Minorias são representadas em dinâmica do IV Encontro de Jovens Lideranças

Ultraconservadores também foram incluídos na atividade coletiva; evento é transmitido pela internet.
Foto: FAP
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Ultraconservadores também foram incluídos na atividade coletiva; evento é transmitido pela internet

Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP

Participantes do IV Encontro de Jovens Lideranças participam, na tarde desta quinta-feira (16), de uma adaptação da dinâmica dos quatro olhares a partir da perspectiva de cinco grupos sociais. Na atividade coletiva, são representados mulheres, negros, povos indígenas, ultraconservadores e a comunidade LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais, intersexos e mais).

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O IV Encontro de Jovens Lideranças começou nesta quarta-feira (15) e seguirá até sábado (18), em Corumbá de Goiás, a 125 quilômetros de Brasília. O evento, realizado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), conta com a presença de 75 jovens dos 26 Estados e Distrito Federal.

No primeiro momento, os grupos discutem e estabelecem posicionamentos relacionados ao segmentos da população que representam em relação à democracia de inclusão. Na prática, é um exercício que leva os jovens a refletirem sobre a realidade e demandas de cada grupo social.

A socióloga e psicanalista Almira Rodrigues participa do encontro como comentarista da dinâmica. Ela diz que essa atividade possibilita os jovens abordarem as questões da juventude frente a uma democracia inclusiva. “É um espaço que trabalha com as subjetividades e acaba levando os participantes à reflexão no desafio de se colocarem no lugar do outro”, afirma ela.

Almira vê a dinâmica como uma metodologia que foge ao modelo tradicional de discussão de assuntos relevantes. “A dinâmica estimula a participação das pessoas e a gente entra com apoio para destacar algum aspecto, mas o conhecimento é construído pelos participantes, coletivamente, a partir da experiência deles e do que conhecem”, ressalta.

Coordenadora-geral do IV Encontro de Jovens Lideranças, a psicóloga Terezinha Lelis observa que democracia ocidental que se formou nos dois últimos séculos tem o princípio de que a minoria se submete à vontade da maioria. “É um avanço importante para a história da humanidade, porque antes era a lei do talião”, acentua.

No entanto, segundo Terezinha, existem outras formas de decisão coletiva. “Assim, [os participantes] percebem que existem outras formas de decisão. O respeito às minorias, o dissenso e a diferença são fundamentais. Diferente não é ser desigual”, ressalta a coordenadora.

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