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O Estado de S. Paulo: Candidatos do centro se unem contra Haddad e Bolsonaro no penúltimo debate do 1° turno

Candidatos do centro se uniram neste domingo, 30, no penúltimo debate antes do primeiro turno das eleições, para atacar o líder das pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL), que recebeu alta do hospital após 23 dias internado, mas não compareceu ao evento realizado pela Rede Record por indicação médica, e Fernando Haddad (PT).  Bolsonaro, mesmo não estando presente, se tornou uma espécie de participante oculto do encontro. Ciro Gomes (PDT)Geraldo Alckmin (PSDB)Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede) colocaram-se como representantes do eleitorado que não quer nem o radicalismo de direita nem o de esquerda, em referência a Bolsonaro e Haddad.

Na reta final da campanha – o primeiro turno das eleições ocorre neste domingo, dia 7 –, os presidenciáveis tentaram, mais uma vez, romper a polarização e avançar sobre o eleitorado de Bolsonaro se apresentando como "terceira via". Já o petista Fernando Haddad, também atacado, foi o que mais poupou o candidato do PSL, seguindo a estratégia de levar o confronto para um eventual segundo turno, caso as pesquisas de intenção de voto se confirmem.

Líderes, Bolsonaro e Haddad marcam 28% e 22%, respectivamente, na última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo. No segundo turno, a mesma sondagem mostra que Haddad venceria Bolsonaro. Ciro, em terceiro lugar, tem 11%; Alckmin soma 8%; Marina marca 5% e Meirelles, 2% das intenções de voto.

Unidos na mesma estratégia de expor as propostas e declarações polêmicas de Bolsonaro, Ciro, Alckmin, Marina, Meirelles e também Guilherme Boulos (PSOL) citaram, por exemplo, as falas contra as mulheres – para ressaltar as manifestações promovidas por mulheres em todo o País no sábado, 29 -  e a declaração feita por ele semana passada de que não respeitaria o resultado da eleição caso não seja ele o vencedor.

Provocada por Ciro, Marina, por exemplo, disse que o deputado está “amarelando” porque tem medo da derrota."Bolsonaro tem atitude antidemocrática, desrespeita as mulheres, índios, negros, a população brasileira. Com essa frase (sobre não aceitar uma eventual derrota), desrespeita o jogo democrático. Numa democracia, se não temos comprovação de que houve fraude, não se pode entrar no jogo se for para ganhar de qualquer jeito. Para mim, essas palavras só podem ser uma coisa: Bolsonaro fala muito grosso mas tem momentos que amarela. Amarela mesmo”, disse.

A candidata ainda aproveitou a tréplica para criticar também o PT. “Temos que enfrentar dois projetos autoritários: os que têm saudosismo da ditadura e aqueles que fraudaram a candidatura em 2014 pela corrupção, a Dilma e o Temer.”

Já Ciro criticou a ausência de Bolsonaro no debate após a alta hospitalar e lembrou que ele, mesmo tendo sido submetido a um procedimento cirúrgico (mais simples, é claro), optou por participar do debate anterior usando até uma sonda. "Estamos assistindo todos os dias declarações antipovo, antipobre. Ele (Bolsonaro) nem sequer dá direito à população brasileira, estando sadio. O Brasil não aguenta mais essa radicalização odienta".

Deixado de lado por seus adversários no primeiro bloco, Alckmin foi o penúltimo a falar, mas seguiu na mesma linha de crítica a Bolsonaro e ao PT. Lembrou as manifestações contrárias ao deputado promovidas por mulheres no sábado, 29, as quais classificou como “atos de civilidade” e se colocou como o candidato que pode unir o Brasil.

“Metade da população não quer nem os radicais de direita nem os de esquerda. Que são os dois com maior rejeição. Nós vamos trabalhar para unir o Brasil. Esses radicalismos podem aumentar o desemprego, aumentar a pobreza, dificultar a retomada do crescimento brasileiro. União é a palavra nesse momento”, afirmou Alckmin.

Meirelles, que no primeiro bloco fez uma "tabelinha" com Haddad ao discorrer sobre termas de educação e saúde, também atacou Bolsonaro na segunda etapa do debate ao ressaltar que o candidato do PSL “não gosta do Bolsa Família” e não defende o cumprimento da lei para que mulheres ganhem o mesmo que os homens quando têm a mesma função.

Marina aproveitou a fala do emedebista para lembrar que o candidato a vice na chapa de Bolsonaro, general Hamilton Mourão (PRTB), também defende o fim do décimo terceiro salário e a recriação da CPMF.

Haddad x Ciro

Principais nome da esquerda na disputa ao Planalto, Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT) protagonizaram um forte embate no segundo bloco do debate da Record, realizado ontem. Segundo Ciro, Haddad aceitou aliança com Eunício Oliveira (MDB), no Ceará, a qual classificou como despudorada. Haddad, por sua vez, disse que apenas foi tomar um café com Eunício, ao passo que Ciro deu risada da afirmação e ressaltou que não aceitou a mesma aliança porque o presidente do Senado é corrupto.

Os dois ainda discutiram sobre a mais recente proposta de Haddad de fazer uma nova Constituição. Para Ciro, não se trata de uma iniciativa democrática, afirmação contestada por Haddad, que diz apenas querer reorganizar a Constituição, tão alterada por propostas de emenda nos últimos anos. (COLABORARAM CRISTIAN FAVARO, DANIEL WETERMAN E PAULO BERALDO)


#ProgramaDiferente apresenta o encontro de FHC com a Roda Democrática

#ProgramaDiferente acompanhou com exclusividade um encontro do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com cerca de cem integrantes da Roda Democrática, que se define como um grupo nacional de discussão suprapartidária em defesa da democracia e dos princípios republicanos, e que reuniu na Fundação FHC, em São Paulo, desde cidadãos sem filiação partidária até antigos militantes das lutas contra a ditadura militar, oriundos das mais variadas regiões do país.

O evento tinha o seguinte roteiro inicial para orientar os debates:

1) Tendo em vista as eleições e a crise política, que energia deve ser investida na construção de uma alternativa aglutinadora de um centro, capaz de combinar o liberalismo político com a generosidade reformista e democrática da esquerda renovadora?


2) Que perfil deverá ter essa alternativa, levando em conta as dificuldades inerentes a uma campanha eleitoral de massas num país territorial como o Brasil? 


3) Seria possível e necessário condicionar tal alternativa, desde logo, a uma agenda programática mínima e, se sim, que pontos deveriam integrá-la?


4) Como viabilizar os anseios de renovação da sociedade em um processo engessado em virtude do monopólio da política pelos partidos formais?

O resultado obtido, porém, superou todas as expectativas ao mostrar uma conversa em tom informal, fraternal e bem humorado, com pessoas vividas e antenadas com as profundas mudanças pelas quais o Brasil e o mundo estão passando, desde o desenvolvimento de novas tecnologias até a crise de representação política. Assista aqui a íntegra do encontro.


Que Segurança Pública queremos para assegurar um amanhã mais promissor?

No momento em que se discute com maior preocupação as questões relativas à Segurança Pública, principalmente após a intervenção determinada pelo governo federal no estado do Rio de Janeiro, este também é o tema que abre a plataforma “2018: Brasil do Amanhã”, série de encontros e debates que tem como objetivo o desenvolvimento de agendas propositivas para o país.

Que Segurança Pública queremos para assegurar um amanhã mais promissor? O #ProgramaDiferente exibe a íntegra do evento que busca uma resposta para essa reflexão, com abertura de Luiz Alberto Oliveira, curador do Museu do Amanhã, e de Ilona Szabó, cientista política e diretora executiva do Instituto Igarapé. A mesa de debates é composta por Maria Laura Canineu, diretora-geral do Human Rights Watch; Paula Mascarenhas, prefeita de Pelotas (RS); Fernando Veloso, ex-chefe de Polícia Civil; e por MV Bill, escritor e ativista. A moderação é do jornalista da TV Globo, Caco Barcellos.

Intencionalmente lançada no mesmo ano das eleições majoritárias, a plataforma “2018: Brasil do Amanhã” se propõe a desenvolver temas de interesse nacional, com o objetivo de aprimorar o nível de informação, mobilização e engajamento social.
Os participantes são estimulados a discutir o atual cenário e as propostas existentes para a implementação de políticas públicas, que possam levar ao aperfeiçoamento das práticas que atendam às necessidades da população e permitam a construção de um país mais promissor após as eleições. Assista.


Debate FAP/Livraria Cultura: 'É necessário superar o totalitarismo da esquerda', diz Ruy Fausto

Para o filósofo Ruy Fausto, autor da obra "Caminhos da Esquerda – Elementos para reconstrução", é preciso que se revise e supere certos fundamentos da esquerda

Germano Martiniano

O totalitarismo sectário da esquerda deve ser suplantado pela democracia. O tema foi um dos principais discutidos durante o debate sobre o livro "Caminhos da Esquerda – Elementos para reconstrução", organizada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP) em parceria com a Livraria Cultura, nesta terça-feira (19), em Brasília. O evento contou com a presença do senador Cristovam Buarque (PPS-DF), do sociólogo Caetano Araújo e do autor da obra, o filósofo Ruy Fausto.

De acordo com Ruy Fausto, o livro se insere no contexto de crise da esquerda e na “grande” ofensiva do capitalismo no Brasil e no mundo e, portanto, é necessária uma revisão e superação de certos fundamentos da esquerda. Para tal análise o autor se vale do que ele denomina de patologias da esquerda. “O maior responsável pela crise da esquerda ainda é o totalitarismo, que levou a milhares de mortos, e que ainda é possível se ver em governos como de Maduro na Venezuela”, avalia Fausto.

O autor também considerou, como outras patologias, o populismo de esquerda, caracterizado pelo patrimonialismo; alianças de classes, autoritarismo e carisma, entre outros. Por fim, o adesismo - uma alusão ao reformismo, que é um termo ultrapassado, na visão do autor - é a terceira patologia da esquerda. Segundo Fausto, governos como de FHC, por exemplo, que faziam parte da esquerda, acabaram por aderir à medidas capitalistas em detrimento de conceitos básicos da esquerda. “Não se trata de um purismo ideológico, mas todas politicas de direita na história também afirmavam que iria haver melhoria das condições de vida dos cidadãos”, completou o filósofo.

Caetano Araújo divergiu de Ruy Fausto quanto às questões patológicas do populismo e adesismo. Para o sociólogo, no mundo globalizado com todas as mudanças que ocorreram pós segunda guerra, tornou-se difícil não pensar em um estado que fosse reformista. “Algumas reformas, ditas liberais, são necessárias mediante o novo mundo”, disse. Com relação ao totalitarismo, citado por Ruy Fausto, Caetano convergiu que é uma “impossibilidade lógica” na esquerda que precisa ser superada através da democracia, mesmo com todos os defeitos que esta possui.

Ao encerrar o evento, Cristovam Buarque chamou a atenção para o fato de que, em sua avaliação, o que falta hoje na política brasileira são bons filósofos. “Muitas pessoas pensam que carecemos de bons políticos, mas na verdade necessitamos de bons filósofos. Temos de trazer a filosofia para dentro da política”, acredita. O senador, que afirmou que vivemos em um “terremoto social”, convergiu com Caetano quanto a dificuldade de se negar certas medidas reformistas adotadas por vários governos pelo mundo. “A economia atual deve ser eficiente, com regulações e a justiça social se faz com o excedente da desta economia”, finalizou Buarque.

 


#ProgramaDiferente propõe debate alternativo com Erundina e Ricardo Young

Uma certeza sobre o primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo: o maior derrotado foi o eleitor. Fala sério, ninguém aguenta mais esse modelo de debate político que não permite escolher o candidato mais preparado para ser prefeito, mas apenas o melhor (ou mais canastrão) ator.

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O próximo debate poderia até ser pelo twitter. Tanto faz. Ao menos seria mais prático, barato e moderno, evitando que candidatos e suas respectivas comitivas passassem frio, perdessem tempo no trânsito e ficassem acordados à toa. O resultado seria idêntico, talvez até melhor.

O que se vê nos debates, afinal? Mensagens telegráficas, como se dizia antigamente, adaptando melhor o velho sentido da comparação hoje com o twitter, mesmo, ou instagram, facebook e snapchat. Tempo restrito, espaço limitado, repetições de frases de efeito, decoreba sobre promessas irrealizáveis, crítica ensaiada ao que o outro fez ou deixou de fazer, frases treinadas em horas de media training e poses dignas da espontaneidade de uma selfie no espelho com biquinho (no caso, forçado pelo botox).

O debate é revelador menos pelo que se diz do que pelo não se diz, pelos silêncios, tropeços, gaguejadas e dessa vez até pelas ausências. Muita gente não sabe, mas as assessorias de partidos e candidatos passam meses indo a reuniões nas emissoras para engessar o máximo possível as regras destes encontros, evitando surpresas, improvisos e confrontos fora do script.

Nada da câmera flagrar expressões fora do combinado, nenhum movimento que tire o debate da mesmice. Agora, amparados pela lei, conseguiram calar até candidaturas expressivas como a da ex-prefeita Luiza Erundina (PSOL) e a do vereador Ricardo Young(Rede Sustentabilidade), que fizeram cada um seu "debate do debate"Erundina com o vice Ivan Valente em um canto, e em outro Young com Marina Silva e a vice Carlota Mingolla.

Melhor seria se ambos tivessem feito um único debate alternativo, com a cobertura conjunta da mídia independente e amplamente difundido nas redes sociais. Ampliaria a audiência, agregaria "valor" democrático à ação partidária de cada um e haveria realmente um contraponto qualitativo à cartilha decadente dos debates oficiais.

Pois o #ProgramaDiferente, que já havia sondado informalmente os candidatos com essa proposta, agora faz um convite formal: mediar um encontro entre Ricardo Young e Luiza Erundina, que são candidatos de partidos com representação na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e na Câmara de São Paulo, possibilitando até mesmo a participação dos demais excluídos (PSDC, PRTB, PCO e PSTU), simultâneo ao próximo debate na TV e aberto ao público, às redes e à mídia alternativa. Dá até pra apostar que teria mais repercussão que o original. Alguém duvida?


Sistema político da Suécia poderia servir de inspiração para mudanças necessárias no Brasil

Essa foi uma das conclusões dos participantes do debate, onde o cônsul geral daquele país apontou um caminho, com três eixos: transparência, no curto prazo, igualdade, no médio prazo, e educação, com resultados no longo prazo

Airton Goes, Rede Nossa São Paulo

O modelo político da Suécia não pode ser transplantado, de forma automática, para o Brasil, em função das enormes diferenças culturais, históricas e econômicas entres as duas nações. Entretanto, o sistema em funcionamento no país escandinavo, onde os políticos não têm mordomias e ganham salários bem mais próximos do que recebem os trabalhadores em geral, poderia servir de inspiração para as mudanças que se fazem necessárias por aqui.

Essa foi uma das conclusões dos participantes do “Debate sobre o sistema político da Suécia: uma reflexão oportuna para o Brasil atual”, evento realizado nesta quarta-feira (8/6), no Sesc Vila Mariana, em São Paulo.

Durante o encontro, promovido pela Rede Nossa São Paulo, Instituto EthosRede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS) e Consulado Geral da Suécia em São Paulo, o cônsul geral do país escandinavo, Renato Pacheco Neto, fez uma palestra sobre o tema, exibiu o vídeo de uma reportagem e, na segunda parte do evento, respondeu perguntas dos participantes.

Em sua apresentação, ele explicou que a Suécia levou mais de duzentos anos para atingir o atual nível de desenvolvimento econômico, social e cultural. No período, deixou de ser uma nação pobre, para se transformar em uma das mais justas, sustentáveis, transparentes e democráticas do mundo.

Segundo Pacheco Neto, o caminho trilhado por seu país tem como base três eixos: transparência, igualdade e educação. “A Lei de Transparência da Suécia é de 1.766”, pontuou. Em termos de comparação, a Lei de Acesso à Informação entrou em vigor no Brasil em 2012 e ainda não foi regulamentada na maioria dos municípios brasileiros.

O cônsul geral destacou a importância da educação para reduzir as desigualdades e dar maior poder de fiscalização aos cidadãos. Ele informou que a educação fundamental é obrigatória para todas as crianças suecas desde 1847.

Em relação ao sistema político, Pacheco Neto relatou que a Suécia é uma monarquia parlamentar, em que 50% dos atuais ministros são mulheres. Os vereadores, em geral, não recebem salários. “Fazem por vocação e contribuição ao seu país”, argumentou.

Os políticos não têm privilégios, foro privilegiado ou imunidade parlamentar. “[O político] não é autoridade e não está acima do cidadão”, afirmou o cônsul geral.

O sistema eleitoral sueco tem cláusula de barreira. Para ter representação no parlamento, o partido político precisa obter, no mínimo, 4% dos votos. Atualmente, oito partidos cumprem essa cláusula e estão representados no parlamento.

Confira aqui o material utilizado na apresentação do cônsul geral da Suécia no evento.

Para finalizar sua palestra, o representante da Suécia exibiu o vídeo com trecho de uma reportagem realizada por emissora de TV brasileira sobre o sistema político de seu país.

Em seguida, respondeu perguntas dos participantes do debate, que demonstraram grande interesse pelo tema.

Respondendo a uma dessas perguntas, ele apontou um caminho para o Brasil que inclui “transparência, no curto prazo, igualdade, no médio prazo, e educação, com resultados no longo prazo”.

De acordo com Pacheco Neto, para mudar, o país deveria começar por uma reforma política. “Acabaria com todos os cargos em comissão e direcionaria todos esses recursos para a educação”, complementou. Ele lembrou ainda que um parlamentar sueco custa 13 vezes menos que um parlamentar brasileiro.

O cônsul geral ressaltou que a Suécia não é um país perfeito e citou alguns casos de corrupção e desvio de conduta de autoridades – pequenos em comparação com o que é presenciado no Brasil. Em sua avaliação, sociedade sem corrupção é uma utopia, igual a um país sem gripe. “O que não pode é deixar o problema [a corrupção ou a gripe] virar epidemia”, defendeu.

Ao abrir o evento, o coordenador geral da Rede Nossa São Paulo, Ode Grajew, explicou a estratégia de mostrar casos exemplares, referências que podem servir de inspiração para governantes e sociedade civil. Ele pediu que as pessoas verificassem como são os gastos da Câmara Municipal de São Paulo, “até para efeito de comparação”.

Jorge Abrahão, diretor-presidente do Instituto Ethos, considerou que o momento atual, em que os brasileiros estão vivendo um dilema tão grande, pode ser também uma grande oportunidade. “A pergunta que fica é por que alguns países conseguem avançar e outros não”, questionou ele, para responder em seguida: “Os países que avançaram conseguiram construir alguma coisa coletiva e desatar o nó [do desenvolvimento econômico e social]”.

Para Marcos Vinícius de Campos, diretor executivo da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS), o sistema político da Suécia pode ser uma inspiração. Ele defendeu a necessidade de uma profunda reforma eleitoral, partidária e política no Brasil.

“Se conseguirmos entender como a experiência da Suécia pode nos inspirar, já terá valido a pena [a realização do debate]”, avaliou Campos.


#ProgramaDiferente debate o ódio e a intolerância na internet

Ao acompanhar o lançamento do livro “O que aprendi sendo xingado na internet”, do jornalista, blogueiro e cientista político Leonardo Sakamoto, o #ProgramaDiferente debate a polarização, o ódio e a intolerância nas redes sociais.

Assista "Meia hora de reflexão sobre o ódio na internet", onde, além do próprio Sakamoto, são ouvidos os jornalistasJuca Kfouri e Eliane Brum; a fundadora da ONG feminista Think Olga, Juliana de Faria; a universitária Nátaly Neri, criadora do canal Afros e Afins; e PC Siqueira, youtuber (dos canais maspoxavida e Rolê Gourmet) e apresentador de TV.

Quais os limites entre a liberdade de expressão e a prática de um crime? Como combater o preconceito e enfrentar com civilidade as divergências, os ânimos exaltados, a intransigência e as polêmicas intermináveis na internet? Que momento é este que vivemos no Brasil, com cenas de estupro compartilhadas nas redes sociais? Assista e reflita.


Debate sobre o sistema político da Suécia: uma reflexão oportuna para o Brasil atual

Marcado para o dia 8 de junho, evento apresentará e discutirá um modelo em que os políticos não têm mordomias e ganham apenas 50% de um professor primário. Participe!

Um país onde os políticos andam de ônibus e bicicleta, carregam seu computador pessoal para o trabalho, cuidam da casa e da própria roupa, cozinham e vivem modestamente em apartamentos funcionais de 18 metros quadrados. E onde um deputado, por exemplo, ganha apenas 50% a mais do que um professor primário.

Essa é a realidade da Suécia, uma nação pobre até o início do século XX e que hoje está entre as mais justas, sustentáveis, transparentes e democráticas do mundo.

Para apresentar e discutir como a sociedade sueca conseguiu se estruturar para manter esse sistema político, que não prevê excelências nem mordomias aos representantes do povo e que facilita a ampla participação da sociedade, convidamos para um encontro no próximo dia 8 de junho.

Reflexão mais do que oportuna diante da atual conjuntura política no Brasil.

No encontro, o cônsul geral da Suécia, Renato Pacheco Neto, fará uma palestra sobre o assunto. Após sua apresentação, será aberta a palavra para perguntas do público.

A iniciativa é da Rede Nossa São Paulo, do Instituto Ethos, da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS) e do Consulado Geral da Suécia em São Paulo.

Serviço:

Debate sobre o sistema político da Suécia: uma reflexão oportuna para o Brasil atual
Data: dia 8 de junho de 2016
Horário: das 10h00 às 12h30
Local: Sesc Vila Mariana
Endereço: Rua Pelotas, 141 – Vila Mariana (Estação do Metrô mais próxima Ana Rosa)

Clique aqui para confirmar presença.

Agende-se e participe!


Convite: Debate Cedem/Unesp sobre o Golpe de 64 e a atual conjuntura brasileira

A Fundação Astrojildo Pereira lhe convida e aos seus amigos a participarem do Debate Cedem/Unesp sobre o Golpe de 64 e a atual conjuntura brasileira, nesta quinta (dia 28), às 19h, debate que contará com a presença do historiador Ivan Alves Filho.

Na oportunidade, haverá lançamento dos livros "O Historiador e o Tapeceiro" e "1964 - As armas da política e as ilusões armadas". Será um prazer contar com sua presença. Espalhe a boa nova aos seus familiares e amigos.

Tema: 1964
Data e horário: 28/04/2016 (5ª feira), Às 19h
Local: Praça da Sé, 108 - 1º andar (metrô Sé)
Informações: (11) 3116-1701

Palestrantes:
Francisco Paz
José Luiz del Roio
Ivan Alves Filho


João Doria e Andrea Matarazzo vão disputar o 2º turno das prévias do PSDB

O #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, faz em primeira mão uma análise do resultado do 1º turno das prévias para a escolha do candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, realizado neste domingo, 28 de fevereiro, e também uma projeção do 2º turno entre o empresário João Doria Jr. e o vereador Andrea Matarazzo, agendado para o dia 20 de março. Assista.

Com mais de seis horas de atraso, às 2h da manhã desta segunda-feira, foram anunciados os votos dos três pré-candidatos tucanos: num total de 6.216 votos apurados, muito abaixo da expectativa, Doria ficou à frente com 43,13% (2.681 votos), contra 32,89% de Matarazzo (2.045 votos). Em terceiro lugar, com 22,31%, ficou o deputado federal Ricardo Tripoli (1.387 votos). Outros 260 votos, de pelo menos quatro zonais, ficaram de fora da totalização por problemas técnicos (mas eles não alterariam o resultado final).

As votações e a apuração foram marcadas por polêmicas, confusões e até agressões físicas (flagradas em pelo menos um diretório, o do Tatuapé). Antes da divulgação dos números, o ex-governador Alberto Goldman e o presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal, pediram à executiva municipal do PSDB a impugnação da pré-candidatura de Doria.

Segundo a petição de Goldman, apoiador de Matarazzo, e Aníbal, aliado de Tripoli, o adversário João Doriateria cometido abuso de poder econômico, propaganda irregular nas proximidades dos locais de votação (com panfletos, cavaletes e carro de som), transporte de eleitores, boca-de-urna e infrações da lei da Cidade Limpa.

Consultados, advogados contratados pelo PSDB informaram que a legislação eleitoral permite esse tipo de propaganda interna e externa nos dias de prévias partidárias. Outras denúncias ainda serão apuradas, mas o presidente do PSDB paulistano, vereador Mario Covas Neto, descartou qualquer possibilidade de cancelamento do resultado.

Reveja as entrevistas exclusivas que foram realizadas pelo #ProgramaDiferente com os pré-candidatos que se enfrentarão no 2º turno: o vereador Andrea Matarazzo e o empresário e apresentador de TV João Doria.

As entrevistas tiveram a participação de Humberto Laudares, do Movimento Onda Azul, e Fernando Gouveia, do site Implicante; além do jornalista e apresentador Mauricio Huertas e do presidente do PPS paulistano, Carlos Fernandes, ex-subprefeito da Lapa e supervisor de fiscalização da SPTrans nas gestões dos prefeitos José Serra eGilberto Kassab.


O #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, acompanha debate sobre a Ética na Política e ouve Pedro Simon e Miguel Reale Jr. sobre o Impeachment

#ProgramaDiferente, da TVFAP.net, conversa com o ex-senador Pedro Simon, com o jurista Miguel Reale Jr. e com Maria Lucia Bicudo, filha do jurista Helio Bicudo, ambos proponentes do impeachment da presidente Dilma Roussef, na abertura do debate sobre Ética na Política, organizado pela RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade) e pelo vereador Gilberto Natalini (PV) nesta terça-feira, 13 de outubro, na Câmara Municipal de São Paulo.


Exclusivo na TVFAP.net: Fernando Henrique Cardoso e "A Miséria da Política"

"Usar crise como mecanismo para chegar ao poder é versão moderna de golpe", afirmou a quase ex-presidente Dilma Roussef, em mais uma demonstração explícita de autismo político.

"Eu não conheço quem esteja usando a crise (para dar golpe). Todo mundo está sofrendo com a crise. E quem está sofrendo não quer dar golpe, quer se livrar da crise. Na medida em que o governo faz parte da crise, começaram a perguntar se ele vai durar, mas isso não é golpe", respondeu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

No lançamento de "A Miséria da Política - Crônicas do Lulopetismo e outros Escritos", livro no qual reúne artigos publicados desde 2010, além da  transcrição de dois discursos, FHC se apresenta como o mais lúcido, equilibrado e coerente líder tucano.

Num bate-papo com os jornalistas Eliane Cantanhêde e Ricardo Gandour - exibido na íntegra, com exclusividade, pela TVFAP.net - ele mostra a leveza que só o "peso" da idade permite.

Bem humorado, acessível, com a popularidade em alta, FHC se dedica a analisar o Brasil, a crise do governo e a derrocada do que chama de "lulpetismo", ou a transformação de um governo de coalizão em governo de cooptação.

"Esses governos que estão aí levaram o Brasil à quebra. Quebrou o tesouro, quebraram os recursos. E a sociedade não quer mais pagar imposto. Então, tem um impasse muito grande. Ao mesmo tempo que há necessidade, que a população pede ao governo, a população diz 'eu não dou porque vocês não estão usando adequadamente’", afirmou o ex-presidente.

Para FHC, são necessárias pelo menos duas condições para que a hipótese de impeachment se concretize. "O impeachment precisa de duas condições: uma é a perda de capacidade de governar. Essa, parece que está existindo. A outra é você ter uma condição de responsabilidade objetiva", declarou FHC"Portanto, não se trata de uma torcida, mas há fatos apontados por canais institucionais".

O "pós-PT" também foi tratado por FHC. Para ele, se concretizado o afastamento de Dilma (por impeachment, renúncia ou cassação), o Brasil exigirá um pacto para sair da crise e garantir a governabilidade, do qual todos os partidos e as principais lideranças políticas devem participar.

Fez uma comparação do momento atual com o governo de transição do presidente Itamar Franco, após o impeachment de Collor ("hoje, porém, a crise é mais grave"), do qual foi ministro da Fazenda (segundo ele, por insistência de Roberto Freire, então líder do governo no Senado), e reiterou que é preciso ter novas lideranças com um discurso "compatível, unindo o social com o econômico e o político". Citou nominalmente Marina Silva como exemplo de liderança íntegra que deve ser chamada a este pacto para "renovar a esperança com confiança".