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Portal PPS: PT e o ex-presidente Lula foram os “grandes derrotados” da eleição, diz Roberto Freire

Freire disse que o PPS fará "oposição democrática" ao novo governo

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, disse por meio de sua conta no Twitter (abaixo), nesta terça-feira (30), que os “grandes derrotados” da eleição presidencial vencida pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro, foram o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril, em Curitiba.

O post de Freire é uma reação à carta do coordenador da campanha de Fernando Haddad (PT), José Sérgio Gabrielli, citada em matéria do jornal “O Estado de S. Paulo” (veja aqui), na qual o ex-presidente da Petrobras recomenda a Lula a manutenção do candidato do PT derrotado nas urnas no último domingo (28) como “líder de uma oposição que deve incluir outras forças que se uniram contra o risco à democracia.”

“Não perdem o arrogante hegemonismo e pretendem determinar o líder das oposições no País. Não entenderam que seu tempo está passando”, escreveu Freire.

Para o presidente do PPS, a derrota do ex-presidente e do PT seria ainda maior “se o centro não fosse dizimado no primeiro turno pelo bolsonarismo”.

PPS na oposição
Ao comentar o resultado da eleição no domingo (28), Freire disse que o PPS fará “oposição democrática” ao novo governo. “Que tenham certeza que receberá do PPS uma oposição democrática. Terá sempre a certeza do PPS o compromisso de apoiar tudo aquilo que for de interesse público e para o bem da sociedade.” afirmou o dirigente.

Roberto Freire – @freire_roberto
PT/Lula os grandes derrotados dessa eleição – e seriam ainda mais se ocentro não fosse dizimado no primeiro turno pelo bolsonarismo- não perdem o arrogante hegemonismo e pretendem determinar o líder das oposições no país. Não entenderam que seu tempo está passando…


Blog do PPS-SP: Para ajudar a entender Lula e Bolsonaro

 

Dizíamos aqui, outro dia:

“(…) Não compreendem que até os inabaláveis 30% de Lula nas pesquisas de intenção de voto estão impregnados pelo desejo da mudança e pela rejeição à política tradicional. Como assim? Na lógica cartesiana é inaceitável que Lula – candidato em cinco eleições, presidente duas vezes e avalista de Dilma em outras duas – tenha ainda eleitores que considerem votar nele como forma de protesto contra a política tradicional. E depois de tudo que foi revelado ainda votam no PT? Impossível! Absurdo! Mas quem foi que disse que essa é uma ciência exata e que o eleitor age dominado pela razão?Quem anuncia a intenção de voto em Lula – ou pede #LulaLivre nas redes sociais ou em algum desses manifestos de artistas, intelectuais e influenciadores digitais – não é um simples alienado que considera o petista o último dos inocentes ou o PT uma reserva de moralidade. Ao contrário. Excluído o petista de carteirinha, sobra em grande parte um eleitor saturado da política partidária tradicional, que um dia acreditou no discurso de Lula, viu vantagens em seus governos e agora, pesando na balança eleitoral o que está aí, considera tudo uma maçaroca de imundície e podridão. Solução simplista: se todos são iguais na sujeira e na corrupção, eu escolho aquele que ao menos fez algo de bom por mim quando esteve no poder. É quase uma reedição do ´rouba mas faz´.

Pensamento semelhante tem o eleitor de Jair Bolsonaro, ainda que no sentido inverso. Quanto mais os políticos e a mídia tradicional o apontarem como um boçal com ideias esdrúxulas, maior apoio e repercussão terá entre o exército anônimo de indignados e revoltados anencéfalos contra o atual sistema político. O folclórico Bolsonaro segue a linhagem dos EnéasTiriricas Cacarecos da história brasileira. Periga ser o herdeiro legítimo de quem elegeu Fernando Collor em 1989. Aí estaremos fritos de verdade.

É evidente (para quem se propõe a enxergar fora da caixinha), assim, que a polarização que traz Lula e Bolsonaro na liderança das pesquisas pré-eleitorais também carrega em si o desejo da mudança. Não se trata, em sua grande maioria, do voto racional, partidário ou ideológico, mas do simbolismo dessas duas candidaturas. Com Lula fora por conta da prisão e da ficha suja, restará conferir a sua capacidade de transferência de votos. Quem será o maior beneficiário do espólio lulista? O PT vai lançar Fernando Haddad? Ou será que Ciro Gomes personifica melhor esse eleitor órfão de Lula? E Marina Silva, somará quanto desses indignados ao legado de 20 milhões de eleitores cativos das duas últimas eleições? (…)”

Agora, com a confirmação das candidaturas, Bolsonaro com seu vice que é general da reserva, e Lula telegrafando o Plano B para a sua insistente não-candidatura, à espera da impugnação, com Haddad presidente e Manuela vice, as coisas começam a clarear.

Dois excelentes artigos nos ajudam a compreender a situação de Lula e de Bolsonaro. Um, do jornalista Clóvis Rossi (“PT entroniza dom Sebastião Lula da Silva“).Outro, do cientista político Marco Aurélio Nogueira (“Falando a sério sobre Bolsonaro“). Valem a leitura.


Eleições 2018: Alckmin diz que o PPS é o “coração da aliança” e “vanguarda na política brasileira”

O pré-candidato a presidente da República e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou, neste sábado (4), na abertura da Convenção Nacional Eleitoral do PPS, que o partido é “o coração da aliança” que o apoia na disputa presidencial e vanguarda na política brasileira. Por unanimidade, o partido aprovou oficialmente o apoio ao tucano. Alckmin agradeceu a decisão do PPS e disse ser preciso proporcionar as “mudanças” de que o Brasil necessita, e que a “democracia é o melhor caminho” para que o País volte a crescer.

“É preciso dizer da alegria de celebrarmos essa aliança. O PPS está no coração. É o coração da nossa aliança pela vanguarda que representa na política brasileira. A nossa candidatura é para mudar e fazer avanços”, afirmou.

Alckmin disse que “mudar não é tarefa isolada”, mas “um dever coletivo” por meio da democracia, “o melhor caminho para melhorar” o País. “O melhor caminho é nós nos unirmos para a gente fazer as mudanças de que o Brasil precisa e que os brasileiros e brasileiras esperam”, ressaltou.

Desafio
O tucano disse que seu desafio como candidato à Presidência é ajudar o País crescer. “Temos agora o desafio de fazer o Brasil crescer, gerar empregos e melhorar a vida da população. E essa não é uma missão para uma pessoa só, é uma tarefa coletiva”, afirmou Alckmin.

Ele também falou sobre o seu alinhamento político com o partido e ressaltou a importância política do presidente do PPS, Roberto Freire (SP).

“Fomos constituintes juntos. Estivemos unidos nessa luta importante. Lá atrás, na redemocratização e depois na Constituinte. Foi um líder do [ex-presidente da República] Itamar quando tivemos o [Plano] Real, que estabilizou a moeda quando tínhamos 3000% de inflação e hoje em torno de 3%”, lembrou.

Empoderamento da mulher
Alckmin destacou a importância do empoderamento da mulher ao citar a indicação da senadora Ana Amélia (PP-RS) para a vaga de vice-presidente na sua chapa ao Palácio do Planalto. Para ele, a luta pelos direitos da mulher é um dever de todos os brasileiros.

“Trago mensagem para as mulheres e destaco a senadora Ana Amélia. Nos esforçamos para ter uma mulher na chapa. O empoderamento da mulher melhora a sociedade. A luta pelas mulheres é de todos nós. Buscamos uma das melhores e mais experientes parlamentares para trabalhar nessa labuta”, disse.

“Juntos para a vitória”
Ao final de sua fala, Geraldo Alckmin saudou o PPS e seus dirigentes e conclamou a todos para uma disputa vitoriosa.

“Deixo um abraço especial ao PPS e um agradecimento ao Roberto Freire. Um abraço efetivo. Deixo um abraço ao senador Cristovam Buarque [PPS-DF], grande parlamentar que tem nos ajudado muito em todo esse trabalho. Um abraço à juventude. Tivemos um encontro em São Paulo com a juventude. Vamos juntos para a vitória”, afirmou.


Arnaldo Jordy: Escravidão em pleno século 21

O Estado do Pará tomou uma importante iniciativa ao aderir à campanha “Maio Laranja”, que divulga a prevenção contra casos de exploração sexual de crianças e adolescentes. No ato de lançamento, na última terça-feira, 8, em Belém, seus coordenadores informaram que em cinco anos, entre 2013 e 2017, foram registrados oficialmente no Pará exatos 4.472 casos de violência sexual desse tipo, cometidos contra pessoas vulneráveis, a maioria deles, 2.389 ocorrências, na Região Metropolitana, a mais populosa. O mais trágico nestes números é saber que eles representam apenas a ponta de um iceberg, já que a maior parte dos casos de pedofilia é cometida por pessoas próximas, muitas vezes parentes das crianças, dentro do ambiente familiar, e permanecem ocultos ou são abafados.

Uma campanha como essa merece ser incentivada ou divulgada porque busca a conscientização das pessoas para a importância fundamental de vigiar e denunciar os casos de exploração sexual e tráfico de pessoas, sobretudo aqueles envolvendo crianças, que são mais vulneráveis e estão sujeitas a todo tipo de violência, inclusive a de serem tratadas como mercadoria em um mercado de tráfico humano e de escravidão moderna.

A exploração sexual de crianças e adolescentes é apenas um aspecto da escravidão moderna, uma situação que é muito mais ampla. Estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que 22% das vítimas de trabalho forçado sofrem exploração sexual. As outras 68% são vítimas de exploração da mão de obra e 10% sofrem trabalho forçado imposto pelo estado. Ao todo, o crime movimenta 150 bilhões de dólares em todo o mundo, segundo pesquisa do Centro de Direitos Humanos da Universidade de Harvard.

Outro levantamento, da OIT e da Walk Free Foundation, aponta que uma em cada quatro vítimas de escravidão moderna era criança, o que revela um número assustador: dez milhões de crianças ao redor do mundo estão na condição de escravos. O grupo formado por mulheres e crianças, aliás, representa a maioria dos casos de vítimas de escravidão, com cerca de 28 milhões de pessoas, ou 71% do total de vítimas, calculado em 40 milhões de pessoas em 2016.

Crianças podem ser vítimas de trabalhos forçados, de casamentos forçados ou de exploração sexual, que é a forma mais rentável de escravidão humana nos dias de hoje. É aterradora a constatação de que 50% do lucro do tráfico de pessoas vêm da exploração sexual, apesar das vítimas de serem apenas 5% do total. O livro sobre escravidão moderna, escrito pelo economista Siddhart Kara, da Universidade de Harvard, aponta que os traficantes de escravos de hoje lucram 30 vezes mais que os traficantes de escravos do século XIX, quando essa prática girava a economia de muitos países, inclusive o Brasil.

Infelizmente, como pude constatar quando presidi a CPI do Tráfico Humano na Câmara dos Deputados, essa é uma triste realidade que é muito difícil de combater e que faz vítimas principalmente em países onde a desigualdade é enorme, como o Brasil, sobretudo em regiões como o Marajó, cujos municípios têm os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil. Também como relator da CPI da Pedofilia na Assembleia Legislativa, observamos casos em que pessoas muito pobres vendiam as próprias filhas por um pouco de comida, em uma completa degradação da condição humana.

A CPI do Tráfico Humano obteve importantes avanços na legislação nacional que trata do tema, para facilitar a punição de quem comete esse crime hediondo e me orgulho de ter sido um dos autores da Lei 13.344, de 2016, que inclui no Código Penal o crime de tráfico de pessoas, caracterizado pelas ações de agenciar, recrutar, transportar, comprar ou alojar pessoa mediante ameaça. A pena prevista para o crime de tráfico de pessoas aumenta de quatro para oito anos de prisão. A punição será maior se o crime for cometido contra crianças, adolescentes ou idosos, e também será agravada caso a vítima seja retirada do país. A lei também cria regras para adoção internacional, o trabalho de adolescentes, inclusive nos meios artístico e esportivo, e simplifica o acesso da polícia e do Ministério Público aos dados de telefonia e internet dos investigados.

A luta continua, principalmente quanto à informação e conscientização de toda sociedade sobre a periculosidade das quadrilhas que faturam bilhões ao ano com a exploração e a comercialização de humanos em todo planeta.

* Arnaldo Jordy é deputado federal pelo PPS-PA


Davi Zaia: É hora de pensar o futuro

O Dia do Trabalhador, comemorado no dia 1º de maio, suscita uma série de reflexões. Contudo, na maioria das vezes, a ideia central se restringe às frases feitas acerca da defesa do trabalhador e de seus direitos.

Mas na minha concepção, precisamos refletir e projetar o futuro de uma forma mais aprofundada.

O mundo vem passando por inúmeras transformações e já não podemos desconsiderar que, com elas, mudaram também os paradigmas do mercado de trabalho. Deste modo, é fundamental prepararmos a nossa sociedade para essa nova realidade.

Ao falarmos de Brasil, além dos vários elementos responsáveis por essas mudanças, temos que considerar ainda os recentes acontecimentos que abalaram sua economia e o setor político.

Deste modo, é imprescindível que foquemos na retomada do crescimento econômico e da credibilidade política do país. Isso porque somente com estabilidade poderemos pensar em ações de responsabilidade fiscal e na reconstrução de um Estado com capacidade de investimento e de estimular o setor privado a também investir. A partir daí, teremos uma nação forte e, então, capaz de gerar emprego e renda.

E para alcançar tal objetivo, temos que falar das próximas eleições, pois é crucial que elejamos um gestor com responsabilidade e experiência para colocar o país novamente nos trilhos. Na atual conjuntura não cabem mais discursos rasos e aventureiros que sugerem a defesa dos direitos do trabalhador sem que haja o aprimoramento da legislação vigente.

A ausência de propostas que acompanhem a nossa realidade no campo do trabalho refletirá, em um futuro próximo, na perda de direitos.

Não podemos ignorar o fato de que hoje, no Brasil, a maior parte da nossa força econômica não tem Carteira de Trabalho assinada. Enquanto temos cerca de 100 milhões de pessoas em idade economicamente ativa, apenas 32,9 milhões possuem registro em carteira, segundo dados recentes divulgados pelo IBGE. Ou seja, precisamos de leis que contemplem também esses trabalhadores.

Outros pontos merecem atenção. A relação dos avanços tecnológicos com o desemprego é um deles. A perspectiva mundial é de que os computadores ocupem espaços de seres humanos. Com isso, há de se pensar em uma nova sociedade, na qual as pessoas tenham meios para gerarem suas rendas, seja por meio do empreendedorismo ou das relações de trabalho não contínuas, de acordo com a demanda.

Diante das inúmeras opiniões apresentadas em virtude do Dia do Trabalhador, não vislumbro outro caminho que não seja o de acompanhar o movimento de transformações pelo qual passa a nossa sociedade e apontar soluções por meio de planejamento e adequações capazes de atualizar nossos mecanismos às atuais necessidades. Esse é um trabalho de todos nós. E a labuta não é fácil, mas necessária.
* Davi Zaia é deputado estadual pelo PPS-SP e secretário-geral nacional do partido