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Radicalismo e democracia: em busca do equilíbrio e de um novo rumo

Democracia exige legislação transparente e eficaz para que seja consolidada — e que tudo isso resulte na consciência de que estas leis sejam para todos

Raimundo Benoni / Fundação Astrojildo Pereira (FAP)

O radicalismo é aventureiro e implacável. Metade dos brasileiros, segundo pesquisas recentes e variadas, não quer que o país se mantenha dividido. Embora, vale frisar, admitam estar menos tolerantes, há indivíduos de pontos de vista diferentes. O intransigente, o inflexível, o agitador e o provocador — mesmo aquele de plantão, movido por interesses pessoais ou grupais — não são aceitos ou mesmo bem-vindos. Como exercer racionalidade num momento quase irracional? E quem deve liderar essa capacidade? Nós, dirigentes partidários, líderes nacionais e regionais, gestores públicos movidos da boa-fé.

A história nos ensina que não se pode agir politicamente com os nervos à flor da pele. Ulysses Guimarães, o patrono da Constituinte de 1988, dizia que política não se faz com o fígado, conservando o rancor e ressentimentos na geladeira. E ele não falava apenas da política uterina, como se vê agora, em benefício de parentes. Pensava sobre o global, no qual a política é um conjunto de valores para, diz a eterna blague, servir ao conjunto da população.

Neste caso, eis a razão que motivou a reunião pública de fundações e institutos públicos ligados ao Cidadania, DEM, MDB e PSDB — no qual as lideranças promovem até o fim deste mês um ciclo de debates para pensar algo básico, mas relevantíssimo: como promover o rumo do reencontro do país consigo mesmo? Não se trata apenas da busca por uma terceira via para as eleições do ano que vem. É uma procura por um novo rumo.

O seminário, de forma virtual no site www.seminárionovorumo.com.br e redes sociais Facebook e YouTube, é gratuito e vai até o próximo dia 27. Nele, vamos oferecer o que até parece óbvio: argumentos que sustentem a necessidade de criarmos alternativas para combater a desigualdade social e fortalecer a democracia. Que devemos buscar o caminho do equilíbrio. Democracia forte é como um fruto: precisa de algum tempo para amadurecer. E nesse ínterim, ele exige, por exemplo, condições de temperatura e umidade para consolidar esse processo.

No nosso caso específico, a democracia exige legislação transparente e eficaz para que seja consolidada — e que tudo isso resulte na consciência de que estas leis sejam para todos. Exige-se, também, prática: não chegamos sequer a quatro décadas consecutivas exercendo nosso direito (e dever) de votar. Como disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recentemente, o brasileiro adora votar — e faz até festa em dias de eleições. Mas é preciso que as regras e os processos eleitorais sejam respeitados. Por isso, o debate nacional não pode se limitar a pautas simbólicas, visando interesses pessoais ou de grupos – e muito menos dissociadas da realidade das pessoas.

Dados mais recentes do IBGE mostram que 14,4 milhões de brasileiros estão desempregados. Os chamados “bicos”, trabalho por conta própria que alguns insistem em classificar como empreendedorismo, sustentam 24,8 milhões — um recorde que corresponde a 28% da população ocupada. E quanto à segurança pública? O tradicional Atlas da Violência, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revela que o número de mortes violentas por causas indeterminadas registrou um crescimento de 35,2% — sendo que o Rio de Janeiro (232%) é o recordista.

No seminário organizado por essas instituições, vai-se além. Que tal discutirmos o sistema educacional? A questão da segurança pública passa por quais variantes: casa própria para PMs ou formação adequada nas academias? E quanto às constantes ameaças a interferências indevidas de um Poder sobre outro? Até quando somos obrigados a viver não em um Estado de Direito, mas em um “estado de incerteza”?

*Raimundo Benoni é engenheiro, com formação na área de energia pela Fundação Getulio Vargas (FGV), vice-prefeito de Salinas (MG) e diretor da Fundação Astrojildo Pereira (FAP)


Luciano Rezende: É preciso unir forças em defesa da democracia

"MDB, PSDB, DEM e Cidadania promovem seminário virtual para debater “Um novo rumo para o Brasil”

Luciano Rezende / Fundação Astrojildo Pereira

A maior demanda nesse momento é por alguém que aponte o caminho, alguém que lidere o nosso povo. As lideranças políticas nacionais precisam exercitar a racionalidade para poder atender as reais necessidades do povo brasileiro. A história nos ensina que radicalismos e extremos são incompatíveis com a boa gestão.

Atualmente, no Brasil, as pessoas fazem o debate político com os nervos à flor da pele. Nesse ambiente, não há espaço para um bom e generoso diálogo.  Já passou da hora de acalmar os ânimos! Por isso, as fundações e institutos ligados ao Cidadania, DEM, MDB e PSDB, organizam um ciclo de debates para pensar como promover o rumo do reencontro do país consigo mesmo. O seminário virtual ocorrerá até 27 de setembro, por meio do Facebook e Youtube .

É importantíssima essa reflexão sobre os novos rumos para o nosso país. Precisamos criar alternativas para combater a desigualdade social e fortalecer a democracia. O Brasil precisa priorizar o caminho do equilíbrio. As pautas do debate nacional não podem ser simbólicas e descoladas da realidade do dia-a-dia das pessoas.


CONFIRA OS WEBINÁRIOS JÁ REALIZADOS

QUINTO DIA - TEMA: MEIO-AMBIENTE



QUARTO DIA - SEGURANÇA PÚBLICA




TERCEIRO DIA - EDUCAÇÃO




SEGUNDO DIA - ECONOMIA




PRIMEIRO DIA - ABERTURA




Temos desafios que são muito relevantes como, por exemplo, a volta da inflação, o empobrecimento da população, as consequências da pandemia, o nosso sistema educacional que não consegue melhorar a sua qualidade, a crise na segurança pública, desemprego… Enfim, todos esses relevantes temas serão tratados no seminário virtual “Um novo rumo para o Brasil”, que começou com palestras dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Michel Temer e José Sarney.

Veja toda a rica programação no site www.seminarionovorumo.com.br. Sem falar de gestores experientes, ex-ministros e líderes políticos que vivenciaram, cada um a seu tempo, inúmeros desafios e podem nos ajudar a fazermos uma reflexão ampla! O Brasil só vai superar seus desafios com diálogo.

Precisamos muito da boa política! E, a boa política se faz com comprometimento, valores e capacitação técnica. Da união de todos, nessa direção é que teremos a superação dos inúmeros desafios que o nosso país ainda enfrenta, 200 anos após a sua Independência. Então? Bora participar?!

(*) Luciano Rezende é médico, professor e foi prefeito de Vitoria (ES), de 2013 a 2020. Atualmente, é presidente do Conselho Curador da Fundação Astrojildo Pereira (FAP).

Confira a programação do Seminário

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“Em defesa da democracia, contra a desinformação”

Fundações esclarecem, em nota, que a mobilização política, manifestações, comícios ou marchas cívicas são tarefas próprias dos partidos políticos organizados

Vinculadas a partidos do campo democrático, nove fundações divulgaram nota conjunta, neste sábado (18) para esclarecer reportagem do jornal O Estado de São Paulo, publicada no dia 15 de setembro de 2021, sob o título “Partidos acertam nova agenda de protestos e vão financiar campanha pelo impeachment”. O texto afirma que “fundações de formação política mantidas por nove partidos de oposição vão financiar a criação de publicações e materiais para difundir a campanha pelo impeachment do Presidente Jair Bolsonaro”. A nota, intitulada “Em defesa da democracia, contra a desinformação”, esclarece que a mobilização política, a organização de manifestações, comícios ou marchas cívicas escapam às finalidades das fundações, constituindo tarefas próprias dos partidos políticos organizados.

Confira a íntegra do texto:

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É HOJE: Crise fiscal, crescimento econômico e democracia

Como crescer e gerar empregos em meio à pressão fiscal e à crise institucional que assola o país? Hoje vamos falar sobre economia.

João Rodrigues, da equipe da FAP

A pressão fiscal que assola o crescimento do país e por consequência a geração de empregos, impede uma possível melhora nas condições de vida da sociedade, sobretudo nos mais vulneráveis e piora as projeções de recuperação econômica nacional.

Não perca esse debate!

🗓️ Hoje (16/9)
🕞 18h30

Expositor
Roberto Brant

Coordenador
Marcus Pestana - ITV - PSDB

Debatedores
Zeina Latif
José Roberto Afonso
Bernard Appy

Clique aqui e confira a programação.

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