Coronavírus: Mundo vai para barbárie ou civilização?, pergunta Eduardo Rocha

Em seu artigo publicado na revista Política Democrática Online, economista aponta cenário pós-pandemia da Covid-19.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Em seu artigo publicado na revista Política Democrática Online, economista aponta cenário pós-pandemia da Covid-19

Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP

“O coronavírus abriu nova página da história e desafia o gênero humano a escrevê-la e apontar para onde ir: barbárie ou civilização?”. A pergunta é do economista Eduardo Rocha, pós-graduado em Economia do Trabalho e Sindicalismo pela Unicamp (universidade de Campinas), em artigo que publicou na 18ª edição da revista Política Democrática Online. Apublicação é produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), em Brasília, e pode ser acessada de graça no site da entidade.

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Em seu artigo, Rocha diz que o futuro das relações capital-trabalho dificilmente reeditará o formato delas antes da pandemia, que, segundo ele, nada mais é do que a “expressão superestrutural de relações de produção de um mundo que está ruindo aos olhos de todos”. “É ilusão querer que o mundo ‘volte à normalidade do passado’. Não há volta. Aquele mundo não existe mais. O caminho terminou, a viagem começa, diria Georg Lukács (1885-1971)”, diz ele, referindo-se a uma frase do filósofo e crítico literário.

O economista observa que dar respostas rápidas para salvar vidas e manter a produção e serviços é o principal desafio enfrentado em todos os países por conta da pandemia do coronavírus e da Covid-19. De acordo com ele, a violência meteórica da pandemia global do coronavírus em todo o sistema de reprodução social do gênero humano irrompe nova época histórica, cujo enigma desafia a inteligência a decifrá-la de modo a dar respostas às exigências emergenciais – salvar vidas em risco e manter a produção e serviços –, e futuras da humanidade.

“O infarto econômico mundial reconfirmou ontologicamente o trabalho – este eterno e necessário intercâmbio entre o gênero humano e a natureza para a reprodução da vida – como a força material fundante na gênese e no desenvolvimento do ser social, e revelou a necessidade de nova crítica de toda economia política vigente e a reinvenção das relações capital-trabalho”, escreve Rocha.

No Brasil e no mundo, conforme escreve no artigo da revista Política Democrática Online, surgiram excelentes estudos explicativos sobre as recentes medidas governamentais para atenuar os efeitos recessivos da pandemia que mundialmente coexiste agora com a quarta revolução industrial. “Dois fenômenos que intensificam uma conexão histórico-universal nunca vista, realçam velhas e novas contradições, operam e operarão transformações na totalidade do ser social e demandarão a criação inédita de uma governança global para a construção de uma nova sociabilidade humana ao longo do século XXI”, afirma.

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