biblioteca salomão malina
FAP fortalece sua função social com série de eventos e cursos online durante pandemia
Confira as ações realizadas pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP) durante o primeiro semestre de 2020
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
No primeiro semestre de 2020, a FAP (Fundação Astrojildo Pereira) realizou eventos presenciais e, em março, passou a promover e a divulgar uma série de lives e webinars por causa do isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19. Apesar da crise sanitária global, a entidade manteve a sua função social e seguiu com sua visão de ser referência para a cultura e a política democrática no Brasil.
Com os eventos online, a FAP fortalece a sua diretriz de realizar ações no mundo digital, como passou a fazer com os cursos de formação política Jornada da Cidadania e Jornada, realizado de fevereiro a junho deste ano, e Jornada da Vitória, iniciado no mês passado e que deve seguir até o mês de setembro.
Assim, a fundação continua promovendo o estudo e a reflexão crítica da sociedade, de maneira a construir referências teóricas e culturais relevantes para a defesa e a consolidação do Estado Democrático de Direito.Todas as ações da FAP são sustentadas por valores baseados na democracia, transparência, sustentabilidade, solidariedade, reformismo, ética, equidade e cosmopolitismo.
Clique aqui ou na imagem abaixo para conferir a lista de ações da entidade realizadas de janeiro a julho de 2020.

Desafios do empreendedorismo feminino é tema de live da Biblioteca Salomão Malina
Evento online tem participação da jornalista Jordana Saldanha e mediação da bibliotecária Thalyta Jubé
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
A Biblioteca Salomão Malina realiza, no dia 29 de julho, das 19h às 20h30, a live sobre desafios do empreendedorismo feminino na crise, com participação da jornalista Jordana Saldanha e mediação da bibliotecária Thalyta Jubé. O evento online terá transmissão ao vivo na página da biblioteca no Facebook, com retransmissão, em tempo real, no site e na página da FAP (Fundação Astrojildo Pereira) na rede social.
Assista ao vídeo!
A live deve abordar como a equidade de gênero no mercado de trabalho é uma questão ainda não resolvida no contexto brasileiro. “A mulher sofre desvantagens no momento de conseguir emprego ou, quando está empregada, chega a receber menos que um homem que o ocupa o mesmo cargo”, ressalta Thalyta, que é coordenadora da biblioteca.
Essa situação pode piorar ainda mais no contexto pós-pandemia, considerando a grave crise econômica pela qual passa o país e que já a problemática agora se agrava diante da situação econômica do país pós-pandemia.
O Brasil registrou o nível mais baixo de ocupação da série histórica no trimestre encerrado em maio, quando a pandemia de coronavírus deixou 12,7 milhões de desempregados e fez a taxa de desemprego disparar. Os dados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
“O intuito do bate-papo com uma mulher empreendedora e multitarefas, como Jordana, é mostrar a internautas possíveis soluções e práticas para amenizar o desafio de muitas mulheres e mães que perderam seus empregos e que hoje têm dificuldade de encontrar uma opção viável para o sustento de suas famílias”, explica Thalyta.
Jordana Saldanha é jornalista, empreendedora, mãe, palestrante, professora e foi campeã mundial de kung fu. Recebeu o Prêmio MPE Sebrae (categoria gestão industrial) em 2015. É Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas.
Ela também foi campeã nacional do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios - Sebrae, em 2016. Atua voluntariamente como coordenadora de comunicação do Grupo Mulheres do Brasil e, atualmente, é chefe da Assessoria de Comunicação Corporativa do Conselho Federal de Química.
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Webinar da Biblioteca Salomão Malina discute desafios para vida nas periferias
Pedro Cláudio Bocayuva, Magda Gomes, Itamar Silva, Claudia Silva, Soninha Francine, Luciano Rezende e Elimar Pinheiro participam do webinar, que terá transmissão ao vivo e aberta ao público em geral no site e nas redes sociais.
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
A necessidade de implementação eficaz de políticas públicas nas favelas e periferias do país vai ser discutida no webinar “A vida banal nas comunidades: o que virá depois”, que será realizado pela Biblioteca Salomão Malina, nesta sexta-feira (17), das 18h30 às 20h. O evento online terá transmissão ao vivo e aberta ao público em geral na página da biblioteca no Facebook. A retransmissão será realizada, em tempo real, no site da FAP (Fundação Astrojildo Pereira) e na página da entidade no Facebook.
Assista ao vivo!
A seguir, veja quem são os participantes do webinar:
Pedro Cláudio Bocayuva, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro);
Magda Gomes, líder comunitária da Rocinha;
Itamar Silva, líder comunitário do Morro Dona Marta;
Claudia Silva, líder comunitária de Belém;
Soninha Francine, vereadora de São Paulo
Luciano Rezende, prefeito de Vitória
Elimar Pinheiro, mediador, conselheiro da FAP e professor da UnB (Universidade de Brasília).
A proposta deste webinar é discutir como as políticas públicas devem chegar às comunidades e a forma como as pessoas estão vivendo durante a pandemia do coronavírus, em um contexto de aumento da extrema pobreza. Em abril, o Banco Mundial divulgou que o número de pessoas vivendo com menos de US$ 1,90 por dia no país passou de 9,25 milhões, em 2017, para 9,3 milhões, em 2018.
No país, a renda mensal para essa população, conforme cálculos do Banco Mundial, era de R$ 150, em julho de 2019, período mais recente analisado. Equador, Honduras e Argentina são outros países que tem indicadores preocupantes, mostrando aumento da pobreza extrema. Além disso, no Brasil, pretos, pardos e pobres são os mais afetados pela pandemia no coronavírus. Os dados são da primeira pesquisa mensal da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada no mês passado.+
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Mulheres da periferia discutem sociedade sexista em live da Biblioteca Salomão Malina
Com transmissão ao vivo, evento online terá participação de sete jovens e será realizado no dia 16 de julho
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
Mulheres artistas da periferia vão discutir, no dia 16 de julho, das 19h às 20h30, a escrita poética na sociedade sexista em nova live do grupo Slam-DéF, com apoio da Biblioteca Salomão Malina, mantida pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), em Brasília. O evento online é aberto ao público e terá transmissão ao vivo pela página da biblioteca no Facebook. A retransmissão em tempo real será realizada no site da FAP e na página da entidade no Facebook.
Empoderamento feminino, periferia, violência, criminalidade, opressão contra minorias, luta por oportunidades, racismo, machismo, sexismo estão entre os assuntos que devem ser abordados pelas artistas durante a live do Slam-DéF. Além disso, elas também devem apresentar caminhos para superação dos problemas, em busca de uma sociedade menos injusta, menos desigual e menos excludente.
Confira!
O slam nasceu em Chicago, Estados Unidos, nos anos 1980. Chegou ao Brasil duas décadas depois. No Distrito Federal, começou em 2015, com o Slam-DéF, que também atua no Entorno. O grupo integra diversas pessoas de qualquer idade, de cor, raça, etnia e orientação sexual. “A nossa ideologia é abrir espaço para as vozes da periferia”, afirma o produtor do grupo, o professor de língua portuguesa Will Junio.
A seguir, confira as sete artistas convidadas para a próxima live do Slam-DéF:







Livro de Machado de Assis é discutido em webinar da Biblioteca Salomão Malina
Histórias sem data, originalmente publicado em 1884, é título que tem justificativa do próprio autor
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
Mantida pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira) em Brasília, a Biblioteca Salomão Malina realiza, nesta segunda-feira (6), das 18h30 às 20h, webinar mensal do Clube de Leitura Eneida de Moraes para discutir o livro Histórias sem Data, de Machado de Assis. Público em geral poderá participar do evento online, que terá transmissão ao vivo na página da biblioteca no Facebook. O site da FAP e a página da entidade no Facebook fazem a retransmissão em tempo real.
Assista ao vídeo!
O webinar será mediado pelo escritor Paulo Souza e pela coordenadora da biblioteca, Thalyta Jubé, que, por meio do whatsapp (61) 98401-5561, vai compartilhar o link do aplicativo de videoconferência a todos que quiserem participar diretamente do webinar, para aparecer no vídeo e interagir com os demais participantes, virtualmente. Perguntas e comentários também poderão ser enviados na página da unidade de leitura no Facebook.
Histórias sem data é reunião de 18 contos de Machado de Assis publicados em periódicos cariocas. A escolha do título do livro é explicada pelo próprio escritor no prefácio de advertência da 1ª edição da obra.
“De todos os contos que aqui se acham há dois que efetivamente não levam datas expressas; os outros a têm, de maneira que este título Histórias sem Data parecerá a alguns ininteligível, ou vago”, escreveu, para continuar: “Supondo, porém, que o meu fim é definir estas páginas como tratando, em substância, de cousas que não são especialmente do dia, ou de um certo dia, penso que o título está explicado. E é o pior que lhe pode acontecer, pois o melhor dos títulos é ainda aquele que não precisa de explicação.”
À primeira vista, como em um prefácio normal, Machado de Assis anuncia sua independência de seu tempo. Com efeito, mais de um século decorrido, verifica-se que o tempo atua a seu favor. Fato indiscutível é que o autor não quer seus leitores presos a qualquer data, nem sequer à descrição que faz de seus próprios personagens.
Histórias sem Data foi publicado, originalmente, em 1884, três anos depois de Memórias póstumas de Brás Cubas e quando o autor provavelmente já idealizava o romance Quincas Borba. Este quarto livro de contos tem todos os ingredientes que fazem de Machado de Assis um contista referência para os demais escritores.
A Biblioteca Salomão Malina tem três exemplares do livro disponíveis para empréstimo. Durante o período da pandemia, é oferecido ao público em geral, sem qualquer custo, o serviço de empréstimo delivery. A solicitação deve ser realizada por meio do whatsapp da biblioteca.
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Debate online organizado pela Biblioteca Salomão Malina ocorreu nesta sexta-feira (5). FAP fez a transmissão
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
A Biblioteca Salomão Malina realizou nesta sexta-feira, às 18h30, a webinar Economia: o que virá depois?, que discutiu perspectivas mais relevantes do setor no mundo após a pandemia do coronavírus. A transmissão foi aberta ao público, por meio da página da FAP (Fundação Astrojildo Pereira) no Facebook e do site da entidade.
Confira o vídeo abaixo!
O vice-presidente do Conselho Curador da FAP, Bazileu Margarido, mediou a discussão, que também teve a participação do consultor tributário e vice-presidente da Associação Brasileira de Direito Financeiro, Everardo Maciel. Ele foi secretário da Receita Federal (1995 a 2002). Além deles, debateram o assunto o economista José Luis Oreiro, professor da UnB (Universidade de Brasília; o presidente do Conselho Curador da FAP, Cristovam Buarque; e André Eduardo Fernandes, mestre em economia e consultor do Senado.
Entre os assuntos que foram debatidos, estão o papel do Brasil e as principais medidas que poderão ser tomadas pelo governo para minimizar os impactos da pandemia sobre a crise economia. Os participantes também deverão propor saídas sustentáveis diante do embate polarizado em defesa da vida e da economia, cada vez mais crescente em todo o mundo e, principalmente, no país.
Biblioteca Salomão Malina oferece empréstimo de livro em casa, de forma gratuita
Entrega de obras é feita em endereço cadastrado, todas às quintas-feiras; interessados devem entrar em contato pelo whatspp 61 984015561
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
Mantida pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira) em Brasília, a Biblioteca Salomão Malina lançou o serviço de empréstimo de livros delivery, com entrega gratuita de obras literárias na casa de moradores da capital federal e região, durante a pandemia do coronavírus, sem qualquer custo para os interessados. O prazo de empréstimo é de 15 dias úteis e pode ser renovado até três vezes pela internet.
As pessoas interessadas podem entrar em contato pelo whatsapp oficial da Biblioteca Salomão Malina (61 984015561), localizada no Conic, um importante centro comercial e de cultura de Brasília, para solicitarem o catálogo online com mais de 2 mil livros disponíveis para empréstimo. O serviço é oferecido a todos os leitores cadastrados na unidade. Para se cadastrar, é necessário enviar foto do documento oficial e comprovante de residência pelo whatsapp, além de fornecer demais dados pessoais necessários e de contato.
A coordenadora da Biblioteca Salomão Malina, Thalyta Jubé, explica que a unidade é especializada em ciências sociais e humanas. Toda às quintas-feiras, a equipe da biblioteca separa os pedidos da semana, higieniza as capas dos livros com álcool 70%, embala as obras em plásticos apropriados e faz a entrega nesse mesmo dia.
O serviço de empréstimo delivery inclui a entrega do livro na residência da pessoa interessada. A devolução é marcada no sistema da biblioteca, que disponibiliza profissional com transporte individual para buscar a obra literária no mesmo endereço cadastrado e na data agendada.
Após serem devolvidos, conforme explica Thalyta, os livros são armazenados em local separado e apropriado e submetidos aos procedimentos indicados nas recomendações do SNBP (Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas). A Biblioteca Salomão Malina é privada, mas, em períodos normais, fica aberta ao público, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.
Por causa da pandemia, a biblioteca precisou ser fechada ao público, no dia 16 de março, mas, desde então, mantém as atividades administrativas internas. Para garantir o acesso à leitura da população, o diretor-geral da FAP, Luiz Carlos Azedo, teve a ideia de fazer o serviço de empréstimo delivery, o que foi viabilizado e organizado pela coordenação da biblioteca.
Desde abril, o serviço passou a ser divulgado nas redes sociais da biblioteca e via e-mail para os usuários já cadastrados. Com o intuito de alcançar mais leitores, o cadastro passou a ser feito de forma remota. Assim, o serviço não é mais restrito somente a quem já era cadastrado. A partir da próxima semana, o site da FAP passará a divulgar histórias de pessoas que usam o serviço de empréstimo delivery.
Livro Senhor das Moscas, que aborda poder e violência, é discutido em webinar
Biblioteca Salomão Malina organiza conferência online do Clube de Leitura Eneida de Moraes
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
Curiosidades e detalhes do best-seller Senhor das Moscas (1954), um clássico do inglês William Golding e que aborda a natureza do mau e a tênue linha entre o poder e a violência desmedida, foram discutidos em webinar do Clube de Leitura Eneida de Moraes, organizado pela Biblioteca Salomão Malina, sediada em Brasília. Mediado pelo escritor Paulo Souza e aberto ao público, o debate, realizado nesta segunda-feira (1), a partir das 18h30, foi transmitido pelo site da FAP (Fundação Astrojildo Pereira) e em sua página no Facebook.
Com a realização de mais uma edição do clube de leitura, a Biblioteca Salomão Malina mantém seu compromisso de promover o incentivo à leitura por meio de obras escolhidas pelos próprios participantes, disponibilizando o seu acervo para o projeto. De acordo com os organizadores, o objetivo é também integrar ainda mais o público em geral com escritores. As reuniões do clube de leitura ocorrem em toda primeira segunda-feira do mês.
Confira aqui ou no vídeo abaixo!
Senhor das Moscas é um dos romances essenciais da literatura mundial. Adaptado duas vezes para o cinema e traduzido para 35 idiomas, o clássico já foi visto por críticos como uma alegoria, uma parábola, um tratado político e mesmo uma visão do apocalipse.
Durante a Segunda Guerra Mundial, um avião cai numa ilha deserta, e seus únicos sobreviventes são um grupo de meninos. Ao narrar a história de meninos perdidos numa ilha, aos poucos se deixando levar pela barbárie, Golding constrói uma reflexão sobre a natureza do mau e a tênue linha entre o poder e a violência desmedida.
De acordo com críticos, a nova tradução para o português mostra como Senhor das Moscas mantém o mesmo impacto desde seu lançamento: um clássico moderno; um livro que retrata de maneira inigualável as áreas de sombra e escuridão da essência do ser humano.
Paulo Souza é escritor de dois livros, um de contos (Ponto Para Ler Contos, Kindle 2016) e uma novela em realismo fantástico (Clarice, a última Araújo, Penalux 2018). Tem participação na Antologia Sombria, organizada por André Vianco, em 2017.
Por meio do seu site e canal no youtube, o escritor divulga seu trabalho como blogueiro e escritor, além de promover a literatura brasiliense. Em 2013, ele criou o blog e canal Ponto Para Ler, que se manteve até o início deste ano. Foi jurado do Prêmio de Literatura da Caixa Econômica Federal nas edições de 2017 e 2018.
“O que virá depois?” é tema de webinar da Biblioteca Salomão Malina
Conversa online vai abordar mundo pós-pandemia do coronavírus e crise política no Brasil
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
A Biblioteca Salomão Malina realiza, nesta sexta-feira (15), a partir das 18h30, roda de conversa online (webinar) com o tema “O que virá depois?”, para discutir o pós-pandemia do coronavírus. A webconferência terá a participação do ex-governador do Distrito Federal Cristovam Buarque, do jornalista Luiz Carlos Azedo, do sociólogo Caetano Araújo e do historiador Victor Missiato. A transmissão será realizada pelo página da FAP (Fundação Astrojildo Pereira) no Facebook e pelo canal da entidade no Youtube.
Cristovam lamenta a crise sanitária global provocada pela pandemia, que já matou mais de 11 mil pessoas no Brasil e 284 mil no mundo até o início desta semana, mas reforça que a sociedade precisa se organizar e participar de debates virtuais no período de isolamento social. “Não podemos deixar que a epidemia nos confia e impeça o desenvolvimento de nossas ideias”, afirma. “Já que estamos confinados, é fundamental fazermos rodas de conversas pelos meios de comunicação a distância. Não podemos ser vencidos pela epidemia”, diz.
O sociólogo Caetano Araújo, que também é diretor executivo da FAP, ressalta a importância da webinar da Biblioteca Salomão Malina também em razão da crise política que atinge o Brasil. “Eventos como esse são particularmente importantes porque estamos enfrentando problemas complexos, agudos. De um lado, uma crise sanitária sem precedentes no país nos últimos 100 anos e, de outro lado, estamos enfrentando crise política que envolve escalada golpista de extrema direita”, assevera.
De acordo com Araújo, a sociedade deve debater política mesmo durante o isolamento social. “A pior coisa a se fazer é parar de discutir política. Como não podemos fazer reuniões presenciais e manifestações, o que temos de fazer é organizar discussões e debates sobre esses temas pela via do possível, que é a da internet”, pondera, para continuar: “Temos que persistir, conversar, trocar ideias, avançar na formulação de possíveis soluções, prospectar cenários futuros”.
Na avaliação de Missiato, doutor em história pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), a webinar da biblioteca Salomão Malina é um exemplo de que a pandemia do coronavírus vem acelerando a tendência da “participação democrática dos cidadãos” no mundo digital. “Acaba sendo aceleração de uma tendência até por conta das dificuldades de as pessoas se reunirem em cidades com muito trânsito ou em eventos que tenham que demandar diferentes atores de vários lugares, por exemplo”, afirma.
Ele observa que a pandemia do coronavírus é a primeira grande pandemia globalizada no que diz respeito à informação, por meio da participação dos cidadãos nas redes sociais. “De certa forma, as redes sociais ampliaram, globalmente, o debate em torno desse assunto. Mesmo que muitas vezes de forma tumultuada, democratizaram muito o debate”, acentua.
Victor acentua que, apesar da grande participação popular nas discussões, o poder de decisão sobre os assuntos debatidos ainda é concentrado. “Todos os debates nas redes sociais trouxeram uma politização muito grande em relação à própria humanidade”, pontua. “A participação política do cidadão na era digital conferiu ao cidadão enorme participação. Não quer dizer que o ambiente esteja mais plural, mais respeitoso”, observa.
Jovens de periferias de Brasília usam poesia como protesto em unidade da FAP no Conic
Espaço Arildo Dória passa a ser ocupado para batalha de poesias do Slam DéF todo mês
Cleomar Almeida
A língua portuguesa é usada como grito de protesto. “Não vamos nos calar.” A rima ecoa como símbolo de resistência. “Marielle vive.” As palavras se casam na voz da periferia para desconstruir preconceitos. “Para a polícia, tráfico só existe na favela. Nas mãos do branco, maconha é apenas um baseado.”
Jovens de regiões da periferia de Brasília ocuparam, na noite desta quarta-feira (19), o Espaço Arildo Dória, conjugado com a Biblioteca Salomão Malina. Ambos são administrados pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira) e ficam no Conic, na área central de Brasília. Eles se encontraram na segunda edição da batalha de poesias, realizado pelo grupo Slam DéF.
“A FAP tem entre seus objetivos trabalhar com cultura e política de forma que vá muito além da política-partidária. Abrir espaço para promover cultura não está fora do nosso escopo”, ressalta o diretor da fundação, Caetano Araújo. “Isto é importante para a cidade e para os grupos que não têm opções de fazer as suas atividades. Por isso, a expectativa é de que o projeto aqui tenha muito sucesso e dure por bastante tempo”, acrescenta ele.
Apesar do tom descontraído, o evento reúne jovens que usam as palavras para protestar por uma sociedade menos desigual, menos injusta e mais solidária. Na voz de poetas e poetisas ainda desconhecidos, a poesia ganha poder. O som sai da garganta em tom de desabafo. As identidades deles e de suas comunidades, como Ceilândia, Santa Maria, Riacho Fundo, revelam dor e ganham vida.
Participantes
Durante a competição, com transmissão ao vivo pela página da FAP no Facebook, os jovens gritam e encenam contra o que eles chamam de problemas já banalizados pela sociedade, mas que ocorrem todos os dias: violência contra mulheres, negros e homossexuais; racismo; machismo; intolerância e discriminação religiosa; violência estatal e policial; e criminalização das drogas e de jovens negro e da periferia.
Um dos participantes da batalha de poesias é o estudante Werick Heslei, 20 anos. Morador de Santa Maria, ele traz a realidade em suas palavras. “É importante que as pessoas ocupem os espaços. Com iniciativas como esta, da FAP, fica mais fácil que várias pessoas de várias quebradas [periferias] se aproximem e criem redes”, afirma ele.
Mãe de Werick, a chefe de cozinha Waldirene da Silva, 42, diz que faz questão de acompanhá-lo sempre que possível. Ela avalia como muito importante a Biblioteca Salomão Malina e o Espaço Arildo Dória serem ocupados pela periferia em eventos como a batalha de poesias. “É uma forma de conscientização e quebra de barreiras e preconceitos. Reúne pessoas com estilos totalmente diferentes”, acentua.
A estudante de Direito Lari Martinez, 21, também participa do programa evento Slam DéF como forma de protesto pela defesa de igualdade de direitos e condições para as mulheres na sociedade. Ela, que também é MC, aproveita a poesia falada para abordar o empoderamento das mulheres no hip hop.
“A sociedade é machista e o movimento hip hop não deixa de reproduzir isso. As minas do hip hop são resistência dentro de um movimento de resistência”, destaca Lari.
Competição
Coordenado pelo procurador de língua portuguesa Will Júnior, o projeto Slam DéF é uma competição de poesia falada. Qualquer pessoa interessada pode participar, sem inscrição prévia. Basta comparecer ao evento com uma poesia de sua própria autoria. A entrada é gratuita.
“A ideia é trabalhar poesia e trazer vida para aos artistas que, muitas vezes, não têm espaço para trazer sua arte. Para esse tipo de arte, esse tipo de proposta, praticamente não tem oportunidade em Brasília”, afirma o coordenador. Na competição, os participantes têm de recitar poesia de, no máximo, três minutos. Os jurados são escolhidos na hora do evento, aleatoriamente, para que o projeto seja mais dinâmico e mais próximo da sociedade.
Além de mostrar o domínio da fala em poesias, os jovens são um retrato de esperança por um mundo que pare de ver periferias como espaços de violência e criminalidade. É expectativa. É força. É luta. É poesia. A periferia existe e vive.
Autores contam suas histórias no lançamento do Clube de Leitura Eneida de Moraes
Realizado pela FAP, evento no Espaço Arildo Dória, conjugado com a Biblioteca Salomão Malina, teve participação do público e entrada gratuita
Cleomar Almeida
“Desde criança, eu inventava histórias. Plantava feijões na minha infância e cada um deles tinha um nome”, disse a romancista e historiadora Eneida Queiroz. “Hoje sou historiadora, leio mais livro de pesquisa do que romance. No entanto, sou mais romancista”, afirmou ela.
Ao lado de outros três autores, a escritora participou do lançamento do Clube de Leitura Eneida de Moraes, criado em homenagem à escritora, jornalista, militante e pesquisadora paraense que viveu de 1904 a 1971. O evento foi realizado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), no Espaço Arildo Dória, localizado em cima da Biblioteca Salomão Malina, no Conic, em Brasília.
Com transmissão ao vivo pela sua página no Facebook, a FAP mostrou a participação do público no evento, em interação com os autores que contaram suas histórias e as motivações para serem leitores e escritores de obras literárias.
A historiadora e romancista Eneida de Queiroz é autora de livros, entre os quais Úmida Trama e A Mulher e a Casa. Já o jornalista Rubens Valente, que escreveu livros como Os Fuzis e as Flechas, destacou a importância da leitura inicial para criar o hábito. “Comparo a literatura com [a prática de] andar de bicicleta. Tenho muita crítica a quem ataca leitor de youtuber. Melhor quem lê youtuber do que não está lendo nada. É como andar de bicicleta. Você vai aprendendo e aprimorando”, afirmou ele.
“As grandes alegrias da minha profissão estão nos livros. Com os livros, abri portas que nunca imaginava”, disse Valente. Ele tem trabalhos também sobre os índios na ditadura.
Imigrante libanesa, editorialista do jornal Correio Braziliense e ex-professora do Instituto Rio Branco, a escritora Dad Squarasi, autora de livros como Dicas da Dad e a Arte de Escrever Bem, também compareceu ao lançamento do clube de leitura.
“Quando cheguei ao Brasil, falava árabe, francês e espanhol. Foi fácil aprender português. Lia qualquer coisa, em qualquer ordem. Interrompia leitura, lia revista, jornal. Tinha muito gosto pelas letras e os professores sempre achavam que eu escrevia bem. Ganhei minha vida na área da escrita”, disse Dad, destacando sua trajetória até a chegada ao território nacional.
O escritor alagoano Daniel Barros, referência em romance policial e escritor dos livros Canto Escuro, Enterro sem Defunto e Enquanto a Noite Durar, compareceu ao evento e disse como foi conquistado pelo hábito de escrever. “Meu gosto por escrever foi por conta de histórias que ouvia na infância”, lembrou.
A mesa de conversa dos autores teve a mediação do produtor cultural Paulo Souza, responsável pelo perfil no Instagram Ponto para Ler, mesmo nome de um canal voltado para a divulgação da literatura. “Um clube de leitura no coração de Brasília é um motivo pelo qual devemos estar muito felizes. Acredito que viver este momento, ver o Conic sair das cinzas, é um privilégio para poucos”, disse. Ele ressaltou que o clube de leitura é uma aposta para resgatar a movimentação cultural no centro da capital federal.
FAP lançará Clube de Leitura Eneida de Moraes na Biblioteca Salomão Malina nesta terça (18)
Evento será realizado nesta terça-feira, 18 de junho, com participação de cinco autores de obras literárias
Cleomar Almeida
A FAP (Fundação Astrojildo Pereira) vai lançar, nesta terça-feira, 18 de junho, a partir das 19 horas, o Clube de Leitura Eneida de Moraes, na Biblioteca Salomão Malina, localizada no Espaço Arildo Dória, no Conic, na área central de Brasília. Na ocasião, também será lançada a Roda de Leitura: as mil faces da literatura. O objetivo dos dois eventos é incentivar ainda mais a prática de leitura e discussões dos temas abordados nas obras. A entrada é gratuita.
Além disso, de acordo com o projeto da biblioteca pública, o clube de leitura também tem como finalidade captar membros e interessados para integrar o grupo e reunir um público mais qualificado e apreciadores da literatura para aproveitarem mais a unidade mantida pela fundação. A FAP é vinculada ao Cidadania, que, segundo a direção do partido, deu nova identidade política ao PPS (Partido Popular Socialista).
Com transmissão ao vivo pela página da fundação no Facebook, o evento de lançamento também pretende promover trabalhos de autores e valorizar e tornar ainda mais conhecido o acervo da biblioteca, que conta com 6,5 mil livros para empréstimo ao público em geral. Segundo a coordenadora da biblioteca, Thalyta Jubé, Brasília tem sido palco e um movimento muito grande de clubes de leitura.
“A ideia do clube de leitura é fazer um momento em que as pessoas possam discutir os livros. No fundo, quem lê quer compartilhar a leitura com outra pessoa que tenha o mesmo hábito e seja leitor do mesmo autor. Com o encontro mensal, também podemos motivar o pessoal a ir mais a biblioteca”, diz Thalyta.
A roda de conversa, segundo a proposta da biblioteca pública, é uma metodologia que reproduz um ambiente mais informal, estimulando o diálogo entre os participantes. Ela tem como objetivo promover a discussão sobre as diferentes formas que a literatura pode se apresentar. Para demonstrar isso, os autores convidados para o lançamento irão compartilhar as suas diferentes abordagens ao escreverem literatura.
Entre eles está a escritora de romances históricos Eneida Queiroz, autora cujo nome batiza o clube de leitura. Ela escreveu, por exemplo, dos livros Úmida Trama e A Mulher e a Casa. Também estão nesse time os autores Rubens Valente, que escreveu o livro-reportagem Os Fuzis e as Flechas, e Daniel Barros, referência em romance policial e escritor dos livros Canto Escuro, Enterro sem Defunto e Enquanto a Noite Durar, entre outros. Também está confirmada a presença da libanesa Dad Squarasi, colunista do Correio Braziliense e autora de livros, como Dicas da Dad e a Arte de Escrever Bem.
“As pessoas de sorte vivem com o dinheiro contado, mas a maioria vive devendo. Como fazê-las comprar livros e arranjar um tempo livre não apenas para ler, mas também para se encontrar com um outro grupo de pessoas que queiram debater esse livro? A ideia de um clube de leitura numa biblioteca pública, em área central de Brasília, facilitará esse processo”, afirma Eneida.
Segundo a autora, os interessados não precisarão comprar os livros, como fazem os demais frequentadores de outros clubes de leitura, já que, conforme acrescenta, a biblioteca da FAP providenciará o maior número possível de exemplares a serem emprestados. “Os encontros tentarão leves e interessantes, para cativar o público e incutir o gosto pela leitura”, destaca.
O evento será direcionado pelo mediador Paulo Souza, que integrará a mesa ao lado dos autores convidados. Ele é produtor cultural, editor e escritor. Na lista das obras de sua autoria, está o livro Ponto para Ler, mesmo nome de um perfil no Instagram e canal voltados para divulgação da literatura. Seu último trabalho é a novela Clarice, a Última Araújo.
“A abertura de um clube de leitura bem no coração da capital é, além de uma grande ação, uma enorme conquista, pois ajuda a desenvolver as melhores aptidões que um cidadão pode ter, que são a compreensão, saber escutar, empatia e, principalmente, o exercício do diálogo”, diz Paulo.
A sociedade brasileira, de acordo com o mediador, está caminhando para o amadurecimento e, acrescenta, “dentro desta evolução o papel da biblioteca vem ganhando novas definições”. “A biblioteca pública deixou de ser um espaço averso e de, unicamente, empréstimos de livros. Está começando a ser um ponto de convívio saudável que prega, acima de tudo, a evolução intelectual e interpessoal de seus frequentadores”, assevera o produtor cultural
De acordo com Thalyta, o evento se propõe, ainda, a viabilizar a execução de algumas das missões da biblioteca, como promover o conhecimento sobre a herança cultural, fomentar o diálogo intercultural e a diversidade cultural, além de apoiar a tradição oral.