Mark S. Lanvegin

'Bolsonaro está focado em fraudes eleitorais inexistentes', diz pesquisador

Em artigo na Política Democrática online de agosto, Mark Langevin chama atenção para relações do Brasil com Estados Unidos

Cleomar Almeida, da equipe FAP

Pesquisador de política agrícola, energética e de comércio internacional do Brasil e das relações do país com Estados Unidos, Mark Langevin diz que “o governo Bolsonaro está focado em fraudes eleitorais inexistentes, a embaixada brasileira em Washington está em queda livre há anos e a Coalizão das Indústrias do Brasil (BIC) está sem teto”.

Veja, aqui, a versão flip da Política Democrática online de agosto (34ª edição)

A declaração dele, que também é ex-assessor internacional da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, está no artigo “A visão de Washington”, de sua autoria e publicado na revista Política Democrática online de agosto (34ª edição), produzida e editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília. Todo o conteúdo pode ser acessado, gratuitamente, na versão flip, no portal da entidade.

“Como o Brasil pode defender seus interesses e subir a escada do desenvolvimento econômico e social sem aprofundar seu engajamento com os interesses econômicos e as forças políticas de Los Angeles a Nova York?”, questiona o autor. Ele é professor da Schar School of Policy and Government, George Mason University, e ex-assessor internacional de Horizon Client Access e diretor da BrazilWorks.

Langevin diz que a elite política dos EUA não pensa no Brasil como uma nação em desenvolvimento, mas um enorme mercado e concorrente ocasional. “Para o governo do presidente Joe Biden, a representação da elite política está focada no campo da batalha tecnológica avançada, de olho em como a inteligência artificial moldará o destino de nosso mundo e certamente o futuro dos EUA, e consequentemente Brasil”, afirma ele, no artigo.



Além disso, segundo o autor do artigo, a maioria do Partido Democrata em Washington acredita, pela primeira vez, que o Brasil não é um ator responsável quando o assunto é mudança climática. Brasília está bem longe de Washington nesta conjuntura.  

Ironicamente, de acordo com Langevin, o governo Biden, com seu embaixador especial para o clima, John Kerry, está trabalhando com os governos estaduais brasileiros para formar parcerias e encontrar soluções para proteger a Amazônia e promover o desenvolvimento sustentável.

“Certamente, esse esforço é visto em Washington como uma forma de aumentar a influência dos EUA sobre a governança global e avançar esquemas de desenvolvimento de baixo carbono, mas também pode ser uma lição para Brasília”, afirma o autor, na revista Política Democrática de agosto

Segundo ele, o Brasil pode se beneficiar de uma estratégia bilateral que aumenta os pontos da cooperação econômica e social por meio de engajamentos em níveis locais e estaduais, deixando Washington para os coquetéis e as cerimônias de assinatura de acordos. “O Brasil precisa se instalar em Pittsburgh e Indiana se quiser eliminar as tarifas do aço”, sugere.

Confira, aqui, a relação de todos os autores da 34ª edição

A íntegra do artigo de Langevin pode ser conferida na versão flip da revista, disponibilizada no portal da entidade. Os internautas também podem ler, na nova edição, entrevista exclusiva com a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), reportagem sobre escândalo das vacinas contra Covid-19 e artigos sobre política, economia, meio ambiente e cultura.

Compõem o conselho editorial da revista o diretor-geral da FAP, sociólogo e consultor do Senado, Caetano Araújo, o jornalista e escritor Francisco Almeida e o tradutor e ensaísta Luiz Sérgio Henriques. A Política Democrática online é dirigida pelo embaixador aposentado André Amado.

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