fap

Foto: Ricardo Stuckert/Instagram | Os índios atravessaram a ponte

Revista online | Os Índios atravessaram a Ponte!

Luis Quesada*, especial para a revista Política Democrática online (43ª edição: maio/2022)

Não adianta querer, tem que ser, tem que pá 

O mundo é diferente da ponte pra cá 

Não adianta querer ser, tem que ter pra trocar 

O mundo é diferente da ponte pra cá 

Mano Brown, 2002 

A Semana de Arte Moderna de 1922 representa o início de uma importante obra de “engenharia” artística. Trata-se de uma ponte estética fundamental para a atuação artística nacional. A criação desta Ponte permitiu o tráfego cultural das vanguardas europeias no Brasil. A publicação do Manifesto Antropófago (1928), de Oswald Andrade, conclui o contraponto da nossa ponte modernista hegemônica. Seu percurso, de 1922 a 1928, criou um plano de atuação diante da velha resistência e reciprocidade colonial da cultura brasileira por via de sua inclinação a copiar o europeu, assim como para aludir à sua relação com o Ocidente hegemônico. A ponte serviu para legitimar a apropriação crítica, seletiva e metabolizante das tendências artísticas. 

A ponte revisou as imagens construídas sobre a identidade cultural brasileira e questionou a imagem do “Índio” como herói nacional, “dizimado” para o “surgimento” da nação, construída pelo romantismo brasileiro (Século 19), criando uma versão que passou a entendê-lo como parte vital da raça miscigenada brasileira (Macunaíma, de Mario de Andrade), ou utilizando o “Índio” como objeto metafórico, que devora a cultura branca, europeia e invasora, para obter todos os frutos dos seus saberes, a fim de usá-los a seu favor (Antropofagia). 

A ponte centenária de 1922 descreve tendência presente no Brasil desde os princípios da colonização europeia e cria uma estratégia de ação. Sua estrada não sobreviveu somente ao modernismo das suas origens, senão que foi percorrida pelo auge das ideias pós-modernas, que se aproximaram da apropriação, ressignificação e validação da cópia. A ponte foi claramente interditada com o fluxo artístico dos anos 1960 e foi local de passeatas e manifestações para todo o movimento artístico denominado Tropicalismo

As propostas artísticas contemporâneas também seguem percorrendo a velha ponte. A mudança que interfere no artista do século 21 provém das aceitações e rejeições, dentro da legitimação que se faz da arte moderna e pós-moderna. Isto é, a ponte da arte moderna segue aberta. Hoje em dia, há “pedágios” para percorrê-la, já que não se pode transgredir ou questionar sem aceitar sua existência e seu impacto histórico. Ela segue no seu vaivém centro-periferia oferecendo diversas perspectivas de expansão intelectual e artística. 

Reprodução: Revista Amais
A pintura Batizado de Macunaíma, de Tarsila do Amaral, em 1956, retrata a cerimônia batismal da criança que nasceu do fundo do mato virgem | Reprodução: Arte Brasileiros
Foto: Tacito.fotografia/Shutterstock
Reprodução: Elisclésio Makuxi/Agência Brasil
Foto: Joa Souza/Shutterstock
Reprodução: Atelier
Foto: Joa Souza/Shutterstock
Foto: Daiara Tukano/Instagram
Foto: Ricardo Stuckert/Instagram | Os índios atravessaram a ponte
Reprodução: Revista Amais
A pintura Batizado de Macunaíma, de Tarsila do Amaral, em 1956, retrata a cerimônia batismal da criança que nasceu do fundo do mato virgem | Reprodução: Arte Brasileiros
Foto: Tacito.fotografia/Shutterstock
Reprodução: Elisclésio Makuxi/Agência Brasil
Foto: Joa Souza/Shutterstock
Reprodução: Atelier
Foto: Joa Souza/Shutterstock
Foto Daiara TukanoInstagram
Foto: Ricardo Stuckert/Instagram | Os índios atravessaram a ponte
previous arrow
next arrow
 
Reprodução: Revista Amais
A pintura Batizado de Macunaíma, de Tarsila do Amaral, em 1956, retrata a cerimônia batismal da criança que nasceu do fundo do mato virgem | Reprodução: Arte Brasileiros
Foto: Tacito.fotografia/Shutterstock
Reprodução: Elisclésio Makuxi/Agência Brasil
Foto: Joa Souza/Shutterstock
Reprodução: Atelier
Foto: Joa Souza/Shutterstock
Foto Daiara TukanoInstagram
Foto: Ricardo Stuckert/Instagram | Os índios atravessaram a ponte
previous arrow
next arrow

Hoje, o “índio” deixou de ser “objeto” (como foi no modernismo, por exemplo, na pintura Mani Oca (1921), de Rego Monteiro, exposta na Semana de 1922) e passou a ser um sujeito ativo na produção de arte contemporânea brasileira. 

Atravessaram a ponte artistas indígenas, como Denilson Baniwa ou Jaider Esbell, que reivindicaram, em seus discursos, a antropofagia como pensamento indígena apropriado por Oswald de Andrade. Um exemplo é a performance “Pajé-Onça Hackeando a 33ª Bienal de Artes de São Paulo” [1], onde Baniwa crítica abertamente a “História da Arte” e os usos e abusos da imagem do “índio” que estavam presentes nessa mesma bienal, imagens que desprezavam o presente dos povos indígenas. É vital compreender que o modernismo brasileiro se usou de manifestações culturais indígenas e seu poder estético, sem contar ativamente com sujeitos indígenas. 

No caso de Jaider Esbell, artista da etnia Makuxi, ele reivindica a figura de Macunaíma alegando uma reapropriação pelos índios do “herói sem nenhum caráter” que simbolizou o nascimento mítico da cultura “brasileira” na obra de Mário de Andrade. Em seu livro Terreiro de Makunaima – Mitos, Lendas e Estórias em Vivências, Esbell expõe que a figura de Macunaíma provém da cosmogonia indígena Makuxi, que representa um dos dois heróis míticos de sua tradição cultural, em que o personagem representa um dos “filhos do Sol”, além da criação mítica de todas as plantas comestíveis existentes na mata. 

No decorrer dos tempos, a arte indígena nunca foi tida como contemporânea, e agora, após um século da existência da ponte de 22, diversas releituras antropofágicas inspiram os artistas indígenas em seu ativismo artístico, funcionando como estratégias de afirmação política para a descolonização estética e cultural.

[1] Pajé-Onça Hackeando a 33ª Bienal de Artes de São Paulo” [1] (Denilson Baniwa, 2018; performance, HD vídeo, 16:9, cor, som, 15’).

Veja vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=MGFU7aG8kgI

Sobre o autor

*Luis Quesada é artista visual multimídia, docente e doutor em Artes pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). É licenciado em Belas Artes pela Universidade de Granada (Espanha) e mestre em Produção e Investigação em Artes pela mesma universidade. Sua obra e pesquisa se desenvolvem sobre a perspectiva do hibridismo cultural e o estudo da identidade/alteridade com foco nas demandas político-artísticas socioambientais de criações que se envolvem com comunidades indígenas.

** Artigo produzido para publicação na revista Política Democrática online de maio de 2022 (43ª edição), produzida e editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília e vinculada ao Cidadania.

*** As ideias e opiniões expressas nos artigos publicados na revista Política Democrática Online são de exclusiva responsabilidade dos autores. Por isso, não reflete, necessariamente, as opiniões da publicação.

Leia mais

Revista online | O caminho da América Latina é a democracia 

Acesse todas as edições (Flip) da Revista Política Democrática online

Acesse todas as edições (PDF) da Revista Política Democrática online


Livro ‘Almeida, um combatente da democracia’ mostra legado de dirigente

Cleomar Almeida, coordenador de publicações da FAP

Cearense, jornalista, revolucionário e referência na luta pela democracia brasileira, Francisco Inácio de Almeida, de 81 anos, superou prisões, clandestinidades e exílios sem desanimar. Com sabedoria histórica, ele é um dos principais articuladores do Cidadania, que garantiu nova identidade ao PPS (Partido Popular Socialista), do qual foi secretário-geral e que evoluiu a partir do PCB (Partido Comunista Brasileiro), fundado em 1922.

“Almeida enfrentou prisões, clandestinidades e exílios sem nunca esmorecer no combate pelo Estado Democrático de Direito. Tem a Democracia como fundamento da sua práxis ou ação política. Este o seu maior legado. Ou seja, a tolerância, a solidariedade e a dedicação a uma luta”, escrevem os organizadores do livro Almeida, um combatente da democracia (Abaré Editorial, 140 páginas), Ivan Alves Filho e George Gurgel de Oliveira.

Ivan Alves Filho e George Gurgel de Oliveira (D) são os organizadores do livro Almeida, um combatente da democracia (Abaré Editorial, 140 páginas)

Com homenagem e registro da importância de Francisco Almeida para as forças democráticas brasileiras, o livro será lançado no dia 21 de maio, a partir das 10 horas, na Livraria Livro Técnico, de Sérgio Braga, ao lado do Flórida Bar (Rua Dom Joaquim, 54). O evento, realizado pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília, conta com a participação do jornalista que é descrito na obra como “articulador de pessoas e coisas na luta comum”.

Almeida é o retrato vivo da história de luta pela redemocratização do país, pela qual atuou, conjuntamente, com outros grandes nomes do PCB. Em Moscou, trabalhou com Luiz Carlos Prestes. No Brasil, com a volta dos comunistas ao país garantida pela Anistia, em 1979, integrou a direção máxima do partido, ao lado de Giocondo Dias, Dinarco Reis, Salomão Malina, Hércules Corrêa, Geraldo Rodrigues dos Santos, Paulo Elisiário Nunes, Sérgio Augusto de Moraes e do hoje presidente do Cidadania, Roberto Freire.

Foto: Cristiano Mariz/VEJA

Filho de uma família de pequenos produtores rurais e que trabalhou desde menino em uma padaria, o dirigente carrega, em si mesmo, as várias formas pelas quais é chamado e a característica de integridade, como ressalta Freire. “Pra este antigo comunista, hoje cidadão do meu tempo, Chico. Pros (sic) cearenses, Inácio. Para o resto do Brasil, Almeida”, afirma o presidente do Cidadania.

“É um homem de luzes, sempre olha pra frente. Sua mesa de trabalho, uma bagunça organizada onde sabe encontrar cada um dos papéis que procura, é um sinal de sua criatividade. E pessoas criativas não param no tempo. Difícil ver Chico perder a calma. Mantém a tranquilidade mesmo nos debates mais acirrados. Debate ideias”, afirma Freire, em seu texto.

Caetano: "Percorreu o trajeto habitual de simpatizante para militante e de militante para dirigente partidário". Foto: FAP

O cientista político e diretor-geral da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), Caetano Araújo, lembra que Almeida aproximou-se do partido ao final dos anos 1950, perto dos seus 20 anos, quando estudava jornalismo e trabalhava em jornais de Fortaleza. “Em uma década decisiva na história nacional, que começou com o fortalecimento das lutas populares, passou pelo golpe de 1964 e culminou na radicalização da ditadura no rumo do fascismo, após o AI-5, percorreu o trajeto habitual de simpatizante para militante e de militante para dirigente partidário”, diz Araújo.

Para o dirigente do Partido Democrático, da Itália, o sindicalista Andrea Lanzi, Almeida é “democrata exemplar” e suas principais características são “humildade, cordialidade e respeito”. “Mesmo sendo ele um militante apaixonado pelas próprias ideias, sempre mantivemos um profundo respeito um pelo outro. Apesar do meu apoio ao Partido dos Trabalhadores, como responsável político do PD no Brasil, que ele considera uma posição equivocada, o companheiro Almeida sempre soube entender os meus posicionamentos”, conta ele, no livro.

Dura realidade nordestina criou em Almeida o inconformismo em aceitar as injustiças que, no Brasil, começam no Nordeste, avalia Aspásia Camargo. Foto: Divulgação

A dura realidade nordestina criou em Almeida o inconformismo em aceitar as injustiças que, no Brasil, começam no Nordeste, o principal responsável pelas escandalosas desigualdades econômicas e sociais do país, na avaliação da escritora Aspásia Camargo, ex-presidente do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas).

“Este inconformismo certamente o levou a abraçar as causas do nosso Partidão, a procurar em Cuba um caminho para a América Latina e a encontrar em Prestes sua fonte de dedicação, ele que foi o único verdadeiro herói que tivemos, o herói da Coluna Prestes que varou 27.000 km invencível, denunciando as oligarquias. E sendo, afinal, a fonte inspiradora de Mao Tsé Tung em sua Longa Marcha que conquistou a China e surpreendeu o mundo”, afirma Aspásia.

Além das questões políticas e da intensa e incansável defesa de Almeida pela democracia, o livro também aborda aspectos familiares, mostrando a versão do “Pai Almeidinha”, conforme escreve o filho e jornalista Thiago Vitale Jayme. De um homem que inspira inúmeras pessoas, o exemplo é a melhor forma de ensinamento. “Você é um pai que ensina por meio do exemplo. A sua dignidade diante da vida é uma aula diária. A sua empatia (você liga para todos os grandes amigos rotineiramente, só para saber se estão bem) é outro gesto que me ensina sempre”, conta Jayme.

A socióloga Abigail Páschoa, ativista das causas negras, avalia que “Almeidinha”, como ela também o chama, simboliza a organização, o funcionamento produtivo e orgânico do partido antigo PPS e do atual Cidadania. “Espero que o companheiro continue cumprindo seu papel de direção não autoritária no Cidadania, fortalecendo seu papel de liderança orgânica e firme”, ressalta, para continuar: “Que esta justa homenagem que ora fazemos ao companheiro sirva também de estimulo para que os novos militantes pautem suas atuações pelos princípios democráticos, buscando sempre os projetos coletivos, acima dos delírios dos projetos de poder individual, na trajetória política do Cidadania”.

Serviço

Lançamento do livro Almeida – Um Combatente da Democracia

Dia: 21/5/2022

Horário: a partir das 10h

Onde: Livraria Livro Técnico, de Sérgio Braga, ao lado do Flórida Bar (Rua Dom Joaquim, 54)

Realização: Fundação Astrojildo Pereira


Revista online | Do esquecimento à depressão, sequelas da covid-19 fragilizam saúde mental

Cleomar Almeida / Revista Política Democrática online

A empresária Olívia Rosana Tavares, de 38 anos, tenta retomar sua rotina com pedidos em uma floricultura de Manaus (AM) desde que recebeu alta do hospital por causa de complicações da covid-19, em janeiro deste ano. “Mas não consigo. Por diversas vezes, já fiz confusão na anotação de pedidos e enviei flores erradas para os clientes”, lamenta.

Além de representar um alívio na luta pela vida, a saída de pacientes do hospital, muitas vezes, também é o início de uma nova guerra contra impactos severos da doença na vida de algumas pessoas que foram contaminadas e, possivelmente, tiveram o cérebro invadido pelo coronavírus.

A ideia de que o coronavírus é capaz de invadir o cérebro está apenas começando a se consolidar. Poucos pesquisadores no mundo foram capazes de analisar o tecido cerebral de pessoas que tiveram Covid. Mesmo no atendimento com a equipe de suporte, Olívia conta que enfrenta novo imbróglio.

 “É constrangedor porque nem sempre as pessoas compreendem, já que precisam do produto com urgência em casa, sem contar o prejuízo que estou tendo. Nesses casos, tenho de arcar com o retorno das peças e um novo reenvio delas”, afirmou. “Isso tem me deixado mais ansiosa, estressada e feito eu tomar mais remédio para controlar a depressão”, desabafa.

Consequências cognitivas e comportamentais da Covid-19 podem ocorrer de duas formas, segundo os pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), de Santa Catarina (UFSC), de Santa Maria (UFSM), do Ceará (UFC) e do Rio de Janeiro (UFRJ) que coordenaram o Guia de Saúde Mental Pós-Pandemia no Brasil. Foto: Flávio Dutra/JU/UFRS

Alertas

A agenda de saúde frente à pandemia engloba muitas áreas que devem ser cobertas. No entanto, a comunidade médica e a população sabem o risco de uma epidemia paralela, que dá indícios preocupantes: o aumento do sofrimento psicológico, dos sintomas psíquicos e dos transtornos mentais.

O Guia de Saúde Mental Pós-Pandemia no Brasil ressalta que a covid-19 tem sido cada vez mais reconhecida como uma doença sistêmica, que afeta muito além das vias respiratórias. O documento foi coordenado por médicos, psicólogo e educador físico de nove instituições, entre elas universidades públicas e particulares.

“Sabe-se que o vírus entra no organismo ligando-se a um receptor de entrada, o ACE2 (angiotensin-converting enzyme 2), que é encontrado no pulmão e, também, em outros órgãos, como o cérebro”, diz o documento, que faz um alerta para pacientes como a manauense Olívia.

O guia foi coordenado pelos profissionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), de Santa Catarina (UFSC), de Santa Maria (UFSM), do Ceará (UFC) e do Rio de Janeiro (UFRJ).

Também participaram do guia pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), do Instituto de Ensino e Pesquisa do Envelhecimento (Iepe) de Belo Horizonte e do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC).

As consequências cognitivas e comportamentais podem ocorrer de duas formas, segundo os pesquisadores. Uma delas é por mecanismos biológicos, incluindo a invasão direta do vírus no órgão. Essa invasão ocorre a partir da cavidade nasal e rinofaringe ou ao passar pela região chamada de trato respiratório baixo, por meio do nervo vago.

Vírus transportado pelo sangue pode cruzar uma estrutura responsável por proteger o sistema nervoso central, conhecida como barreira hematoencefálica, e, então, chegar ao cérebro. Foto: Tatiana Makeeva/Sputnik

Neuroinvasão

Além disso, a chamada neuroinvasão pode ocorrer também pela corrente sanguínea. Nesse caso, de acordo com revistas científicas, o vírus transportado pelo sangue pode cruzar uma estrutura responsável por proteger o sistema nervoso central, conhecida como barreira hematoencefálica, e, então, chegar ao cérebro.

A outra ocorre por mecanismos de ativação imunológica e pode demorar mais tempo. Muitas vezes, conforme explica o guia de saúde mental, os efeitos comportamentais ocorrem apenas depois de alguns meses da infecção primária. Isso se deve a um mecanismo conhecido como priming, uma espécie de sensibilização do sistema imune.

Em linhas gerais, o priming é conhecido como um processo pelo qual uma condição antecedente ou exposição anterior potencializa a resposta do sistema imunológico a um estímulo subsequente, envolvendo uma cascata de mudanças funcionais e na morfologia celular.

Em janeiro, pesquisadores da USP publicaram um estudo segundo o qual o Sars-CoV-2 consegue entrar no cérebro humano. Imagens de altíssima resolução serviram de suporte para a análise, com ultrassom, ressonância magnética e tomografia, além de autópsia minimamente invasiva do tecido cerebral de seis pessoas que desenvolveram a forma grave da covid e foram internadas em unidade de terapia intensiva (UTI).

Cientistas, até então, acreditavam que o cérebro era afetado apenas por uma inflamação em resposta à presença do vírus no corpo. Os pesquisadores da USP, porém, verificaram que, com uma biópsia, é possível identificar o vírus nas células microgliais e endoteliais, que revestem a superfície interna dos vasos.

Imagens cerebrais de pacientes com coronavírus, de um estudo publicado em julho/2020. Alguns desenvolvem complicações neurológicas graves, incluindo danos nos nervos. Foto: Ross W. Paterson, Rachel L. Brown, et al. / Imprensa da Universidade de Oxford / via NYT

Resquícios do vírus

A análise do tecido cerebral mostrou resquícios da presença do vírus até em cérebros que, nas imagens, pareciam intactos. Por isso, reforçou-se ainda mais o alerta: mesmo que seja de forma assintomática ou leve, este é um vírus para não se ter.

Por causa das sequelas que dificultam a retomada das atividades, Olívia foi encaminhada para tratamento com equipe multiprofissional: neurologista, psiquiatra, cardiologista, psicólogo e educador físico. A ideia é unir forças para que ela consiga parar de anotar pedidos errados de sua floricultura.

“Fiquei bastante ansiosa no início, por perceber que estava anotando tudo errado ou esquecendo muito coisas básicas do dia a dia, mas agora me sinto mais aliviada e sei que vou vencer mais essa batalha aqui do lado de fora do hospital”, afirma ela. “A depressão e a ansiedade também pioraram, mas creio que vai melhorar agora com todo esse apoio profissional”,

acrescenta.


previous arrow
next arrow
 
previous arrow
next arrow

Ansiedade e depressão se alastram em meio à pandemia

No primeiro ano da pandemia da covid-19, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%, de acordo com um resumo científico divulgado, neste mês, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O estudo destaca quem foi mais afetado e mostra o efeito da pandemia na disponibilidade de serviços de saúde mental e como isso mudou durante a emergência de saúde pública.

Preocupações com possíveis aumentos dessas condições já levaram 90% dos países pesquisados a incluir saúde mental e apoio psicossocial em seus planos de resposta à covid-19, mas permanecem grandes lacunas e preocupações.

“As informações que temos agora sobre o impacto da covid-19 na saúde mental do mundo são apenas a ponta do iceberg”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Este é um alerta para que todos os países prestem mais atenção à saúde mental e façam um trabalho melhor no apoio à saúde mental de suas populações”, afirmou ele.

Uma das principais explicações para esse aumento é o estresse sem precedentes causado pelo isolamento social decorrente da pandemia. Ligadas a essa situação estavam as restrições à capacidade das pessoas de trabalhar, a busca de apoio dos entes queridos e o envolvimento em suas comunidades.

Solidão, medo de se infectar, sofrimento e morte de entes queridos, luto e preocupações financeiras também foram citados como estressores que levam à ansiedade e à depressão. Entre os profissionais de saúde, a exaustão tem sido um forte gatilho até para o pensamento suicida.

Entre os profissionais de saúde, a exaustão tem sido um forte gatilho até para o pensamento suicida. Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF

Automutilação

Baseado em uma revisão abrangente das evidências existentes sobre o impacto da covid-19 na saúde mental e nos serviços de saúde mental, o resumo também inclui estimativas do último estudo Global Burden of Disease. Além disso, mostra que a pandemia afetou a saúde mental de jovens, que correm um risco desproporcional de comportamentos suicidas e automutilação.

Também indica que as mulheres foram mais severamente impactadas do que os homens e que pessoas com condições de saúde física pré-existentes, como asma, câncer e doenças cardíacas, eram mais propensas a desenvolver sintomas de transtornos mentais.

Os dados sugerem que pessoas com transtornos mentais pré-existentes não parecem ser desproporcionalmente vulneráveis à infecção por covid-19. No entanto, quando essas pessoas são infectadas, elas são mais propensas a sofrer hospitalização, doença grave e morte em comparação com pessoas sem transtornos mentais. Pessoas com transtornos mentais mais graves, como psicoses, e jovens com transtornos mentais estão particularmente em risco.

Saiba mais sobre o autor

Cleomar Almeida é graduado em jornalismo, produziu conteúdo para Folha de S. Paulo, El País, Estadão e Revista Ensino Superior, como colaborador, além de ter sido repórter e colunista do O Popular (Goiânia). Recebeu menção honrosa do 34° Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos e venceu prêmios de jornalismo de instituições como TRT, OAB, Detran e UFG. Atualmente, é coordenador de publicações da FAP.

** Reportagem especial produzida para publicação na Revista Política Democrática Online de março/2022 (41ª edição), produzida e editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília e vinculada ao Cidadania.

*** As ideias e opiniões expressas nos artigos publicados na Revista Política Democrática Online são de exclusiva responsabilidade dos autores, não refletindo, necessariamente, as opiniões da Revista.

Comparecer, votar, é defender a democracia, mostra editorial da Política Democrática online

Guilherme Casarões: Reflexões sobre a nova ordem mundial

Confira a charge da Edição 41 da Revista Política Democrática

Pedro Fernando Nery: PND no século 21 

Lilia Lustosa: Geraldo e Jabor 

Henrique Brandão: Mais atual que nunca 

Juros e inflação no Brasil – o que explica o comportamento do Banco Central?

‘Um tempo para não esquecer’ retrata a luta da saúde pública contra a Covid-19

Hesitação vacinal é negacionismo que pode matar, acredita Margareth Dalcolmo

Acesse todas as edições (Flip) da Revista Política Democrática online

Acesse todas as edições (PDF) da Revista Política Democrática online


Roberto Freire: "Esquerda é prisioneira de dogmas dominantes no século 20"

Cleomar Almeida e João Vítor*

O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, criticou nesta sexta-feira (25/3) a esquerda por entender que ainda não acompanhou os anseios da sociedade. “Especialmente no Brasil, temos uma esquerda que ainda é prisioneira de dogmas que foram dominantes no século 20”, disse. Ele participou de seminário em celebração aos 100 anos do Partido Comunista Brasileiro (PCB), em Niterói (RJ), e destacou a importância de usar o marco histórico para pensar no futuro.

Veja vídeo abaixo:

https://youtu.be/YeQI8jYvMCI

100 anos do PCB: evento resgata memória e aponta desafios em Niterói (RJ)

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília, realizou o seminário do centenário do partido no auditório da Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF). O PCB se reformulou com o passar dos anos e, em 1992, tornou-se o Partido Popular Socialista (PPS) antes de avançar para a nova identidade política com o Cidadania, em 2019.

Freire destacou o que chamou de "esquerda democrática", a qual, segundo ele, "não fica presa a dogmas, não é ortodoxa e pretende entender interpretar a história conseguindo ser atual, como é na Europa hoje e totalmente hegemônica". Na avaliação dele, não é o caso da América Latina.

Seminário 100 anos do PCB na Faculdade de Direito da UFF, em Niterói (RJ) | Foto: Washington Reis

Dezenas de militantes e dirigentes do partido participaram do evento, que também contou com a presença do diretor-geral da FAP, o sociólogo Caetano Araújo, e do secretário-geral da direção estadual do Cidadania no Rio de Janeiro, Roberto Percinoto. Uma placa foi descerrada em homenagem a todos dirigentes mortos pela ditadura militar e pessoas que fizeram parte da luta histórica do PCB.

"Perspectiva com jovens"

De acordo com Freire, a celebração do centenário deve ser usada para reflexão sobre a importância da luta do PCB no Brasil e, sobretudo, para estimular a juventude a compreender o contexto histórico com vistas para o futuro. “Não é só conversando sobre o passado, lembrando exílios e missões, mas esse partido, com o Cidadania, está montando uma perspectiva com jovens para pensar no futuro”, ressaltou.

https://open.spotify.com/episode/0GZjTu7gFPbt5klrK4tihV?si=e7fc12860456403f

“Eu quero dizer que está havendo um grande enfrentamento com o tempo histórico em relação ao pensamento de esquerda”, disse Freire, para ressaltar depois a necessidade de essa linha política avançar. “Pensar nessa perspectiva é o que nós temos que fazer e é por isso que continuo na luta e que pode nos levar adiante”, afirmou.

"Lições"

O diretor-geral da FAP citou algumas “lições” que marcaram a história do partido e que, segundo ele, podem auxiliar no avanço das lutas por uma sociedade menos injusta, menos desigual e menos excludente. É o caso da mobilização pela equidade, igualdade e em defesa da democracia, que passou a ser ameaçada, sobretudo, durante o atual governo.

“A desigualdade é difícil de superá-la. O Brasil não consegue fazer isso, mas temos que continuar lutando”, destacou. Ele também defendeu a luta incessante pela democracia. “A revolução tem que ser feita de baixo para cima. Tem que acontecer nas mentes e depende de debates, ou seja, democracia. Equivocado o pensamento de que a revolução tem que ser violenta. Isso não produz mudança”, acentuou.

https://open.spotify.com/episode/46LJXpn7xMGYTT0Wm0goUT?si=f8bf709374374421

É por isso que Caetano acredita que a democracia é a saída mais possível para solução dos imbróglios na sociedade, inclusive para a crise sanitária mundial da covid-19. “Todos os nossos problemas, para serem resolvidos, precisam de acordos mundiais, e isso também vale para a pandemia. O risco persiste. Exige enfrentamento global com nossa história. Temos muito a contribuir com as lutas do Brasil e com o mundo”, salientou.

"Aprender muito mais"

Com discurso marcado pela emoção, Percinoto chorou ao lembrar sua trajetória no PCB. “Antes de ingressar no velho partidão, eu era simpatizante, não só das reuniões, mas das discussões políticas”, disse ele, que também participou da clandestinidade durante o período em que militantes do partido foram perseguidos pela ditadura militar.

Ao final, o secretário demonstrou que ainda está bastante disposto a seguir na luta partidária.  “Não estou desanimado e quero aprender muito mais. Olhar para frente sem o farol de ré ligado”, afirmou Percinoto.

O evento teve debates sobre a fundação do PCB e seu histórico, a relação do partido com o mundo da cultura e intelectuais, além de seu vínculo com lutas sindicais e sua preocupação com a formação política da juventude.

https://open.spotify.com/episode/3GvGUuW2OVt6Uo6U6h3EVa?si=3d11f0ce59254dd8
https://open.spotify.com/episode/2EZQ9DNBeJApnmZDwVcJ3t?si=db9dca69466d4e23
https://open.spotify.com/episode/459pxqE6tkhDwC37OlNAaz?si=6ff129524d3c48c5

Transmissão ao vivo

O seminário em Niterói teve transmissão ao vivo no portal da FAP, na página da instituição no Facebook e no canal dela no Youtube. O objetivo foi tornar o evento acessível ao maior público possível para registrar a importância do legado do partido principalmente na luta pela democracia.

Desde 2021, a FAP tem realizado diversas atividades e eventos online em celebração ao centenário do partido. Antes do evento em Niterói, a fundação organizou o Seminário Internacional 100 Anos do PCB, realizado de 8 a 10 de março.

*João Vítor é integrante do programa de estágio da FAP, sob supervisão do jornalista, editor de conteúdo e coordenador de Publicações da fundação, Cleomar Almeida.

Veja vídeos de eventos do centenário




100 anos do PCB: evento resgata memória e aponta desafios em Niterói (RJ)

Cleomar Almeida, coordenador de Publicações da FAP

Defesa da democracia, valorização da equidade, inclusão social, mobilização pela paz e convivência pacífica internacional são legados que marcam a história do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e a celebração de seu centenário na sexta-feira (25/3). A data será comemorada em seminário a ser realizado, pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), na Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ).

https://youtu.be/YeQI8jYvMCI

O novo seminário sobre os 100 anos do PCB será realizado, a partir das 10 horas, presencialmente. O evento terá transmissão ao vivo no portal da FAP, na página da instituição no Facebook e no canal dela no Youtube. O objetivo é tornar o evento acessível ao maior público possível para registrar a importância do legado do partido principalmente na luta pela democracia, que voltou a ser ameaçada pelo atual governo.

Presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire diz que “a comemoração é importante” e faz refletir sobre os desafios que estão pela frente. “Desafio de uma esquerda de começar a pensar neste novo mundo que aí está para entender seu papel, não das formações, inclusive das denominações que tínhamos, para enfrentar este século 21”, afirma. “Quem conhece o passado tem condições de construir o futuro”, ressalta.

"Simbologia"

Diretor-geral da FAP, o sociólogo Caetano Araújo destaca que o centenário é um marco histórico sobre a trajetória do PCB, fundado em 1922 e que se reformulou com o passar dos anos para atender aos anseios da sociedade. Em 1992, a sigla deu novo passo e tornou-se o Partido Popular Socialista (PPS) antes de avançar para a nova identidade política com o Cidadania, em 2019.

“Nós, da fundação, consideramos que é importante fazer o ato político porque tem simbologia por representar a continuidade de toda a trajetória política do que foi o PCB, o PPS e o que é o Cidadania hoje. Niterói é a ponte com nosso passado”, avalia.

https://open.spotify.com/episode/46LJXpn7xMGYTT0Wm0goUT?si=f411bafdc8dc4af6

Marco histórico

A fundação do PCB ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, no Sindicato dos Alfaiates e dos Metalúrgicos, nos dias 25 e 26 de março, e em Niterói, no dia 27 de março de 1922. O episódio está registrado no livro Os nove de 22: O PCB na vida brasileira, do historiador Ivan Alves Filho.

“O deslocamento para Niterói, mais precisamente para uma casa pertencente à família de Astrojildo Pereira, se deu em função de uma denúncia de que a polícia estaria prestes a invadir o encontro dos comunistas no Rio de Janeiro”, conta o livro, editado pela FAP.

Uma foto histórica mostra os fundadores do PCB. Em pé, estão Manoel Cendon, Joaquim Barbosa, Astrojildo Pereira, João da Costa Pimenta, Luís Peres e José Elias da Silva (da esquerda para a direita). Sentados, estão Hermogênio Silva, Abílio de Nequete e Cristiano Cordeiro (da esquerda para a direita).

"Trajetória do aprendizado"

A tomada de decisão dos fundadores naquela época ainda ecoa entre os militantes que hoje buscam concretizar os ideais democráticos da cidadania plena e da justiça social com novos modelos e soluções para a urgente melhoria das condições de vida do povo brasileiro.

“Essa trajetória é a trajetória do aprendizado do que o PCB e o PPS aprenderam e do que o Cidadania está aprendendo sobre a importância de algumas dimensões. A questão democrática foi o aprendizado do PCB, e achávamos que estava garantida, mas agora vemos que não. A equidade e a inclusão social pelas quais o PCB lutou, durante sua história, também ainda estão pendentes”, observa Araújo.

https://open.spotify.com/episode/459pxqE6tkhDwC37OlNAaz?si=34be45a4bf354306

Seminário em Niterói

Todas essas questões serão abordadas durante quatro palestras que serão realizadas no local relacionadas com o PCB e suas dimensões no aspecto histórico, no mundo da cultura, na luta sindical e na juventude. Cada uma terá duração de 15 minutos, antes de ser iniciado tempo de 1 hora para debate, comentários e perguntas.

Arte: Washington Reis

Em seguida, haverá exposição de uma placa que será descerrada em homenagem a todos dirigentes mortos pela ditadura militar e militantes que fizeram parte da luta histórica do PCB.

“Embora contenha nomes das vítimas da repressão da ditadura de 1964, a homenagem é extensiva aos companheiros assassinados na ditadura do Estado Novo, implantada por Getúlio Vargas”, diz o diretor-geral da FAP, referindo-se ao período de 1937 a 1946. “Como toda comemoração tem lado que é rememoração, vamos discutir o que aconteceu, homenagear dirigentes passados e lançar pontes para o futuro”, acrescentou.

Desde 2021, a FAP tem realizado diversas atividades e eventos online em celebração ao centenário do partido. O mais recente deles foi o Seminário Internacional 100 Anos do PCB, realizado de 8 a 10 de março.

Veja vídeos de debates




Biblioteca Salomão Malina completa 14 anos e conquista público de Brasília

Cleomar Almeida e João Vitor*, da equipe da FAP

Com mais de 4.800 exemplares, a Biblioteca Salomão Malina, mantida pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), é ponto de cultura consolidado no centro de Brasília e completa 14 anos nesta segunda-feira (28/2). O objetivo do estabelecimento é estreitar cada vez mais o vínculo com a população, como meio propulsor do conhecimento.

Diretor-geral da FAP, o sociólogo Caetano Araújo destaca o enriquecimento do acervo de livros por meio de doações de muitos dirigentes e militantes. As obras são colocadas à disposição do público, por meio de empréstimo gratuito.

Caetano ressalta as atividades culturais realizadas pela biblioteca, no Espaço Arildo Dória, como atividades do clube de leitura, sessões do Cineclube Vladimir Carvalho, batalha de poesias do Slam-DéF, além do ciclo de debates virtuais em celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.

 “A atividade cultural e educativa permanece, tanto de forma presencial quanto remota. São debates e cursos relevantes. Desde o ano passado, estamos trabalhando em ciclos de debates comemorativos do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922”, afirma Caetano. Segundo ele, a biblioteca também deve realizar atividades presenciais, fora dela, assim que a pandemia estiver sob controle.

Conselheiro da FAP, o jornalista Luiz Carlos Azedo lembra que, por meio de quiosques e muito trabalho árduo, a biblioteca alcançou o reconhecimento perante os leitores do Distrito Federal. “Fora o nosso bom acervo de literatura brasileira, o cineclube, o clube de leitura, a batalha de poesia do Slam-DéF e a promoção de curso de línguas”, diz.

Localizada no Conic, tradicional ponto de cultura urbana próximo à Rodoviária do Plano Piloto, no meio da capital federal, a Biblioteca Salomão Malina segue em funcionamento neste período da pandemia da covid-19. No entanto, mantém uma série de medidas recomendadas por autoridades sanitárias para evitar a disseminação do coronavírus.

Inaugurada em 28 de fevereiro de 2008, a biblioteca se tornou um importante espaço de incentivo à produção do conhecimento em Brasília. Foi reinaugurada, em 8 de dezembro de 2017, após ser revitalizada para garantir ainda mais conforto aos frequentadores do local e reforçar o seu compromisso de servir como instrumento para análise e discussão das complexas questões da atualidade, disponível a todo cidadão.

Coordenadora da biblioteca, Thalyta Jubé explica como o local tem funcionado ultimamente: “Aberta de segunda a sexta, de 9h até 16h. Para cumprir com as normas de distanciamento social, houve uma redução de vagas para os usuários”, afirma.


previous arrow
next arrow
 
previous arrow
next arrow

Houve, ainda, delimitação da ocupação máxima da biblioteca para apenas 8 usuários. “A mesa coletiva poderá ser ocupada apenas por quatro pessoas, sentadas de forma intercalada, sendo a mesa subdividida por placas de proteção de acrílico, delimitando os espaços”, ressalta Thalyta.

Os dois sofás, de dois lugares cada, têm um de seus assentos com aviso para não ser utilizado, por causa do distanciamento social de dois metros. Das três baias individuais de estudo, apenas duas ficam disponíveis para uso. A baia do centro está isolada para manter a distância social.

A biblioteca ficou fechada ao público desde o início da pandemia da Covid-19 no Brasil, em março de 2020, até junho de 2021. Nesse período, ofereceu o serviço de empréstimo delivery. “Não funciona mais, já que a biblioteca está aberta para as pessoas”, diz a coordenadora.

Para utilizar o serviço de empréstimo de livros, o usuário deve se cadastrar pessoalmente no balcão de atendimento e apresentar documento oficial com foto e comprovante de residência atualizado. A biblioteca tem 4.835 livros disponíveis para empréstimo, com prazo de devolução de até 15 dias úteis.

Thalyta acrescenta que cada usuário tem direito a retirar até 4 livros por vez. “A entrega fora do prazo implica em pagamento de multa de R $1,00 calculada por dia de atraso e por livro”, explica a coordenadora da biblioteca.

A renovação de empréstimo pode ser realizada no balcão de atendimento da biblioteca ou pelo terminal web (catálogo virtual da biblioteca). O usuário precisa inserir seu login e senha para realizar esta operação.

Clique aqui para consultar o acervo da Biblioteca Salomão Malina

A reserva de título deve ser realizada pelo terminal web da biblioteca. “O usuário precisa inserir seu login e senha para realizar esta operação. Ele tem 48 horas para realizar o empréstimo na biblioteca do livro reservado”, diz.

*Integrante do programa de estágio da FAP, sob supervisão do coordenador de Publicações da FAP, Cleomar Almeida

Biblioteca Salomão Malina
Endereço: SDS, Bloco P, ED. Venâncio III, Conic, loja 52, Brasília (DF). CEP: 70393-902
Telefone: (61) 3323-6388
WhatsApp: (61) 98401-5561(Clique no número para abrir o WhatsApp Web)

Biblioteca Salomão Malina retoma atendimento presencial em Brasília

Jovens relatam qualidade de empréstimo delivery gratuito da Biblioteca Salomão Malina

Biblioteca Salomão Malina oferece empréstimo de livro em casa, de forma gratuita

Como produzir texto – Veja técnicas em encontro on-line da Biblioteca Salomão Malina

Webinar da Biblioteca Salomão Malina debate desafios do novo normal cultural

Webinar da Biblioteca Salomão Malina mostra dica de organizar livros

Biblioteca Salomão Malina e Espaço Arildo Dória são reinaugurados em Brasília

Inspirada em Luiz Gonzaga, oficina de percussão é realizada pela Biblioteca Salomão Malina

Como produzir texto – Veja técnicas em encontro on-line da Biblioteca Salomão Malina

Importância de manter uma vida organizada é tema de webinar da Biblioteca Salomão Malina

Biblioteca Salomão Malina oferece curso gratuito de japonês para iniciantes

Biblioteca Salomão Malina realiza webinar sobre cultura e representação política

Biblioteca Salomão Malina transmite final da batalha de poesias Slam-DéF


Slam-DéF: “Poetas são cientistas da nossa atualidade”, diz coordenador cultural

João Vitor, com edição do coordenador de Publicações da FAP, Cleomar Almeida

Cultura, inclusão, lirismo e a valorização do artista é o foco do Slam-DéF, grupo cultural que vai realizar mais uma batalha de poesia, de forma online, na quarta-feira (23/2), a partir das 19 horas. No total, há 16 vagas para a disputa, e a inscrição pode ser realizada, por meio de formulário virtual, até um dia antes do evento. Pessoas de outros estados e países podem se inscrever.



Clique aqui para fazer a inscrição

“Costumo dizer que os poetas são cientistas da nossa atualidade, porque eles estudam a maneira como as pessoas agem e transformam tudo isso em poesia”, afirma o coordenador cultural do Slam-DéF, professor de língua portuguesa Will Júnio.

O webinar será realizado em parceria com a Biblioteca Salomão Malina, mantida pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília. Neste ano, o vencedor receberá premiação de R$ 100 e um troféu personalizado com a data da edição.

O evento terá transmissão na página da biblioteca no Facebook, assim como nas redes sociais (Facebook e Youtube) da fundação. “O artista está sempre em constante trabalho, analisa e observa as coisas que acontecem ao seu redor e transforma tudo em palavra”, afirma o coordenador.

Segundo Will Júnio, os integrantes do grupo estão trabalhando firme para que o evento cresça cada vez mais. “Mesmo com os casos de covid-19 aumentando, nós podemos, de forma virtual, espalhar a palavra e a cultura do Slam”, disse.

“Somente o campeão de cada edição terá a premiação. Antes, primeiro, segundo e terceiro recebiam, além da pontuação no ranking que dava acesso à final do Slam-DéF”, afirmou Will. “

Will trabalha com a cultura desde 2012. Foi representante do DF no Slam-BR e da Festa Literária das Periferias, em 2015, assim como jurado do Duelo Nacional de MC’s, em 2017, em Belo Horizonte.

Batalha de Poesias Slam-DéF
Dia: 23/02/2022
Horário da transmissão: 19h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Slam-DéF, em parceria com Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP)


Seminário internacional destaca os 100 anos do Partido Comunista Brasileiro

Em comemoração aos 100 anos do Partido Comunista Brasileiro (PCB), fundado em 1922, a Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e o Cidadania estão promovendo um Seminário Internacional nos dias 8, 9 e 10 de março próximo.

Confira aqui o site do Seminário Internacional

Em razão da pandemia de Covid, o evento será virtual, mas com transmissão ao vivo pelos canais oficiais da FAP no Youtube e Facebook.

O Seminário Internacional será dedicado à discussão da trajetória do PCB e contará com 14 palestrantes distribuídos em 3 mesas, tendo como temas: O comunismo e Brasil, o nacional-desenvolvimentismo e o desafio da democracia em termos globais.





“Ilustração sempre foi o patinho feio”, diz Chiarelli sobre Semana de 22

João Vitor*, com edição do Coordenador de Publicações da FAP, Cleomar Almeida

O professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) Tadeu Chiarelli afirma que “a ilustração sempre foi o patinho feio”. “A fotografia não entrou no modernismo da época. Então, também tinham outros patinhos feios”, disse. Ele vai discutir o assunto, na terça-feira (22/2), em webinar da Biblioteca Salomão Malina e da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília.



Em celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, o evento será realizado a partir das 18 horas e transmitido no Facebook da biblioteca, assim como no site e Youtube da fundação. Além de Chiarelli, a historiadora Paula Ramos e o jornalista Sergio Leo confirmaram participação.

O professor afirmou que as produções de 1922 eram de cunho conservador. “O objetivo era falar da paisagem humana. Falar do Brasil, como Anita Malfatti fez, é um figurativismo muito conservador. Não que ela tenha sido nacionalista, mas tem viés conservador”, analisou.

Chiarelli ressaltou, ainda, que os modernistas se viam como herdeiros de uma tradição europeia. “As ligações com a Europa são desejadas. Você pinta o tema brasileiro, mas a visualidade e tradição são europeias”, explicou.

O jornalista Sergio Leo, por sua vez, diz que a semana de 1922 foi uma “aventura modernista”. Segundo ele, há quase 100 obras a serem analisadas, mas conforme ressaltou, alguns artistas foram esquecidos ao longo dos anos.


IMG_7927 (Copy)
IMG_7981 (Copy)
IMG_7985 (Copy)
IMG_7987 (Copy)
IMG_7991 (Copy)
IMG_7997 (Copy)
IMG_8012 (Copy)
IMG_8013 (Copy)
IMG_8019 (Copy)
IMG_8052 (Copy)
IMG_8062 (Copy)
IMG_8137 (Copy)
IMG_8159 (Copy)
IMG_8167 (Copy)
IMG_8198 (Copy)
IMG_8206 (Copy)
IMG_8209 (Copy)
IMG_8229 (Copy)
IMG_8267 (Copy)
IMG_8270 (Copy)
IMG_8274 (Copy)
IMG_8276 (Copy)
IMG_8278 (Copy)
IMG_8328 (Copy)
IMG_8346 (Copy)
IMG_8429 (Copy)
IMG_8349 (Copy)
IMG_8364 (Copy)
IMG_8396 (Copy)
IMG_8400 (Copy)
IMG_8406 (Copy)
IMG_8413 (Copy)
IMG_8421 (Copy)
IMG_8423 (Copy)
IMG_8432 (Copy)
IMG_8436 (Copy)
IMG_8450 (Copy)
IMG_8470 (Copy)
IMG_8477 (Copy)
IMG_8505 (Copy)
IMG_8506 (Copy)
IMG_8514 (Copy)
IMG_8519 (Copy)
IMG_8522 (Copy)
IMG_8536 (Copy)
IMG_8539 (Copy)
IMG_8546 (Copy)
IMG_8548 (Copy)
IMG_8550 (Copy)
IMG_8583 (Copy)
IMG_8609 (Copy)
IMG_8620 (Copy)
IMG_8667 (Copy)
IMG_8671 (Copy)
previous arrow
next arrow

Sobre os artistas e agitadores da semana de 100 anos atrás, Leo destaca o trabalho de Tarsila de Amaral que estava em Paris, na época, mas que se juntou ao grupo que liderou a manifestação pouco depois. “Trouxe algo ousado. Não chegava a ser revolucionário porque tentava incorporar o clássico europeu, mas a brasilidade está lá”, analisou.

O jornalista enalteceu o trabalho de Di Cavalcanti, destacando algumas características. “Mantém ligação com elementos conservadores, ideias do real e representação. É impressionista. A arte questiona o modernismo, que é a ruptura de movimentos artísticos. É a modernidade contemporânea”, afirmou Leo.

Por outro lado, o jornalista também citou o trabalho de Anita Malfatti. “Teve representação relativamente pequena. [A arte dela] sofreu críticas de Monteiro Lobato”, ponderou.

Webinário sobre Artes na Semana de 22: moderna ou conservadora?
Dia: 22/02/2022
Transmissão: a partir das 18h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira

“Cultura contrastante” marca modernismo e tropicalidade de Bye Bye Brazil

Debate quer ampliar consciência sobre livros clássicos da arquitetura moderna

‘Eles não usam black-tie’ fala da disputa de classes com força histórica

Pedra no meio do caminho, de Carlos Drummond, “simboliza transtornos”

Terra em Transe, um dos marcos do tropicalismo, é tema de webinário

“Arquiteto depende da livre disposição da força de trabalho alheio”, diz livro

Cem anos depois, pintura modernista volta às ruas de São Paulo, Brasília e Rio

Filme Homem do Pau Brasil aborda “sexo com leveza”, diz cineasta

Manuel Bandeira via poesia “nas coisas mais insignificantes”, diz professora

Adaptação do conto de Guimarães Rosa, filme remete ao sertão




Arte: Matheus Lacerda

Transição para baixo carbono tem mais oportunidades no Brasil

Cleomar Almeida, coordenador de Publicações da FAP

O Brasil talvez seja o único país do mundo onde a transição para o baixo carbono apresenta muito mais oportunidades a menor custo. “País onde a matriz energética pode ser 100% renovável ao menor custo. Temos todas as chances de sermos os primeiros do mundo em biomassa, com uma inserção privilegiada na economia mundial”, diz a obra Sustentabilidade: os desafios do Brasil no Século XXI, que está à venda na internet.

Clique aqui e adquira já o seu exemplar!

Dedicada exclusivamente ao tema da sustentabilidade, a nova edição temática da revista Política Democrática, editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), será lançada no dia 16 de fevereiro, às 18 horas, durante evento online, com participação dos autores. A transmissão será realizada no portal e nas redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade.

previous arrow
next arrow
 
previous arrow
next arrow

Soluções sinérgicas

“A crise ecológica que a humanidade conhece desde o século passado tem duas faces mais visíveis, a climática e a da biodiversidade, com soluções sinérgicas, pois estão intrinsecamente articuladas”, destaca um trecho da revista temática.

Clique aqui e acesse a edições de cortesia da revista!

A revista pondera, por outro lado, que essa situação já provoca preocupação em alguns países. “Essa crise, que aos poucos se transforma em uma crise civilizacional, é acompanhada de um crescente amor ao meio ambiente e valorização da natureza, ingrediente já presente nos processos eleitorais dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, como o Brasil”, destaca.

https://open.spotify.com/episode/0oN4w10cBRcOcYyTQ2ZNEw?si=49e6d3a5a49d4e6a

"Precificar carbono"

Na avaliação dos autores, a crise é grave, sobretudo para as populações mais socialmente vulneráveis, e injusta, pois são os ricos os menos afetados e os maiores poluidores. “Sua gravidade é de tal monta que já não se visualiza uma ‘aterrissagem suave’ do mundo dos fósseis”, observa a revista.

“A única solução é precificar o carbono de modo a incentivar investimentos e inovações de baixo carbono. Enganam-se os que pensam que se trata de um problema para as próximas gerações, pois cerca de 2,8 bilhões dos humanos, que atualmente habitam a Terra, estarão vivos em 2100”, diz a obra.

https://open.spotify.com/episode/4jN5emmOxcPW4abTj6vTcc?si=6122c65561eb4513

Combate ao aquecimento global, urgência da bioeconomia na Amazônia com redução do desmatamento, a importância da segurança hídrica e a relevância do engajamento da juventude na luta ambiental também estão entre os assuntos discutidos na nova obra da FAP. A publicação é composta por 21 artigos, organizados em nove partes.

Dois dos artigos fogem ao padrão habitual: uma entrevista com o ex-prefeito de Vitória do Espírito Santo, Luciano Rezende, e a transcrição de um debate entre sete ex-ministros do Meio Ambiente do Brasil, promovido por 10 fundações de partidos democráticos brasileiros.

Temas relevantes

Em suas seções, a revista temática aborda temas relevantes ao campo da sustentabilidade, como a mudança climática e o debate em torno da noção da sustentabilidade. Diversos temas desafiantes são tratados com precisão, como da Amazônia, cidade, água e energia. Discute-se, ainda, o gargalo da governança ambiental, a questão da utopia e a da transição.

https://open.spotify.com/episode/55dQfe96F3kU8zYKzSYjky?si=ae3a3e51d36e4255

“Uma das partes mais importantes da revista é sobre o ativismo ambiental dos jovens, o personagem central na superação da crise ecológica. São atores extraordinariamente ativos na COP26, pois cada vez mais sabem que as decisões tomadas nestas reuniões rebaterão sobre suas vidas, sobretudo que, sendo uma geração centenária, estarão presentes em 2100”, dizem os organizadores.

Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Fantoche “Pequena Amal” durante a COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
51669778866_6b7b7560a7_k
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
51667838368Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Primeira-ministra da Escócia com Secretário Geral das Nações Unidas. Foto: Scottish Government
previous arrow
next arrow
 
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Fantoches gigantes na COP26. Foto: Scottish Government
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Fantoche “Pequena Amal” durante a COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
51669778866_6b7b7560a7_k
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
51667838368Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Manifestação na COP26 em Glasgow. Foto: Kiara Worth/UNFCCC
Primeira-ministra da Escócia com Secretário Geral das Nações Unidas. Foto: Scottish Government
previous arrow
next arrow

Livro de Segatto tem compromisso com defesa da democracia, diz professor

João Vitor*, da equipe FAP

O professor Ricardo Marinho afirma que o livro Cultura política e democracia, do historiador José Antônio Segatto, tem compromisso com a defesa da cultura política democrática e republicana. “Desta forma, não é um livro a passeio. Apesar de sua linguagem acessível, exige do seu leitor a disposição de adentrar nesses terrenos movediços e de soluções nada fáceis”. A avaliação dele foi publicada em artigo na revista Política Democrática online de dezembro (38ª edição).

A revista é editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília. A instituição disponibiliza, gratuitamente, em seu portal, todo o conteúdo da publicação mensal na versão flip. Marinho, do Instituto Devecchi e da Unyleya Educacional, diz que Segatto é um historiador de formação crítica sólida.

Veja a revista Política Democrática online de dezembro!

Para Segatto, conforme analisa o autor do artigo, o belo, a estética e, consequentemente, a cultura política, de sentido republicano e democrático, deram lugar a uma cultura com significado antropológico puramente descritivo, empurrando-a para a “desrepublicanização” progressiva da cultura, da política e da sociedade.

De acordo com o artigo, Segatto observa que a revolução científico-tecnológica dos séculos XX e XXI mudou as formas e os ritmos dos dias tais como acontecia anteriormente na humanidade.

Segundo Marinho, a leitura de Cultura política e democracia leva à reflexão sobre o fato de a obra ser fruto do acompanhamento da crise da cultura política e da democracia manifesta em 2013 e, por isso, mobiliza sua experiência de mais de 25 anos na busca de saídas.

Veja arquivos em PDF de todas as edições da revista Política Democrática online!

A obra, de acordo com o professor, tem 26 artigos publicados no jornal O Estado de São Paulo, escritos nas palavras de Segatto “para tentar compreender e sugerir alternativas a problemas postos pela conjuntura”.

“Bem como de outros 16 ensaios que abraçam as universidades públicas, teoria política e democrática, relações entre Estado e sociedade, partidos e eleições, organizações sindicais e relações de trabalho, esquerda e direita, as relações entre literatura e história, o papel dos intelectuais, os militares, revolução e suas desventuras, globalização entre outras questões espinhosas”, explica Marinho.

A íntegra do artigo de Ricardo José de Azevedo Marinho pode ser conferida na versão flip da revista, disponível no portal da FAP, gratuitamente.

A nova edição da revista da FAP também tem reportagem especial sobre a variante Ômicron da covid-19entrevista especial com Hussein Kalout, além de artigos sobre política, economia e cultura.

Veja lista de autores da revista Política Democrática online de dezembro!

Compõem o conselho editorial da revista o diretor-geral da FAP, sociólogo e consultor do Senado, Caetano Araújo, o jornalista e escritor Francisco Almeida e o tradutor e ensaísta Luiz Sérgio Henriques. A Política Democrática online é dirigida pelo embaixador aposentado André Amado.

*Integrante do programa de estágios da FAP, sob supervisão do jornalista e editor de conteúdo Cleomar Almeida 

Leia também:

Objetivo é recuperação de cultura política democrática, diz revista da FAP

Governo desmantelado de Bolsonaro é ‘pedra no caminho do Brasil’

“Bolsonaro é o pior presidente da história do Brasil”, afirma Alberto Aggio

Brasil de Bolsonaro optou por isolamento, critica Hussein Kalout


Luciano Rezende ministra aula no curso Jornada Cidadã 2022 | Arte: Washington Reis/FAP

Solidariedade e diálogo: caminhos para a gestão da pandemia

Presidente do Conselho Curador da FAP, Luciano Rezende apresentará proposta para manejo da pandemia em aula da Jornada Cidadã 2022

Cleomar Almeida, da equipe FAP

A pandemia da covid-19 impõe o desafio de lidar com o desconhecido, mas também de criar caminhos para seguir adiante, em todas as esferas, com solidariedade, segundo o presidente do Conselho Curador da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), o médico Luciano Rezende, ex-prefeito de Vitória (ES) por dois mandatos. Ele vai discutir estratégias pós-covid, nesta quarta-feira (8/12), a partir das 19 horas, na 14ª aula do curso Jornada Cidadã 2022.

“O manejo e a gestão da pandemia nas famílias, na sociedade, nas empresas e nas instituições públicas é um enorme desafio. Nós todos fomos surpreendidos, em março de 2020, com a pandemia, e vamos ter que fazer essa gestão, também, no ano de 2022”, destaca Rezende, em entrevista ao portal da FAP.

O curso Jornada Cidadã 2022 é realizado pela FAP, sediada em Brasília, em parceria com o Cidadania. As aulas estão disponíveis na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, gratuitamente, a simpatizantes e filiados ao partido.

previous arrow
next arrow
 
previous arrow
next arrow

“Nós vamos para o terceiro ano da gestão da covid-19 e suas consequências sociais, econômicas, na educação na saúde, na vida das famílias e das cidades e do país. É sobre isso que nós vamos falar”, diz o ex-prefeito de Vitória (ES).

De acordo com o presidente do Conselho Curador da FAP, um forte aliado do manejo e da gestão da pandemia é o trabalho “com solidariedade, trocando informações para enfrentar um adversário ou uma situação que é um desafio desconhecido em parte”.

“O conhecimento hoje da covid-19 é muito maior do que era em 2020, mas ainda é muito pequeno. Então, a união, a solidariedade, o debate e o diálogo são um bom caminho, e é isso que nós vamos fazer hoje através da Fundação Astrojildo pereira. Falando sobre a gestão da covid-19, ideias e propostas que poderão ser implementadas no ano que vem”, destaca Rezende.

https://open.spotify.com/episode/3aZwAxD4z9njpXZ0Chmofr?si=c2566f9dac8c4e25
https://open.spotify.com/episode/2yvrSZwgDAbVPFDVdFGQz8?si=67f98c5df320471b

O curso

As inscrições no curso podem ser feitas, diretamente, na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, que é totalmente interativa, moderna, com design responsivo e tem acesso gratuito para matriculados. Nela, além das aulas, os alunos têm à disposição uma série de informações relevantes e atuais sobre o contexto político brasileiro e eventos contínuos realizados pela FAP.

Palestrantes do curso Jornada Cidadã 2022
Palestrantes do curso Jornada Cidadã 2022

O curso, segundo a coordenação, reúne uma série de professores altamente qualificados para abordar temas que afetam diretamente o dia a dia das pessoas e devem ser encarados por meio de políticas públicas eficazes, em meio a um cenário tomado pela pandemia da covid-19.

Veja vídeos do curso



Leia mais

Meio ambiente e sustentabilidade são fatores de transformação’, diz Besserman

Jornada Cidadã 2022: Raul Jungmann discute segurança pública e democracia

“Pandemia mostra capacidade de resiliência do SUS”, diz Luiz Santini

“Mais pobres estão solapados pela pandemia”, diz Eliziane Gama

“Brasil precisa dar salto na educação”, afirma Cristovam Buarque

Análise de conjuntura não é jogo de adivinhação”, diz Luiz Carlos Azedo

Curso Jornada Cidadã 2022 mostra uso estratégico das redes sociais

‘Comunicação política é como droga’, diz jornalista e publicitário Edson Barbosa

‘É preciso criatividade para firmar projeto político com valores’, diz Arnaldo Jordy

Marcelo Nunes vê avanço em federação partidária: “Muito positiva”

Rubens Bueno discute estratégias de pré-campanha na Jornada Cidadã 2022

Direitos políticos são abordados na segunda aula da Jornada Cidadã 2022

História e identidade do Cidadania 23 são temas de aula da Jornada Cidadã 2022

Professores sugerem obras para alunos do curso Jornada Cidadã 2022

FAP abre inscrições para curso de formação política Jornada Cidadã 2022