Professor da USP defende discussão de religião nas escolas

Ivan Siqueira vai discutir educação, estado laico e ensino religioso nas escolas
Arte: FAP
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João Vitor*, da equipe FAP

O professor na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP) Ivan Siqueira diz ser a favor do ensino religioso nas escolas e afirma que os partidos políticos necessitam ter consciência da importância da relação entre educação e religião em função das normas e leis estabelecidas. Ele vai abordar assunto em webinar da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), na sexta-feira (10/12), a partir das 16 horas.

Assista!

“É importante que a gente tenha consciência da importância dos partidos políticos em relação às definições sobre a educação e, obviamente, a formação religiosa ou as discussões sobre religião que acontecem nas escolas, em função das normas e leis estabelecidas”, ressaltou ele, em entrevista ao portal da FAP, sediada em Brasília.

Além de Ivan, a pedagoga Patrícia Tolmasquim e a senadora Eliziane Gama confirmaram participação no webinar, organizado pelo Núcleo Interreligioso do Cidadania 23 e apoiado pela FAP, sediada em Brasília. O evento vai discutir educação, estado laico e ensino religioso nas escolas e será transmitido no canal da fundação no Youtube, na página da entidade no Facebook e no portal.

O professor destaca o fato de o tema ser regulamentado em lei. “Está na Constituição, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Existe até licenciatura em ensino religioso autorizado, há tempos, pelo Ministério da educação (MEC)”, diz Siqueira.

“Penso que os partidos precisam ter consciência, também, de que eles não apenas influenciam a população, mas que também são influenciados por ela”, afirma o professor. Ele também integra o Conselho Nacional de Educação do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre o Negro Brasileiro (Neinb/USP).

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Acolhimento

Durante a pandemia da Covid-19, as religiões serviram como forma de acolher as pessoas, apesar de os templos terem sido fechados, temporariamente, por causa da necessidade de distanciamento social.

No Brasil, a Constituição Federal consagra, como direito fundamental, a liberdade de religião, apesar de o país ser considerado laico. Por isso, o Estado brasileiro deve se preocupar em proporcionar a seus cidadãos um clima de perfeita compreensão religiosa, sem intolerância e fanatismo.

Pesquisa do Datafolha publicada no ano passado pelo jornal Folha de S. Paulo mostra que metade da população do Brasil é composta por pessoas que se declaram católicas. Evangélicos representam 31%; espíritas, 3%; Umbanda, Candomblé e outras religiões afro-brasileiras somam 2% da população, e judeus são 0,3%.

Além disso, 10% dizem não ter religião, 2% se identificam com outra religião e 1% se define como ateu.

*Integrante do programa de estágio da FAP, sob supervisão do jornalista Cleomar Almeida

Webinar sobre educação, estado laico e ensino religioso
Dia: 10/12/2021
Transmissão: a partir das 16h
Onde: Perfil no Facebook, site e youtube da FAP
Realização: Fundação Astrojildo Pereira

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