Nova edição de Política Democrática destaca protagonismo de jovens da periferia do DF

Nona edição da revista, produzida e editada pela FAP, também leva ao público uma entrevista especial com Robert Kant de Lima e oito artigos de opinião
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Nona edição da revista, produzida e editada pela FAP, também leva ao público uma entrevista especial com Robert Kant de Lima e oito artigos de opinião

A FAP (Fundação Astrojildo Pereira) lançou, nesta segunda-feira (29), a nona edição da revista Política Democrática online, destacando o crescimento de movimentos socioculturais formados por jovens da periferia do Distrito Federal. A publicação, editada e produzida pela instituição, também leva ao público uma entrevista com o antropólogo Roberto Kant de Lima, coordenador do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Administração Institucional de Conflitos da UFF (Universidade Federal Fluminense), além de oito artigos. O acesso a revista é gratuito, por meio do site da fundação.

» Acesse aqui a nona edição da revista Política Democrática online

No editorial, a revista Política Democrática online analisa o que chama de “protagonismo do Congresso e o avanço das reformas”. “O desempenho do governo, transcorridos seis meses de sua posse, reitera, de um lado, aspectos de sua agenda anunciados na campanha eleitoral”, diz um trecho, para continuar: “De outro, a interação com o mundo político em geral, em particular com os demais Poderes, revela características novas, destoantes, em relação ao padrão estabelecido por seus antecessores, na sombra das regras da Constituição de 1988”.

No entanto, de acordo com o editorial, “começa a se formar, simultaneamente, um conjunto de fatos novos, por vezes, surpreendentes.” De acordo com a revista, dois ganharam, recentemente, destaque merecido. “Primeiro, a conclusão do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, estacionado há mais de uma década. Ao que parece, a pressão de um segmento importante da base governista logrou derrotar a aversão governista aos processos de integração regional, mesmo ao preço de recuos importantes em diversos projetos governamentais”, afirma outro trecho do editorial.

Em outra parte, a revista mescla histórias e fotografias de jovens de periferia de Brasília que decidiram assumir o papel de protagonismo em suas próprias vidas e comunidades, para que difundam a conscientização como a maior aliada na luta contra as diversas formas de preconceitos e em favor a preservação da vida. Para isso, conforme mostra a reportagem especial, eles têm se reunido em movimentos socioculturais, como batalha de poesias e de MCs, destacando a importância do hip hop.

Na entrevista, o antropólogo observa que a política de justiça criminal atingiu mais os desiguais. Segundo Lima, “a partir da Lava Jato, o protagonismo da tutela saltou para o juiz, que, articulado com as outras corporações, retoma a mesma ideia de se tornar agente público com visibilidade”.

Os demais artigos abordam o papel dos três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário –, indicando como se encontram separados e desequilibrados, além de assuntos como controle de armas no Brasil, a Lei Eleitoral de 2020, o Dia Internacional do Orgulho LGBT+, cidadania e acordo entre o Mercosul e a União Europeia.

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