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El País: Cúpula do clima sela um pacto pouco ambicioso para evitar o fracasso

A cúpula climática da ONU na cidade polonesa de Katowice, conhecida como COP24, conseguiu selar na noite deste sábado um pacto que servirá para desenvolver o Acordo de Paris a partir da próxima década. As tensões entre os blocos de países na hora de assumir a necessidade de mais ambição na luta contra a mudança climática estiveram muito presentes nas negociações. No lado mais conservador, situaram-se os Estados Unidos e a Arábia Saudita; no outro, a União Europeia e um grupo de países em desenvolvimento, além de pequenos Estados insulares ameaçados pelo aumento do nível do mar, que almejavam um texto mais ambicioso.

Em cúpulas desse tipo, com a participação de quase 200 países, os acordos devem ser aceitos por unanimidade. Daí que as negociações possam se prolongar e passar horas bloqueadas, como ocorreu novamente na sexta, quando a cúpula deveria ter acabado.

O texto final aprovado é menos ambicioso que os seus rascunhos, especialmente no capítulo referente a reduções das emissões de gases do efeito estufa. “A COP24 não refletiu a ambição necessária nem os compromissos dos países para que a ação climática aumente”, resume Tatiana Nuño, especialista em negociações climáticas do Greenpeace.

Duas coisas deveriam sair desta cúpula. Por um lado, uma nova etapa na regulamentação do Acordo de Paris. Por outro, uma declaração que refletiria as conclusões do relatório de especialistas que assessoram a ONU, segundo os quais está terminando o prazo para que o mundo evite as piores consequências da mudança climática.

Com relação ao primeiro ponto, a parte mais importante da regulamentação do Acordo de Paris foi aprovada, mas de forma inconclusa. O capítulo relativo aos mercados de carbono (o intercâmbio de cotas nacionais de emissões de gases do efeito estufa) bloqueou a negociação durante horas. Finalmente, diante das pretensões do Brasil, que se beneficia economicamente desses mecanismos, por contar com amplas zonas florestais, decidiu-se que esse assunto será concluído dentro de um ano, na próxima cúpula.

O resto da regulamentação, que inclui medidas de transparência comum, cortes nas emissões, adaptação aos impactos do aquecimento global e financiamento, pôde ser satisfatoriamente concluída.

Teresa Ribera, a ministra espanhola para a Transição Ecológica, participou até o último momento das negociações na cúpula. Ela lamentou que o resultado final não seja “tão ambicioso” quanto a Espanha e a UE gostariam, mas destacou que se trata de um momento muito complicado para o multilateralismo, numa referência aos países, como os Estados Unidos, que boicotam instituições como a ONU.

Por esse motivo, alguns observadores acreditam ser quase milagroso que algum pacto tenha sido selado na cúpula de Katowice; outros, entre eles muitos ambientalistas, se mostram decepcionados com o resultado, por sua pouca ambição. “Ninguém vai ficar satisfeito depois destas negociações”, alertou António Guterres, secretário-geral da ONU, falando na sexta-feira às ONGs. Frente ao risco de fracasso, Guterres teve que comparecer a Katowice para se envolver na reta final das negociações. As mudanças em muitos Governos, com a irrupção de líderes que inclusive flertam com o negacionismo da mudança climática – caso do norte-americano Donald Trump –, complicaram o evento.

Uma das batalhas mais duras foi a que afeta a declaração final da cúpula, a chamada decisão, que tem um caráter mais político. Esse texto deveria insistir aos países para que sejam mais ambiciosos e apresentem planos mais duros para as reduções das emissões de gases do efeito estufa. E, no centro da discussão sobre esse texto (que deveria ser acatado pelos quase 200 países presentes) estava o relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, na sigla em inglês). Esse documento detalha os riscos que o planeta enfrenta se a temperatura subir 1,5 grau em relação aos níveis pré-industriais (atualmente, já subiu 1 grau). As alusões ao relatório e às suas principais conclusões – basicamente, que o tempo está se esgotando para o mundo – estiveram no centro da discussão em Katowice. Enquanto os Estados Unidos, Arábia Saudita, Rússia e Kuwait buscavam minimizar a importância do relatório e de suas conclusões, outros Estados queriam que esse documento científico estivesse no centro da discussão.

O Acordo de Paris tem como objetivo que a temperatura média do planeta não suba além de 2 graus acima dos níveis pré-industriais, e se possível que fique abaixo de 1,5 grau. Para isso, todos os países devem apresentar planos para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa. As propostas sobre a mesa não são suficientes, já que levariam o planeta a um aumento de 3 graus até o final deste século. E o relatório do IPCC deixava claro o que os países devem fazer para cumprir o objetivo mais ambicioso, de 1,5 grau: reduzir suas emissões em cerca de 45% sobre os níveis atuais. Mas as referências diretas a esse corte foram eliminadas da declaração final de Katowice, devido à pressão dos EUA e da Arábia Saudita, o que poderia levar a um fracasso total. “Eu preferia uma linguagem mais explícita”, admite a espanhola Ribera sobre esse relatório científico.


O Estado de S. Paulo: Discurso contra direitos humanos de Bolsonaro é 'perigoso', diz alto comissário da ONU

De saída, principal autoridade das Nações Unidas para direitos humanos alerta para propostas que apresentam soluções 'simplistas'

Por Jamil Chade, de O Estado de S.Paulo

GENEBRA - Discursos como o do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro (RJ), sobre direitos humanos podem representar “um perigo” para certas parcelas da população no curto prazo e para “o país todo” no longo prazo. O alerta é de Zeid Al Hussein, alto comissário da ONU para Direitos Humanos. Ele deixa seu cargo no final desta semana e será substituído pela chilena Michelle Bachelet.

Em sua última coletiva de imprensa nesta quarta-feira em Genebra, o jordaniano respondeu a uma pergunta da reportagem do Estado sobre como ele via a popularidade do discurso adotado por Jair Bolsonaro. Para Zeid, o “instrumento” usado para ver o avanço de tais posições é “simples”. “Quando as pessoas estão ansiosas, quando existem incertezas econômicas, globais ou não, por conta da crise nas commodities nos últimos anos, ao dar uma resposta simplista e tocando nas emoções naturais das pessoas - e talvez olhando para uma liderança mais forte, firme - é uma combinação que é bastante poderosa”, disse Zeid.

“O perigo é que isso venha às custas de um certo grupo no curto prazo e, no longo prazo, de todo o país”, afirmou. “Temos de ser mais conscientes de exemplos históricos. Não é para dizer que o progresso humano foi fácil”, disse. "Eu confesso que, de muitas maneiras, não entendo o pensamento conservador. Se apenas escutássemos a isso, talvez alguns de nós ainda estivéssemos em cavernas”, afirmou. “O progresso ocorreu porque estipulamos que todos devem ter direitos iguais”, disse.

Zeid, filho do príncipe jordaniano Ra'ad bin Zeid, também destacou a disparidade social na América Latina. Segundo ele, as “enormes diferenças de riqueza e poder das elites latino-americanas e as populações indígenas e outras” são preocupantes. Para ele, essa realidade “deve fazer parte completamente das consciências de todos os atores políticos”.
Bolsonaro chegou a mencionar que, se eleito, deixaria a Organização das Nações Unidas, recuando dias depois e afirmando que sairia apenas do Conselho de Direitos Humanos da entidade. “Não serve para nada essa instituição”, disse Bolsonaro.

Em julho, durante uma entrevista no programa Roda Vida, Bolsonaro defendeu a ditadura militar (1964-1985) e disse que, se eleito, não vai abrir os arquivos do regime. “Não houve golpe militar em 1964. Quem declarou vago o cargo do presidente na época foi o Parlamento. Era a regra em vigor”, disse Bolsonaro.

O presidenciável defendeu ainda as atuações dos militares em casos de tortura e também a figura do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932-2015). “Abominamos a tortura, mas naquele momento vivíamos na guerra fria”, justificou. Pressionado pelos jornalistas convidados a falar sobre a abertura dos arquivos da ditadura militar, o presidenciável disse duvidar que eles ainda existam. “Não vou abrir nada. Esquece isso aí, vamos pensar daqui pra frente”, desconversou.

Ao longo de seu mandato, Zeid foi uma das principais vozes contra movimentos populistas ao redor do mundo, inclusive alertando sobre os “riscos” da escolha de Donald Trump como presidente dos EUA e atacando de forma dura a repressão do governo de Nicolas Maduro na Venezuela.


Direito à cidade será mencionado pela primeira vez em acordo das Nações Unidas sobre desenvolvimento urbano

Boas novas chegam de Quito: pela primeira vez o direito à cidade será mencionado em um acordo das Nações Unidas. O documento ‘A Nova Agenda Urbana’, com os padrões globais para o desenvolvimento urbano sustentável, será lançado oficialmente na Conferência Mundial Habitat III – Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável, que está sendo realizada este mês na capital do Equador.

Um dos principais desafios para a consolidação do direito à cidade, e um dos temas centrais dos debates na Conferência de Quito, é a concretização dos meios e recursos disponíveis para a sua execução. A Nova Agenda Urbana deverá orientar os esforços em torno da urbanização nos próximos 20 anos, com participação dos governos de países, estados e cidade, líderes regionais, financiadores internacionais de desenvolvimento, programadores das Nações Unidas e a sociedade civil.

“É possível que após a Conferência essa agenda tome corpo, e o direito à cidade seja agrupado aos direitos humanos, com a particularidade de ser um direito coletivo de bem viver e de interagir na esfera e nos espaços públicos”, afirma Cleo Manhas, assessora política do Inesc e integrante do Movimento Nossa Brasília, que confirma a importância do debate. “Há muito se sabe que 80% da população mundial vive em cidades, a maior parte em grandes cidades, que foram pensadas dentro de uma lógica capitalista, mercantil, segregadora e concentradora de renda”, afirma, lembrando que as cidades e suas políticas públicas ainda são, infelizmente, para uns poucos privilegiados.

Vamos falar sobre Direito à Cidade?

“O que temos hoje são aglomerados urbanos que não atendem moradores da mesma forma, o transporte público, as moradias e todas as demais políticas chegam de forma diferenciada e nada democrática. As cidades não estão abertas aos seus habitantes, haja vista que os centros recebem um enorme contingente ao longo do que se convencionou chamar de dias úteis e se esvaziam nos finais de semana e feriados, pois os trabalhadores vão para longe dos equipamentos de cultura, saúde, educação, lazer, vão para os recantos afastados dos centros, onde residem e que convencionamos a chamar de cidades e bairros dormitórios.”

Matéria publicada no portal do Movimento Nossa Brasília.


Fonte: cidadessustentaveis.org.br


UNESCO: memória sobre escravidão é importante para construir futuro melhor

No Dia Internacional para Relembrar o Tráfico de Escravos e sua Abolição, a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, afirmou que a memória sobre o tráfico de escravos e a escravidão é importante para a luta contra novas formas de servidão, racismo, preconceito, discriminação racial e injustiça social.

A coragem dos homens e mulheres que em agosto de 1791 se revoltaram contra a escravidão no Haiti “criou obrigações para nós”, disse a chefe da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, no Dia Internacional para Relembrar o Tráfico de Escravos e sua Abolição, completando que “toda a humanidade é parte dessa história” e dos esforços para a construção de um futuro melhor.

“A revolta foi um ponto de mudança na história da humanidade, afetando fortemente o estabelecimento de direitos humanos universais, para os quais estamos todos em dívida”, disse as diretora-geral da UNESCO em comunicado para o dia lembrado anualmente em 23 de agosto em memória à noite de 1791, quando africanos vendidos como escravos se revoltaram contra o sistema escravocrata para obter liberdade e independência do Haiti, conquistada em 1804.

Segundo Bokova, o Dia Internacional foi criado para prestar uma homenagem àqueles que lutaram por sua liberdade e lembrar sua história e seus valores. “A história do tráfico de escravos e da escravidão criou uma tempestade de raiva, crueldade e amargura que não foi até hoje reduzida”, disse a diretora-geral. “Mas a coragem daqueles homens e mulheres criou obrigações para nós”.

Ela reconheceu que o sucesso da revolta, liderada pelos próprios escravos, é uma importante fonte de inspiração atualmente na luta contra todas as formas de servidão, racismo, preconceito, discriminação racial e injustiça social que são legados da escravidão.

“Toda a humanidade é parte dessa história, em suas transgressões e boas ações”, disse Bokova. Por meio do projeto “Rota do Escravo”, a UNESCO tem como objetivo encontrar nessa memória coletiva a força para construir um mundo melhor e para mostrar as relações históricas e morais que unem os diferentes povos.

Nesse mesmo sentido, as Nações Unidas proclamaram a Década Internacional dos Afrodescendentes (2015-2024). A UNESCO colabora por meio de seus programas educacionais, culturais e científicos, de forma a promover a contribuição dos afrodescendentes para construir sociedades modernas e assegurar dignidade e igualdade para todos os seres humanos, sem distinção, segundo Bokova.


Fonte: nacoesunidas.org


OMS no Brasil adota política de alimentação saudável no ambiente de trabalho

Com o objetivo de promover hábitos de vida mais saudáveis para seus funcionários, a representação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil definiu uma nova política de alimentação para eventos realizados dentro do ambiente de trabalho.

Com o objetivo de promover hábitos de vida mais saudáveis para seus funcionários, a representação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil definiu uma nova política de alimentação para eventos realizados dentro do ambiente de trabalho.

A partir de agora, as refeições oferecidas pela organização em reuniões, seminários, conferências e demais eventos devem fornecer, prioritariamente, alimentos in natura ou minimamente processados.

Refrigerantes, sucos industrializados ou refrescos em pó e outros alimentos ultraprocessados não serão mais oferecidos. A diretiva determina ainda o estabelecimento de critérios para a contratação de serviços de alimentação que funcionem nas dependências da representação.

A iniciativa leva em consideração que o consumo de produtos com poucos nutrientes e muito açúcar, gordura e sal — como lanches e fast foods salgados ou açucarados  —, o consumo rotineiro de bebidas açucaradas e a atividade física insuficiente são os principais fatores para o aumento de peso e obesidade, assim como surgimento de doenças crônicas não transmissíveis.

O documento segue recomendações de grupos de trabalho sobre alimentação saudável, guias do Ministério da Saúde, OMS, Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Fundo Mundial para Pesquisa em Câncer, entre outros.

Alimentação saudável

Alimentos in natura são aqueles obtidos diretamente de plantas ou de animais e adquiridos para consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza, como folhas e frutos ou ovos e leite.

Alimentos minimamente processados são alimentos in natura que foram submetidos a alterações mínimas, a exemplo dos grãos secos polidos ou moídos na forma de farinhas, cortes de carne resfriados ou congelados e leite pasteurizado.

Já os alimentos processados (queijo, pães, geleias, frutas em calda) devem ser consumidos em pequenas quantidades e como ingredientes ou parte de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados.

Os alimentos processados são produtos relativamente simples, fabricados essencialmente com a adição de sal ou açúcar ou outra substância de uso culinário como óleo, a um alimento in natura ou minimamente processado.

Outro hábito essencial é evitar os alimentos ultraprocessados, que estão fortemente associados a sobrepeso, obesidade e doenças crônicas não transmissíveis. Entre eles, estão vários tipos de biscoitos, sorvetes, misturas para bolo, barras de cereal, sopas, macarrão e temperos “instantâneos”, salgadinhos “de pacote”, refrescos e refrigerantes, iogurtes e bebidas lácteas adoçadas e aromatizadas.


Fonte: nacoesunidas.org


Pacto Global da ONU no Brasil é elogiado em relatório por defender direitos humanos no setor privado

Atividades de mobilização de empresas foram elogiadas por especialistas independentes da ONU sobre a situação dos direitos humanos envolvendo ações de multinacionais e companhias privadas.

A Rede Brasil do Pacto Global das Nações Unidas foi elogiada em relatório produzido pelo grupo de trabalho de especialistas independentes da ONU sobre empresas, multinacionais e direitos humanos. Divulgado em junho (17), o documento menciona os esforços da iniciativa brasileira para mobilizar o setor privado e exigir compromissos com a proteção dos direitos individuais.

O relatório lembra a realização da conferência “Livre: Direitos Humanos e Empresas”, promovida em fevereiro pela Rede Brasil e parceiros para incluir representantes de corporações no debate sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH).

Os relatores independentes ressaltaram que o encontro terminou com a adoção de uma declaração de apoio para a elaboração de um plano nacional de ação.

O resultado positivo vai ao encontro das recomendações dos especialistas, que alertaram para falta de estratégias a nível nacional para lidar com violações dos direitos humanos associadas às ações de empresas. A Rede Brasil já havia recomendado ao país a mesma medida.

O grupo de trabalho independente convocou companhias brasileiras, privadas e estatais, a aderirem ao Pacto Global e fazerem parte de outras associações empresariais comprometidas com a promoção dos chamados Princípios Orientadores das Nações Unidas para o tema — conjunto de normas que fornecem um padrão global para prevenir e combater os riscos de infrações e abusos ligados à atividade empresarial.

“Trata-se de um grande reconhecimento do nosso trabalho e também do papel de vanguarda das empresas que fazem parte do Pacto na implementação desses princípios”, afirmou a secretária-executiva da Rede Brasil, Beatriz Martins Carneiro, a respeito da menção da iniciativa no relatório.


Fonte: nacoesunidas.org


Estados não podem ignorar suas obrigações de direitos humanos, dizem especialistas da ONU

Maior grupo de especialistas em direitos humanos da ONU frisou que o compromisso de assegurar que ninguém seja deixado para trás só pode ser realizado se nenhum direito humano for deixado para trás.

O maior grupo de especialistas em direitos humanos da ONU frisou que o foco na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável não deve se tornar “a desculpa perfeita” para os Estados-membros darem menos prioridade ou ignorarem as suas principais obrigações internacionais de direitos humanos.

O pedido foi feito na segunda-feira (11) durante o Fórum Político de Alto Nível das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que segue até o dia 20 de julho em Nova York e é o primeiro encontro global desde 2015 para discutir a nova agenda de desenvolvimento.

“Em vez de tratarem os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em pé de igualdade, a fim de proteger e melhorar a situação dos mais marginalizados e vulneráveis, já estamos testemunhando alguns objetivos recebendo mais apoio do que os outros”, afirmaram os especialistas em um comunicado conjunto emitido pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).

“O compromisso forte e urgente de assegurar que ninguém seja deixado para trás só pode ser realizado se igualmente nenhum direito humano for deixado para trás”, acrescentaram os especialistas, sublinhando que a implementação efetiva da nova agenda depende do compromisso global com os direitos humanos, incluindo o comprometimento com os princípios de responsabilidade, de não discriminação e de igualdade, em particular a igualdade de gênero, bem como a consciência das obrigações dos direitos humanos dos Estados.

Segundo o grupo, mesmo que a Agenda 2030 aborde muitas questões urgentes em todo o mundo, como a pobreza, a urbanização rápida, a questão da fome e da desnutrição, o desemprego, o acesso inadequado à água e ao saneamento e o fim do HIV/AIDS, esse conjunto de objetivos e metas não pretende substituir as obrigações internacionais de direitos humanos.

No comunicado, eles também advertiram que alguns Estados-membros da ONU e patrocinadores privados já estão dando atenção seletiva a alguns objetivos e metas da Agenda 2030, e negligenciando direitos básicos.

“Seria, por exemplo, inconsistente com os direitos humanos interpretar o alerta para a energia limpa ou para a urbanização de favelas sem considerar a proteção devida contra o deslocamento dos povos indígenas e as expulsões forçadas de milhões de moradores urbanos, que podem ocorrer se as políticas forem desprendidas de padrões de direitos humanos “, observaram.

Os especialistas também ressaltaram que a contribuição do setor privado para a Agenda 2030 deve ocorrer com responsabilidade, de acordo com os direitos humanos.

“A promessa explícita da agenda é atingir os grupos mais excluídos primeiro. Por isso, pedimos que todos os participantes do fórum façam disso uma bússola para as suas medidas”, concluíram.


Fonte: Pnud


Programa de voluntários das Nações Unidas lança plataforma mundial no Brasil

Brasileiros estão na quarta posição em número de voluntários online. Programa Online Volunteering tem grande potencial de crescimento no país.

Nesta sexta-feira, o Programa de Voluntários das Nações Unidas para (UNV) fará, no Brasil, o lançamento mundial do novo website da plataforma de voluntariado online em colaboração com a equipe brasileira das Nações Unidas e da Samsung América Latina.

O Brasil foi escolhido para ser o local do lançamento mundial por ocupar a quarta posição, no mundo todo, em número de voluntários online e também por ter elevado potencial de crescimento no portal Online Volunteering. Além disso, o país sempre foi sensível à importância do trabalho voluntário e à cooperação no Hemisfério Sul. Muitas parcerias já se desenvolveram diante da necessidade de se alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e o primeiro parceiro do setor privado, a Samsung América Latina, tem a sua sede no país.

A adoção dos ODS é uma oportunidade única de mudar o foco para uma agenda de desenvolvimento ainda mais transformadora, universal, inclusiva e sustentável. O UNV pretende empregar sua longa experiência no engajamento de cidadãos e em soluções de base tecnológica para garantir que os voluntários e o voluntariado sejam parte integral da implementação dos ODS.

O Programa de Voluntários das Nações Unidas acredita que o voluntariado online é uma força global de mudança. O evento de lançamento será uma oportunidade de descobrir como organizações e indivíduos podem se unir online para enfrentar, de forma eficaz, os desafios para o desenvolvimento sustentável em qualquer lugar do mundo. No evento, o UNV apresentará o novo website da plataforma Online Voluneetring, que fornece para voluntários e organizações do mundo todo, uma forma ainda mais rápida, mais inclusiva e mais atraente, de conectar e unir forças em prol da paz e do desenvolvimento.

Juntamente com o website redesenhado, o UNV lançará dois serviços adicionais, a consulta "1-click”, que permitirá às organizações acesso a meio milhão de pessoas interessadas em proporcionar dados em tempo real para seus projetos, e uma sua solução de voluntariado online para funcionários de empresas globais, em conjunto com a Samsung, o primeiro parceiro oficial desta iniciativa.

Coletiva de Imprensa (lançamento mundial em Brasília)

Dia: 15 de julho (sexta-feira)

Horário: 14h

Local: Centro de Convenções Brasil 21 (auditório)

Participantes: 

Senhor Richard Dictus (Coordenador Executivo do UNV)

Senhor Peter Poschen (Coordenador Residente das Nações Unidas no Brasil)

Senhor Márcio Correia (Coordenador-Geral de Cooperação Multilateral, Agência Brasileira de Cooperação - ABC)

Senhor Francisco Cuesta (Vice-Presidente de Recursos Humanos e Cidadã, Samsung América Latina)

Senhor Dirk Brengelmann (Embaixador da Alemanha)

Karol Arámbula (Voluntária ONU Online)

Sobre o Programa de Voluntários das Nações Unidas (UNV)

O Programa de Voluntários das Nações Unidas (UNV) contribui para a paz e para o desenvolvimento através do voluntariado em todo o mundo. O UNV trabalha com parceiros para integrar voluntários qualificados, altamente engajados em programas de desenvolvimento e para promover o valor e reconhecimento global do voluntariado. O Programa possui atividades em aproximadamente 130 países todos os anos e escritórios em mais de 80 países. O UNV é administrado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para quem reporta suas atividades para o Conselho Executivo do PNUD. O Programa de Voluntários das Nações Unidas foi criado pela Assembléia Geral da ONU em 1970 e opera no Brasil desde 1998.

Sobre a Samsung Electronics Co., Ltd.

A Samsung Electronics inspira o mundo e molda o futuro com ideias e tecnologias transformadoras, redefinindo os mundos das TVs, dos smartphones, dispositivos vestíveis, tablets, câmeras, eletrodomésticos, impressoras, equipamentos médicos, sistemas de rede e semicondutores e soluções LED. Para saber mais sobre a Saumsung, visite o site oficial http://www.samsung.com e nosso blog oficial global.samsungtomorrow.com.


Fonte: Pnud


Brasil: Especialista da ONU condena assassinatos de indígenas e pede fim da violência

No dia 14 de junho, o agente de saúde pública Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza foi morto a tiros e outros seis indígenas foram baleados, incluindo uma criança de 12 anos. O ataque ocorreu no município de Caarapó, no Mato Grosso do Sul.

“Essa foi uma morte anunciada”, a relatora especial das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas, Victoria Tauli-Corpuz, que visitou comunidades indígenas Guarani-Kaiowá no estado em março de 2016. Ela alertou publicamente sobre a alta incidência de assassinatos: “O estado é o mais violento no Brasil, com o número mais elevado e crescente de indígenas mortos”.

A relatora especial das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas, Victoria Tauli-Corpuz, condenou hoje (22) os ataques recentes contra a comunidade indígena Guarani-Kaiowá no Brasil. A especialista instou as autoridades federais e estaduais a adotar ações urgentes para prevenir mais assassinatos, bem como investigar e responsabilizar os perpetradores.

Em 14 de junho, o agente de saúde pública Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza foi morto a tiros e outros seis indígenas foram baleados, incluindo uma criança de 12 anos. O ataque ocorreu no município de Caarapó, no estado do Mato Grosso do Sul, em terras ancestrais que foram recentemente reivindicadas pelos Guarani-Kaiowá.

Paramilitares agindo por instruções de fazendeiros supostamente realizaram o ataque em retaliação contra a comunidade indígena que busca o reconhecimento de suas terras ancestrais.

“Essa foi uma morte anunciada”, ressaltou Tauli-Corpuz, que visitou comunidades indígenas Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul em março de 2016 (*). Ela alertou publicamente sobre a alta incidência de assassinatos: “O estado é o mais violento no Brasil, com o número mais elevado e crescente de indígenas mortos”.

Victoria Tauli-Corpuz, Special Rapporteur on the rights of Indigenous Peoples during the panel the topics Human Rights and climate change. 6 March  2015. UN Photo / Jean-Marc FerrŽ
Victoria Tauli-Corpuz, Special Rapporteur on the rights of Indigenous Peoples during the panel the topics Human Rights and climate change. 6 March 2015. UN Photo / Jean-Marc FerrŽ

“Lamento que, apesar de meus alertas anteriores, as autoridades federais e estaduais tenham fracassado em adotar medidas rápidas para prevenir a violência contra povos indígenas”, disse. “Essa falha é agravada pelos recorrentes altos índices de violência e temores expressados pela comunidade de sofrer novos ataques.”

“Peço para que os procedimentos de demarcação sejam agilizados como uma questão prioritária, visando a clarificar a titularidade de terras indígenas e prevenir uma maior escalada de violência”, comentou. “A busca por interesses econômicos de tal modo que subordinem ainda mais os direitos dos povos indígenas cria um risco potencial de efeitos etnocidas que não pode ser desconsiderado nem subestimado”.

A relatora especial apresentará um relatório detalhado sobre sua visita oficial ao Brasil (7-17 de março de 2016) ao governo brasileiro e ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em setembro de 2016.

(*) O texto completo da declaração ao final da missão encontra-se disponível em http://bit.ly/28NhA5n

Para mais informações e solicitação de imprensa, entre em contato com Hee-Kyong Yoo (+41 22 917 97 23 / hyoo@ohchr.org), ou Christine Evans (+41 22 917 9197 / cevans@ohchr.org), ou escreva para indigenous@ohchr.org

Para solicitações da mídia relacionadas a outros especialistas independentes da ONU:
Xabier Celaya – Unidade de mídia (+ 41 22 917 9383 / xcelaya@ohchr.org)

Informações à imprensa no Brasil:

Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio)
Roberta Caldo e Gustavo Barreto: (21) 2253-2211 | (21) 98185-0582
unic.brazil@unic.org | caldo@un.org | barretog@un.org

Contato de imprensa de todos os escritórios da ONU no Brasil:
https://nacoesunidas.org/imprensa


Fonte: nacoesunidas.org


OMS publica recomendações a pessoas que viajarem ao Rio para as Olimpíadas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou recomendações de segurança e saúde para pessoas que viajarem ao Brasil durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.

A agência manteve a recomendação às mulheres grávidas de não viajar para o Rio ou qualquer área onde o vírus esteja circulando. Recomendou também reduzir o risco de mordidas de mosquito e praticar sexo seguro.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou na terça-feira (21) recomendações de segurança e saúde para pessoas que viajarem ao Brasil durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.

De acordo com a OMS, antes da partida, os turistas precisam consultar as recomendações de viagem emitidas por suas autoridades nacionais.

Para viajantes com sérios riscos de complicações por gripe H1N1, a vacinação deve ser considerada ao menos duas semanas antes da partida. A OMS recomenda vacinação para grávidas, idosos, indivíduos com condições médicas crônicas específicas, crianças entre 6 e 59 meses e trabalhadores do setor de saúde.

A OMS também manteve a recomendação às mulheres grávidas de não viajar ao Rio ou qualquer área onde o zika vírus esteja circulando. Recomendou também reduzir o risco de mordidas de mosquito e praticar sexo seguro.

Dependendo do itinerário da viagem, vacinas devem ser consideradas de acordo com as recomendações dos países. Segundo a OMS, o risco de hepatite A e hepatite B no Brasil é intermediário e baixo, respectivamente, enquanto o risco de febre tifoide é maior nos estados do Norte e Nordeste.

A OMS disse ainda que uma dose única de vacina contra febre amarela é recomendada para viajantes com mais de 9 meses que visitarem áreas de risco, e deve ser administrada ao menos 10 dias antes da partida. A agência afirmou que a vacina não é necessária caso os viajantes se limitem às cidades de Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

A organização também alertou para outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, entre as quais dengue e chikungunya, e lembrou que não há vacina para chikungunya, enquanto a vacina contra a dengue não é recomendada para viajantes.


Fonte: nacoesunidas.org


Centro de Excelência da ONU defende cooperação entre países para erradicar a fome no mundo

Em cinco anos de atividades, o Centro de Excelência contra a Fome, uma parceria entre o governo brasileiro e o Programa Mundial de Alimentos (PMA), envolveu mais de 40 países de África, Ásia e América Latina em atividades de cooperação Sul-Sul para apoiá-los no desenho e implementação de soluções sustentáveis rumo à fome zero.

O Centro tem oferecido apoio continuado e assistência técnica a 28 governos nacionais, além de promover o estabelecimento da Rede Africana de Alimentação Escolar em mais de 20 países. A entidade ainda tem trabalhado em parceria com a União Africana para ampliar o investimento de países do continente em programas de alimentação escolar.

Em cinco anos de atividades, o Centro de Excelência contra a Fome, uma parceria entre o governo brasileiro e o Programa Mundial de Alimentos (PMA), envolveu mais de 40 países de África, Ásia e América Latina em atividades de cooperação Sul-Sul para apoiá-los no desenho e implementação de soluções sustentáveis rumo à fome zero.

O centro tem oferecido apoio continuado e assistência técnica a 28 governos nacionais, além de promover o estabelecimento da Rede Africana de Alimentação Escolar em mais de 20 países. A entidade ainda tem trabalhado em parceria com a União Africana para ampliar o investimento de países do continente em programas de alimentação escolar.

Para apresentar os resultados dos projetos, o PMA, a representação permanente do Brasil para as agências das Nações Unidas em Roma e o Centro de Excelência realizaram um evento paralelo durante a reunião anual do Conselho Executivo do PMA na capital italiana.

Representantes de países, membros da equipe do PMA e de organizações parceiras compareceram ao evento na quarta-feira (15), enquanto a reunião anual do conselho foi aberta pelo papa Francisco, que visitou pela primeira vez o programa.

Em sua apresentação, a diretora-executiva do PMA, Ertharin Cousin, destacou as diferentes habilidades que o centro trouxe para o programa das Nações Unidas.

“Posso dizer a vocês, a partir de conversas que tive com ministros da agricultura, educação e saúde de todo o continente africano (…), o valor que eles veem em aprender com líderes que já passaram pelos mesmos desafios para desenvolver programas de alimentação escolar que não apenas ofereçam apoio nutricional a crianças nas escolas, mas que também apoiem agricultores familiares”, disse.

A embaixadora Maria Laura da Rocha, representante permanente do Brasil, abriu o evento explicando que o centro foi criado para tornar as experiências brasileiras de combate à fome e à pobreza disponíveis a outros países em desenvolvimento.

“O PMA tem todas as ferramentas, os meios para cooperar com países em desenvolvimento, e o Brasil tem a experiência em políticas públicas e estratégias para lutar contra a fome”, declarou. “A combinação dos dois pode facilmente disseminar boas práticas e ajudar os países em desenvolvimento a desenhar políticas sustentáveis para superar a fome”, completou.

O diretor do Centro de Excelência, Daniel Balaban, apresentou durante o evento as principais conquistas do centro. “O centro já organizou 48 visitas de estudo para 38 países que visitaram o Brasil para entender melhor as políticas e programas brasileiros”.

Comissário da União Africana elogia políticas brasileiras

O comissário da União Africana para Recursos Humanos, Ciência e Tecnologia, Martial De-Paul Ikounga, afirmou que só será possível atingir a meta 4 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que se refere à educação de qualidade, se atingirmos a meta número 2, que prevê a erradicação da fome.

Segundo ele, por outro lado, também só será possível atingir a fome zero por meio da educação, sendo importante o investimento em alimentação escolar, que combina nutrição infantil, fortalecimento da agricultura familiar e melhoria dos indicadores educacionais.

“Há alimentação escolar nos Estados Unidos, há alimentação escolar na Europa, mas no Brasil vimos a possibilidade de uma revolução”, declarou Ikounga, que esteve no país em agosto de 2015 com uma delegação da União Africana para saber mais sobre o programa. “Vincular alimentação escolar à agricultura local é a grande inovação que vimos no programa brasileiro”, disse Ikounga.


Fonte: nacoesunidas.org


Preservar oceanos é fundamental para a manutenção da vida em todo o planeta, destaca chefe da ONU

Nesta quarta-feira (8), as Nações Unidas celebram o Dia Mundial dos Oceanos e chamam atenção para os perigos enfrentados pela vida marinha. Cerca de 20 milhões de toneladas de plástico são despejadas anualmente nos mares, ameaçando animais aquáticos e também humanos que se alimentam de frutos do mar.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, alertou nesta quarta-feira (8) – Dia Mundial dos Oceanos – que a preservação dos mares é fundamental para a manutenção da vida na Terra. O chefe da ONU destacou que os oceanos contribuem para a regulação do clima, além de oferecerem recursos naturais e alimentos para bilhões de pessoas.

“Embora os oceanos pareçam infinitos, sua capacidade de resistir às atividades humanas é limitada, particularmente porque eles também enfrentam as ameaças colocadas pelas mudanças climáticas”, destacou Ban Ki-moon.

Em 2016, as celebrações do Dia Mundial contam com o tema “Oceanos saudáveis, planeta saudável”. Atividades na sede das Nações Unidas em Nova York e em outras partes do mundo vão chamar atenção para os riscos associados ao despejo de cerca 20 milhões toneladas de plástico nos mares por ano.

https://twitter.com/UNESCOBrasil/status/740513790328856576

A poluição provocada por esse tipo material ameaça não apenas os animais aquáticos – que confundem as micropartículas de plástico com alimento –, mas também as pessoas que comem essas espécies e podem acabar ingerindo o poluente.

Ban Ki-moon também destacou a importância da pesquisa científica, que fornece informações importantes sobre os perigos enfrentados pela vida marítima. O secretário-geral lembrou que, em dezembro do ano passado, a Assembleia Geral da ONU recebeu a primeira Avaliação Mundial do Oceano – relatório que foi publicado em janeiro de 2016 contendo um panorama sobre o atual estado dos mares.

‘Oceano é chave para nova Agenda Global’

Também por ocasião do Dia Mundial, a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, ressaltou que os oceanos “são parte integral de nosso planeta e um componente absolutamente essencial das vidas humanas, dos meios de subsistência e do meio ambiente que nos sustenta”.

“Da pesca e do turismo ao transporte e à regulação climática, o oceano é chave para implementar a nova Agenda Global”, enfatizou a dirigente, que lembrou que um dos novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) é dedicado à conservação da vida na água.

“Seja no litoral ou no alto-mar longe de todos, a salvaguarda de sítios marinhos ricos em biodiversidade é essencial para se garantir o uso sustentável e de longo prazo de recursos naturais preciosos.”

Bokova lembrou ainda que a UNESCO possui uma Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI), responsável por apoiar os Estados-membros na implementação das metas relativas à vida marinha da Agenda 2030. “A COI está comprometida com o incentivo ao desenvolvimento de políticas nacionais que promovam o crescimento sustentável ambientalmente consciente.”


Fonte: nacoesunidas.org