Manuel Bandeira via poesia “nas coisas mais insignificantes”, diz professora

Margarida Patriota vai participar de webinar da série de eventos online em pré-comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna
Evento sobre Manuel Bandeira
Evento sobre Manuel Bandeira

Margarida Patriota vai participar de webinar da série de eventos online em pré-comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna

João Vitor*, da equipe FAP

O escritor Manuel Bandeira via a poesia “nas coisas mais insignificantes”, segundo a professora de literatura Margarida Patriota. “Tudo é matéria para poesia. Sua poesia é feita com linguagem coloquial e verso livre, sem complicações”, analisa. Ela vai abordar o assunto em webinar, na quinta-feira (18/11), a partir das 17 horas, na série de eventos online da Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em pré-comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna.

A professora destaca a liberdade dos motivos inspiratórios e o abandono da cadência oratória na poesia de Manuel Bandeira. O evento será transmitido na página da biblioteca no Facebook. O público também poderá conferir o debate no portal da FAP e na rede social da entidade, assim como no canal da fundação no Youtube.

Margarida, que lecionou por 28 anos Teoria da Literatura, Literatura Brasileira e Literatura Francesa no Departamento de Letras da Universidade de Brasília (UnB), explica a importância do escritor para o modernismo brasileiro: “Bandeira não só renovou a expressão poética, na linha do despojamento modernista, como a impregnou de lirismo e ternura. A liberdade, para ele, gera simplicidade, não rebeldia ou provocação”, afirma.

Apesar de Manuel Bandeira não ter participado da Semana de Arte Moderna em 1922, contribuiu para a Revista Klaxon, uma das revistas baseadas em ideias revolucionárias perante a situação política que dominava o país naquela época, como também propagadora dos ideais modernistas à época.

Para a crítica, Bandeira era atrevido e seus textos eram reveladores de certo ímpeto historiográfico. Ainda são objetos de reflexão a ser mais bem considerados, não só pelos nexos que estabelecem com seus poemas, mas principalmente por esclarecerem sua posição no modernismo.

Um dos maiores representantes da primeira fase do modernismo, Manuel Bandeira foi também professor de literatura, crítico literário e crítico de arte. Em 1940 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira de número 24. “Vou-me Embora pra Pasárgada” é um dos seus mais famosos poemas.

O autor, tema do debate em live da FAP, faleceu no Rio de Janeiro, no dia 13 de outubro de 1968. Suas poesias haviam sido reunidas, pouco antes, em Estrela da Vida Inteira (1966).

*Estagiário integrante do programa de estágios da FAP, sob supervisão do jornalista Cleomar Almeida

Ciclo de Debates: O modernismo na literatura brasileira

Webinário sobre Manuel Bandeira e poesia libertária

Dia: 18/11/2021

Transmissão: a partir das 17h

Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade

Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira

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