Vírus da pólio assusta Américas, onde cobertura vacinal está abaixo do recomendado

Receio aumenta com recente confirmação da circulação do poliovírus em Nova Iorque
© OMS/Opas Opas pede aos países que informem à Opas sobre os progressos e desafios na implementação dos esforços para conter a pólio
© OMS/Opas Opas pede aos países que informem à Opas sobre os progressos e desafios na implementação dos esforços para conter a pólio

Priorizar planos para mitigar a poliomielite nas Américas foi destaque numa resolução da 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana, concluída na semana passada, em Washington. Uma das maiores preocupações, é a baixa cobertura de imunização na região. A taxa necessária para prevenir o retorno do vírus é de 95%.

Na resolução, a Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, também prevê medidas para aumentar a vacinação e a vigilância, além de assegurar uma preparação adequada para um possível surto nas Américas.

Saúde pública

Dois eventos levaram à medida: a queda a 80% dos níveis de vacinação e vigilância da poliomielite e a recente confirmação da circulação do poliovírus em Nova Iorque. Outro ponto da resolução é o pedido de maior envolvimento da sociedade civil, líderes comunitários, ONGs, setor privado, instituições acadêmicas e outras partes interessadas em medidas para avançar e atuar de forma coordenada para que a região esteja livre da pólio.

A Opas incentiva ainda a cooperação técnica e parcerias entre países para o desenvolvimento, a implementação, o monitoramento, a mitigação de riscos e os planos de preparação da poliomielite.

O texto pede aos países que informem à Opas sobre os progressos e desafios na implementação dos esforços para conter a pólio na região.

Populações não vacinadas

Pelo menos 12 nações da região correm risco muito elevado ou alto de um surto da doença, que pode ser totalmente prevenida com vacinas.

O perigo é que o problema se espalhe rapidamente entre comunidades com cobertura vacinal insuficiente.

Antes do alerta de circulação da poliomielite derivada da vacina, emitido em agosto pelos Estados Unidos, a Opas alertou a região a ser vigilante e a tomar medidas para alcançar de forma proativa as populações não vacinadas.

O aviso prévio também advertiu sobre a necessidade de aumentar a vigilância da paralisia facial aguda, que indica a circulação da poliomielite.

 

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