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TV Cultura: No Roda Viva, Kátia Abreu diz que não vê questão ambiental como principal neste momento

Questionada pela bancada do programa Roda Viva desta segunda-feira (5) sobre as questões climáticas, Kátia Abreu não acredita que o debate mereça foco neste momento, quando morrem mais de 330 mil pessoas na pandemia da Covid-19.

Confira a entrevista!


Para a senadora, o assunto é importante, mas ela não tem condições pessoalmente de avançar no assunto nos próximos três meses.

Participaram da bancada de entrevistadores Patrícia Campos Mello (repórter especial da Folha de S.Paulo, escritora e comentarista do Jornal da Cultura), Henrique Gomes Batista (repórter especial e ex-correspondente do O Globo em Washington), Daniel Ritter (repórter do Valor Econômico), Oliver Stuenkel (professor de Relações Internacionais da FGV e colunista do El País),Thaís Oyama (colunista do UOL e apresentadora do Linhas Cruzadas, TV Cultura).


Persona em Foco, da TV Cultura, entrevista nesta quarta o ex-ministro João Batista

Dirigente da FAP relembra sua vida e trajetória nesta quarta (18), na TV Cultura

Por Germano Martiniano

O ex-ministro da Cultura e produtor de cinema, Joao Batista de Andrade, relembra sua vida e trajetória no programa Persona em Foco, da TV Cultura, que vai ao ar na noite desta quarta-feira (18), às 23h15. O programa tem como objetivo registrar aspectos da vida pessoal e da carreira de personalidades do teatro, bem como as suas impressões sobre o ofício. A entrevista com o também dirigente da Fundação Astrojildo Pereira será reprisada no domingo, às 23h.

João Batista construiu uma longa história no cinema brasileiro. Iniciou o curso na USP, em 1963. Mas, no ano seguinte, abandonou os estudos por causa do golpe militar. E mesmo com a ditadura, ele não deixou a produção de lado. Em 1967, lançou o documentário Liberdade de imprensa, que foi apreendido pelo exército durante Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes).

Os filmes de Batista sempre tiveram um cunho político e social, influenciados, inclusive, por sua formação universitária durante o regime militar. “Sou de uma geração que viveu um Golpe de Estado, portanto, acredito ser natural que tivéssemos uma visão crítica da sociedade e isso marcou para sempre meu cinema”, destacou João Batista em entrevista à FAP.

O ex-ministro da Cultura também ressaltou ainda as mudanças que o cinema brasileiro tem sofrido ao longo das décadas. “O cinema vem se expandido em vários sentidos, inclusive no número de pessoas na atuação e produção. Atualmente, inclusive, vemos também muito mais mulheres no cinema em várias frentes. Contudo, ainda temos um problema de mercado, no qual o cinema norte-americano ainda se sobrepõe ao nosso”.

A partir de sua vivência no período do regime militar, quando questionado sobre a narrativa petista do Golpe, no que se refere ao impeachment de Dilma Rousseff, João Batista afirmou que, de certa forma, foi contra a saída da ex-presidente do governo. “Por ter vivido a ditadura, eu temi que o impeachment pudesse deixar uma cicatriz muito grande na democracia brasileira, embora há que se admitir que as coisas já estavam muito mal, estávamos em uma crise profunda”, salientou.

João Batista – que foi ministro da Cultura no governo Temer – falou ainda sobre sua experiência no ministério. “Eu comecei a trabalhar com o Roberto Freire (atual presidente do PPS) no Ministério da Cultura. Quando ele renunciou, fui chamado para assumir como ministro. Achei que era uma possibilidade fazer um bom trabalho voltado para a cultura e, principalmente, trabalhar pelo cinema”.

No entanto, ele relembra que não se sentia muito confortável no cargo. “Desde quando assumi o ministério, eu sentia um mal-estar, pois eu era contra o governo Temer. Mas, pensando na possibilidade de fazer um bom trabalho, eu permaneci. Entretanto, a pressão da função e a “sede” dos parlamentares por cargos me incomodavam bastante e, assim, achei mais prudente sair”, concluiu o produtor de cinema.