Míriam Leitão: O dia da vitória da máquina pública

Depois de um dia histórico, a discussão de quem ganhou a briga política é menos importante. É importante pensar no acerto da máquina pública brasileira. Instituições centenárias, Butantan e Fiocruz que, ao longo de suas vidas, ampliaram a expectativa de vida do brasileiro que e lutaram contra o obscurantismo para implantar fazer uma medicina sanitária e preventiva no Brasil.
Foto: Ministério da Saúde
Foto: Ministério da Saúde

Depois de um dia histórico, a discussão de quem ganhou a briga política é menos importante. É importante pensar no acerto da máquina pública brasileira. Instituições centenárias, Butantan e Fiocruz que, ao longo de suas vidas, ampliaram a expectativa de vida do brasileiro que e lutaram contra o obscurantismo para implantar fazer uma medicina sanitária e preventiva no Brasil.

Uma grande vitória do país e muitos recados para Bolsonaro

Contra a Covid-19, venceram porque foram atrás de parceria com a China, contra a visão do presidente de ficar contra o país asiático. O Butantan fez parceria com gigante farmacêutica chinesa Sinovac, e a Fiocruz negociou com a AstraZeneca, que depois de receber dois milhões da India, que ainda aguarda, vai preparar as próximas doses importando o IFA, que também será mandada pela China. Com a transferência de tecnologia por parte da Astrazeneca deve começar a produzir no segundo semestre ou no primeiro ano que vem. 

Outra visão positiva da máquina pública foi a reunião da Anvisa. Havia temor no resultado porque houve aparelhamento político na agência, o contra almirante que presidente o órgão foi indicado pelo presidente Bolsonaro depois de ter participado de ato antidemocrático sem máscara ao lado do presidente. Portanto eram temores fundados. Mas a máquina pública, a agência foi  autônoma.

Ao longo dos votos, defenderam a ciência e uso da máscara e combateram remédios ineficazes como o que o governo denomina de “tratamento precoce”. O Brasil tem seis milhões de doses. E mais quatro milhões prontas no Butantan à espera de autorização. É preciso lutar para termos mais. Poderíamos estar em outra situação se o negacionismo do presidente não tivesse contaminado o governo. O comando do Itamaraty, por exemplo, não participou dos esforços de trazer a vacina.

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