Os petistas associam a maré contra Haddad ao bombardeio nas redes. O petista tem sido alvo de uma onda de fake news. Já foi acusado até de defender o incesto
O favoritismo de Jair Bolsonaro não é mais o único problema do PT. A pesquisa divulgada ontem pelo Ibope mostra que Fernando Haddad passou a enfrentar um novo obstáculo. Pela primeira vez na campanha, seu índice de rejeição ultrapassou o do adversário.
De acordo com o levantamento, 47% dos eleitores descartam votar no petista. Isso significa que a rejeição a Haddad disparou nos últimos dias. Na véspera do primeiro turno, o índice era de 36%.
No caso de Bolsonaro, deu-se o inverso. Pelos números do Ibope, 35% dos eleitores não admitem votar nele “de jeito nenhum”. Na pesquisa anterior, o capitão era rejeitado por 43%.
Os petistas associam a maré contra Haddad ao bombardeio de fake news nas redes. O petista tem sido alvo de uma onda de ataques abaixo da cintura. Já foi acusado até de defender o incesto, em postagem do bolsonarista Olavo de Carvalho.
A artilharia produziu efeito, e o petista teve que ir para a defensiva. Ontem ele levou a mulher e os filhos para a TV, num esforço para rebater a ideia de que seria um inimigo da família tradicional.
Com o TSE de braços cruzados, Bolsonaro colhe os frutos da ofensiva virtual. Segundo o Ibope, ele abriu uma vantagem de 42 pontos entre os evangélicos. No contingente, sua vitória sobre Haddad seria um massacre: 66% a 24%.
A esta altura, reconquistar estes eleitores parece uma missão quase impossível para o petista. Ainda mais com as máquinas das maiores igrejas neopentecostais, como a Universal de Edir Macedo, atuando abertamente para o capitão.
O candidato do PSC ao governo do Rio, Wilson Witzel, abriu seu programa eleitoral de ontem com um depoimento do vereador Otoni de Paula.
É o mesmo personagem que rebolou e fez um gesto obsceno na Câmara Municipal para festejar a rejeição do pedido de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella. Saltou do colo do bispo para o do ex-juiz.