presidente do Conselho Consultivo da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), vai ministrar nesta terça-feira (3/10), excepcionalmente a partir das 20 horas, a aula telepresencial sobre educação para o futuro, durante o Curso Online para Candidatos e Assessores, com foco na capacitação para as eleições municipais de 2024. A iniciativa é da entidade, em parceria com o Cidadania 23, na modalidade de formação continuada.

https://www.youtube.com/live/0XTpYW1dzhs?si=4TaE5oYlJ5A3N_5g

A aula será mediada pelo consultor legislativo do Senado Arlindo Fernandes, que é integrante do Conselho Curador da FAP. Em regra, as aulas são ministradas a partir das 19 horas, desde que não haja situação excepcional que impeça os professores. Os interessados ainda podem se inscrever, por meio do formulário virtual, que também está disponível no site da entidade, gratuitamente. O curso oferecerá certificado para os alunos concluintes.

Cristovam foi reitor da Universidade de Brasília (UnB) de 1985 a 1989. Também é governador do Distrito Federal (1995 a 1998) e ex-ministro da Educação, cargo que ocupou no primeiro mandato do governo Lula. Ele foi reeleito nas eleições de 2010 para o Senado pelo Distrito Federal, com mandato até 2018.

A aula será ministrada ao vivo, de forma telepresencial, por meio da sala virtual do aplicativo Zoom, canal que permite a interação direta de alunos com o professor. O acesso é liberado poucos minutos antes do início das aulas. Elas também ficam disponíveis no canal da fundação no Youtube, para serem vistas posteriormente.

A seguir, confira a programação das primeiras aulas do curso:

O curso integra o programa de formação política da FAP, em parceria com o Cidadania 23. Desde o ano de 2020, a fundação realizou três cursos destinados à capacitação de candidatos a cargos eletivos e suas equipes, fortalecendo o seu comprometimento com a boa política e a cidadania.

Abaixo, veja as aulas anteriores:




Arlindo Fernandes: Atuação da bancada do PCB na Constituinte

Arlindo Fernandes, consultor legislativo do Senado

Os parlamentares que integravam o Congresso Nacional que resultou das eleições gerais de 1986 eram 559, dos quais apenas 26 eram mulheres. Esses congressistas, ao tempo em que podiam se reunir na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, eram também constituintes, uma vez que integravam, simultaneamente, uma assembleia constituinte, que funcionou desde fevereiro de 1987 até 5 de outubro de 1988, quando a nova Constituição foi promulgada.

Nesse amplo universo, atuava uma bancada integrada formalmente por três parlamentares, os deputados federais Roberto Freire, de Pernambuco; Fernando Sant’Anna, da Bahia; e Augusto Carvalho, do Distrito Federal. Eles compunham a representação do PCB na Constituinte, que tinha Freire como líder.

Essa informação aritmética, de que eram 3 entre 559, não dá conta de informar a qualidade e a expressão da intervenção do PCB nesse processo. As razões são diversas: em primeiro lugar, o Partidão tinha um projeto e uma proposta de Constituição, o que lhe permitia ter sugestões a apresentar nas mais diversas matérias. Em segundo lugar, sua linha política lhe possibilitava amplo diálogo político e o situava no vértice da questão central em que tudo se permeava, a questão democrática. Por último, os três constituintes do PCB eram, na prática, por volta de uma dúzia, vez que a fração, quando reunia, tinha essa participação.

Ao lado disso, as maiores lideranças da Assembleia Constituinte tinham apreço pela qualidade e natureza democrática da intervenção dessa bancada e pelo papel recém desempenhado na luta contra a ditadura e na transição democrática. Nomes como o de Ulysses Guimarães, Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, Itamar Franco, Euclides Scalco, Almir Gabriel, José Serra e José Richa estimavam os membros da bancada do PCB, e lhe conferiam tratamento compatível. 

E havia o papel desempenhado pelos nomes que integravam a pequena bancada: a liderança trabalhista de Augusto Carvalho, em um Congresso no qual os que tinham origem sindical eram poucos; a figura histórica do nacionalismo brasileiro do baiano Fernando Sant’Anna; e a liderança política de Roberto Freire, já então um “cardeal” da Câmara dos Deputados. 
Assim é que vieram os frutos: antes de a ANC iniciar propriamente os seus trabalhos, o então senador Fernando Henrique Cardoso (FHC), designado relator do futuro regimento interno, concebera (bem) os trabalhos constituintes mediante sua divisão em comissões temáticas, que adiante seriam os títulos da Constituição. Essas comissões, por seu turno, eram repartidas em subcomissões, que se tornariam capítulos e seções daqueles títulos.

A Comissão da Ordem Econômica, por exemplo, tinha, no projeto original de FHC, algumas subcomissões, como a de princípios gerais e da política urbana, e, na proposta original, a da “política agrícola e fundiária”. Fernando Sant’Anna apresentou emenda na qual acrescia à subcomissão de política agrícola o tema “reforma agrária”, o que o conduzia à centralidade dos debates. FHC, relator, acatou a emenda, e a reforma agrária assumiu seu lugar nos debates da ordem econômica na Constituinte. Adiante, uma emenda de Roberto Freire disporia sobre as condições para a desapropriação de terras improdutivas, tema inescapável. 

Para ficarmos ainda no campo, durante o processo constituinte, os direitos dos trabalhadores (art. 7º) se referiam aos trabalhadores urbanos, apenas, constando um dispositivo pelo qual alguns deles se aplicavam aos trabalhadores rurais. No final do processo, uma emenda de Augusto Carvalho, em coautoria com o deputado gaúcho Paulo Paim, ampliou para os trabalhadores rurais todos os direitos dos trabalhadores urbanos.

Mas o aspecto central da ação dessa bancada na Constituinte foi no sentido de que a Constituição consagrasse o Estado de Direito Democrático, com todos princípios, direitos e garantias. Nesse propósito, foram concentrados os seus esforços, ao final, vitoriosos. Recordamos a atuação de uma pequena bancada partidária na Assembleia Nacional Constituinte para ressaltar o quanto uma linha política que corresponde ao seu tempo pôde contribuir para potencializar a sua intervenção.


Davi Emerich: O pequeno grande PCB

Davi Emerich, jornalista do Senado, foi assessor do deputado Roberto Freire (Cidadania-PE), na Constituinte e na liderança do Governo Itamar Franco. Era membro do Comitê Central do PCB.

Eles eram poucos, não cantaram a Internacional baixinho, como registrou Ferreira Gullar em belo poema sobre os fundadores de 1922, mas tiveram um grande papel na discussão e construção da Constituição de 1988, a mais avançada do país. A bancada do PCB, legalizado então há poucos anos, era composta por três parlamentares apenas, mas com uma influência no Congresso que ultrapassava a lógica da política.

Parece que o perfil de cada parlamentar comunista tinha sido esculpido por alguma razão indecifrável, que se encaixava em um mosaico à perfeição.

Fernando Santana, um mito baiano, querido por todos, misturava convições socialistas a um forte nacionalismo e era a ponte de prestígio junto a Ulysses Guimarães e a outras lideranças expressivas, muitas delas forjadas antes do regime militar. Era convocado sempre pelo doutor Ulysses para falar por mais de hora na tribuna, segurando a sessão para que as reuniões de acordo acontecessem. Se preciso fosse, cumpriria esse papel por horas, "a la Fidel", tudo de improviso, citando números, metido dentro de um indefectível terno branco engomado à moda dos antigos coronéis do cacau.

Com a mania de chamar todo mundo de "seu corno" e de dar tapas fortes no peito dos amigos (certa feita levou a nocaute o deputado baiano direitista José Lourenço, que acabara de sair de uma cirurgia cardíaca) tinha por hábito cochilar nas sessões. Algumas vezes, seus sapatos eram escondidos por "molecagem" de Dante de Oliveira e João Hermann Neto, e ele ia só de meias para o gabinete, sem reclamar.

Augusto Carvalho, o caçula da turma, respondia principalmente pelas questões trabalhistas e sindicais, usando do prestígio que obtivera como ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Distrito Federal. Travou debates memoráveis sobre o modelo sindical, a favor da unicidade e contra o pluralismo que informava o nascente Partido dos Trabalhadores, este ainda com uma bancada igualmente diminuta.

O maestro da turma era Roberto Freire, debatedor, formulador e com bom trânsito em todas as correntes políticas, sempre afirmando suas posições de esquerda.

Invariavelmente, nas sessões mais tensas, Freire era presença marcante no microfone frontal à mesa para orientar as votações. Dezenas de deputados seguiam a orientação do comunista pernambucano e não a de seus líderes.

Freire foi o idealizador da chamada emenda aglutinativa, que não existia no regimento das Casas e da Constituinte. Foi exatamente essa inovação que permitiu que centenas de emendas se transformassem em um mero artigo de três linhas. E que centenas de parlamentares pudessem propagar junto às suas bases para serem autores de várias partes da Constituição. Coisas da política!

Coragem incomum era uma das marcas de Freire, para além de sua capacidade de articulação. Certo dia, a UDR de Caiado, com milhares de manifestantes em Brasília, explodiu em alegria na Esplanada quando conseguiu aprovar a anistia para as dívidas de todos os produtores rurais, incluindo fundações privadas na condição de jabutis. A festa rolava solta, de repente a frustração: Freire aprovara uma subemenda, restringindo o benefício apenas para os micros e pequenos agricultores.

O Congresso foi invadido, o Túnel do Tempo tomado, a segurança da Câmara quis tirar Freire do prédio pelo anexo 1. Teimoso, o líder comunista não aceitou o conselho e abriu passagem entre os manifestantes, com paletó desabotoado, em direção ao seu gabinete no anexo 4. Sob a Biblioteca, fez um discurso duro após alguém gritar "vendido aos banqueiros". Todos ficaram calados, e o deputado seguiu o seu caminho, sem nenhum traço de temor.

Naquele dia, ficou parecendo que realmente os céus protegem os doidos!


Saiu na Veja | Rede descoberta

Por José Casado, publicado na revista Veja

“Eu sou Victor Muller Ferreira, nasci o 04 de abril de 1989 no Riode-Janeiro, em Niteroi” — dizia o documento encontrado num dos dispositivos eletrônicos apreendidos com o passageiro deportado da Holanda para o Brasil, em março do ano passado.

Descontados os erros na escrita, não sobrava uma única verdade nas dezesseis palavras iniciais de um roteiro tosco sobre um homem que nunca existiu, mas morou em Niterói, Brasília, São Paulo e Baltimore (EUA) nos últimos onze anos.

Victor era Sergey na vida real. Jamais foi Muller Ferreira, como identificado no passaporte brasileiro. Erab Vladimirovich Cherkasov, informavam certidões russas. Nascera trinta e sete anos atrás em Kaliningrado, antiga Königsberg do filósofo Immanuel Kant. É um enclave do tamanho do Recife, entre a Polônia e a Lituânia, base naval da Rússia no Mar Báltico.

Detido no aeroporto de Guarulhos por identidade falsa, Cherkasov está preso em Brasília. Semana passada começou a ser processado nos Estados Unidos como agente de espionagem do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia. Ele nega. O governo de Vladimir Putin pediu sua extradição, qualificando-o como um mafioso moscovita.

Cherkasov é caso exemplar das dificuldades dos espiões do século XXI para criar histórias de vida coerentes no mundo digital e burlar sistemas de vigilância biométrica nas fronteiras.

Já era complicado na Europa de oito décadas atrás, quando Leopold Trepper vestiu a pele do industrial canadense Adam Milker e começou a montar a Orquestra Vermelha, a maior rede de espionagem soviética durante a II Guerra Mundial.

No fim de 1939, conta Trepper no livro O Grande Jogo (Fundação Astrojildo Pereira), chegaram à Bélgica quatro agentes russos que deveria infiltrar nos Estados Unidos. Todos estavam com passaportes uruguaios, confeccionados num birô moscovita de falsificações — a “sapataria”, no jargão da época. Para entrar nos Estados Unidos como cidadãos sul-americanos, precisavam de endosso do consulado de seu país em Bruxelas. O problema era que, dos quatro “uruguaios”, só um falava espanhol e sabia alguma coisa sobre o Uruguai.

Falhas em Moscou expõem espiões no Brasil, na Argentina e na Europa

A Orquestra Vermelha tornou-se lenda da espionagem soviética pelos êxitos. Um deles foi no outono de 1941, quando Hitler reuniu seus generais para decidir a ofensiva contra Moscou. Não levou muito tempo para o Kremlin conhecer, em detalhes, a opção pelo cerco à capital soviética — o estenógrafo do Estado-Maior da Wehrmacht na reunião era um dos “músicos” de Trepper.

Nas sombras da guerra de Putin na Ucrânia, os serviços secretos da Rússia agora parecem sitiados por falhas de informação e de segurança. Desde a invasão, dezenas de agentes russos mantidos sob cobertura diplomática foram expulsos por governos europeus. Estão perdendo, também, agentes treinados e custeados na vida encoberta no exterior.

Nos últimos doze meses foram descobertos três deles com identidades e residências no Brasil e dois na Argentina. As ações antiespionagem foram públicas, com indícios de coordenação entre treze governos.

Sergey Cherkasov foi identificado como oficial da inteligência militar russa e barrado na Holanda, em março do ano passado, depois de uma temporada na Universidade Johns Hopkins (EUA), onde viabilizara seu grande jogo: um estágio no Tribunal Penal de Haia, que investigava crimes de guerra na Ucrânia.

Deportado e preso em São Paulo, foi mapeado até nos locais onde escondia arquivos eletrônicos para coleta por outros agentes. Um deles numa ruína no mato, no quilômetro 34 da Rodovia Raposo Tavares, em Cotia (SP).

Na época da prisão de Cherkasov, a Grécia identificou a agente russa Irina Alexandrovna Smireva. Ela é casada com outro agente que vivia no Brasil na pele do empresário carioca Gerhard Daniel Campos Wittich.

Seis meses depois, em outubro, a Noruega prendeu o coronel russo Mikhail Valeriyevich Mikushin, o José Assis Giammaria no passaporte brasileiro, infiltrado num grupo de pesquisas no Ártico. Às vésperas do Natal, a Eslovênia deteve um casal de espiões, com passaportes argentinos em nome de María Rosa Mayer Muñoz e Ludwig Gisch.

Essa inusitada fragilidade na rede de agentes de Moscou com vidas falsas construídas no Brasil e na Argentina foi tema do vice-diretor da CIA, David Cohen, em visita aos governos do Mercosul na semana passada.

Fonte: Artigo publicado na Veja.


Aniversário de Brasília: Cineclube Vladimir Carvalho exibe filme O Céu Perdeu a Cor

Comunicação FAP

Às vésperas do aniversário de 63 anos de Brasília, a Biblioteca Salomão Malina exibirá, nesta quarta-feira (19/4), a partir das 15 horas, no Cineclube Vladimir Carvalho, o longa-metragem O Céu Perdeu a Cor, dirigido pelo cineasta Gustavo Serrate, com roteiro de Rodrigo Huagha. A entrada é franca. O espaço fica no Conic, na região centro da capital federal.

https://youtu.be/zTdv4WXtPwk

Com duração de 72 minutos e exibido em preto e branco, o longa conta com uma narrativa fragmentada por lapsos de tempo. O filme, um drama com classificação indicativa para pessoas a partir de 10 anos de idade, é resultado de um projeto independente realizado em Brasília e finalizado no período da pandemia.

O longa tem como personagem principal a cidade de Brasília e conta a história de quatro personagens todos quebrados pela vida. Um homem negro, ex-trompetista cansado da vida, já não consegue mais trabalhar e está a ponto de desistir. Pablo, enfrenta a perda de um amor. Nadja retorna à cidade depois de uma longa ausência sem dar notícias a seus conhecidos. E Clarice, uma dançarina que busca uma maneira de incorporar os movimentos da epilepsia em sua dança.