nota de pesar

Nota de pesar: Eliseu Neto, defensor incansável dos direitos das minorias

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP), vinculada ao Cidadania 23, manifesta profundo pesar pela perda, de forma precoce e irreparável, do companheiro Eliseu Neto, aos 45 anos, nesta terça-feira (21/5). Com a vida guiada pela busca por justiça social, ele era presidente nacional do Núcleo de Diversidade23, psicanalista, psicólogo, ativista e psicopedagogo, especialista em Orientação Profissional e defensor dos direitos das pessoas LGBTQIA+, assunto que o levou a idealizar um projeto de livro publicado pela entidade.

Defensor incansável dos direitos das minorias, Eliseu liderou iniciativas que resultaram em grandes conquistas para a comunidade LGBTQIA+. Assumiu protagonismo na Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO), protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF), que resultou na criminalização da homofobia no Brasil, equiparando-a ao crime de racismo, e no fim da proibição de doação de sangue por homossexuais.

Entre familiares, amigos e demais companheiros de Eliseu Neto, continuará vivo o seu legado de luta contra o que ele mesmo chamou de “preconceito tão arcaico” e o comprometimento com a busca de uma sociedade mais justa, mais igual e mais inclusiva.

Fundação Astrojildo Pereira (FAP)


Sinclair Mallet Guy Guerra, uma vida em prol da luta pela democracia

É com profundo sentimento de tristeza e pesar que a Fundação Astrojildo Pereira (FAP) anuncia a perda do querido professor Sinclair Mallet Guy Guerra, mas, ao mesmo tempo, manifesta gratidão pela sua vida marcada por lutas em defesa da democracia. Ele morreu, em São Paulo, na última terça-feira (15/3).

O professor Sinclair, como era conhecido, também assumiu papel de destaque na produção de conhecimento, que ele via como imprescindível para se alcançar uma sociedade mais democrática e menos desigual.

Na época da ditadura, viveu na França, onde fez seu doutorado. Ao retornar ao Brasil, deu aulas na Universidade de Campinas (Unicamp), pela qual, em 2004, alcançou o título de livre docente, depois do doutoramento em Economia da Energia na Université Paris III (1986), antecedido do mestrado em Economia de Empresas pela FGV (1981), com a graduação em Economia na Universidade de Marília (1966). Também foi professor da Universidade Federal do ABC, em São Paulo.

Na França e no Canadá, também atuou em cursos de graduação e pós-graduação, compartilhando e incentivando a produção de conhecimento para além das fronteiras do Brasil.

Militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), também foi um colaborador entusiasmado da nossa Fundação Astrojildo Pereira, onde integrava o conselho editorial da revista impressa Política Democrática.

Os nossos sentimentos de estima e de perda à professora Heloisa, companheira do nosso querido Sinclair, aos filhos e a todos os demais familiares e amigos.

Entre nós, ficam a memória e o legado de um grande humanista.


Maria Felisberta Baptista Trindade morreu em 13 de novembro de 2021, aos 91 anos, no Rio de Janeiro

Felisberta: marca da memória por justiça social e democracia

Professora aposentada da UFF foi um dos grandes nomes do PCB no Rio de Janeiro e morreu no sábado (13/11)

Cleomar Almeida, da equipe da FAP

Educação é a palavra que resume a trajetória da pedagoga Maria Felisberta Baptista Trindade. Ela passou por salas de aula do ensino fundamental ao nível superior, sempre usando sua profissão como meio de ação transformadora e em defesa da justiça social e da democracia. A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) lamenta a morte dela, no sábado (13/11), aos 91 anos.

Ela atuou na Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), como professora, coordenadora do curso de pedagogia, diretora e membro titular do Conselho Universitário. Graduada em pedagogia, também ensinou língua portuguesa, na educação fundamental.

Felisberta, como é lembrada carinhosamente por parentes, amigos e admiradores, teve a vida marcada por atuação em movimentos sociais e políticos. O nome dela ecoou, em diversas esferas, como referência de mulher, professora, gestora pública e militante.

Uma parte de sua especial história está contida no documentário Felisberta, Uma Mulher de Luta.

https://youtu.be/xWyFcEP2k-o

Exerceu, em Niterói, os cargos de coordenadora-geral de Planejamento, secretária municipal de Educação e Cultura, presidente da Fundação Municipal de Educação, presidente do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia e membro Titular do Conselho Municipal de Política para Mulheres e do Conselho Municipal de Educação.

Presente nos movimentos sociais e políticos, a professora Felisberta fundou a Associação Feminina Fluminense, seção da Federação de Mulheres do Brasil, criada por militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB), organização política a que ela pertenceu.

Cidadã Niteroiense por ato da Câmara Municipal, em 1991, a carioca Felisberta voltaria a ser homenageada pela cidade, onde efetivamente viveu e trabalhou, com a Ordem do Mérito Municipal, no grau de Comendadora.

Felisberta, enquanto aposentada da UFF, era do Conselho Deliberativo da Associação de Professores inativos da Universidade Federal Fluminense (ASPI-UFF), de que foi presidente entre 2001 e 2008.

Ela escreveu sua história como professora atuante nas lutas da classe trabalhadora, presente em todos os momentos cruciais da história moderna e contemporânea do Brasil. Na memória, fica destacada sua atuação política, sobretudo, nas manifestações em defesa da democracia, dos direitos de trabalhadores e contra todas as formas de opressão.


Lucília Garcez deixa marca como referência na literatura brasileira

Ex-conselheira da FAP e professora aposentada da UnB morreu por complicações de câncer de pulmão

Cleomar Almeida, da equipe FAP

Professora aposentada do Instituto de Letras da Universidade de Brasília (UnB) e ex-conselheira da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), Lucília Helena do Carmo Garcez deixa como legado a referência da literatura e defensora de livros. Ela morreu, nesta quinta-feira (23/9), aos 71 anos, vítima de câncer de pulmão, em Brasília.

O velório está marcado para às 14h desta sexta-feira (24/9), na Capela 5 do cemitério Campo da Esperança da Asa Sul. Lucília estava internada no Hospital Daher havia duas semanas, por causa de complicações da doença e da quimioterapia.

Integrante da Academia Brasiliense de Letras e da Associação Nacional dos Escritores (ANE), a professora propagava a ideia de que o livro é a principal ferramenta para transformar a vida das pessoas. Educação, para ela, era o maior capital que uma sociedade poderia ter em busca de equidade e justiça social.

Lucília era casada com o cineasta e documentarista paraibano Vladimir Carvalho, de 86, e deixou três filhas (Adriana, Fabiana e Cristina) de um casamento anterior, além de cinco netos.

Vladimir lembra-se da esposa como uma mulher carinhosa e cheia de alegria de viver. Segundo ele, Lucília gostava de cuidar do jardim, da casa como um todo. "Era uma liderança enorme na família. Sempre tinha uma palavra de conforto, uma doçura imensa. Mantinha a harmonia e a amizade entre todos”, contou.

Nascida em Uberaba (MG), em 8 de julho de 1950, ela chegou a Brasília em 1966. Era doutora em linguística pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e mestre em teoria da literatura pela UnB. Foi professora de língua portuguesa do Instituto Rio Branco, responsável pela formação de diplomatas, por oito anos.

Em carta sobre o aniversário de Brasília em 2020, Lucília destacou a admiração pelo céu no lugar e definiu a linha do pôr-do-sol como "desnuda, extravagante, aberta ao infinito".

"Adotar Brasília como minha cidade misturou-se com definir os rumos da vida, fazer outras escolhas fundamentais. Tudo está enraizado naquelas manhãs ensolaradas nos gramados da UnB", escreveu.

Nota oficial da FAP

Nós, conselheiros, diretores e colaboradores da Fundação Astrojildo Pereira manifestamos de público nosso pesar pelo falecimento de Lucília Helena do Carmo Garcez. Professora da Universidade de Brasília, Lucília dedicou sua vida profissional e sua militância cotidiana à promoção da educação, da cultura, com ênfase na difusão do livro e da leitura como instrumentos indispensáveis para esses fins. Lucília participou do grupo presente nas primeiras reuniões que resultaram na criação da Fundação Astrojildo Pereira, integrando, posteriormente, mais de uma vez, seu Conselho Curador. Apresentamos nossas condolências a Vladimir de Carvalho, também militante histórico da Fundação, e a todos os familiares de Lucília.

Livros de Lucília Helena Garcez
https://www.estantevirtual.com.br/livros/lucilia-helena-do-carmo-garcez


Roberto Freire divulga nota de pesar pelo falecimento de Jorge Espeschit

Recebemos consternados a notícia do falecimento do companheiro de longa data Jorge Espeschit. Esse mineiro de Belo Horizonte sempre partilhou dos valores mais caros ao antigo PCB – o humanismo, a igualdade, a liberdade, o respeito ao próximo – , ajudando a transformar o partido no PPS, a partir das mudanças históricas vividas pela esquerda, e depois no Cidadania.

Antes, já havia fundado o Partido Humanista e militado pela redemocratização. Foi um ambientalista antes que muitos de nós despertássemos para a importância dessa pauta como valor humano fundamental.

Tem inúmeros serviços prestados à população belo-horizontina, aos mineiros e aos brasileiros, sempre na vanguarda. Era um amigo correto, gentil, de raras tolerância e generosidade, desses que, como Adélia Prado, nos lembram que a coisa mais fina do mundo é o sentimento.

Aos familiares desse grande ser humano, os nossos mais sinceros sentimentos. Que a vida dedicada às luzes lhes sirva de conforto nesse momento de partida. Salve, Jorge!

Roberto Freire
Presidente Nacional do Cidadania