Formação de professores é essencial para educação no país, dizem especialistas

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Assunto será debatido no terceiro webinar da revista Política Democrática destinada a discutir o setor

Cleomar Almeida, da equipe FAP

A necessidade de participação de professores nas políticas públicas de educação, o aproveitamento de novas tecnologias para catalisar transformações necessárias na educação e formação continuada são vetores essenciais para desenvolver o setor no país. A avaliação é de especialistas que confirmaram participação no terceiro evento online da série de lançamento da revista Política Democrática que discute o assunto, a ser realizado na quinta-feira (30/9), a partir das 19 horas.

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A 57ª edição da revista, produzida e editada pela Fundação Astrojildo Pereira, já está à venda na internet. O evento online terá participação de autores do terceiro dos cinco capítulos da revista, que, em seus artigos exclusivos, analisam novos olhares sobre a formação de educadores. A transmissão será realizada por meio do portal e de redes sociais da FAP (Facebook e Youtube).

Assista!

Confirmaram presença a professora e pós-doutora em educação Ana Cristina Gonçalves de Abreu, pesquisadora da Universidade Federal de Alfenas (MG); o ex-secretário de Educação do Distrito Federal e PhD em Educação pela Universidade de Nova York (NYU), Rafael Parente; e a professora Walkiria de Oliveira Rigolon, doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Também vai participar do webinar a ex-deputada federal e ex-secretária de Educação de Ubatuba (SP) Pollyana Gama.

Em seu artigo publicado na revista, com o título Participação docente nas políticas públicas brasileiras: um salto necessário, Ana Cristina destaca que “a concepção que sustenta a compreensão do ofício dos professores não pode reduzir os profissionais como meros tarefeiros, sujeitos aplicadores de projetos, visto que eles são sujeitos que pensam uma realidade e podem planejar, criar e organizar ações num movimento coletivo em busca de políticas públicas”.

“Garantir a presença dos professores nos espaços deliberativos é a possibilidade de estreitarmos ações progressistas para o fortalecimento da qualidade da educação no Brasil”, afirma Ana Cristina. Ela também é líder do Grupo de Pesquisa Formatio: Processos na Formação e Profissionalidade Docente da Unifal (MG).

Rafael Parente: Novas tecnologias podem catalisar transformações. Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press

Rafael Parente, por sua vez, explica, em seu artigo, como as novas tecnologias podem catalisar transformações necessárias na educação. “Estamos atravessando uma profunda transformação social e econômica que tem sido impulsionada por avanços tecnológicos importantes, como automação, inteligência artificial e a geração e o uso sem precedentes de dados de usuários da internet. A pandemia tem atuado como mais um fator de aceleração desta transformação”, acentua.

“Estudos existentes acerca do uso de novas tecnologias na educação básica sugerem que, se a tecnologia estiver efetivamente integrada à pedagogia, pode atuar como uma ferramenta poderosa para o aprendizado dos alunos”, observa Rafael Parente, que também é cofundador e diretor da EduFuturo. Ele também foi subsecretário de Inovação no município do Rio de Janeiro.

Ao abordar a formação continuada e o subterfúgio discursivo da “resistência” dos professores, título de seu artigo publicado na revista Política Democrática, Walkiria diz ser essencial que as ações destinadas à formação continuada considerem também os processos de formação inicial aos quais os docentes estiveram submetidos. “Temos ainda um grande contingente de professores que lecionam disciplinas sem a formação adequada”, assevera.

“As ações de estudo e formação que constituirão as políticas de formação continuada precisam levar em conta todo esse repertório dos professores e incluí-los nos espaços formativos, para que todos possam refletir acerca das escolhas que fazem, assumindo assim o grau de responsabilidade que a atividade docente exige”, destaca Walkiria.

Assista!

Já Pollyana Gama, que também é professora da rede municipal de Taubaté (SP), lembra que o olhar deve ser de ainda mais atenção para o setor porque, conforme observa, diários de classe de papel ainda são usados em boa parte das escolas, na contramão do que possibilita a convergência com o uso de novas tecnologias.

“Em plena era digital, por exemplo, a utilização de diários de classe de papel nos quais se registra à mão o que se tem que colocar nas tais planilhas que, por sua vez, já constam nos materiais de apoio (livros PNLD) ainda é uma realidade em vários municípios”, observa a educadora. “A modernização precisa chegar nesse aspecto também, ainda mais num momento que nos chama, a todo instante, a valorizar a nossa presença na relação com o próximo”, pontua.

3º Webinar lançamento da revista Política Democrática impressa
Tema:
 Novos olhares sobre formação de educadores
Data: 30/9/2021
Transmissão: a partir das 19 horas
Onde: Portal e redes sociais (Facebook e Youtube) da Fundação Astrojildo Pereira

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