rio de janeiro

El País: Afastamento de Witzel abre precedente contra qualquer chefe de Executivo, dizem governadores

Governista Gladson Cameli (Progressistas), do Acre, e comunista Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, afirmam que processo legal não foi respeitado com relação ao governador do Rio

Um governador bolsonarista e outro que faz oposição ao presidente Jair Bolsonaro dizem que o afastamento de Wilson Witzel (PSC) do Governo do Rio de Janeiro pode gerar uma sequência de interrupções de mandatos em Executivos estaduais. Gladson Camelli (Progressistas), do Acre, e Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, entendem que a decisão monocrática de um ministro do Superior Tribunal de Justiça de afastar Witzel do cargo foi irregular e inconstitucional. Em entrevista ao EL PAÍS, ambos afirmaram que a decisão traz insegurança jurídica para todos os gestores. Nenhum dos dois analisou o mérito da questão, ou seja, se o governador fluminense cometeu ou não um crime.

Desde esta sexta-feira, Witzel está impedido de exercer o mandato para o qual foi eleito por uma decisão em caráter liminar proferida pelo ministro do STJ Benedito Gonçalves. O governador é suspeito de participar de um amplo esquema de corrupção que envolveria principalmente a área da saúde, com desvios de recursos que seriam destinados ao combate à pandemia de covid-19, e que teria a participação de membros do Legislativo e do Judiciário. Em pronunciamento, ele negou as acusações e disse ser vítima de perseguição política.

O Ministério Público Federal pediu a prisão preventiva do governador, mas o ministro Gonçalves entendeu ser suficiente o seu afastamento do cargo para evitar a continuidade das supostas atividades de corrupção e lavagem de dinheiro apontadas na investigação. Os dois governadores consultados pela reportagem são experientes na política. Dino é ex-juiz federal, foi deputado e está em seu segundo mandato como governador. Já Cameli foi deputado por dois mandatos e senador por um. Está em sua primeira gestão no Acre.

Pergunta. Como avalia a decisão do ministro Benedito Gonçalves que retirou o ex-juiz Wilson Witzel do Governo do Rio por 180 dias?

Flávio Dino. Considero que há um procedimento específico, regrado na Constituição. Esse regramento específico diz que pode haver afastamento de um governador se houver o recebimento de uma ação penal por um colegiado do STJ ou a Assembleia Legislativa fazer processo de impeachment. Tem simetria com a situação do presidente da República. Isso ocorre em proteção ao governador, não? Em proteção ao princípio da soberania popular. Entendo que o devido processo legal não foi observado. Há um risco que implica que o princípio da soberania popular seja enfraquecido. Se um governador pode ser afastado por decisão liminar de apenas um juiz, por que não o presidente da República?

Gladson Camelli. Vejo um claro enfraquecimento da democracia. Parece-me que a Constituição Federal não tem sido cumprida em seu direito. Nós, gestores, temos de fazer um juramento, em respeito à Constituição. Temos de honrá-lo. Mas parece que outros órgãos não estão cumprindo essas regras como deveriam.

P. Qual o risco no futuro?Para usar um termo em moda entre os bolsonaristas, pode passar a boiada. Outros governadores podem ser afastados.

Dino. Para usar um termo em moda entre os bolsonaristas, pode passar a boiada. Outros governadores podem ser afastados. Esse é o problema das regras do jogo. Elas têm de ser cumpridas. Elas não são filigranas, não são enfeites, não são a cereja do bolo. As regras são o próprio bolo. Elas são a essência da democracia.

Cameli. A Justiça é soberana como qualquer outro poder é. Mas ela criou, sim, um mal-estar. Vivemos uma insegurança imensa. O que ocorreu com o Witzel pode ocorrer com todos nós governadores. Não estou discutindo se ele é culpado ou inocente. Mas a imagem que ficou perante a população é muito negativa.A Justiça é soberana como qualquer outro poder é. Mas ela criou, sim, um mal-estar.

P. Enxerga um rompimento entre a autonomia entre os poderes?

Dino. Umgovernador pode remover um juiz? Não pode. Ele pode escolher o presidente do Tribunal de Justiça? Não. Da Assembleia? Não. Pode definir quantas comissões existirão no Legislativo? Não. Porque se tem autonomia de cada poder. Se se admite essa modalidade decidida pelo ministro do STJ for admitida é como entender que o Executivo seria um subpoder, o que ele não é.

Cameli. Não quero aqui que o Executivo passe por cima do Judiciário ou de um ministro do STJ. Espero que o governador possa dar suas respostas. Mas o que tem sido feito não é adequado. Prende agora para soltar daqui um tempo. Afasta por uns dias, para depois devolver o poder. Qual imagem fica para a sociedade. A pandemia nos deu lições difíceis. Vou te dar um exemplo, cheguei em um ponto que tive de chamar os órgãos de controle para dentro do Governo do Estado. Eu não mando na iniciativa privada que fez um aumento abusivo de preços em máscaras, respiradores, equipamentos de proteção. Tive de falar para os órgãos de controle: vocês compram que eu pago.

P. Como mudar esse cenário e trazer mais segurança para os mandatários?

Dino. Para ficar claro: não estou defendendo os atos do governador Witzel. Não conheço o processo dele. O que eu defendo é que o devido processo legal tem de ser levado em conta. Temos de assegurar a proteção do pluralismo político, que está previsto em nossa constituição. Ele tem direito à ampla defesa. Temos de lembrar que são os meios que justificam os fins, não o contrário.

Cameli. Ele está só um ano e oito meses no cargo. Todos sabem que ele pegou um sistema vicioso que vem de muito tempo. Quem consegue derrubar uma situação dessas assim de um dia para o outro? Ele tem direito a se defender. E o processo legal deveria ser respeitado. Quando fui senador reclamei em várias ocasiões da falta de respeito às regras do jogo. É o que parece que vem ocorrendo agora.


El País: STJ manda afastar Witzel do Governo do Rio sob suspeita de corrupção em contratos

Operação nesta sexta-feira cumpre mandado de prisão do Pastor Everaldo, presidente do PSC, e faz buscas contra primeira-dama e presidente da Assembleia Legislativa

Superior Tribunal de Justiça (STJ) ordenou nesta sexta-feira o afastamento do governador Wilson Witzel (PSC) do cargo por 180 dias e autorizou diversos mandados de prisão e de busca e apreensão em endereços ligados às principais autoridades do Rio de Janeiro. A investigação é um desdobramento da Operação Placebo, que investiga corrupção em contratos do Executivo fluminense na área da saúde e que mirou o governador em maio. Agora, a suspeita é a existência de um amplo esquema de corrupção que envolveria também outras áreas da administração e que teria a participação de membros do Legislativo e do Judiciário.

As medidas foram determinadas pelo ministro Benedito Gonçalves, que em decisão monocrática também proibiu o acesso de Witzel às dependências do Governo, com exceção do Palácio Laranjeiras, sua residência oficial, e vetou a comunicação dele com funcionários e a utilização dos serviços do Estado. O Ministério Público Federal chegou a pedir a prisão preventiva do governador, mas o ministro entendeu ser suficiente o seu afastamento do cargo para evitar a continuidade das supostas atividades de corrupção e lavagem de dinheiro apontadas na investigação.

Agentes da Polícia Federal cumprem mandados no Laranjeiras, no Palácio Guanabara, na residência do vice-governador e na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, além de outros endereços no Estado. Entre os alvos das ordens de busca e apreensão estão a primeira-dama, Helena Witzel, o vice-governador, Cláudio Castro (PSC), e o presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano (PT). Há também 17 mandados de prisão, sendo seis preventivas (sem prazo) e 11 temporárias. Um dos alvos é Pastor Everaldo, presidente do PSC, partido de Witzel, que foi detido nesta manhã.

A operação desta-sexta foi chamada de Tris in Idem, uma referência ao fato de se tratar do terceiro governador do Rio que se “utiliza de esquemas ilícitos para obter vantagens indevidas”, nas palavras dos procuradores. Os ex-mandatários Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, ambos do MDB, estão presos em decorrência de investigações da Operação Lava Jato.

Witzel, que é ex-juiz, foi eleito em 2018 com um discurso anticorrupção e aliado ao bolsonarismo. Segundo a Procuradoria, porém, desde a sua vitória no pleito organizou-se no Governo um esquema criminoso dividido em três grupos, que disputavam o poder mediante o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos. “Liderados por empresários, esses grupos lotearam algumas das principais pastas estaduais —a exemplo da Secretaria de Saúde— para implementar esquemas que beneficiassem suas empresas”, dizem os investigadores em nota.

Em maio, Witzel foi alvo de uma operação que investigava um contrato emergencial assinado entre o Governo e a organização social Iabas no valor de 835 milhões de reais para construir e gerir sete hospitais de campanha para pacientes infectados com o coronavírus. De acordo com a Procuradoria, esse esquema de direcionamento de licitações era o principal mecanismo de atuação do grupo. Os investigadores apontam a existência de uma “caixinha de propina” abastecida pelas organizações e a cobrança de um percentual sobre pagamentos que abastecia mensalmente agentes políticos e servidores públicos da Secretaria da Saúde.

“O grupo criminoso agiu e continua agindo, desviando e lavando recursos em pleno pandemia da covid-19, sacrificando a saúde e mesmo a vida de milhares de pessoas, em total desprezo com o senso mínimo de humanidade e dignidade”, destacou o ministro do STJ na sua decisão.

O esquema de desvios não se limitava ao Poder Executivo, segundo a investigação. Na Assembleia Legislativa, deputados estaduais são suspeitos de repassar sobras de duodécimos, percentuais recebidos por lei do Governo, para o tesouro estadual. “Dessa conta única, os valores dos duodécimos ’doados’ eram depositados na conta específica do Fundo Estadual de Saúde, de onde eram repassado para os Fundos Municipais de Saúde de municípios indicados pelos deputados, que, por sua vez, recebiam de volta parte dos valores”, detalha a Procuradoria.

No Judiciário, as organizações atuariam por meio do pagamento de dívidas trabalhistas judicializadas. Com a ajuda de um desembargador, segundo aponta a investigação, entidades pagavam honorários a uma advogada que, após obter as decisões favoráveis, repassava os valores para os participantes do esquema.

Denúncia

Em uma das frentes de investigação, o Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra Witzel, a primeira-dama e outras sete pessoas, incluindo advogados e empresários. O objeto da investigação são os pagamentos de empresas ao escritório de advocacia de Helena Witzel, realizados supostamente a partir de contratos simulados para permitir a transferência de valores à família do governador. Foram denunciados os empresários Mário Peixoto, Alessandro Duarte, Cassiano Luiz; Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico de Witzel; João Marcos Borges Mattos, ex-subsecretário executivo de Educação; Gothardo Lopes Netto, ex-prefeito de Volta Redonda (RJ); e o contador Juan Elias Neves de Paula.

Outro lado

Em nota, a defesa do governador Wilson Witzel afirmou receber “com grande surpresa a decisão de afastamento do cargo, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade”. Os advogados dizem que aguardam o acesso ao conteúdo da decisão para tomar as medidas cabíveis.

Também em nota, o PSC declarou que o Pastor Everaldo sempre esteve à disposição de todas as autoridades, assim como o governador Wilson Witzel. Com a prisão de Everaldo, o ex-senador e ex-deputado Marcondes Gadelha, vice-presidente nacional, assume provisoriamente a presidência da legenda. O partido afirma ainda que o calendário eleitoral do partido nos municípios segue sem alteração.


Ascânio Seleme: E o Rio, como fica?

Se dependesse do prefeito, melhor seria deixar o debate para a última hora

Em três meses os cariocas vão eleger o sucessor do bispo Marcelo Crivella ou reconduzir o atual prefeito para um novo mandato de quatro anos. Embora a questão política nacional seja enorme, e quase sempre prioritária, não dá para ignorar a urgência da eleição municipal. Mesmo tendo população e orçamento maiores do que de alguns estados brasileiros, o Rio não deixa de ser uma cidade onde pessoas moram, estudam e trabalham. É no Rio, e não em Brasília, que os cariocas andam de ônibus. É nos hospitais da cidade que tratam da saúde e nas escolas municipais que seus filhos estudam. Chegou a hora de prestar atenção ao Rio.

Se dependesse do prefeito, melhor seria deixar o debate para a última hora mesmo. Enquanto isso, ele iria consolidando suas posições entre os evangélicos e fortalecendo seus laços com Bolsonaro e família. Crivella é o pior prefeito do Rio dos últimos anos, mas não é bobo. Ele já mapeou muito bem o caminho que pode levá-lo à reeleição. Em primeiro lugar, grudou no presidente como uma ostra na pedra. Mesmo nos momentos ruins, sempre esteve ao lado de Bolsonaro, não porque antecipava a sua recuperação, mas por falta de opção mesmo. Hoje, com a melhora dos índices de aprovação de Bolsonaro, Crivella cresce.

Seu primeiro movimento em favor da confirmação desse apoio já foi dado. O bispo quer a deputada Major Fabiana como sua candidata a vice. Ela é do PSL, partido do qual Bolsonaro está se reaproximando. Se o entendimento entre o partido e o presidente desandar, Fabiana será ejetada. Crivella sabe fazer o jogo político, o que ajuda a fortalecer sua posição eleitoral. Uma candidatura que até outro dia parecia fadada ao fracasso hoje pode muito bem constar da cédula do segundo turno. Seu sucesso ou fracasso vai depender de como reagirão seus adversários.

O principal concorrente de Crivella é o ex-prefeito Eduardo Paes, cujo maior problema é ser sempre associado ao grupo do ex-governador Sérgio Cabral, responsável pela sua indicação na primeira eleição a prefeito e de quem foi secretário. Este fantasma com certeza será lembrado na campanha. As delações premiadas da Lava-Jato não o alcançaram e ganhou todas as ações movidas contra ele; mesmo assim, é por aí que será bombardeado. Hoje, é réu em ação iniciada pelo Ministério Público assim que anunciou sua candidatura.

Paes é de longe o mais forte dos opositores de Crivella. Ele lidera todas as pesquisas e talvez seja o único capaz de ganhar do atual prefeito ainda no primeiro turno. Mas dependerá muito de como vai construir sua campanha. Com certeza, ele será atacado pelo bispo e, se não reagir com a mesma intensidade, pode ficar pelo caminho. Flancos frágeis Crivella tem aos montes, difícil é saber por onde começar.

Como o crescimento da aprovação de Bolsonaro alavancará Crivella, Paes terá de brigar pelos eleitores que lhes deram a vitória nas duas eleições que ganhou no Rio. Os votos de opinião não serão suficientes para elegê-lo, como não bastaram para seu adversário Fernando Gabeira na eleição de 2008. Será nas periferias das grandes cidades que os candidatos a prefeito apoiados por Bolsonaro testarão a força eleitoral do auxílio emergencial. Crivella vai navegar nesta onda. E é lá que Paes terá de garimpar.

Para derrotar o pior prefeito da história do Rio, Eduardo Paes terá também que ser capaz de se articular com os partidos de esquerda. Se souber dividir, poderá somar e ganhar.

Ditadura do tráfico
O cenário lembra os piores momentos da ditadura, quando pessoas eram sequestradas, torturadas, assassinadas e enterradas em covas clandestinas por forças policiais ou militares. O cemitério do tráfico do Salgueiro é tão grotesco quanto o de Perus, em São Paulo, por reunir sob o mesmo terreno corpos de dezenas de pessoas. No Salgueiro, os restos são de traficantes de facções concorrentes, de moradores da comunidade desobedientes e de policiais. Em Perus, pelo menos 20 corpos encontrados em valas clandestinas pertenciam a desaparecidos políticos, inimigos do regime militar.


Míriam Leitão: Regime fiscal de um estado só

Quando setembro vier, o Rio deve ir ao Supremo Tribunal Federal. No Ministério da Economia a aposta que se faz é que o estado vai judicializar a sua recuperação fiscal. O Rio chegará ao fim do período ainda mais endividado e sem ter vendido sua principal estatal, a Cedae. O secretário de Fazenda garante que o estado cumpriu todas as exigências, em Brasília o entendimento é que não cumpriu e que portanto não poderá haver uma renovação do contrato.

Para ser renovado, o estado teria que apresentar um novo plano de equilíbrio, e ele precisaria ser aprovado em tempo recorde pela equipe técnica do ministério da Economia, com aval do ministro Paulo Guedes e do presidente Jair Bolsonaro. Dificilmente acontecerá.

Três anos após a sua criação, o Regime de Recuperação Fiscal contou com a adesão de um único estado, o Rio de Janeiro, mas mesmo antes da pandemia ele não tinha reequilibrado as suas contas. O Rio deixou de pagar mais de R$ 50 bilhões em dívidas à União — ou com aval do Tesouro — e ainda assim o seu endividamento aumentou em relação à sua receita corrente líquida. O Rio Grande do Sul estava tentando entrar no Regime de Recuperação quando veio a crise. Minas Gerais sequer tentou e foi à Justiça, que suspendeu o pagamento dos juros. Depois, outros conseguiram o mesmo direito. Por fim, todos as parcelas foram suspensas até o fim do ano. Se não fosse isso, o Rio teria que voltar a pagar a sua dívida em 5 de setembro.

Em entrevista à coluna, o secretário de Fazenda do estado, Guilherme Mercês, defende que o Rio cumpriu todos os requisitos na última avaliação feita pelo Conselho de Supervisão do regime fiscal, em junho. Mas no governo federal o entendimento é de que o balanço desses três anos é desfavorável ao estado, e o Rio já deveria ter apresentado um novo plano de reestruturação.

— A lei não é clara. A Procuradoria-Geral de Fazenda Nacional (PGFN) tem o entendimento de que o estado precisa apresentar um novo plano. Já o governo do Rio acredita que a renovação deveria ser automática. E com isso caminha-se para o pior dos mundos, que é a judicialização do tema, como aconteceu com Minas Gerais — afirmou um técnico do governo.

Guilherme Mercês avalia que o estado já cumpre todas as condições para ter a renovação e diz que a lei foi pensada para um período de seis anos, com uma avaliação no meio do caminho, o que aconteceria em setembro.

— Em termos econômico-financeiros, o Rio de Janeiro está mais do que quite. O conselho exigiu R$ 600 milhões de compensações e aprovamos R$ 635 milhões. Estamos com R$ 35 milhões de sobra. Agora, a discussão é jurídica. O nosso entendimento é que o Rio continua tendo as mesmas necessidades para continuar no Regime — explicou.

Para complicar o quadro, com a pandemia, o Congresso autorizou a suspensão do pagamento da dívida de todos os estados à União até o final deste ano. O governo do Rio, dessa forma, foi o único obrigado a cumprir medidas de ajuste fiscal em plena recessão. Mercês diz que o governo Witzel bloqueou o preenchimento de 10.500 cargos públicos dos três poderes no estado e negociou a suspensão no pagamento de royalties que tinha securitizado, o que evitou a antecipação de uma despesa de quase R$ 6 bilhões em dívidas nos anos de 2020 e 2021.

— Todo os estados têm o mesmo benefício, mas só o Rio é cobrado. Esse é um ponto de discussão interessante — afirmou Guilherme Mercês.

Depois de três anos, a venda da Cedae foi empurrada para dezembro deste ano, mesmo mês em que o Rio terá que pagar uma dívida de R$ 4,5 bilhões ao banco francês BPN Paribas. Guilherme Mercês diz que a expectativa é que agora o leilão ocorra, após a aprovação do novo marco do saneamento pelo Congresso. A empresa continuaria estatal, como produtora de água, mas privatizaria a distribuição de água e a coleta e o tratamento de esgoto.

Se tivesse as contas reprovadas pelo Conselho de Monitoramento, o Rio teria que quitar de uma só vez os mais de R$ 50 bilhões que deixou de pagar ao Tesouro. A medida é tão dura que torna a punição praticamente inexequível, no entendimento do próprio governo federal. Caso o programa expire em setembro, as parcelas voltariam gradativamente, mas a partir de janeiro do ano que vem, quando acaba o estado de calamidade pública. A crise fiscal dos estados está longe de terminar.


Marcelo Calero discute propostas para reinventar o Rio de Janeiro

Deputado federal vai interagir com público em webinar que terá transmissão ao vivo

Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP

O diplomata e deputado federal Marcelo Calero (Cidadania-RJ) vai participar de um amplo debate com internautas, na próxima terça-feira (14), das 19h30 às 21h, no nono e último webinar da série Reinventar o Rio de Janeiro. O evento online, que é realizado pelo partido no município com apoio da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), terá transmissão ao vivo no site e na página da entidade no Facebook. Todos os interessados podem participar.

Tomado por uma intensa crise econômica e na saúde pública, o Rio impõe um grande desafio para os gestores e a necessidade de soluções urgentes para que os problemas não castiguem ainda mais a população. O colapso da gestão municipal tomou conta da cidade antes mesmo da pandemia do coronavírus, que aprofundou o sofrimento das pessoas. A cidade maravilhosa tem 6,7 milhões de habitantes.

https://www.facebook.com/facefap/videos/904312960047617

O Rio de Janeiro foi a cidade que mais fechou vagas com carteira assinada no Brasil em 2019, em números absolutos. No total, foram 6.640 vagas a menos no ano. Em 2018, a capital fluminense abriu 3.205 vagas. Infraestrutura, abastecimento de água, saneamento básico estão entre as áreas afetadas pela crise.

Durante o webinar, Calero deve apresentar uma análise sobre a situação do Rio e mostrar caminhos para superar os problemas. Bacharel em Direito pela Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), com mestrado pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da mesma instituição de ensino, ele é filiado ao Cidadania desde março de 2018 e, em 2016, atuou como ministro da Cultura do governo Michel Temer.

A série de webinars Reinventar o Rio de Janeiro pretende também mobilizar lideranças para interferir nas discussões e possíveis intervenções sobre o futuro da cidade maravilhosa. A ideia é manter o comprometimento do partido de buscar sempre melhorias para a cidade, mesmo no período de isolamento social decorrente da pandemia do coronavírus. Webinar evita a aglomeração física de pessoas no mesmo local e possibilita grande participação online de interessados.

Veja vídeos de outros webinars da série Reinventar o Rio de Janeiro:

Eduardo Paes discute resgate da cidade maravilhosa em webinar nesta quinta-feira (9)

Deputado Luiz Paulo aborda crise fiscal no 7º webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Vinicius Muller discute ética e política no sexto webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Raul Jungmann avalia segurança pública em webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Danielle Carusi discute desigualdade no quarto webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Ligia Bahia aponta desafios da saúde no terceiro webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Washington Fajardo discute cidade em webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Confira a abertura da série Webinar Reinventar o Rio de Janeiro


Eduardo Paes discute resgate da cidade maravilhosa em webinar nesta quinta-feira (9)

Ex-prefeito do Rio de Janeiro vai interagir com internautas em evento online que será transmitido ao vivo pela FAP

Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP

Propostas para o resgate da cidade maravilhosa serão discutidas pelo ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes com internautas, mostrando alternativas em meio à crise, nesta quinta-feira (9), das 19h30 às 21h. O oitavo webinar da série Reinventar o Rio de Janeiro, realizado pelo Cidadania 23 do município com apoio da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), terá transmissão ao vivo e aberta ao público em geral no site e na página da entidade no Facebook.

https://www.facebook.com/facefap/videos/2976062435854282

Prefeito do Rio de 2009 a 2017, Paes formou-se em Direito na PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro). Começou na política na Juventude Cesar Maia, ao lado de Índio da Costa, ex-deputado federal, e, depois, aos 23 anos, foi designado subprefeito de Jacarepaguá e da Barra da Tijuca. Ele também foi secretário de Meio Ambiente até 2002.

A série de webinars Reinventar o Rio de Janeiro pretende também mobilizar lideranças para interferir nas discussões e possíveis intervenções sobre o futuro da cidade maravilhosa. A ideia é manter o comprometimento do partido de buscar sempre melhorias para a cidade, mesmo no período de isolamento social decorrente da pandemia do coronavírus. Webinar evita a aglomeração física de pessoas no mesmo local e possibilita grande participação online de interessados.

Veja vídeos de outros webinars da série Reinventar o Rio de Janeiro:

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Confira a abertura da série Webinar Reinventar o Rio de Janeiro


Deputado Luiz Paulo aborda crise fiscal no 7º webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Parlamentar está em seu quinto mandato na Alerj; evento online tem transmissão ao vivo no site e página da FAP no Facebook

Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP

O deputado estadual Luiz Paulo Correa da Rocha (PSDB-RJ) vai discutir a crise fiscal do Rio de Janeiro com todos os internautas interessados, nesta terça-feira (7), das19h30 às 21h, em um debate online que busca contribuir para a melhoria da cidade maravilhosa. Realizado pelo Cidadania 23 do município com apoio da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), o sétimo webinar da série Reinventar o Rio de Janeiro terá transmissão ao vivo no site da entidade e em sua página no Facebook.

Durante o webinar, Rocha vai abordar os principais assuntos e apontar saídas para a saúde financeira do município. Ele é engenheiro civil formado pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com mestrado em transporte pelo Coppe. Foi, também, professor titular de Topografia da Faculdade de Arquitetura Silva e Souza. Iniciou sua vida pública há mais de 54 anos, no Departamento de Estradas e Rodagens da Guanabara.

Assista ao vivo!

https://www.facebook.com/facefap/videos/722872825113594/

Luiz Paulo está em seu quinto mandato na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). De acordo com o site da Casa, ele é defensor intransigente da democracia e de ações que se destinem a atrelar o desenvolvimento econômico ao social. Autor de mais de 100 leis, também tem se dedicado intensamente à luta contra a indústria das multas, à defesa dos servidores públicos, ao combate aos abusos e arbitrariedades do Estado e da iniciativa privada, nas situações de mediação de conflitos entre os Poderes e a sociedade com a ótica dos menos favorecidos.

A série de webinars Reinventar o Rio de Janeiro pretende também mobilizar lideranças para interferir nas discussões e possíveis intervenções sobre o futuro da cidade maravilhosa. A ideia é manter o comprometimento do partido de buscar sempre melhorias para a cidade, mesmo no período de isolamento social decorrente da pandemia do coronavírus. Webinar evita a aglomeração física de pessoas no mesmo local e possibilita grande participação online de interessados.

Veja vídeos de outros webinars da série Reinventar o Rio de Janeiro:

Vinicius Muller discute ética e política no sexto webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Raul Jungmann avalia segurança pública em webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Danielle Carusi discute desigualdade no quarto webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Ligia Bahia aponta desafios da saúde no terceiro webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Washington Fajardo discute cidade em webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Confira a abertura da série Webinar Reinventar o Rio de Janeiro


Cacá Diegues: Onde estamos agora

Aglomeração nos bares é um elogio à irresponsabilidade de quem mandou e à ignorância de quem foi para as ruas

Estou convencido de que, se as atividades sociais diminuíram ou simplesmente desapareceram com a Covid, as responsabilidades pessoais cresceram muito nesse novo tempo. Não nos interessam mais, às vezes até odiamos, certos gestos e compromissos coletivos de “antigamente”; mas somos fiéis a comportamentos relativos a um caso ou a uma pessoa, que nem sempre precisam de nós. Aos primeiros, já sabemos recusar sem culpa, não participamos deles sem precisar montar desculpas mirabolantes. Aos segundos, atendemos sem vacilação, como se o esforço ou o sacrifício pessoal fossem virtudes naturais. Continuamos seres sociais, mas agora preocupados e dedicados a um outro de cada vez.

Claro que pensamos e discutimos política, por exemplo. Mas a contrariedade com o governo não vem mais de um programa para a nação, mas de uma forma de pensar o ser humano e, portanto, agir sobre seu destino. Mesmo não sendo e nunca tendo sido de direita, podemos até admitir, muito serenamente, que os direitistas devam fazer parte do poder, desde que respeitem o pensamento e o programa do outro, a eventual maioria que não pensa como eles. Nos velhos tempos de hegemonia marxista, socialista ou apenas trabalhista, aqui ou em outros países, isso era impensável. No mínimo, uma traição à verdadeira luta popular, traição merecedora de uma Sibéria ou de um PSDB qualquer.

Com a pandemia, estamos aprendendo a compreender o valor da solidão e a valorizar a solidariedade. Entendemos finalmente que a solidão é a condição em que viemos ao mundo e vivemos nele. Somos os únicos responsáveis por nós mesmos, sobre nós mesmos e o que possa repercutir sobre nossos semelhantes. Sobretudo quando corremos algum perigo, isolados de tudo. Assim como a única arma que possuímos para conviver com o resto do mundo é a solidariedade, o amor sem sentimento de propriedade sobre o outro. Solidão e solidariedade (elas devem ter a mesma raiz latina, não é não?) são coisas indispensáveis no mundo de hoje.

Não podemos saber o que vai acontecer depois da pandemia e é inútil tentar adivinhar. Não sabemos, e não sei se um dia saberemos, quantos seres humanos ainda vão morrer enquanto ela durar. A pandemia é como a invasão de um exército inimigo que veio para tomar nosso espaço vital. Só não fica para sempre se formos capazes de enfrentá-lo com as armas que formos capazes de inventar. Essa flexibilização doida, a “abertura do confinamento” que as fotos do Leblon noturno registraram nos jornais deste fim de semana, esse monte de gente que não sabe que não se retorna nunca ao que já foi, de pessoas tolas a sorrir como se estivessem numa feira inocente e solar, não passam de um elogio à irresponsabilidade de quem mandou e à ignorância de quem foi para as ruas cheias e agressivas.

José Bonifácio Sobrinho, o Boni vitorioso da televisão, declarou a um jornal que só sai de casa quando inventarem a vacina. E ele tem razão. Há mais de quatro meses que sou um membro absolutamente disciplinado do grupo de risco — faço tudo que me mandam fazer, não saio de casa, lavo as mãos o dia inteiro, uso máscara e álcool em gel sempre que necessário. Mas quero poder abraçar meus amigos, beijar minhas filhas e meus netos, sair de casa para passear pelo bairro, reconhecer as esquinas da minha cidade, ver como anda o mundo.

Quero, por exemplo, entrar num cinema do Grupo Estação, que frequento há tantos anos, e que está ameaçado de fechar por falta de público na pandemia. Foi naquelas salas que chorei com “Jules e Jim”, que acreditei no retorno do cinema brasileiro depois de “Central do Brasil”, que torci pelo “Parasita” redentor de tantos filmes de cinematografias como a nossa. O Estação me ajudou a fazer filmes com o que vi lá, tanto quanto os livros que li e as conversas que tive com mestres mais velhos do que eu, como Nelson, Ruy e Roberto, porque escola de cinema eu nunca fiz. Em homenagem ao que sei, vou ajudar o Grupo Estação a sobreviver.

Não vou me meter a adivinhar o futuro, acho que ninguém sabe o que vai acontecer (se soubesse, certamente não estaríamos onde estamos). Mas tenho a impressão de que, desse caos escandaloso, desse mundo pouco nítido em que vivemos, dessa tristeza de quem está perto do fim, alguma coisa nova virá nos salvar como uma luz modesta que aprenderemos a cultivar. Tenho a impressão de que o mundo será mais leve, que os que julgam saber murmurarão a verdade a meus ouvidos, em vez dos urros loucos que todos os lados nos berram agora. Enfim, só há duas alternativas. Ou escolhemos o lado sombrio de negacionistas autoritários e egoístas; ou vamos em direção ao sol do afeto e da transigência.


Dorrit Harazim: Desmascarados

A sociedade de consumo responde, sôfrega, para voltar a respirar num shopping center e se sentir viva

O índice de estupidez de quem abarrotou bares e ruas do Leblon na noite de quinta-feira merece atenção para além de um simplório filtro por classe social. Nas franjas das periferias e comunidades, bailes funk também rolam adoidado ao arrepio de qualquer quarentena. Esses bolsões de incivilidade tampouco são coisa só nossa. Nos Estados Unidos, matriz brasileira de gestão irresponsável do coronavírus, exemplos de insensatez social ostensiva pipocam emNova York e Houston, lotam Miami Beach e assustam Los Angeles. A novidade é desafiar o amanhã embarcando em “Covid parties” sem proteção, propósito ou culpa.

À primeira vista, essa sofreguidão irreprimida pode evocar “A noite dos desesperados”, filme ambientado na Grande Depressão de 1929 com Jane Fonda em papel memorável. Mas só à primeira vista. Na obra do diretor Sydney Pollack, o grupo à deriva que desce aos infernos para vencer uma maratona de dança e conquistar um prêmio em dinheiro é arrastado pela necessidade. No filme, incentivados por um promotor sem escrúpulos e oportunista, eles arriscam tudo para sobreviver, inclusive a autodestruição. Já os festeiros afoitos de hoje jogam sobretudo com a vida alheia. E de graça, sem ganhar nada. São paspalhos.

Mas há um elo em comum entre a trama ficcional e o momento coronavírus atual: a figura do promotor oportunista. Em sua versão 2020 ele é tanto o prefeito que reabre sem ter fechado quanto o governador que rouba respirador ou o presidente que achincalha o uso da máscara. Impulsionados por estreiteza de visão, aposta negacionista ou pura irresponsabilidade, esses agentes do devaneio estão levando o país à neurastenia. E a sociedade de consumo responde, sôfrega, para voltar a respirar num shopping center e se sentir viva.

Virou notícia a iniciativa de um shopping da cidade de Botucatu, no interior paulista, que liberou a circulação de automóveis pelos corredores, no interior do prédio. O cliente precisa estar de máscara, não pode sair do veículo, mas retira suas encomendas diretamente na porta das lojas. Tudo seguindo as normas sanitárias vigentes na cidade, que foi rebaixada para a chamada fase 1 (vermelha) do Plano São Paulo, portanto de quarentena mais restritiva — apenas serviços essenciais podem permanecer abertos. Motos e carros movidos a diesel têm acesso vetado ao local, mas havia limite de velocidade para a circulação dos muitos SUVs que se enfileiraram no primeiro dia. Um sucesso. As imagens do chamado “drive-thru in door” são estupefacientes.

Se para uns consumir é pretender que nada mudou, para quem foi condenado a confundir cidadania com consumo voltar a comprar é necessidade. Em shoppings populares já abertos legalmente, o afluxo é quase desesperado.

O ativista ambiental britânico George Monbiot descreve assim o sistema falido em que vivemos, que depende de crescimento contínuo e exige que percamos nossa capacidade de tomar decisões ponderadas: primeiro satisfazemos nossas necessidades reais, depois nossos desejos intensos e vontades de ocasião. Por fim, somos induzidos a continuar a adquirindo bens e serviços de que não precisamos nem queremos. É quando abandonamos nossas faculdades discriminatórias e sucumbimos ao mero impulso, tragados por um ciclo de compulsão ao consumo. Monbiot cita como exemplos a existência de uma torradeira capaz de imprimir a imagem do dono no pão, de um porta-papel higiênico que envia mensagem a seu celular informando que o rolo está acabando e de uma escova de cabelo (para adultos) que informa se você sabe escovar corretamente o cabelo. O autor alerta para o fato de o meio ambiente não responder a sinais da Bolsa e do mercado.

Pandemias também não.

Dias atrás coube ao atual diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), dr. Robert Redfield, apresentar-se perante uma inquieta Comissão Parlamentar de Comércio e Energia. Indicado por Donald Trump, Redfield surpreendeu a todos na franqueza. Informou aos deputados que o governo americano “provavelmente vai gastar US$ 7 trilhões com esse viruzinho”. E acrescentou: “A realidade é que [a pandemia] botou esta nação de joelhos.” A última vez que se ouviu falar da nação de joelhos foi após o ataque terrorista às Torres Gêmeas de 2001.

No Brasil as contas ainda estão muito longe de fechadas — nem o custo em vidas, nem o financeiro. Mas o país já está firmemente alinhado à matriz como nação pária no combate civilizado à pandemia. Na Europa que se entreabre, brasileiro não entra por enquanto. Por pertinente, copia-se aqui trecho de entrevista do historiador John M. Barry, autor do aclamado “A Grande Gripe”, concedida esta semana a Ana Lucia Azevedo, no GLOBO:

— Como o senhor vê o posicionamento de líderes que negam a Ciência, como os presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro?

— Serei diplomático. Eles são idiotas perigosos.


Vinicius Muller discute ética e política no sexto webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Professor vai interagir com internautas, em evento com transmissão no site e página da FAP no Facebook

Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP

Internautas poderão discutir ética e política com o historiador Vinicius Muller, professor do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) em São Paulo, durante o sexto webinar da série Reinventar o Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (2), das 19h30 às 21h. Aberto a todo o público online, o evento é realizado pelo Cidadania 23 do município com apoio da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), sediada em Brasília e que é responsável pela transmissão ao vivo do debate em seu site e em sua página no Facebook.

Muller é doutor em história econômica, mestre em economia e bacharel em história. Atua como professor de história, história Econômica, ética e desenvolvimento há mais de 20 anos, com experiência em educação básica, pré-vestibular, ensino superior e pós-graduação. Além da docência, já atuou como autor de material didático e, por muitos anos, como gestor escolar, tanto em coordenação quanto em direção de Instituições de Ensino. Atualmente, além de ser professor de instituições de ensino, é palestrante e colaborador do Blog Estado da Arte, do jornal O Estado de S. Paulo.

Assista ao vivo:

https://www.facebook.com/facefap/videos/343650469964349

O objetivo da série de webinar Reinventar o Rio de Janeiro é mobilizar lideranças para interferir nas discussões e possíveis intervenções sobre o futuro da cidade maravilhosa. A ideia é manter o comprometimento do partido de buscar sempre melhorias para a cidade, mesmo no período de isolamento social decorrente da pandemia do coronavírus. Webinar evita a aglomeração física de pessoas no mesmo local e possibilita grande participação online de interessados.

Veja vídeos de outros webinars da série Reinventar o Rio de Janeiro:

Raul Jungmann avalia segurança pública em webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Danielle Carusi discute desigualdade no quarto webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Ligia Bahia aponta desafios da saúde no terceiro webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Washington Fajardo discute cidade em webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Confira a abertura da série Webinar Reinventar o Rio de Janeiro


Raul Jungmann avalia segurança pública em webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Evento online tem transmissão ao vivo no site e na página da FAP no Facebook

Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP

Ex-ministro da Defesa e extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann discute segurança pública com internautas, nesta terça-feira (30), das 19h30 às 21h, no quinto webinar da série Reinventar o Rio de Janeiro. O evento online é realizado pelo Cidadania 23 do município com apoio da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), sediada em Brasília e que é responsável pela transmissão ao vivo em seu site e em sua página no Facebook.

Jungmann é ex-deputado federal, foi ministro do Desenvolvimento Agrário e ministro Extraordinário de Política Fundiária do governo FHC (Fernando Henrique Cardoso), ministro da Defesa e ministro extraordinário da Segurança Pública do governo Michel Temer.

Assista ao vivo!

https://www.facebook.com/facefap/videos/578905992822186/

O objetivo da série de webinar Reinventar o Rio de Janeiro é mobilizar lideranças para interferir nas discussões e possíveis intervenções sobre o futuro da cidade maravilhosa. A ideia é manter o comprometimento do partido de buscar sempre melhorias para a cidade, mesmo no período de isolamento social decorrente da pandemia do coronavírus. Webinar evita a aglomeração física de pessoas no mesmo local e possibilita grande participação online de interessados.

Veja vídeos de outros webinars da série:

Danielle Carusi discute desigualdade no quarto webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Ligia Bahia aponta desafios da saúde no terceiro webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Washington Fajardo discute cidade em webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Confira a abertura da série Webinar Reinventar o Rio de Janeiro


Danielle Carusi discute desigualdade no quarto webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Economista interage com o público em evento online que terá transmissão ao vivo nesta quinta-feira (25)

Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP

Desigualdade, pobreza e programas sociais serão discutidos com internautas pela economista Danielle Carusi, nesta quinta-feira (25), das 19h30 às 21h, no quarto webinar da série Reinventar o Rio de Janeiro. O evento online é realizado pelo Cidadania 23 do município com apoio da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), sediada em Brasília e que é responsável pela transmissão ao vivo em seu site e em sua página no Facebook.

Danielle possui graduação em economia pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), mestrado em Economia da Industria e da Tecnologia pela mesma instituição de ensino superior e doutorado em economia pela PUC-Rio. Tem experiência na área de economia, com ênfase em economia aplicada, atuando principalmente nos temas que envolvem mercado de trabalho, educação, bem estar social e mobilidade urbana.

Assista ao vivo!

https://www.facebook.com/facefap/videos/1412096398983019/

O objetivo da série de webinar Reinventar o Rio de Janeiro é mobilizar lideranças para interferir nas discussões e possíveis intervenções sobre o futuro da cidade maravilhosa. A ideia é manter o comprometimento do partido de buscar sempre melhorias para a cidade, mesmo no período de isolamento social decorrente da pandemia do coronavírus. Webinar evita a aglomeração física de pessoas no mesmo local e possibilita grande participação online de interessados.

Veja vídeos de outros webinars da série:

Ligia Bahia aponta desafios da saúde no terceiro webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Washington Fajardo discute cidade em webinar Reinventar o Rio de Janeiro

Confira a abertura da série Webinar Reinventar o Rio de Janeiro