Míriam Leitão: Chamada de risco

Solução para a Oi não pode envolver recurso público. Qualquer solução para a Oi que signifique colocar dinheiro público ou vantagens especiais no pagamento de dívidas com credores estatais é inaceitável. A empresa tem no seu DNA o intervencionismo estatal e isso é parte do problema. Apesar de a companhia estar arruinada, salários e bônus de diretores superam os de concorrentes mais saudáveis. Sua dívida é tal que estoura qualquer limite aceitável.

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Míriam Leitão: Os custos da violência 

Nesta semana blindados das Forças Armadas voltaram a circular pela cidade e houve novos tiroteios na Rocinha. O custo da violência para o Rio e o país é incalculável, mas o economista Daniel Cerqueira, do Ipea, avalia que nacionalmente se perde pelo menos R$ 362 bilhões ao ano. A economista Joana Monteiro, presidente do ISP do Rio, lembra que o “Brasil vive uma tragédia do ponto de vista dos jovens”.

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Rubens Bueno: O perigo reacionário

Vivemos um momento de crescimento do reacionarismo no mundo e esse movimento, que se alastra a cada dia, precisa ser enfrentado com firmeza sob pena de vermos, nos próximos anos, a derrubada de conquistas históricas.

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Roberto Freire: São Paulo, potência científica  

Em meio a uma generalizada e justificada preocupação da comunidade científica brasileira em relação aos sucessivos cortes no orçamento destinado à área de pesquisa e inovação tecnológica, apresentei na Câmara dos Deputados uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a destinação mínima de 5% das receitas correntes da União, em igual proporção, ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

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Murillo de Aragão: Coragem e covardia

Montaigne, além de escritor e filósofo, foi um jurista e político que viveu no século XVI. Mesmo século de Leonardo da Vinci, Machiavelli e Martim Lutero. De certa forma, ele conheceu alguns brasileiros. Em 1562, Montagne conversou, com ajuda de tradutores, com três índios tupinambás que foram à França a convite do rei.

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Monica de Bolle: Anomalias

Já dizia Caetano Veloso nos versos de Vaca Profana que de perto ninguém é normal. O vencedor do prêmio Nobel de Economia de 2017, o economista americano e professor da Universidade de Chicago, Richard Thaler, afirmou após ter sido informado da premiação: “Para praticar bem a economia, é preciso ter em mente que indivíduos são humanos”. Perguntado sobre como gastaria o dinheiro do prêmio, respondeu: “Tentarei fazê-lo da forma mais irracional possível”.

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Miriam Leitão: O campo e o tempo 

O agronegócio brasileiro precisa entender o século XXI. Nele, para ser global, é indispensável não ter a marca de quem produz destruindo o meio ambiente. Essa ideia tão cristalina ainda não foi entendida, como mostram as propostas defendidas pelos seus representantes no Congresso. A última é de uma Medida Provisória para arrendar terras indígenas.

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Samuel Pessôa: Defasagens na política econômica

Laura Carvalho, na quinta-feira (5), sugeriu que não há evidências de que a aceleração do crescimento nos anos 2000 deveu-se à maturação das reformas liberalizantes iniciadas nos anos 90, que terminaram depois da saída do governo de Antonio Palocci, ministro da Fazenda do primeiro mandato de Lula.

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Fernando Gabeira: Armas e guitarras 

A semana começou pesada com o massacre em Las Vegas. O número de mortos e feridos só crescia. De novo, pensei, virão à tona as discussões de sempre: controle de armas e as causas que levam uma pessoa a esses crimes tenebrosos. Cheguei a pensar um pouco sobre Stephen Paddock. Ele foi a uma loja em Mesquite chamada Guns and Guitars. Suponho que venda armas e guitarras.

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FHC: Quais os rumos do País?

Se não organizarmos já um polo democrático, podemos ver no poder quem não sabe usá-lo. Quando ainda estava na Presidência, eu dizia que o Brasil precisava ter rumos e tratava de apontá-los. Nesta quadra tormentosa do mundo, cheia de dificuldades internas, sente-se a falta que faz ver os rumos que tomaremos.

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