webinário

Filme Homem do Pau Brasil aborda “sexo com leveza”, diz cineasta

Pablo Gonçalo vai analisar filme em webinar de pré-comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna

João Vitor*, da equipe FAP

O filme Homem do Pau Brasil, dirigido por Joaquim Pedro de Andrade e lançado em 1981, transborda brasilidade, carnavalização, leveza e ironia por meio de um “elenco fantástico". A avaliação é do cineasta Pablo Gonçalo, que vai discutir o longa, na quinta-feira (25/11), a partir das 17 horas, em webinar da série de pré-comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.

Pablo explica que a pornochanchada está presente em todo o longa-metragem, por meio da popularização do cinema. “Na década de 70, esse gênero era popular e fazia parte do movimento de modernização do cinema, o que permitiu o diretor a tratar de sexo com leveza e não como tabu. Contribuiu para a comédia e fez, por vezes, o filme parecer um bloco de carnaval”, afirma. 

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O webinar é realizado pela Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo (FAP), sediada em Brasília. O público poderá assistir ao webinar no canal da fundação no Youtube, na página da entidade no Facebook e na rede social da biblioteca. Além de Pablo, o diretor-geral da FAP Caetano Araújo confirmou presença no debate.

Pablo Gonçalo também é roteirista e professor de audiovisual da Universidade de Brasília (UnB). Ele ressalta que o filme de Andrade mostra a movimentação cultural da Semana de Arte Moderna de 1922 por meio da figura dionisíaca de Oswald de Andrade.

O Homem do Pau Brasil foi premiado, no Festival Brasília de 1981, como melhor filme e melhor atriz coadjuvante, que foi entregue a Dina Sfat pela sua atuação com a personagem Branca Clara, um dos pares românticos do protagonista. Oswald de Andrade foi interpretado por dois atores. Um homem e uma mulher, Flávio Galvão e Ítala Nandi. 

Para a crítica, o filme é uma montagem descontínua de cenas livremente imaginadas a partir da polêmica vida e dos livros de Oswald e de seus companheiros do modernismo, da antropofagia e da poesia pau-brasil.

Dedicado ao cineasta Glauber Rocha, que morreu poucas semanas antes da primeira exibição do filme em Brasília, o Homem do Pau Brasil foi distribuído pela Empresa Brasileira de Filmes (Embrafilme). Gravado em São Paulo e Rio de Janeiro, este foi o último filme de Joaquim Pedro de Andrade.

*Estagiário integrante do programa de estágios da FAP, sob supervisão do jornalista Cleomar Almeida

Ciclo de Debates: O modernismo no cinema brasileiro
Webinário sobre o filme O Homem do Pau Brasil - Joaquim Pedro de Andrade, 1981
Dia: 25/11/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira




Primeiro filme dirigido por negra, Amor Maldito aborda homossexualidade

Longa-metragem será discutido em live de pré-comemoração ao centenário de arte moderna

João Vitor, da equipe da FAP*

Em 1984, o filme Amor Maldito, de Adélia Sampaio e com teor pornochanchada, abordava temas considerados tabus, como homossexualidade e preconceito sobre essa questão. O longa será debatido, nesta quinta-feira (28/10), a partir das 17 horas, em live da série de eventos online da Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em pré-comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna.

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Baseado em fatos reais, Amor Maldito é o primeiro longa-metragem dirigido por uma mulher negra no Brasil. O público poderá conferir o debate com participação da crítica cultural Glênis Cardoso e do diretor-geral da FAP, Caetano Araújo, no canal da fundação no Youtube, na página da entidade no Facebook e na rede social da biblioteca.

A história do filme Amor Maldito se passa na década de 1960. Em contexto machista, duas mulheres se apaixonam e decidem morar juntas. Contudo, segundo o enredo, uma delas passa a ser acusada erroneamente de homicídio, depois de sua parceira atirar-se da janela de seu apartamento por desespero ao descobrir gravidez indesejada com amante.

O drama, que tem como pano de fundo a relação entre duas mulheres, é marcado pela homofobia. Uma vez que a cena do suposto crime apontava a inocência da personagem, ela era castigada por causa de sua orientação sexual.

A avaliação da palestrante é de que as pessoas que acusam a personagem são extremamente caricatas, hipócritas e conservadoras. “A intenção do filme é mostrar o quão errado essas pessoas estão nessas contradições”, afirma ela.

Críticos avaliam que o filme pode ser considerado à frente de seu tempo por entregar discussões pertinentes que sofreram censura à época.

A obra cinematográfica tem 1h15 de duração, foi produzida pelas companhias A. F. Sampaio Produções Artísticas e Gaivota Filmes e tem teor pornochanchada.

Glênis diz que a pornochanchada foi uma forma de distribuir o filme. Segundo ela, havia necessidade de alguém para financiá-lo, mas à época era difícil vender um filme de amor entre pessoas do mesmo sexo. Então, conforme acrescenta, resolveram “disfarçá-lo” de pornochanchada.

*Integrante do programa de estágios da FAP

Ciclo de Debates: O modernismo no cinema brasileiro 

Webinário sobre o filme: Amor Maldito, de Adélia Sampaio
Dia: 28/10/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira

Webinar debate o livro Terras do Sem-fim de Jorge Amado

Com canções nacionais, filme Brasil Ano 2000 remete a tropicalismo

Modernismo no cinema brasileiro

Lançado há 50 anos, filme Bang Bang subverte padrões estéticos do cinema

Projeto cultural de Lina e Pietro Bardi é referência no Brasil, diz Renato Anelli

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Romance de 30, um dos momentos mais autênticos da literatura

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Webinário destaca “A hora da estrela”, baseado em obra de Clarice Lispector

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Dora Kaufman aponta ‘supervalorização e demonização da inteligência artificial’

Pesquisadora vai participar de webinar da FAP, no dia 25 de outubro, a partir das 17h30

Cleomar Almeida, da equipe da FAP

A pesquisadora e professora do Programa de Tecnologias Inteligentes e Design Digital da Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP) Dora Kaufman aponta “supervalorização e demonização da inteligência artificial” na sociedade por causa do que ela chama de “desconhecimento sobre essa tecnologia”. A pesquisadora vai participar, na segunda-feira (25/10), do webinar com o tema “O espaço público é Figital: consequências para a política e para os partidos?”

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Realizado pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília, o webinar também terá participação do pós-doutor em computação pela University of Kent at Canterbury (Inglaterra) Silvio Meira, que também é professor extraordinário da Cesar School e cientista-chefe da TDS Company. O engenheiro Fersen Lambranho, que é sócio-presidente do conselho da GP Investments, também confirmou presença no webinar.

O evento será transmitido, a partir das 17h30, em tempo real, no portal, na página da FAP no Facebook e no canal da entidade no Youtube. Interessados podem enviar perguntas para o departamento de tecnologia de informação da fundação, por meio do WhatsApp (61 98419-6983).

Colunista da Época Negócios com foco nos impactos éticos e sociais da inteligência artificial, Dora observa que a inteligência artificial ainda não foi usada em eleições no Brasil. “Mecanismo de reproduzir fake News não é inteligência artificial. Não vi nada de estudo nem qualquer outra indicação de que foi usada em campanha eleitoral no país”, pondera

Na campanha de Donald Trump, que venceu Hillary Clinton nas eleições dos Estados Unidos em 2016, toda a estratégia de campanha usou inteligência artificial. No entanto, de acordo com pesquisas, não se pode afirmar que essa tecnologia interferiu no resultado das eleições de forma relevante.

“Pesquisas sobre a eleição de 2016 mostram que há uma supervalorização da inteligência artificial e de todas as tecnologias digitais no resultado da eleição de Trump”, afirma Dora. “Está acontecendo demonização da inteligência artificial por falta de conhecimento. A gente tem que entender como ela funciona, os limites dela. A técnica é muito restrita ainda para a gente poder identificar as questões reais”, ressalta.


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Na avaliação da pesquisadora, ao supervalorizar a inteligência artificial, as pessoas “entram no universo da ficção científica". "Parece que a sociedade não tinha problemas antes. Tem certa tendência a atribuir a essas tecnologias problemas históricos da sociedade, como polarização, fake News. Tem nada mais fake News que propaganda eleitoral oficial. Nela, o candidato diz o que quer para conseguir voto. A campanha eleitoral é absolutamente fake News”, critica.

A colunista diz não acreditar que algumas pessoas supervalorizam os efeitos da inteligência artificial de forma proposital. “Não acho que ninguém faz isso propositalmente. Não tenho nenhuma evidência de que isso seja feito de propósito”, acentua, para continuar: “É difícil mesmo”.

Do ponto de vista da adoção da inteligência artificial por parte das empresas, Dora acredita que o Brasil está atrasado. “Mas a vida dos brasileiros é mediada por algoritmos de inteligência artificial. Todas as plataformas e aplicativos que a gente usa no cotidiano é tudo modelo de negócio baseado na inteligência artificial”, explica.

“Os algoritmos de inteligência artificial estão mediando sociabilidade e a comunicação atual. Eles têm reflexo, de alguma forma, na política, que é um evento social e de comunicação. Toda campanha política é uma ação de comunicação”, analisa.

Webinar | O espaço público é Figital: consequências para a política e para os partidos?
Data: 25/10/2021
Horário: 17h30
Transmissão: Portal e redes sociais (Facebook e Youtube) da Fundação Astrojildo Pereira
Realização: Fundação Astrojildo Pereira


Especialistas debatem modelos da Alemanha e Itália para eleições no Brasil

Webinar da FAP será realizado no dia 16 de outubro com participação de Renata Bueno, Arlindo Fernandes e Soninha Francine

Cleomar Almeida,da equipe da FAP

Especialistas vão discutir possíveis contribuições ao sistema eleitoral brasileiro por parte de experiências da Itália e Alemanha, onde os social-democratas de centro-esquerda venceram por uma pequena margem o partido da chanceler Angela Merkel nas eleições realizadas no mês passado. O debate será realizado, no dia 16 de outubro, a partir das 10 horas, em evento online da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília.

O webinar terá transmissão, em tempo real, no portal, na página do Facebook e no canal da fundação no Youtube. Confirmaram participação a primeira cidadã nascida no Brasil a tornar-se deputada no Parlamento italiano, Renata Bueno, que também é ex-vereadora de Curitiba (PR); a ex-vereadora de São Paulo Soninha Francine e o consultor do Senado Arlindo Fernandes, especialista em direito eleitoral.

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Fernandes diz ser muito comum o sistema eleitoral alemão ser adotado como referência no mundo quando se discute o assunto. “Lá, eles adotaram sistema eleitoral misto”, afirma o consultor do Senado. “Não havia maioria, na Constituinte de 46, nem para adotar o sistema proporcional nem para adotar o sistema majoritário distrital”, explica.

Na época, conforme lembra o especialista, a Alemanha fez um acordo para adotar o sistema misto, “considerado, tecnicamente, bastante desenvolvido”. “Nas últimas décadas, com a onda de democratização e reformas dos sistemas eleitorais, em democracias mais consolidadas, como Nova Zelândia e Itália, o modelo alemão tem sido o sistema adotado em países que mudam o sistema eleitoral”, diz.

Na avaliação de Fernandes, “o sistema alemão é possível ser adotado no Brasil porque não ofende, não afronta, a cultura política, com a qual o povo brasileiro está acostumado, que é a do voto na pessoa”. “Tem o voto no partido, mas também tem o voto na pessoa”, observa o consultor.

Renata Bueno, por sua vez, acredita que o resultado da eleição na Alemanha, um dos líderes fundadores da União Europeia, provocou uma “boa mudança no cenário político” no país e em todo o restante do quadro europeu, “justamente porque levanta uma bandeira de mais centro-esquerda”.

Ela também acredita que o modelo italiano seja interessante. “Na Itália, é parlamentarismo. São as listas eleitorais que acabam somando a maioria no parlamento, e isso gera a vaga para o primeiro-ministro. Eles votam lei eleitoral próximo a eleição, dando detalhes de como funcionará aquela disputa”, explica.

“Na última lei eleitoral na Itália, eles seguiram muito o modelo alemão, com alguns votos uninominais e outros por listas proporcionais, isso porque ali tem Senado e Câmara e acaba tendo voto misto. Seria quase um distrital misto com vários detalhes também”, compara ela.

Na avaliação de Soninha Francine, a discussão de modelo político, a partir de experiências de outros países, pode ajudar muito o Brasil a adotar um sistema mais adequado para as eleições. “Não tem como evoluir, como discussão política, se não entender melhor do que está falando. Analisar os modelos de outros países pode fazer a maior diferença”, ressalta.

Webinar sobre sistemas eleitorais na Alemanha e Itália
Data: 16/10/2021
Horário: 10 horas
Transmissão: portal e redes sociais (Facebook e Youtube)  da FAP
Realização: FAP

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Com canções nacionais, filme Brasil Ano 2000 remete a tropicalismo

Longa será discutido em mais um webinar da série de eventos online em pré-comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna

Cleomar Almeida, da equipe FAP

Considerado pela crítica como “empreitada alegórica” após o diretor Walter Lima Jr partir do realismo de seu primeiro longa, o filme Brasil Ano 2000 remete, em sua essência, ao tropicalismo por apresentar mistura de gêneros cinematográficos e referências imagéticas, literárias e musicais. O longa será discutido, nesta quinta-feira (14/10), a partir das 17 horas, em webinar da série de eventos online da Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em pré-comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna.

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Com participação de Ulisses Xavier e mediação do diretor-geral da FAP, Caetano Araújo, o evento será transmitido na página da biblioteca no Facebook. O público também poderá conferir o debate no portal da FAP e na rede social da entidade (Facebook), assim como no canal da fundação no Youtube.

O roteiro do filme, lançado em 1969, se passa no ano 2000. Com o país parcialmente devastado pela Terceira Guerra Mundial, uma família de imigrantes chega a uma pequena cidade à qual dão o nome de “Me Esqueci”. O trio é recrutado por um indigenista para fingir-se de índios durante a visita de um general.

 No dilema entre integrar-se ao sistema ou preservar a liberdade individual, colaborar com a farsa ou denunciá-la, a família caminha para a desagregação enquanto a cidade se prepara para o lançamento de um foguete espacial.

O filme conta com trilha sonora composta por Gilberto Gil e Rogério Duprat, com canções escritas por Gil, Capinam e o diretor, e interpretadas por Gal Costa e Bruno Ferreira. Duprat compôs a trilha instrumental deste filme enquanto trabalhava nos arranjos do antológico disco Tropicália ou Panis et Circencis (1968). Não por coincidência, em determinado momento pipoca na trilha sonora seu arranjo para a versão de Coração Materno que Caetano Veloso gravou naquele álbum.

O longa de Walter Lima Jr recorre principalmente a dois gêneros, conforme observa a crítica: A ficção científica pós-apocalíptica e a chanchada. O primeiro, incomum para a época, no país, dá a ambientação geral: No ano 2000, as nações ricas do mundo já não existem; foram destruídas após a mítica 3ª Guerra Mundial, onze anos antes.

Era de se imaginar que o Terceiro Mundo tiraria bons frutos desse acontecimento, mas não foi o caso. Não se tornou independente, não se livrou do complexo de inferioridade, não erradicou a miséria. Pelo contrário, seguiu cultivando todas essas mazelas.

Os temas pinçados pelo roteiro de Walter se relacionam diretamente a situações do brasileiro de então e que perduram até hoje. Entre elas estão a rejeição à história nacional, a cobiça do estrangeiro e o culto aos colonizadores.

Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
20º evento online da série | Modernismo, cinema, literatura e arquitetura.
Webinário sobre o filme Brasil Ano 2000
Dia: 14/10/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira


Formação de professores é essencial para educação no país, dizem especialistas

Assunto será debatido no terceiro webinar da revista Política Democrática destinada a discutir o setor

Cleomar Almeida, da equipe FAP

A necessidade de participação de professores nas políticas públicas de educação, o aproveitamento de novas tecnologias para catalisar transformações necessárias na educação e formação continuada são vetores essenciais para desenvolver o setor no país. A avaliação é de especialistas que confirmaram participação no terceiro evento online da série de lançamento da revista Política Democrática que discute o assunto, a ser realizado na quinta-feira (30/9), a partir das 19 horas.

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A 57ª edição da revista, produzida e editada pela Fundação Astrojildo Pereira, já está à venda na internet. O evento online terá participação de autores do terceiro dos cinco capítulos da revista, que, em seus artigos exclusivos, analisam novos olhares sobre a formação de educadores. A transmissão será realizada por meio do portal e de redes sociais da FAP (Facebook e Youtube).

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Confirmaram presença a professora e pós-doutora em educação Ana Cristina Gonçalves de Abreu, pesquisadora da Universidade Federal de Alfenas (MG); o ex-secretário de Educação do Distrito Federal e PhD em Educação pela Universidade de Nova York (NYU), Rafael Parente; e a professora Walkiria de Oliveira Rigolon, doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Também vai participar do webinar a ex-deputada federal e ex-secretária de Educação de Ubatuba (SP) Pollyana Gama.

Em seu artigo publicado na revista, com o título Participação docente nas políticas públicas brasileiras: um salto necessário, Ana Cristina destaca que “a concepção que sustenta a compreensão do ofício dos professores não pode reduzir os profissionais como meros tarefeiros, sujeitos aplicadores de projetos, visto que eles são sujeitos que pensam uma realidade e podem planejar, criar e organizar ações num movimento coletivo em busca de políticas públicas”.

“Garantir a presença dos professores nos espaços deliberativos é a possibilidade de estreitarmos ações progressistas para o fortalecimento da qualidade da educação no Brasil”, afirma Ana Cristina. Ela também é líder do Grupo de Pesquisa Formatio: Processos na Formação e Profissionalidade Docente da Unifal (MG).

Rafael Parente: Novas tecnologias podem catalisar transformações. Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press

Rafael Parente, por sua vez, explica, em seu artigo, como as novas tecnologias podem catalisar transformações necessárias na educação. “Estamos atravessando uma profunda transformação social e econômica que tem sido impulsionada por avanços tecnológicos importantes, como automação, inteligência artificial e a geração e o uso sem precedentes de dados de usuários da internet. A pandemia tem atuado como mais um fator de aceleração desta transformação”, acentua.

“Estudos existentes acerca do uso de novas tecnologias na educação básica sugerem que, se a tecnologia estiver efetivamente integrada à pedagogia, pode atuar como uma ferramenta poderosa para o aprendizado dos alunos”, observa Rafael Parente, que também é cofundador e diretor da EduFuturo. Ele também foi subsecretário de Inovação no município do Rio de Janeiro.

Ao abordar a formação continuada e o subterfúgio discursivo da “resistência” dos professores, título de seu artigo publicado na revista Política Democrática, Walkiria diz ser essencial que as ações destinadas à formação continuada considerem também os processos de formação inicial aos quais os docentes estiveram submetidos. “Temos ainda um grande contingente de professores que lecionam disciplinas sem a formação adequada”, assevera.

“As ações de estudo e formação que constituirão as políticas de formação continuada precisam levar em conta todo esse repertório dos professores e incluí-los nos espaços formativos, para que todos possam refletir acerca das escolhas que fazem, assumindo assim o grau de responsabilidade que a atividade docente exige”, destaca Walkiria.

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Já Pollyana Gama, que também é professora da rede municipal de Taubaté (SP), lembra que o olhar deve ser de ainda mais atenção para o setor porque, conforme observa, diários de classe de papel ainda são usados em boa parte das escolas, na contramão do que possibilita a convergência com o uso de novas tecnologias.

“Em plena era digital, por exemplo, a utilização de diários de classe de papel nos quais se registra à mão o que se tem que colocar nas tais planilhas que, por sua vez, já constam nos materiais de apoio (livros PNLD) ainda é uma realidade em vários municípios”, observa a educadora. “A modernização precisa chegar nesse aspecto também, ainda mais num momento que nos chama, a todo instante, a valorizar a nossa presença na relação com o próximo”, pontua.

3º Webinar lançamento da revista Política Democrática impressa
Tema:
 Novos olhares sobre formação de educadores
Data: 30/9/2021
Transmissão: a partir das 19 horas
Onde: Portal e redes sociais (Facebook e Youtube) da Fundação Astrojildo Pereira

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Modernismo no cinema brasileiro

Webinário será transmitido às 17h por meio do canal do Youtube da FAP e perfil no Facebook da Biblioteca Salomão Malina

Ciclo de debates aborda, em seu 18 webinário, documentários e curtas metragens importantes na história do cinema brasileiro, influenciados pelo modernismo. O evento online da Biblioteca Salomão Malina e da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) será realizado nesta quinta-feira (30/9), a partir das 17h, na programação de pré-celebração do centenário da Semana de Arte Moderna. O webinário terá como palestrante Sérgio Almeida, mestre e Dramaturgia e professor da Escola de Cinema Darcy Ribeiro.

Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
18º evento online da série | Modernismo, cinema, literatura e arquitetura.
Webinário Modernismo no cinema brasileiro
Dia: 30/09/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira

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Ampla frente democrática será discutida pela FAP como alternativa a Bolsonaro

Conselheiros e diretoria executiva da entidade se reunirão de forma online, com transmissão em tempo real, no próximo dia 25/9, a partir das 10h

Cleomar Almeida, da equipe FAP

Ações para fortalecer a democracia e alternativas ao nome do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições de 2022 serão abordadas em reunião conjunta da Diretoria Executiva e dos Conselhos Curador, Fiscal e Consultivo da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília. O evento será realizado, de forma online, no próximo sábado (25/9), a partir das 10 horas.


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A transmissão da reunião conjunta da FAP ocorrerá, em tempo real, pelo portal e redes sociais (Facebook e Youtube) da fundação, para todos os internautas interessados. Os conselheiros e integrantes da diretoria se reunirão por meio da sala virtual do zoom. O link de acesso será enviado com antecedência, pela entidade, também aos integrantes do Diretório Nacional do Cidadania.

Conselheiros destacam a necessidade de entender “o fenômeno Bolsonaro”, para lançar uma alternativa apoiada por uma ampla frente democrática que resgate direitos violados no atual governo e avance na busca de uma sociedade que exerça a cidadania plena e seja menos desigual, menos injusta e menos excludente.

Conselheiro da FAP e professor da Universidade de Brasília (UnB), o sociólogo Elimar Pinheiro do Nascimento destaca a importância de compreender as características que moldam o governo Bolsonaro, que protagoniza a figura do populismo de extrema direita.

“Vou tentar mostrar a natureza do populismo de extrema direita de Bolsonaro, vertente internacional que não vai ameaçar a democracia como no passado, na ditadura, mas que tem o discurso de defender a refundação da democracia, no sentido de uma democracia iliberal”, analisa Nascimento.

DEMOCRACIA BRASILEIRA


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De acordo com o professor da UnB, a democracia iliberal é “despida de direitos humanos, do controle da mídia”. “Tem a supremacia do Poder Executivo e submissão dos outros poderes”, assevera Nascimento. “Se não soubermos desmontá-lo, ele vai persistir com ou sem eleição. Ele se adapta do ponto de vista tático, ora ataca ora recua, mas o princípio é o mesmo: desmontar a democracia liberal, destruí-la”, observa.

Conselheiro da FAP, cientista político e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Paulo Baía diz que o principal ponto da conjuntura política é “a questão democrática”. “Temos que reagir a qualquer ataque, mesmo que verbal, às instituições democráticas e, com essa reação, finalizaremos um projeto para 2022”, acentua ele.

Na avaliação de Baía, o Brasil enfrentou muitos retrocessos no atual governo. “Perdemos muita coisa em função da desregulamentação que aconteceu, principalmente, nas áreas de proteção social, ambiental e educação. Nós temos um retrocesso regulatório nessas áreas”, afirmou o cientista político.

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“As pesquisas todas apresentam Jair Bolsonaro e Lula muito bem colocados, mas temos alternativas a eles. Essas alternativas vão ter que se firmar em uma candidatura, até abril do ano que vem, que possa reunir essa perspectiva, senão vamos ter risco de reproduzir Bolsonaro em 2023. Bolsonaro não está tão desgastado assim como alguns falam”, alerta.

O professor da UFRJ acredita que o ex-presidente Lula poderia ser incluído na ampla frente democrática. “Creio que o país está muito traumatizado no momento e que outro nome seria melhor, mas, evidentemente, é difícil convencer Lula disso. Eu, particularmente, não aposto nem em Bolsonaro nem em Lula”, disse ele.

Baía elenca, na sua lista de alternativas a Bolsonaro, os nomes da senadora Simone Tebet (MDB-MS); do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB-RS), e o de Ciro Gomes (PDT). “Outros nomes vão surgir”, afirma Baía.

Reunião conjunta da Diretoria Executiva e dos Conselhos Curador, Fiscal e Consultivo da FAP
Data: 25/9/2021
Transmissão: 10 horas
Onde: Portal e redes sociais (Facebook e Youtube) da FAP
Realização: Fundação Astrojildo Pereira (FAP)


FAP realiza lançamento nacional da obra Grando, Presente!

Obra reúne 15 textos de personalidades, intelectuais, amigos e familiares de Sérgio Grando

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) realizou, ontem (23/9), o lançamento nacional do livro Grando, Presente (224 páginas). A obra conta a história política e o legado do ex-prefeito de Florianópolis Sérgio Grando, uma lição de uma grande liderança do campo democrático e progressista. Grando morreu de câncer em 2016, aos 69 anos,

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Além dos organizadores, o advogado Francisco de Assis Medeiros e a cientista social Elaine Regina Pompermayer Otto, também participaram oito autores do livro, entre eles a irmã de Grando, socióloga Silvia Eloisa Grando Águila, que mediou o webinar.

Confira o webinar!



Veja o vídeo de Padre Vilson




Lançado há 50 anos, filme Bang Bang subverte padrões estéticos do cinema

Longa de Andrea Tonacci será discutido em webinar na pré-celebração do Centenário da Semana de Arte Moderna

Cleomar Almeida, da equipe FAP

Destinado principalmente para cinéfilos por abranger consciência histórica do cinema, o filme brasileiro Bang Bang (1971) subverte padrões estéticos e as técnicas da sétima arte. Dirigido por Andrea Tonacci, o longa será discutido em evento online da Biblioteca Salomão Malina e da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), nesta quinta-feira (16/9), a partir das 17 horas, na programação de pré-celebração do centenário da Semana de Arte Moderna.

Assista!



Com participação de Pablo Gonçalo e Vladimir Carvalho, o evento será transmitido na página da biblioteca no Facebook. O público também poderá conferir o debate no portal da FAP e na rede social da entidade (Facebook) , assim como no canal da fundação no Youtube.

Durante a realização de um filme, um homem (Paulo César Pereio) se vê envolvido em várias situações, como o romance com uma bailarina espanhola, perseguições, discussões com um motorista de táxi (Antônio Nadeo) e o enfrentamento com um bizarro trio de bandidos.

De acordo com críticos, o trabalho de Tonacci não é feito para o espectador comum, mas para o cinéfilo, pois acolhe uma consciência histórica do cinema e reflete sobre a sua condição como filme. Além disso, o longa dialoga com outros filmes.

Tonacci absorve a história do cinema para expor diversos gêneros e elementos presentes na sétima arte de maneira enxuta, seca e, acima de tudo, como sátira, segundo críticos. O filme mexe com o cinema americano por excelência, criado em um sistema industrial.

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O longa também toma todo o classicismo e a padronização como razão da subversão a esses estilos. Por isso, o diretor representa todos eles, mas sem a construção plástica e narrativa que o cinema comercial fez com que esses estilos tomassem posse.

A maioria das cenas são sequências por si próprias, por causa da distância entre um momento e outro. Dessa forma, o filme acaba desconstruindo até mesmo a gramática básica do cinema, formando quase que uma antologia. Em meio a tamanho desajuste, a câmera permanece estática. Não se move quase nada.

A decupagem, ainda de acordo com a crítica, busca um olhar total dos ambientes. É como se o diretor fornecesse aquele longo espaço como possibilidade de os personagens expandirem a sua excentricidade. A inércia da câmera abre um lugar aberto para ser terra de ninguém.

A frieza desse aspecto dos planos entra em contradição com a transcrição das cenas. O filme, por exemplo, pula de uma parte para outra utilizando-se de fade-in, fade-out e um círculo que se fecha (como nos desenhos animados).

Por isso, parte da crítica diz que a fabulação do filme busca romper com a fabulação do próprio cinema. Uma leveza para um trabalho seco e sujo que acaba sendo um complemento para todo aquele deboche.

Bang Bang não conseguiu ser programado no circuito comercial. Por isso, ficou restrito a cineclubes e salas alternativas. Por outro lado, foi convidado a participar na prestigiosa Quinzena de Realizadores do Festival de Cannes.

Em novembro de 2015, o longa entrou na lista da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.

Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
17º evento online da série | Modernismo, cinema, literatura e arquitetura.
Webinário sobre desdobramentos do romance de 30
Dia: 16/9/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira


Crescimento da economia requer incentivo a investimento

Sérgio Cavalcanti Buarque vai mediar debate da FAP na sexta-feira, com transmissão ao vivo pelo portal e pelas redes sociais

Cleomar Almeida, da equipe FAP

A reforma tributária deve considerar que o crescimento da economia requer mais incentivo a investimento e desestímulo ao consumo, diz o economista e consultor de planejamento estratégico Sérgio Cavalcanti Buarque. Ele vai mediar evento on-line sobre desenvolvimento e equidade na tributação dos dividendos, a ser realizado, pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e Folha da Manhã, sexta-feira (13/8), das 16h às 19h.

Com a presença de outros especialistas no assunto e transmissão pelo portal e pelas redes sociais (Facebook e Youtube) da FAP, o debate deve abordar, sobretudo, duas questões relacionadas às propostas de reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional: justiça tributária e redução do imposto sobre o lucro direto de empresas com criação de imposto sobre dividendos.


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“O consumo é importante porque vai gerar demanda e estimula o investimento, mas, se invisto diretamente, também vou gerar aumento da capacidade produtiva e gerar demanda da cadeia produtiva. Então, é preferível incentivar investimento do que consumo”, explica o mediador.

Ele lembra que o governo federal apresentou “um projeto de reforma tributária muito tímido” e que vai na direção contrária à de duas propostas que já estão no Congresso, mais abrangentes, porque sugere simplificação de impostos, concentrando cinco impostos em apenas um.


Na avaliação do mediador, a proposta do governo tem aspecto interessante que trata de imposto de renda, o que, conforme observa, não está contido nas que foram apresentadas pelo Congresso. “Na proposta de imposto de renda, produz-se um item inovador, muito controverso, que é a cobrança de impostos sobre dividendos”, afirma.

Na prática, este último significa que a empresa paga o imposto de renda sobre o lucro dela e o que sobra é distribuído para os acionistas. “Então, o que está sendo discutido é que esse imposto sobre dividendos faz com que seja imputado, também, com tributos, aos acionistas de empresas, ou, digamos, a renda do capital”, diz o economista.

A pergunta que se coloca, de acordo com o mediador, é a seguinte: na medida em que se cobra imposto sobre a renda do trabalho, que é o salário, por que não cobrar imposto da renda do capital? “É exatamente o que os acionistas recebem de distribuição do lucro que ficou retido na empresa”, explica ele.

Outro ponto importante, na opinião de Buarque, é que o segundo projeto reduz o imposto sobre o lucro direto da empresa e cria imposto sobre dividendos. “Queremos refletir se essa equação não significa um estímulo ao investimento e um desincentivo ao consumo”, ressalta o consultor.

De acordo com o analista, o recurso que fica na empresa só tem uma forma de ser utilizado por ela: investimento. “Então, reduzindo imposto sobre lucro direto da empresa, deixa mais recurso para ela investir ou distribuir para os acionistas. Em tese, ela poderia distribuir mais”, diz.

No entanto, neste caso, segundo Buarque, como imputa-se imposto sobre dividendos, desincentiva mais recursos para os acionistas, que, em geral, os transformam em consumo. “Claro que uma parte pode ser poupança que volta a ser investimento, mas é um incentivo ao consumo”, observa.

“Quando se reduz imposto direito na empresa e se cria imposto sobre dividendo ou imposto distribuído, a pergunta é se isso não tem o lado extremamente positivo, que, ao mesmo tempo, incentiva o investimento e desestimula o consumo, que, em geral, é de luxo”, pondera.

Webinar | Desenvolvimento e equidade na tributação de dividendos
Data: 13/8/2021
Transmissão: das 16h às 19h
Onde: Portal e redes sociais da FAP (Facebook e Youtube)

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Webinário destaca “A hora da estrela”, baseado em obra de Clarice Lispector

Dirigido por Suzana Amaral, longa será debatido em evento on-line em pré-celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna

Cleomar Almeida, da equipe da FAP

Considerado um dos clássicos do cinema brasileiro, o filme “A hora da estrela”, o primeiro longa-metragem dirigido por Suzana Amaral, ainda mantém vivo na memória o roteiro baseado na adaptação do romance homônimo de Clarice Lispector. O filme entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos, em 2015.


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O longa será exibido e discutido em evento online será debatido nesta quinta-feira (5/8) em mais um evento do ciclo de webinars da Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em pré-celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna, marcado para o ano que vem. A transmissão será realizada, a partir das 17 horas, no portal da entidade e redes sociais (Facebook e Youtube).

O filme conta a história de Macabéa, uma nordestina de 19 anos, semianalfabeta. Orfã de pai, mãe e da tia que a criou, vai para São Paulo ser datilógrafa e morar numa pensão junto de outras três mulheres. Tem uma vida sem muitas emoções, pois é indiferente a elas.

Macabéa conhece o nordestino Olímpico de Jesus, um operário metalúrgico, e os dois começam a namorar. Porém a relação não se sustenta, e Olímpico acaba trocando Macabéa, a quem chama de “cabelo na sopa”, por Glória, colega de trabalho da ex-namorada, que, por recomendação de sua cartomante, rouba o namorado de Macabéa.

Glória, então, recomenda-lhe sua cartomante, para que se sinta melhor, e Macabéa decide ir. A cartomante diz à garota que sua vida irá mudar repentinamente: seu ex-namorado a pedirá de volta, ela ganhará uma grande fortuna e se casará com um gringo lindo que se apaixonará por ela. Macabéa fica entusiasmada, mas quando sai na rua é atropelada por uma Mercedes e morre.


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O filme também foi escolhido pela Embrafilme para representar o Brasil no Óscar de melhor filme estrangeiro em 1986, mas não chegou a ser indicado. Além disso, foi resenhado na nona coletânea de resenhas de filmes da crítica de cinema Pauline Kael, Hooked, onde ela o elogia, principalmente a atuação de Marcélia Cartaxo.

"O filme chega até você, e a imagem da Macabéia de Marcélia Cartaxo é o que o faz - a terrível solidão dessa mulher em massa, esse nada de mulher que você não notaria na rua. Umberto D. representava todos os velhos orgulhosos e zangados que não podiam viver de suas pensões, mas ele também era - seu próprio velho teimoso”, analisou Pauline.

De acordo com a crítica de cinema, Macabéa é ela mesma em seus momentos de contentamento. “Sorri serenamente ao comemorar seu domingo com um passeio de metrô. É o triunfo do diretor que essa garota se afaste dela. Entorpecida como está, ela está tão viva quanto Suzana Amaral ou você ou eu, e mais misteriosamente”, ressaltou.

Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
12º online da série | Modernismocinemaliteratura e arquitetura.
Webinário sobre o filme A hora da estrela, de Suzana Amaral
Dia:
5/8/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira