Webinário destaca “A hora da estrela”, baseado em obra de Clarice Lispector

Foto: Reprodução
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Dirigido por Suzana Amaral, longa será debatido em evento on-line em pré-celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna

Cleomar Almeida, da equipe da FAP

Considerado um dos clássicos do cinema brasileiro, o filme “A hora da estrela”, o primeiro longa-metragem dirigido por Suzana Amaral, ainda mantém vivo na memória o roteiro baseado na adaptação do romance homônimo de Clarice Lispector. O filme entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos, em 2015.


Assista ao vivo!


O longa será exibido e discutido em evento online será debatido nesta quinta-feira (5/8) em mais um evento do ciclo de webinars da Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em pré-celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna, marcado para o ano que vem. A transmissão será realizada, a partir das 17 horas, no portal da entidade e redes sociais (Facebook e Youtube).

O filme conta a história de Macabéa, uma nordestina de 19 anos, semianalfabeta. Orfã de pai, mãe e da tia que a criou, vai para São Paulo ser datilógrafa e morar numa pensão junto de outras três mulheres. Tem uma vida sem muitas emoções, pois é indiferente a elas.

Macabéa conhece o nordestino Olímpico de Jesus, um operário metalúrgico, e os dois começam a namorar. Porém a relação não se sustenta, e Olímpico acaba trocando Macabéa, a quem chama de “cabelo na sopa”, por Glória, colega de trabalho da ex-namorada, que, por recomendação de sua cartomante, rouba o namorado de Macabéa.

Glória, então, recomenda-lhe sua cartomante, para que se sinta melhor, e Macabéa decide ir. A cartomante diz à garota que sua vida irá mudar repentinamente: seu ex-namorado a pedirá de volta, ela ganhará uma grande fortuna e se casará com um gringo lindo que se apaixonará por ela. Macabéa fica entusiasmada, mas quando sai na rua é atropelada por uma Mercedes e morre.


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O filme também foi escolhido pela Embrafilme para representar o Brasil no Óscar de melhor filme estrangeiro em 1986, mas não chegou a ser indicado. Além disso, foi resenhado na nona coletânea de resenhas de filmes da crítica de cinema Pauline Kael, Hooked, onde ela o elogia, principalmente a atuação de Marcélia Cartaxo.

“O filme chega até você, e a imagem da Macabéia de Marcélia Cartaxo é o que o faz – a terrível solidão dessa mulher em massa, esse nada de mulher que você não notaria na rua. Umberto D. representava todos os velhos orgulhosos e zangados que não podiam viver de suas pensões, mas ele também era – seu próprio velho teimoso”, analisou Pauline.

De acordo com a crítica de cinema, Macabéa é ela mesma em seus momentos de contentamento. “Sorri serenamente ao comemorar seu domingo com um passeio de metrô. É o triunfo do diretor que essa garota se afaste dela. Entorpecida como está, ela está tão viva quanto Suzana Amaral ou você ou eu, e mais misteriosamente”, ressaltou.

Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
12º online da série | Modernismocinemaliteratura e arquitetura.
Webinário sobre o filme A hora da estrela, de Suzana Amaral
Dia:
5/8/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira

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