Sebrae

Arte: João Rodrigues/FAP

Cezar Vasquez: “Política de desenvolvimento deve priorizar pequenas empresas”

João Rodrigues, da equipe da FAP

Aos 200 da Independência, o Brasil tem dois desafios prementes na economia: retomar o crescimento e a geração de empregos de qualidade, conforme destaca o manifesto lançado pela Fundação Astrojildo Pereira nesta semana. Na sequência da série sobre o Bicentenário da Independência, o podcast Rádio FAP desta semana analisa os desafios para o crescimento do país.

O engenheiro Cezar Vasquez, dirigente do Sebrae, explica que mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vem de pequenas empresas e da informalidade. Mas a produtividade desses negócios ainda é baixa quando comparada a países mais desenvolvidos. Para ele, é preciso aumentar esses índices para o Brasil voltar a crescer com solidez.



A importância de uma política de desenvolvimento nacional que priorize as pequenas e médias empresas, os mecanismos para ampliar a competitividade internacional dos principais setores da economia brasileira e as expectativas para a retomada do crescimento do país também estão entre os temas do programa. O episódio conta com áudios da TV Conquista, TV Cultura, CNN Brasil e Jovem Pan News.

O Rádio FAP é publicado semanalmente, às sextas-feiras, em diversas plataformas de streaming como Spotify, Youtube, Google PodcastsAnchorRadioPublic e Pocket Casts. O programa tem a produção e apresentação do jornalista João Rodrigues.

RÁDIO FAP




O Estado de S. Paulo: Sistema S acumula R$ 23 bilhões em imóveis

De 2,8 mil unidades, há espaços abandonados, e um deles foi alvo de invasão, afirma TCU

POR Cleide Silva, Mônica Scaramuzzo e Raquel Brandão, DE O Estado de S.Paulo

Dono de um patrimônio bilionário, o Sistema S, formado por um grupo de entidades da indústria, comércio, agronegócio e transporte, tem R$ 23 bilhões em imóveis. São 2.805 propriedades espalhadas por todo o País, das quais cerca de 490 são usadas para finalidades que não estão ligadas às atividades do Sistema S, segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). Há imóveis abandonados e um deles foi invadido.

Outra questão refere-se à remuneração dos empregados. Há indícios de que os salários no Sistema S estejam acima daqueles pagos pelo mercado. Em 2016, as entidades empregavam 108 mil funcionários, dos quais 40% recebiam mais do que a média do mercado. O salário médio mensal variava de R$ 3,5 mil a R$ 15,5 mil, dependendo da entidade.

 

Para fazer o comparativo, o TCU utilizou dados do Ministério do Trabalho. Das nove entidades e duas agências de fomento que compõem o sistema, a maior empregadora era o Sesi, com 28,4 mil funcionários e salário médio de R$ 3,8 mil por mês, seguido pelo Sesc, com 24,4 mil funcionários que recebiam, em média, R$ 3,9 mil.

Excelência
Para o economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, “parte da montanha de dinheiro que o Sistema S recebe é muito bem aplicada, mas falta transparência, principalmente na sua gestão.” Mendonça de Barros cita como “louvável”, por exemplo, o trabalho de formação desenvolvido pelo Senai e seus laboratórios, “que estão entre os mais avançados no País”.

Em 2017, o Senai efetuou 2,3 milhões de matrículas em educação profissional e o Sesi computou 1,187 milhão de matrículas em educação básica, continuada e em ações educativas.

O QUE FAZEM AS ENTIDADES

Sesi: Vinculado à indústria, oferece cursos de educação básica, cultura, lazer e esporte

Senai: Vinculado à indústria, oferece cursos profissionalizantes e assessoria técnica

Sesc: Vinculado ao comércio, oferece cultura, lazer e esporte

Senac: Vinculado ao comércio, oferece cursos

Sebrae: Vinculado às micro e pequenas empresas, oferece cursos e apoio para acesso a crédito

Senar: Vinculado ao agronegócio, oferece cursos para trabalhadores rurais

Sescoop: Vinculado às cooperativas, oferece cursos e assessorias

Sest: Vinculado ao setor dos transportes, oferece cultura, lazer e esporte

Senat: Vinculado ao setor dos transportes, oferece cursos