Políticos defendem senadora evangélica repudiada por igreja ao defender Lula

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que é evangélica, filha de pastor e membro da Assembleia de Deus no Maranhão, foi hostilizada por Convenção

Taísa Medeiros | Correio Braziliense

Diversas figuras políticas usaram as redes sociais para manifestar solidariedade à senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que foi hostilizada por fiéis após declarar apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Evangélica, filha de pastor e membra da Assembleia de Deus no Maranhão, a senadora chegou a ser alvo de uma nota de repúdio do Conselho Político da Convenção das Assembleias de Deus no Maranhão.

Uma das defesas veio do próprio Lula. “Os ataques contra a senadora Eliziane Gama após sua declaração de voto são inaceitáveis. Reflexo da intolerância bolsonarista que tenta invadir o ambiente sagrado das igrejas evangélicas. Minha solidariedade à senadora e aos evangélicos que estão sofrendo pressão”, escreveu o ex-presidente. 

“Dos mesmos criadores/defensores da “escola sem partido”, agora vemos a “igreja com partido”. A perseguição contra os cristãos começou e começou dentro da igreja!”, escreveu a deputada federal eleita Marina Silva (REDE-SP).

O presidente do Cidadania, legenda da qual a senadora faz parte, também se manifestou. “O Cidadania saúda a grande senadora Eliziane Gama pela luta na defesa da liberdade e por um Brasil mais justo. A politização da religião está prestando um desserviço à liberdade religiosa no país ao criar um clima de intolerância que divide famílias. Eliziane, nossa solidariedade”, tweetou Roberto Freire.

Nota de repúdio

Após o posicionamento da senadora, o Conselho Político da Convenção das Assembleias de Deus no Maranhão divulgou uma nota em que dizia repudiar o apoio de Eliziane. Segundo o texto, a manifestação está em “discordância com o posicionamento da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e da Ceadema”, que declararam apoio ao atual chefe do Executivo.

“É público e notório que a grande maioria dos posicionamentos da Senadora caminha na direção contrária ao que a CEADEMA defende e acredita, como a preservação dos bons costumes, da família tradicional, do combate à corrupção e do apoio ao Governo que defende os princípios e pautas conservadoras”, diz a nota.

Matéria publicada originalmente no Correio Braziliense

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