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Foto: Pedro França/Agência Senado)

Globonews destaca que Lula busca apoio de Eliziane Gama para tentar conter fake news entre evangélicos

A jornalista Camila Bomfim, da Globonews, destacou nesta quinta-feira (06) que a campanha do ex-presidente Lula (PT) quer o apoio da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) para tentar combater a disseminação de fake news contra o petista entre os evangélicos no segundo turno da eleição presidencial.

“Integrantes do comitê petista avaliam que Eliziane Gama, evangélica e filha de pastor, pode atuar como uma “ponte” entre Lula e os evangélicos”, descata a reportagem.

Lula busca apoio da senadora Eliziane Gama para tentar conter fake news entre evangélicos

Senadora é evangélica e filha de pastor. Aliados de Bolsonaro têm disseminado fake news contra Lula entre evangélicos; TSE já determinou que conteúdo seja retirado do ar.

Camila Bomfim – GloboNews

A campanha do ex-presidente Lula (PT) buscará apoio da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) para tentar combater a disseminação de fake news contra o petista entre os evangélicos.

Integrantes do comitê petista avaliam que Eliziane Gama, evangélica e filha de pastor, pode atuar como uma “ponte” entre Lula e os evangélicos.

Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, têm disseminado fake news contra Lula entre evangélicos. Na última terça (4), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que o conteúdo seja retirado do ar.

O colunista do G1 Valdo Cruz informou que Bolsonaro tem como estratégia a chamada “guerra santa” para ganhar apoio entre os evangélicos.

Lula quer atuação ‘intensa’ da senadora

Diante desse cenário, o próprio ex-presidente Lula quer uma atuação “intensa” de Eliziane Gama entre os evangélicos.

A senadora deu declarações críticas a Bolsonaro durante todo a campanha eleitoral deste ano. Mas Lula quer colocar de pé é um plano estratégico para se fazer mais presente entre este público.

Segundo interlocutores do petista, Lula telefonou para Eliziane, e a senadora respondeu que gostaria de atuar como “ponte” entre ele e o eleitorado evangélico, mas que precisa “pactuar” esse plano, com compromissos do presidente e com as pautas das quais não abre mão.

Parlamentares evangélicos avaliam que o desempenho de Bolsonaro nesse segmento se deu porque, antes dele, os políticos tinham pouca ou nenhuma aproximação com os evangélicos.

E que ele ocupou esse espaço vazio, encampando a pauta de costumes, que é tão cara aos evangélicos e, principalmente, se fazendo muito presente e também por meio de Michelle Bolsonaro, evangélica atuante e forte cabo eleitoral do presidente nesse segmento.

Texto publicado originalmente no portal Cidadania23.


O Globo: Barrados pelo STF, Maia e Alcolumbre planejam sucessão de forma independente

Decisão da Corte estremeceu relação e esvaziou chance de acordo conjunto

Julia Lindner, O Globo

BRASÍLIA — A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de barrar a reeleição no comando do Legislativo estremeceu a relação entre os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), enterrando a possibilidade de os dois trabalharem juntos nas suas respectivas sucessões. Segundo aliados, Alcolumbre está sem atender Maia desde o sábado passado, véspera do resultado final do STF. Ele trata as articulações de forma independente.

O presidente do Senado considera o chefe da outra Casa responsável por sua derrota na Corte, pois Maia, no comando da Câmara desde 2016, deixou no ar se seria candidato ou não. Para Alcolumbre, o clima era mais favorável para ele tentar a recondução sozinho, mas seu correligionário se recusou a fazer um gesto público neste sentido. Em entrevista ao GLOBO enquanto o julgamento se desenrolava, Maia afirmou que não diria “uma coisa nem outra” sobre a possibilidade de disputar o cargo mais uma vez.

Um integrante do DEM nega que tenha ocorrido um afastamento definitivo entre Maia e Alcolumbre, mas brincou que os dois “não estão melhores amigos no momento”. Pessoas próximas a Alcolumbre justificam que o presidente do Senado tem evitado Maia apenas por dificuldade de agenda. Focado na sucessão, Alcolumbre não presidiu nenhuma sessão na semana passada.

Em 2019, quando ambos saíram vitoriosos, as negociações foram individuais. Enquanto no Senado houve respaldo ao atual presidente pelo governo, especialmente pelo então ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, na Câmara o suporte a Maia só chegou quando ele já tinha maioria consolidada. Agora, Alcolumbre até fala em buscar um nome independente, mas se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro na semana passada para debater o tema. Enquanto isso, Maia tem feito ataques sistemáticos ao governo.

Alguns partidos buscam negociações “casadas”. O PP, por exemplo, que tem o deputado Arthur Lira (AL) na disputa na Câmara, tenta convencer alguns partidos a apoiá-lo em troca de reciprocidade no Senado. O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), já ofereceu esse tipo de acordo ao MDB e ao DEM, dois partidos que almejam a presidência do Senado. Em ambos os casos, não houve resposta.

No Senado, o DEM trabalha no momento com a candidatura de Rodrigo Pacheco (MG), preferido de Alcolumbre. Na Câmara, o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) ainda está oficialmente entre os que disputam o apoio de Maia, mas a tendência é que a escolha do atual presidente seja por Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) ou Baleia Rossi (MDB-SP).

No caso do MDB, do qual Baleia é presidente, a ideia é tratar o tema de forma independente. No Senado, há uma disputa interna entre pelo menos quatro parlamentares pela candidatura: os líderes do governo no Senado, Fernando Bezerra (PE), e no Congresso, Eduardo Gomes (TO); e os senadores Eduardo Braga (AM) e Simone Tebet (MS).