‘Turistas querem estar o tempo todo conectados’, afirma representante do Ministério do Turismo

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Bárbara Blaudt Rangel compareceu ao seminário realizado pela FAP e pelo Cidadania, em Brasília

“Os turistas evoluíram e querem estar o tempo todo conectados”. A afirmação é da representante da Coordenação Geral de Meio Ambiente, Cultura e Economia Criativa do Ministério do Turismo, Bárbara Blaudt Rangel. Ela ministrou, nesta sexta-feira (25), em Brasília, conferência sobre turismo inteligente, durante o seminário Cidades Inteligentes: o uso da economia criativa e do turismo como ferramentas do desenvolvimento.

O evento é realizado, pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira) e pelo partido, para possíveis pré-candidatos a prefeitos pela sigla. Em sua apresentação, Bárbara explicou que o destino turístico inteligente esboça um modelo turístico que incorpora a experiência adquirida em anos de desenvolvimento turístico capaz de vencer os desafios exigidos pelo ambiente e dinâmica atuais.
A origem do conceito de destino turístico inteligente surgiu em 2012 na Catalunha. Ela mostrou que um destino inteligente é um destino turístico inovador, consolidado sobre uma infraestrutura tecnológica de vanguarda que garanta o desenvolvimento sustentável do território turístico, acessível a todos, que facilita a interação e integração do visitante com o meio, incrementa a qualidade de sua experiência no destino e melhor a qualidade de vida dos residentes.

Bárbara pontuou que destino turístico inteligente deve ter cinco eixos: governança, inovação, tecnologia, sustentabilidade e acessibilidade. Conforme ela expôs, esse modelo procura atender aos anseios tecnológicos dos turistas, facilitando sua interação com o ambiente e tornando as experiências cada vez mais dinâmicas e adaptáveis aos cenários tecnológicos em que o mundo se encontra.

A especialista também abordou a diferença entre turismo criativo e turismo de experiência. No primeiro caso, o turista participa ativamente da experiência proporcionada, criando de novo com a comunidade local o que está sendo vivenciado (produtos e serviços). Neste caso, ele faz uma conexão e participa ativamente na arte, cultura, gastronomia, dança ou em qualquer ativo peculiar de uma localidade.

Já o turismo de experiência favorece menos interação com a cultura local, já que, neste caso, segundo Bárbara, o turista assiste, interage e testemunha, mas não participa do resultado final do produto criado.

Coordenador do seminário, o secretário de Turismo de Fortaleza (CE), Alexandre Pereira, disse que o turista vai viajar para o local onde houver gente feliz. “O maior divulgador do destino é o próprio morador da cidade”, destacou ele, ao fazer os contrapontos da mesa.

A ex-deputada federal Pollyana Gama disse que o turismo deve considerar, essencialmente, a sustentabilidade do meio ambiente. Segundo ela, metade do gasto com o lixo o ano todo é relacionado ao período de alta temporada. “Quando a gente olha para a reforma tributária e revisão do pacto federativo, a gente precisa olhar mais para os municípios em termos de infraestrutura”, destacou. O consultor jurídico do Senado e conselheiro da FAP Arlindo Fernandes foi o mediador da mesa.

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