Região das Américas avançou no combate a desnutrição, mortalidade infantil e HIV, revela OPAS

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Conquistas no campo da saúde levaram países das Américas a alcançar quase todas as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Apesar dos progressos, mortalidade materna não foi reduzida na proporção prevista pela antiga agenda global.

Avanços no combate à desnutrição, à mortalidade infantil, ao HIV/Aids, à malária e a outras doenças levaram os países das Américas a alcançar quase todas as metas de saúde dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio(ODM). Apesar dos avanços, a luta contra a mortalidade materna não conseguiu reduzir em três quartos o número de óbitos de gestantes, tal como previsto pela antiga agenda global.

Os progressos ao longo dos últimos 15 anos e os desafios persistentes foram destaque de um relatório divulgado na semana passada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) durante a 55ª reunião de seu Conselho Diretor.

Segundo o organismo internacional, de 1990 a 2013, a proporção de crianças menores de cinco anos e abaixo do peso caiu 63% na América Latina e no Caribe. Na mesma região, de 1990 a 2015, a mortalidade nessa faixa etária também registrou uma queda — de 43 para 15 a cada mil nascidos vivos.

Também nos últimos 26 anos, a taxa de óbitos entre bebês com menos de um ano em todo o continente americano foi reduzida em 62% — de 34 para 13 a cada mil nascidos vivos.

Outra conquista foi a diminuição, estimada em 60%, do número de pessoas incapazes de cumprir os requisitos mínimos de alimentação — de 69 milhões em 1990 para menos de 37 milhões em 2015.

Quase 95% dos habitantes das Américas têm acesso à água potável, de acordo com cálculos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), enquanto a proporção população sem acesso a melhores serviços de saneamento diminuiu 48,5% entre 1990 e 2015.

Combate ao HIV e à malária

De acordo com a OPAS, países americanos conseguiram interromper a propagação do HIV e começaram a reduzir as taxas de ocorrência. Na América Latina e Caribe, a prevalência do vírus caiu de 0,28% em 1990 para 0,17% em 2015.

A meta dos ODM de fornecer tratamento para todos os que precisam não foi alcançada, embora a taxa de cobertura tenha melhorado significativamente (44%).

Os casos de malária e mortes relacionadas caíram de forma significativa — 64 e 78% respectivamente, entre 2000 e 2013. Já a incidência de tuberculose, de 1990 a 2015, caiu de 56 ocorrências para 26 a cada 100 mil habitantes.

Mortalidade materna ainda preocupa

Os resultados positivos permitiram aos países bater as metas de erradicação da extrema pobreza e da fome do ODM nº 1, de redução da mortalidade infantil do ODM nº 4 e de garantia da sustentabilidade do meio ambiente do ODM nº 7. Os avanços também estão associados ao ODM nº 6, que previa o fortalecimento do combate à Aids, malária e tuberculose.

No entanto, a região das Américas não conseguiu reduzir em 75% a mortalidade materna, quando considerado o período de 1990 até 2015. A diminuição foi de 49% — de 102 mortes para 52 a cada 100 mil nascidos vivos. No entanto, a proporção de partos realizados por profissionais de saúde capacitados aumentou de 74% em 1990 para 94% em 2014.

Mesmo não tendo alcançado os níveis de saúde definidos pelos ODM, o progresso foi considerado significativo pela OPAS, que destacou o protagonismo dos Objetivos na busca mundial por mais atendimento para todos.

“Os ODM ajudaram a reforçar o compromisso global com a saúde e o desenvolvimento humano. Eles têm levado a uma resposta em escala mundial sem precedentes e forjado parcerias inovadoras”, explicou Kira Fortune, chefe interina do Programa Especial de Desenvolvimento Sustentável e Equidade em Saúde do organismo regional.


Fonte: nacoesunidas.org

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