teatro popular

Concerto número 5 | Arte: Washington Reis/FAP

Dupla musical fará apresentação na Biblioteca Salomão Malina

João Vítor*, sob supervisão do coordenador de Audiovisual, João Rodrigues

Com passagens por Holanda e Bélgica, a violista Mariana Costa Gomes, de 40 anos, vai tocar, ao lado do pianista Fernando Calixto, de 37, que passou pela Rússia, obras do maestro Cláudio Santoro. O evento será realizado neste sábado (27/8), a partir das 16h, na Biblioteca Salomão Malina, localizada no Conic. A entrada no concerto é gratuita.  

 “Para mim, música é vida”, diz Mariana. A arte sonora, conforme a violista acrescenta, pode unir pessoas e trazer diversos significados. “É sinergia. Música dá sentido à vida e integra pessoas. A união é o lado bonito”, afirma a artista, doutora em música pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). A Biblioteca Salomão Malina, sede do evento, é mantida pela Fundação Astrojildo Pereira, sediada em Brasília. A curadoria do concerto é de Augusto Guerra Vicente.

Mariana, que toca na Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro (Brasília-DF), define o músico, homenageado no nome do teatro, como versátil pela facilidade que tinha de transitar por tantos estilos e tendências. “Foi precursor da Bossa Nova com Tom Jobim. Ele tinha vontade de descobrir o novo”, destaca.

Veja, a seguir, galeria de imagens:

Augusto Guerra Vicente e Fernando Calixto na Biblioteca Salomão Malina | Foto: Nívia Cerqueira/FAP
Orquestra | Shutterstock/ Igor Bulgarin
Augusto Guerra Vicente |  Foto: Arquivo Pessoal
Orquestra | Shutterstock/Stokkete
Fernando Calixto no piano do primeiro concerto | Foto: Nívia Cerqueira/FAP
Fernando Calixto | Imagem: Facebook
Orquestra | Shutterstock/Friends Stock
Fernando Calixto | Foto: Arquivo pessoal
Orquestra | Shutterstock/ Igor Bulgarin
Augusto Guerra Vicente | Foto: Arquivo pessoal
Augusto Guerra Vicente e Fernando Calizto na Biblioteca Salomão Malina
Orquestra
Augusto Guerra Vicente
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Fernando Calixto no piano do primeiro concerto
Fernando Calixto
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Fernando Calixto
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Augusto Guerra Vicente
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Augusto Guerra Vicente e Fernando Calizto na Biblioteca Salomão Malina
Orquestra
Augusto Guerra Vicente
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Fernando Calixto no piano do primeiro concerto
Fernando Calixto
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Fernando Calixto
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Augusto Guerra Vicente
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O pianista Calixto, por sua vez, afirma que o gosto pelo novo e a curiosidade eram aspectos presentes em Santoro. “O que, sem dúvidas, permitiu uma experiência composicional muito eclética”, avalia. Calixto morou na Rússia durante 8 anos trabalhando com música.

A violista ressalta a qualidade do compositor brasileiro. “Vou tocar músicas de amor. [Santoro] era diferente dos outros românticos de sua época”. Este será o 5º, e último, da série de concertos que acontecem na biblioteca.

Augusto Guerra Vicente, curador do evento, afirma que está satisfeito com o resultado até o momento. “A escolha dos repertórios tem sido altamente ilustrativa do tema da série, com execuções de alto nível", destaca. Ele é integrante do grupo Quarteto Capital, que se apresentou, também na Biblioteca Salomão Malina, em 30 de julho, com composições de Obras de Villa-Lobos, Osvaldo Lacerda, Glauco Velásquez, Ernst Mahle, Aurélio Melo e Vicente da Fonseca.

À medida que a série de concertos foi acontecendo, o organizador analisa o aumento “expressivo de público presente no espaço cedido pela FAP”. 

Organizado em cinco programas, o projeto Em Torno de 22: Cem Anos de Modernismo na Música brasileira trouxe como força motriz as comemorações pelo Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, que marca um divisor de águas na história da arte no Brasil e na área musical em particular.

Sobre a dupla

Nascida em Brasília, Mariana Costa contou com o apoio dos pais para dar continuidade na música. “Minha vida é toda voltada para a música”, comenta. “Comecei na escola de música aos 8 anos de idade. Mas aos 7 eu tocava percussão em uma ‘bandinha’ no colégio”, acrescenta.

Ela fez licenciatura em música pela Universidade de Brasília (UnB). Depois foi para Holanda estudar violino. Na Bélgica, descobriu sua paixão pela viola. De volta ao Brasil, em São Paulo, Marina fez doutorado.

Nascido em Uberaba (MG), o pianista Calixto diz que a música o escolheu e não ele a escolheu. “Desde que eu ganhei um tecladinho de brinquedo quando eu tinha apenas 13 anos, eu sabia que seria músico”, afirma.

Ele acredita não ter possibilidade de viver sem a música. “É algo essencial, quase como ar”, ressalta.

O pianista tem um instituto que leva seu nome. Mais do que ensinar música, segundo ele, o Instituto Fernando Calixto busca transformar vidas por meio da arte, da percepção do mundo sonoro e da individualidade de cada um. 

Serviço

27/08, 16h: Em torno de 22: Cem Anos de Modernismo na Música Brasileira

Concerto 5:  Desdobramentos do modernismo: Cláudio Santoro em Brasília

Obras de Cláudio Santoro com:

Viola: Mariana Costa Gomes

Piano: Fernando Calixto

Endereço da biblioteca: SDS, Bloco P, ED. Venâncio III, Conic, loja 52, Brasília (DF). CEP: 70393-902

WhatsApp: (61) 98401-5561.

*Integrante do programa de estágio da FAP, sob supervisão do coordenador de Audiovisual, João Rodrigues.
*Título editado


Em nota, PPS lamenta a morte da atriz Ruth Escobar

O presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP) divulgou nota de pesar pela morte da atriz Ruth Escobar, aos 81 anos, nesta quinta-feira (05) em São Paulo.

Para o partido, a atriz que também era empresária, produtora e ativista “merece ser reverenciada não apenas por quantos fazem ou curtem o espetáculo teatral, mas por toda a cidadania”.

“Deixa-nos uma grande atriz e produtora cultural

Uma figura excepcional do teatro faleceu hoje, dia 5 de outubro, aos 81 anos, em São Paulo, e merece ser reverenciada não apenas por quantos fazem ou curtem o espetáculo teatral, mas por toda a cidadania. Trata-se da inestimável Ruth Escobar que, nascida na cidade do Porto, ao norte de Portugal, em uma família pobre, emigrou, aos 16 anos, com sua mãe, Marília do Carmo, para o Brasil e aqui fez residência.

Casando-se com o filósofo e dramaturgo Carlos Henrique Escobar, em 1958, partiram para a França, onde Ruth fez cursos de interpretação e ao retornarem, ela montou companhia própria, a Novo Teatro, e daí em diante tornou-se uma atriz de destaque, uma das mais importantes produtoras culturais e destacada personalidade do teatro, empreendedora de muitos projetos culturais especialmente comprometidos com a vanguarda artística, como o 1º Festival Internacional de Teatro, a Feira Brasileira de Opinião, sempre oferecendo o melhor da produção cênica brasileira e mundial.

Em 1964, decidiu fazer teatro popular e adaptou um ônibus, transformando-o em palco, para levar espetáculos à periferia de São Paulo – iniciativa que recebeu o nome de Teatro Popular Nacional. Neste mesmo ano, inaugurou seu próprio teatro, que recebeu o seu nome, situado no bairro da Bela Vista, na capital paulista. Com o golpe ocorrido em 1º de abril, ela se envolveu em vários dos movimentos culturais, sociais e políticos que denunciaram e enfrentaram a ditadura militar. Ela teve a coragem de centralizar no seu teatro importantes manifestações contra o regime ditatorial, inclusive a fundação do Comitê da Anistia Internacional. Nos anos 1980, afastou-se parcialmente do teatro, já que, eleita deputada estadual por duas legislaturas, dedicou-se a projetos comunitários e revelou-se um exemplo de seriedade com a coisa pública.

Quando a nossa companheira Zuleika Alambert, feminista de primeira hora, retornou ao Brasil, em 1979, após um exílio de 15 anos em vários países da América e da Europa, foi recebida no aeroporto de Guarulhos, com todas as honras, por Ruth, que já comandava movimentos em defesa dos direitos das mulheres em São Paulo.

Esta era nossa exemplar atriz e destacada figura de ação pública Ruth Escobar, a quem rendemos nossas fraternas homenagens.

Roberto Freire

Presidente Nacional do Partido Popular Socialista”