A FAP (Fundação Astrojildo Pereira) é uma instituição aberta para análise, estudos e debates das complexas questões da atualidade, acessível a todo e qualquer cidadão. Tem como principal objetivo difundir os ideais democráticos e os princípios republicanos, a liberdade, a igualdade de oportunidades, a cidadania plena e a justiça social, mas sem ações eleitorais nem panfletárias.

Para tanto, realiza uma série de publicações e atividades no meio político, acadêmico e cultural, e agora inova na sua comunicação, criando um dinâmico canal de vídeos na internet, a TV FAP.

Quem foi Astrojildo Pereira?

Astrojildo Pereira Duarte Silva (Rio Bonito, 8/11/1890 – Rio de Janeiro, 21/11/1965)foi um escritor, jornalista, crítico literário e político brasileiro, fundador do Partido Comunista Brasileiro, em 1922.

Aos 16 anos abandonou os estudos (no terceiro ano do curso ginasial no Colégio Anchieta, de Nova Friburgo). Começou nesta época sua militância anarquista, em oposição à doutrina religiosa difundida pela Igreja e contra o militarismo, estimulado pelas greves operárias de 1906.
Na juventude, como gráfico, fez parte de organizações operárias de orientação anarcossindicalista, sendo um dos organizadores do segundo Congresso Operário Brasileiro, em 1913. Iniciou na imprensa operária sua carreira de jornalista, atividade à qual se dedicaria durante a maior parte de sua vida.

Em 1918, foi preso por participar da frustrada insurreição anarquista, sendo libertado em 1919. Fundou, em 1921, o Grupo Comunista do Rio de Janeiro. No ano seguinte, reuniu os vários grupos bolchevistas regionais para criar o Partido Comunista do Brasil, em março de 1922, reconhecido dois anos depois como Seção Brasileira da III Internacional.

Sua primeira viagem à União Soviética foi em 1924, na condição de secretário-geral do partido. No ano seguinte, junto com Otávio Brandão, iniciou a publicação do jornal A Classe Operária, órgão oficial do PCB. Em 1927, viajou à Bolívia para entrar em contato com o líder tenentista refugiado Luís Carlos Prestes, a fim de aproximá-lo do marxismo-leninismo. Em 1928, passou a ser um dos integrantes do Comitê Executivo da III Internacional.

Em 1931, desligou-se do partido e passou a colaborar no jornal carioca Diário de Notícias e na revista Diretrizes. Como crítico literário, especializou-se nas obras de Machado de Assis e Lima Barreto.

Em 1945, retornou ao PCB, passando a colaborar com a imprensa partidária. No entanto, após a cassação do partido, em 1947, a diretriz política ordenada por Prestes até 1956 acabou o afastando novamente do PCB.

Após a instauração do governo militar, em 1964, foi preso por três meses, já em estado precário de saúde. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1965.

Em 2000, o PPS (Partido Popular Socialista) cria a FAP (Fundação Astrojildo Pereira), com o objetivo de preservar a memória deste fundador do PCB e dos militantes comunistas brasileiros.