Alberto Aggio: Representativo, Encontro cumpre seus objetivos para relançar o Manifesto democrático

Visão mais iluminadora que emergiu do Encontro, sugerida por Eduardo Jorge e concretamente formulada por Roberto Freire, é que precisamos superar a inércia em que ainda nos encontramos.
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Visão mais iluminadora que emergiu do Encontro, sugerida por Eduardo Jorge e concretamente formulada por Roberto Freire, é que precisamos superar a inércia em que ainda nos encontramos

O encontro promovido pela Roda Democrática para relançar o Manifesto “Por um bloco democrático e reformista” realizado ontem no Teatro Herz, em São Paulo, cumpriu integralmente seus objetivos. Reuniu personalidades do mundo político e da sociedade civil preocupadas com a situação política do país e em especial com a dinâmica eleitoral que apresenta riscos de polarização entre extremismos sabidamente nefastos, à direita e à esquerda. Foi um encontro bastante representativo do ponto de vista político e partidário.

Estavam presentes, além de representantes de organizações que militam pela “renovação da política”, lideres de partidos nacionais, como PSDB, PPS, PSD, PV, Podemos e Rede Sustentabilidade. O mundo sindical também se fez representar por meio da presidência da UGT, uma organização que, além de se pautar abertamente pela defesa e luta pela democracia, tem tematizado questões voltadas para a renovação das estratégias reformistas frente ao mundo do trabalho. Por fim – e o mais importante a ser mencionado – é preciso registrar a presença de inúmeras lideranças que lotaram a plateia do teatro. Tudo isso comprova o quão infeliz foi a interpretação de que o Manifesto havia “fracassado” em seu lançamento em Brasília e que se tratava de um “movimento esvaziado”. Ao contrário, tanto a mesa dos trabalhos quanto o auditório se mostraram pequenos frente à convocatória do Ato.

Pois é disso que se trata: diante das imensas dificuldades para construir um caminho de unidade das forças democráticas, o Encontro de ontem mostrou que havia em cada um dos participantes, que usaram a palavra ou não, uma única e mesma expectativa. Construir a unidade sempre foi um processo difícil, mas também sempre resultou como o mais positivo na vida politica brasileira para se conquistar e manter a democracia e realizar reformas visando mais liberdade, mais igualdade e justiça para todos.

Todos reconheceram que ali estavam pessoas que buscavam defender a democracia dos riscos que ela corre nesse processo eleitoral. Todos afirmaram a legitimidade das candidaturas já apresentadas por aquilo que se pode definir como o “campo democrático”. Mas a visão mais iluminadora que emergiu do Encontro, sugerida por Eduardo Jorge e concretamente formulada por Roberto Freire, é que precisamos superar a inércia em que ainda nos encontramos. Superar a inércia significa, hoje, que não se deve pedir a ninguém que renuncie a sua postulação, mas que nenhuma candidatura deve se pautar pelo impedimento da unidade, ainda que não se saiba de que forma ela poderá se dar.

Esse é apenas um registro-síntese do que me pareceu o essencial do Encontro de relançamento do Manifesto. Certamente, ele foi muito mais rico do que essa breve narrativa. Mauricio Huertas fez uma reportagem que merece ser vista para se ter uma visão mais completa do evento.

Confira: http://www.fundacaoastrojildo.com.br/2015/2018/06/29/bloco-democratico-e-reformista-e-lancado-para-tentar-impedir-a-castastrofe-de-um-2o-turno-polarizado-entre-candidatos-extremistas-a-direita-e-a-esquerda/

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