Consumo e produção responsáveis

Países latino-americanos se comprometem a garantir recursos para o combate à fome

Mais de 60 legisladores de países de toda a região de América Latina e Caribe assinaram uma declaração que pede o fortalecimento dos orçamentos nacionais destinados às políticas e programas de segurança alimentar para erradicar a fome e a pobreza na região, afirmou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) na segunda-feira (14).

Mais de 60 legisladores de países de toda a região de América Latina e Caribe assinaram uma declaração que pede o fortalecimento dos orçamentos nacionais destinados às políticas e programas de segurança alimentar para erradicar a fome e a pobreza na região, afirmou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) na segunda-feira (14).

No fim do 7º Fórum da Frente Parlamentar contra a Fome da América Latina e do Caribe, ocorrido na Cidade do México, os parlamentares pediram que as nações reunidas no encontro evitem reduções orçamentárias nos próximos anos que possam afetar a realização progressiva do direito humano à alimentação.

Em sua declaração final, expressaram a intenção de contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas que conjuguem aspectos sociais, produtivos, territoriais e ambientais para fortalecer a segurança alimentar.

“Nos comprometemos a fortalecer os sistemas de monitoramento e acompanhamento da insegurança alimentar e nutricional para alcançar as metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, afirmou a recém-eleita coordenadora geral das frentes parlamentares, a senadora mexicana Luisa María Calderón.

Combater a obesidade e fomentar a alimentação saudável

Durante o fórum, os parlamentares estabeleceram como prioridade trabalhar para combater o sobrepeso e a obesidade, em especial entre meninos, meninas e adolescentes, estabelecendo esse tema em suas agendas legislativas nacionais.

Também se comprometeram a desenvolver mecanismos legais para garantir o acesso a alimentos saudáveis e nutritivos de forma ininterrupta, e fomentar a criação de políticas públicas que promovam o consumo responsável e a redução do desperdício e das perdas alimentares.

Os parlamentares reconheceram que a agricultura familiar é um setor estratégico para a conquista da segurança alimentar e nutricional na América Latina e no Caribe, e disseram que promoverão políticas diferenciadas de tipo produtivo, social e agroecológico para fortalecê-la.

Durante o evento, também concordaram em desenvolver instrumentos para melhorar o acesso a recursos financeiros, fomentando circuitos de comercialização local. Outra meta é buscar estratégias de desenvolvimento social e de redução da pobreza que deem especial atenção ao setor rural e às comunidades indígenas e afrodescendentes, promovendo a participação social e o desenvolvimento territorial, afirmou a declaração.

Em matéria econômica, os parlamentares se comprometeram a promover mecanismos que apoiem preços justos através de compras públicas à agricultura familiar, além de impulsionar as cooperativas e o desenvolvimento das cadeias de valor.

Os legisladores designaram o Uruguai como país anfitrião do 8º Fórum das Frentes Parlamentares contra a Fome da América Latina e do Caribe 2017.

As agências de cooperação para o desenvolvimento de México, Espanha e Brasil, assim o Parlamento Latino-Americano e Caribenho e a FAO, apoiam o trabalho da frente, considerada um espaço de troca para a realização efetiva do direito humano à alimentação adequada na região.


Fonte: nacoesunidas.org


Preservar oceanos é fundamental para a manutenção da vida em todo o planeta, destaca chefe da ONU

Nesta quarta-feira (8), as Nações Unidas celebram o Dia Mundial dos Oceanos e chamam atenção para os perigos enfrentados pela vida marinha. Cerca de 20 milhões de toneladas de plástico são despejadas anualmente nos mares, ameaçando animais aquáticos e também humanos que se alimentam de frutos do mar.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, alertou nesta quarta-feira (8) – Dia Mundial dos Oceanos – que a preservação dos mares é fundamental para a manutenção da vida na Terra. O chefe da ONU destacou que os oceanos contribuem para a regulação do clima, além de oferecerem recursos naturais e alimentos para bilhões de pessoas.

“Embora os oceanos pareçam infinitos, sua capacidade de resistir às atividades humanas é limitada, particularmente porque eles também enfrentam as ameaças colocadas pelas mudanças climáticas”, destacou Ban Ki-moon.

Em 2016, as celebrações do Dia Mundial contam com o tema “Oceanos saudáveis, planeta saudável”. Atividades na sede das Nações Unidas em Nova York e em outras partes do mundo vão chamar atenção para os riscos associados ao despejo de cerca 20 milhões toneladas de plástico nos mares por ano.

https://twitter.com/UNESCOBrasil/status/740513790328856576

A poluição provocada por esse tipo material ameaça não apenas os animais aquáticos – que confundem as micropartículas de plástico com alimento –, mas também as pessoas que comem essas espécies e podem acabar ingerindo o poluente.

Ban Ki-moon também destacou a importância da pesquisa científica, que fornece informações importantes sobre os perigos enfrentados pela vida marítima. O secretário-geral lembrou que, em dezembro do ano passado, a Assembleia Geral da ONU recebeu a primeira Avaliação Mundial do Oceano – relatório que foi publicado em janeiro de 2016 contendo um panorama sobre o atual estado dos mares.

‘Oceano é chave para nova Agenda Global’

Também por ocasião do Dia Mundial, a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, ressaltou que os oceanos “são parte integral de nosso planeta e um componente absolutamente essencial das vidas humanas, dos meios de subsistência e do meio ambiente que nos sustenta”.

“Da pesca e do turismo ao transporte e à regulação climática, o oceano é chave para implementar a nova Agenda Global”, enfatizou a dirigente, que lembrou que um dos novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) é dedicado à conservação da vida na água.

“Seja no litoral ou no alto-mar longe de todos, a salvaguarda de sítios marinhos ricos em biodiversidade é essencial para se garantir o uso sustentável e de longo prazo de recursos naturais preciosos.”

Bokova lembrou ainda que a UNESCO possui uma Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI), responsável por apoiar os Estados-membros na implementação das metas relativas à vida marinha da Agenda 2030. “A COI está comprometida com o incentivo ao desenvolvimento de políticas nacionais que promovam o crescimento sustentável ambientalmente consciente.”


Fonte: nacoesunidas.org