Nana Queiroz
O #ProgramaDiferente reforça a campanha pela igualdade de gênero e o combate a todo e qualquer tipo de violência contra a mulher
Nesta semana mundial pela igualdade de gênero e de combate à violência contra a mulher, sem esquecer que esta foi também a Semana da Consciência Negra, o #ProgramaDiferente reforça uma campanha que deve ser diária. Assista.
Num momento em que, no Brasil e no mundo, a mulher ainda sofre com a violência, e a política retrocede em conquistas e direitos, parece que vem bem a calhar este alerta contra a discriminação e o preconceito.
A mulher é vítima de violência sexual, exploração, estupro, assédio. A mulher é vítima de violência doméstica, agressões físicas e psicológicas. Uma sociedade que se pretende moderna, digna e civilizada deve garantir ao menos a igualdade entre cidadãos e cidadãs, independente de gênero, cor, origem ou crenças políticas e religiosas.
É disso que trata o programa de hoje, da igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres, mas dando um enfoque diferente para uma parcela ainda mais discriminada, que são as mulheres presidiárias.
Na entrevista com a jornalista Nana Queiroz, ela fala sobre o livro "Presos que Menstruam", que retrata a vida quase clandestina de mulheres no sistema carcerário brasileiro, e deve virar filme em 2016.Em seguida, mostramos cenas de um documentário realizado há 24 anos, também sobre mulheres encarceradas. A atualidade e a conexão entre esses dois momentos, mesmo que passadas duas décadas, demonstra que paramos no tempo para enfrentar certas questões.
O ENEM deste ano causou polêmica ao tratar o problema da violência contra a mulher. O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio de 2015 foi "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira". Muitos criticaram o suposto feminismo ou partidarismo da prova. Será um exagero refletir sobre esse tema?
O #ProgramaDiferente é exibido na TVAberta de São Paulo todos os domingos, às 21h30.
Na internet, está disponível na TVFAP.net e em programadiferente.com na íntegra.
Mulheres presas no Brasil: discriminação, preconceito e violência
O tema das mulheres presidiárias no Brasil está em pauta: da notícia de uma presa grávida que deu à luz em solitáriano Rio, após detentas de celas vizinhas pedirem ajuda em vão, passando pelo livro "Presos que Menstruam: A Brutal Vida das Mulheres Tratadas como Homens nas Prisões Brasileiras", da jornalista Nana Queiroz (veja entrevista exclusiva), até o artigo "Prisões Femininas", da socióloga Julita Lemgruber, publicado nesta semana no espaço de Marcelo Freixo, na Folha de S. Paulo, em apoio ao movimento #AgoraÉQueSãoElas, o fato é que está se discutindo como nunca o assunto das mulheres encarceradas.
Não que seja um problema novo. Ao contrário. A história se repete há décadas, mas é tabu. Se as mulheres livres nas ruas já sofrem preconceito, discriminação e violência, imagine como é a vida atrás das grades. O livro da jornalista Nana Queiroz deve virar filme em 2016. O curioso é que, há 24 anos, o jornalista Mauricio Huertas - então um jovem estudante universitário - já tratava do mesmo tema em documentário.
A TVFAP.net exibe com exclusividade o documentário "As Filhas da Culpa", produzido em 1991. Apesar de passado tanto tempo entre um trabalho jornalístico e outro, a atualidade do assunto impressiona.