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Cineclube é reaberto no centro de Brasília com entrada gratuita

Espaço leva o nome do documentarista e cineasta paraibano Vladimir Carvalho e voltará a funcionar no dia 3 de setembro

Cleomar Almeida, da equipe FAP

Fãs da sétima arte e público em geral voltarão a ter mais um local para assistir a uma série de filmes, gratuitamente, na área central de Brasília. A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) vai reabrir, no dia 3 de setembro, o Cineclube Vladimir Carvalho, que leva o nome do cineasta e documentarista paraibano de 86 anos, com exibição de um filme por semana, às sextas-feiras, a partir das 13h30.

Fechado ao público desde o início da pandemia da Covid-19 no Brasil, em março de 2020, por causa da recomendação de isolamento social, o cineclube será reaberto e seguirá, rigorosamente, as orientações das autoridades sanitárias, como higienização e distanciamento entre as pessoas. A unidade funciona no Espaço Arildo Dória, em cima da Biblioteca Salomão Malina, que foi reaberta ao público em junho, dentro do Conic. Veja a programação de filmes ao final desta reportagem.





Com carreira que se confunde com a história do cinema brasileiro, Carvalho disse que o cineclube serve para valorizar e divulgar a produção cinematográfica de qualidade. “Vamos, portanto, em frente, com o mesmo propósito de divulgarmos o bom cinema, com filmes que reflitam sobre a nossa realidade social, cultural e humana”, afirmou.

A reabertura do local, de acordo com o cineasta radicado em Brasília, serve, ainda, para fortalecer a “tradição do movimento cineclubista” e aumentar a oportunidade de acesso aos filmes por parte do público, o que, segundo ele, também é potencializado pelos serviços de streaming.

“Reconhecemos as características do tempo atual, em que a presença de novas mídias facilita, de modo exponencial, o acesso aos filmes”, afirmou, para continuar: “Nossa intenção é mantermos e ampliar o nível de nossa programação, uma vez que colocamos o cinema como algo acima do mero divertimento e sublinhado o seu caráter de instrumento crítico e elucidativo da trajetória humana em todos os seus aspectos”.

Diretor-geral da FAP, consultor do Senado e sociólogo, Caetano Araújo lembrou que, mesmo durante o seu fechamento durante a pandemia, o cineclube continuou a indicar filmes ao público por meio das redes sociais da fundação e da biblioteca.


FILMES E CURTAS DO MÊS


Cena de A Hora da Estrela. Foto: Reprodução
Cena de A Hora da Estrela. Foto: Reprodução
Cena de A Hora da Estrela. Foto: Reprodução
Cena de A Hora da Estrela. Foto: Reprodução
Cena de A Hora da Estrela. Foto: Reprodução
Cena de Mar de Rosas. Foto: Reprodução
Cena de Mar de Rosas. Foto: Reprodução
Cena de O Grande Momento. Foto: Reprodução
Cena de O Grande Momento. Foto: Reprodução
Cena de O Grande Momento. Foto: Reprodução
Cena de Arruanda. Foto: Reprodução
Cena de Arruanda. Foto: Reprodução
Cena de Di Cavalcante. Foto: Reprodução
Cena de Di Cavalcante. Foto: Reprodução
Cena de Arraial do cabo. Foto: Reprodução
Cena de Arraial do cabo. Foto: Reprodução
Cena de A Velha a Fiar. Foto: Reprodução
Cena de A Velha a Fiar. Foto: Reprodução
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Cena de A Hora da Estrela. Foto: Reprodução
Cena de A Hora da Estrela. Foto: Reprodução
Cena de A Hora da Estrela. Foto: Reprodução
Cena de A Hora da Estrela. Foto: Reprodução
Cena de A Hora da Estrela. Foto: Reprodução
Cena de Mar de Rosas. Foto: Reprodução
Cena de Mar de Rosas. Foto: Reprodução
Cena de O Grande Momento. Foto: Reprodução
Cena de O Grande Momento. Foto: Reprodução
Cena de O Grande Momento. Foto: Reprodução
Cena de Arruanda. Foto: Reprodução
Cena de Arruanda. Foto: Reprodução
Cena de Di Cavalcante. Foto: Reprodução
Cena de Di Cavalcante. Foto: Reprodução
Cena de Arraial do cabo. Foto: Reprodução
Cena de Arraial do cabo. Foto: Reprodução
Cena de A Velha a Fiar. Foto: Reprodução
Cena de A Velha a Fiar. Foto: Reprodução
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Araújo disse que, ao menos por enquanto, o cenário é propício para a reabertura do cineclube, já que mais de 80% dos adultos no Distrito Federal tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19. “Avaliamos que é o momento de recuperar a forma original, presencial, do cineclube”, acentuou.

O diretor explicou que os filmes exibidos passam por uma criteriosa avaliação e seleção, considerando a relevância de cada um para o cinema e o país como um todo. “São filmes que têm um significado importante na tradição cinematográfica do país e que refletem a realidade social e política brasileira”, asseverou.

O sociólogo lembrou, ainda, que a fundação mantém seu compromisso de valorização da cultura e do cinema. Por isso, ele convidou o público para também assistir aos filmes selecionados na programação de pré-celebração do centenário da Semana de Arte Moderna, que são exibidos, a cada 15 dias, em debates divulgados no portal e redes sociais da FAP.


Confira a localização da Biblioteca Salomão Malina / Cineclube Vladimir Carvalho




A seguir, veja a programação do Cineclube Vladimir Carvalho em setembro:

Filmes

Dia 03/09

A HORA DA ESTRELA

SINOPSE:
Macabéa (Marcélia Cartaxo) é uma imigrante nordestina, que vive em São Paulo. Ela trabalha como datilógrafa em uma pequena firma e vive em uma pensão miserável, onde divide o quarto com outras três mulheres. Macabéa não tem ambições, apesar de sentir desejo e querer ter um namorado. Um dia ela conhece Olímpico (José Dumont), um operário metalúrgico com quem inicia namoro. Só que Glória (Tamara Taxman), colega de trabalho de Macabéa, tem outros planos após se consultar com uma cartomante (Fernanda Montenegro).
Ano: 1986
Duração: 1h 36min / Comédia dramática
Direção: Suzana Amaral
Roteiro Suzana Amaral, Clarice Lispector
Elenco: Marcelia Cartaxo, José Dumont, Tamara Taxman

Dia 10/09

O GRANDE MOMENTO

SINOPSE:
Um jovem paulista da classe média vê os seus problemas financeiros quase estragarem o dia de seu casamento. Acontece que ele não tem dinheiro pra pagar os últimos preparativos. Correndo contra o tempo, ele se vê forçado a vender tudo que possui de mais valor, inclusive sua bicicleta, para poder arcar a festa, o alfaiate e até a noite de núpcias.
Ano: 1958
Duração: 1h 20min / Drama
Direção: Roberto Santos
Roteiro Roberto Santos
Elenco: Gianfrancesco Guarnieri, Myriam Pérsia, Jayme Barcellos

Dia: 17/10

MAR DE ROSAS

SINOPSE:
Sérgio (Hugo Carvana) e Felicidade (Norma Bengell) chegam a um hotel no Rio de Janeiro, com a filha adolescente, Betinha (Cristina Pereira), discutindo o relacionamento. Uma briga que culmina na esposa agredindo o marido com uma navalha. Acreditando que o marido está morto, ela foge com Betinha de volta para São Paulo. Uma viagem que se torna um jogo de manipulações e violência.
Data: 1978
Duração: 1h 39min / Drama, Comédia
Direção: Ana Carolina
Roteiro Ana Carolina, Isabel Câmara
Elenco: Norma Bengell, Cristina Pereira, Hugo Carvana

Dia 24/09 - Curtas-metragens

ARRUANDA

SINOPSE:
Década de 1960, Brasil. O registro da vida dentro do quilombo Olho d'Água da Serra do Talhado, em Santana do Sabugi, no estado da Paraíba, nordeste do Brasil, onde (sobre)vivem diversas famílias em situações e condições primitivas, uma vez que este quilombo está oficial e institucionalmente isolado do resto do território brasileiro.
Data: 1960
Duração: 0h 20min / Documentário
Direção: Linduarte Noronha

DI CAVALCANTE

SINOPSE:
Homenagem ao pintor, desenhista e ilustrador brasileiro Emiliano di Cavalcanti (1987-197), mais conhecido como Di Cavalcanti, um dos artistas mais importantes do movimento modernista no Brasil. O documentário registra o enterro do pintor e narra a trajetória e as obras do artista através de uma narração poética, baseada nos escritos de Augusto dos Anjos e Vinícius de Moraes.
Data: 1979
Duração: 0h 18min / Documentário
Direção: Glauber Rocha
Roteiro Glauber Rocha
Elenco: Joel Barcellos, Antonio Pitanga, Marina Montini
Título original Di Cavalcanti

ARRAIAL DO CABO

SINOPSE:
Quando uma produtora de sal marinho se estabelece em Arraial do Cabo, Rio de Janeiro, duas realidades distintas se impõem: a dos funcionários da fábrica e a do povoado de pescadores, ameaçado pela empresa.
Data: 1960
Duração: 0h 17min / Documentário
Direção: Mário Carneiro, Paulo César Saraceni

A VELHA A FIAR

SINOPSE:
A Velha a Fiar é um curta-metragem brasileiro de 1964 dirigido por Humberto Mauro, com a música popular homônima cantada pelo Trio Irakitan. Uma joia do cinema brasileiro, esse curta-metragem chegou a ser considerado pelos críticos como um dos primeiros videoclipes do mundo.
Data: 1964
Duração: 0h 06min / Documentário
Direção: Humberto Mauro
Roteiro Glauber Rocha
Elenco: Mateus Colaço

Reabertura do Cineclube Vladimir Carvalho
Onde: Espaço Arildo Dória, em cima da Biblioteca Salomão Malina, no Conic, região central de Brasília (DF)
Dia: 3/9/2021
Horário: 13h30
Realização: Fundação Astrojildo Pereira, Biblioteca Salomão Malina e Cineclube Vladimir Carvalho

Edmílson Caminha: O cineasta Vladimir, de São Saruê a Brasília

Cineclube Vladimir Carvalho indica filmes para comemorar Dia do Nordestino

Cineclube Vladimir Carvalho indica filmes sobre racismo e violência policial

Racismo: Cineclube Vladimir Carvalho indica filmes para ver após manifestações

Cineclube Vladimir Carvalho indica filmes sobre isolamento social e epidemias

Cineclube Vladimir Carvalho exibe quatro filmes brasileiros neste mês de janeiro

Filmes debatem fatos políticos e históricos no mês das eleições

Filmes destacam o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

Brasília volta a ter cineclube de graça com nova programação


Biblioteca Salomão Malina retoma atendimento presencial em Brasília

Unidade da FAP adotará uma série de medidas de enfrentamento à pandemia da Covid-19 para retomar o atendimento. Local conta com acesso gratuito à internet e acervo de mais de 3,5 mil livros para empréstimo

Brasília voltou a ter, nesta quarta-feira (30/6), mais uma opção de local de estudo e leitura, com acesso gratuito à internet e mais de 3,5 mil livros para empréstimo, sem qualquer custo, no Conic, no meio da capital federal. Mantida pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), a Biblioteca Salomão Malina foi reaberta ao público quase um ano e meio depois de suspender atendimento presencial por causa da pandemia da Covid-19.

O técnico em enfermagem e recém-graduado em filosofia Carlos Gustavo Araújo dos Santos, de 29 anos, é um dos que já comemoram a reabertura da unidade mantida pela FAP. “A biblioteca significa muito para mim”, destaca. “Quando estava fazendo meu trabalho de conclusão de curso, foi o meio acessível de estudo e pesquisa por ter acervo com livros de qualidade disponibilizados gratuitamente”, afirma.



Conheça a Biblioteca Salomão Malina!


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A biblioteca foi reaberta com restrição de funcionamento, das 10h às 16h, sem fechamento no horário de almoço. Oito pessoas, no máximo, poderão usar o local no mesmo momento, considerando a necessidade de distanciamento social e outras medidas de enfrentamento à pandemia. Não há necessidade de agendamento prévio. Em 2019, no ano antes da crise sanitária global, a unidade da FAP atendeu a mais de 6 mil pessoas.

Durante o período em que ficou fechada para atendimento presencial, a biblioteca manteve as atividades administrativas e aumentou a quantidade de livros editados pela FAP à venda na internet. Já são 32 títulos disponíveis para aquisição em plataformas digitais sobre assuntos de interesse público, como política, meio ambiente e democracia, entre outros. Veja relação de todos ao final desta reportagem.


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Além de oferecer serviços de leitura e estudo em ambiente climatizado, a Biblioteca Salomão Malina faz doação de livros. Em maio, a Library of Congress Office, uma das maiores bibliotecas de Washington (EUA), fez o mais recente pedido de doação de livros do acervo da unidade mantida pela FAP.

A solicitação foi realizada pela bibliotecária sênior e representante da Library of Congress Office em Brasília, Elen Rocha. Ela também já enviou algumas publicações doadas pela biblioteca da FAP para a Biblioteca Jurídica em Washington, que, em seu acervo virtual (https://catalog.loc.gov/), disponibiliza 72 títulos relacionados à Fundação Astrojildo Pereira.


Confira a localização da Biblioteca Salomão Malina





Plano de retomada
Para retomar o atendimento presencial gradativamente, a Biblioteca Salomão Malina elaborou um plano, seguindo rigorosamente os protocolos de enfrentamento à pandemia da Covid-19. Como não há necessidade de agendamento prévio para as pessoas terem acesso ao local, a unidade vai disponibilizar todas as informações necessárias ao público logo na porta de entrada.

O controle de vagas disponíveis no espaço será sinalizado na porta principal da entrada da biblioteca da seguinte forma: um caderno em espiral plastificado com as numerações de 0 a 8 ficará pendurado na porta de vidro, sinalizando a quantidade de vagas disponíveis, à medida em que os leitores chegarem para utilizar o espaço ou o deixarem.

Na entrada da biblioteca, será aferida a temperatura de cada usuário, com orientação da utilização do álcool em gel nas mãos. O usuário deverá fazer a assinatura no caderno de presença, com canetas previamente higienizadas, e receberá a chave do guarda volumes, também higienizada.


Procedimentos

Serão adotados os seguintes protocolos na biblioteca:

» Disponibilização de álcool em gel na entrada;

» Disponibilização de álcool 70% em borrifadores para os próprios usuários higienizarem mesas e cadeiras, quando acharem necessário. (Antes da pandemia, já havia essa prática na biblioteca);

» Aferição de temperatura de todos os usuários, visitantes e funcionários antes de entrar no ambiente. Caso a temperatura detectada seja superior à 37,8°C, a pessoa será orientada a procurar os serviços de saúde e não poderá entrar na biblioteca;

» Sinalização na entrada da biblioteca: informações sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras, sobre o distanciamento de 2 metros entre as pessoas e sobre higienizar as mãos com álcool em gel;

» Proibir a entrada e a circulação de qualquer pessoa nas dependências da biblioteca sem o uso de máscaras, garantindo que estas sejam utilizadas de forma correta, cobrindo totalmente a boca e o nariz, e estejam bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços laterais;

» Excepcionalmente, a biblioteca poderá fornecer máscara a visitante que não possua;

» Solicitar aos usuários e visitantes que observem todas as orientações de prevenção à Covid-19 adotadas na biblioteca.


Estrutura física

» A mesa coletiva poderá ser ocupada apenas por quatro pessoas, sentadas de forma intercalada, sendo a mesa subdividida por placas de proteção de acrílico, delimitando os espaços;

» Os dois sofás terão um de seus assentos demarcado para não ser utilizado;

» Das três baias individuais de estudo, apenas duas estarão disponíveis. A baia do centro será isolada para manter o distanciamento mínimo de 2 metros entre as pessoas;

» Demarcação com fitas no chão, a cada 2 metros, para o distanciamento nas filas dos balcões de atendimento;

» Balcão de atendimento receberá uma estrutura em acrílico para bloquear o espaço entre o funcionário e o usuário;

» Será evitado o uso de ar condicionado e privilegiada a ventilação natural. Para isso, janelas e portas ficarão abertas;


Acervo

» O acervo será isolado por separadores de fila. O leitor deverá solicitar no balcão o livro desejado e um dos funcionários irá retirar o(s) livro(s) com luvas;

» Após a utilização, os livros serão recolhidos e isolados em quarentena por 10 dias (tempo relativo para tornar corona vírus indetectável);

» Após o período de quarentena, os livros deverão retornar ao acervo;

» Não serão disponibilizados jornais e revistas para precaver qualquer tipo de contaminação em materiais bibliográficos que são compartilhados;

» O recebimento de doações de livros ficará suspensa temporariamente.


Acervo
Veja, abaixo, livros sobre o PCB disponíveis ao público na Biblioteca Salomão Malina, em Brasília



Venda na internet

Veja, abaixo, a relação de obras da FAP à venda nos sites da Amazon, Americanas, Submarino e Shoptime

-TÍTULOSAMERICANASSUBMARINOSHOPTIME
A arquitetura fractal de Antonio Gramscihttps://bit.ly/3xgJmjChttps://bit.ly/3ghjcYBhttps://bit.ly/3gsb9qz
A história como presente : 46 pequenos ensaios sobre a história, seus caminhos e meioshttps://bit.ly/35RxRn5https://bit.ly/3deRKsshttps://bit.ly/3xYQnGl
Diálogos gramscianos sobre o Brasil: entrevistas com Luiz Werneck Viannahttps://bit.ly/3zSerfEhttps://bit.ly/3xW9aCehttps://bit.ly/3vWlvoy
Em um rabo de foguete: trauma e cultura políticahttps://bit.ly/3vWuRR3https://bit.ly/2SWA26dhttps://abre.ai/cXoj
Encontro de sonhos: história do PCB ao PPS no Amazonashttps://bit.ly/3wu3pLChttps://bit.ly/2S3k6i3https://bit.ly/2Swas7V
Gestão compartilhada e governo reto em Vitória - EShttps://bit.ly/3csfYPBhttps://bit.ly/356fASDhttps://bit.ly/3wbLpoV
Gestão Pública e Social: Apoiando as Organizações que Lidam com Recursos Públicos ...https://bit.ly/2TZOOckhttps://bit.ly/2SBfhN8https://bit.ly/3zrJ6jL
Gramsci no Seu Tempohttps://bit.ly/35pHzNqhttps://bit.ly/3pZJ8Lrhttps://bit.ly/3xnFEF5
Grando, presente!https://bit.ly/3dmnFazhttps://bit.ly/3w4QFdjhttps://bit.ly/3h88iVe
Itinerários para uma esquerda democráticahttps://bit.ly/2SfJ79Thttps://bit.ly/3gbQ2dchttps://bit.ly/35by8AQ
Jalapão : ontem & hojehttps://bit.ly/3jeAc3Bhttps://bit.ly/3jigKTohttps://bit.ly/35ZqQ3z
Kamba’race. Afrodescendências no Exército Brasileirohttps://bit.ly/3wS5m4Fhttps://bit.ly/3h7ZOMQhttps://abre.ai/cXom
Máfia das Caatingashttps://bit.ly/3h2KqRThttps://bit.ly/3jhXBkvhttps://bit.ly/3je3uPO
Modernidades Alternativas. O Século XX de Antonio Gramscihttps://bit.ly/2ToqhgYhttps://bit.ly/3wvtvh4https://bit.ly/3wuXaXJ
Myrthes Bevilacqua: Memória Em Fragmentoshttps://bit.ly/3wWOCJBhttps://bit.ly/3jdZmiBhttps://abre.ai/cXoq
Na Trincheira da Verdade: Meio Século de Jornalismo na Amazôniahttps://bit.ly/3ivUXHvhttps://bit.ly/3cz5ptZhttps://bit.ly/3g75gjM
O Impeachment de Dilma Rousseff: Crônicas de uma Queda Anunciadahttps://bit.ly/3h8hBDnhttps://bit.ly/2U7IiAzhttps://bit.ly/2Tg8V5Z
Perspectivas de Desenvolvimento no Município De Uberlândiahttps://bit.ly/3vbOR1yhttps://bit.ly/3wcC5kNhttps://bit.ly/3glzezn
Política em movimento: Roberto Freire na imprensa - 2.ed.https://bit.ly/3jbF0qkhttps://bit.ly/2TdfTZuhttps://bit.ly/3hcmuvr
Presença negra no Brasil: século XVI ao início do século XXIhttps://bit.ly/3gqMuTdhttps://bit.ly/3grSZ9Lhttps://bit.ly/3vtqXic
Reformismo de esquerda e democracia políticahttps://bit.ly/3cwVvJchttps://bit.ly/3gq4Cwyhttps://bit.ly/3cxJiUS
Revista de Política e Cultura. Política Democrática nº 50https://bit.ly/2TeG0ishttps://bit.ly/3gaM5Wkhttps://bit.ly/3waQZYY
Revista de Política e Cultura. Política Democrática nº 51https://bit.ly/3wiUb4yhttps://bit.ly/3zeRq6thttps://bit.ly/3jmoHHb
Revista de Política e Cultura. Política Democrática nº 52https://bit.ly/35e7RC1https://bit.ly/2TB3NJKhttps://bit.ly/3wtzROa
Revista de Política e Cultura. Política Democrática nº 53https://bit.ly/3zrLcAihttps://bit.ly/3vbnvZJhttps://bit.ly/2Sitkam
Revista de Política e Cultura. Política Democrática nº 54https://bit.ly/35mb0Qzhttps://bit.ly/2Tt4SDfhttps://bit.ly/3gtVd8F
Revista de Política e Cultura. Política Democrática nº 55https://bit.ly/3A2L36rhttps://bit.ly/3gYSkwLhttps://bit.ly/3hcCddL
Revista de Política e Cultura. Política Democrática nº 56https://bit.ly/3qpC2jHhttps://bit.ly/3y0NN2vhttps://bit.ly/3qv4CQJ
Rubens Bueno. Pé Vermelho e Democrata Radicalhttps://bit.ly/2StlTNBhttps://bit.ly/3jfiTzmhttps://bit.ly/3A1e4zq
Um mundo de riscos e desafios: conquistar a sustentabilidade, reinventar a democracia ...https://bit.ly/3grZHfIhttps://bit.ly/35snmXbhttps://bit.ly/3y5yEwH
Um Tijolo Para uma Construção Grandiosa: Memórias de Dina Lida Kinoshitahttps://bit.ly/3vXy17chttps://bit.ly/3zWRIz3https://abre.ai/cXor


Jovens relatam qualidade de empréstimo delivery gratuito da Biblioteca Salomão Malina

Entrega e busca de livros são realizadas sem nenhum custo para leitores cadastrados em Brasília e região

Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP

Durante o período da pandemia do coronavírus, a leitura passou a ser atividade ainda mais constante na vida dos estudantes Carlos Gustavo Araújo dos Santos, de 29 anos, Nayara Rayanne Vale, de 33, e Kelton Alexandre Pinto, de 28.  Moradores de regiões distintas ao redor de Brasília, eles mantêm acesa a paixão pelos livros, que lhes garante ótima terapia para lidar com o período de isolamento social.

Apesar de não se conhecerem, os três fazem parte do grupo de pessoas que usam o serviço de empréstimo delivery gratuito da Biblioteca Salomão Malina, mantida pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), no Conic, no Centro de Brasília. A iniciativa garante a entrega do livro na residência de cada pessoa interessada. A devolução é marcada no sistema da biblioteca, que disponibiliza profissional com transporte individual para também buscar a obra literária no mesmo endereço cadastrado e na data agendada.

‘Minha vida estava feita’

Nayara: "O serviço de entrega foi excepcional. Os livros chegaram bem embalados e higienizados. Perfeito". Foto: Divulgação

Nayara é uma das apaixonadas por livros e que também usa o serviço da Biblioteca Salomão Malina. Ela, que cursa História e trabalha como massoterapeuta e maquiadora, mora no Recanto das Emas, a 29 quilômetros de Brasília. Durante a quarentena, apegou-se ainda mais ao seu hábito de leitura, marcado pela versatilidade de gostos.

“Gosto de ler tudo. Amo ficção, sobrenatural e futuros distópicos, em que a imaginação corre solta e você fica preso do início ao fim. Gostos de livros de história, principalmente sobre mitologia grega, egípcia, hindu e cristã, das mais variadas formas”, conta. Ela conheceu a biblioteca e seus serviços por meio das redes sociais durante o período da pandemia.

A estudante foi a primeira usuária a se cadastrar de forma remota e a solicitar o serviço de empréstimo delivery, desde que foi lançado. Nesse contexto de isolamento social, a leitora ficou muito feliz com a iniciativa, a qual, segundo ela, vem ajudando-lhe a enfrentar a quarentena.

“Em plena época de pandemia, foi lançado o empréstimo delivery”, comemora Nayara. “Minha vida estava feita”, afirma. Segundo ela, os primeiros livros que solicitou foram Os Pensadores, de Descartes, e Horror Metafísico, de Leszek Kolakowski. “Maravilhosos. O serviço de entrega foi excepcional. Os livros chegaram bem embalados e higienizados. Perfeito. Eu indico pra todo mundo”, alegra-se.

Agradecimento registrado

Carlos colocou na dedicatória do seu trabalho um agradecimento à unidade pelo suporte recebido em sua pesquisa. Foto: Divulgação

Carlos Gustavo, por sua vez, mora em Taguatinga Norte, a cerca de 20 quilômetros da sede da biblioteca. Ele, que também é técnico em enfermagem, acabou de se formar em Filosofia. Seu primeiro contato com a biblioteca ocorreu ao passar pelo Conic. De lá para cá, vinha fortalecendo cada vez mais suas visitas na unidade, que teve de ser fechada para o público por causa do isolamento social.

De acordo com o estudante, a biblioteca lhe garantiu suporte para desenvolver seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), com o tema “A problemática da maldade na moralidade contemporânea”. Sua pesquisa foi embasada em livros como Materialismo histórico e Materialismo dialético, de Louis Althusser; Manifesto do Partido Comunista, de Karl Marx; e O espírito das leis, de Charles L. S. Montesquieu; além de obras de Zygmunt Bauman, como Ética pós-moderna, Cegueira Moral e Modernidade Líquida.

Devido à sua satisfação com a assistência à sua pesquisa recebida na biblioteca, Carlos colocou na dedicatória do seu trabalho um agradecimento à unidade pelo suporte recebido em sua pesquisa. Ele também já se beneficiou dos livros que ficam disponíveis para doação no quiosque cultural da biblioteca.

Leitura como entretenimento

Desde o fechamento da biblioteca para o público durante a pandemia, Kelton tem usado com frequência o serviço de empréstimo de livros em casa. Foto: Divulgação

Morador do Guará, a 15 quilômetros da biblioteca, Kelton também está no grupo de leitores que têm fortalecido a paixão pelos livros durante a pandemia, com apoio do serviço gratuito de empréstimo delivery. Ele, que é músico e voltou a estudar para se preparar para o vestibular e ingressar em uma faculdade, frequenta a biblioteca desde 2013, quando a conheceu por indicação de amigos.

Fã dos clássicos da literatura inglesa, ele vê na leitura um entretenimento. Já pegou emprestado livros como O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë;  O Retrato de Dorian Gray,  de Oscar Wilde; e  O Coração das Trevas, de Celso Paciornik. Desde o fechamento da biblioteca para o público durante a pandemia, o estudante tem usado com frequência o serviço de empréstimo de livros em casa.

Detalhes do empréstimo delivery

As pessoas interessadas podem entrar em contato pelo whatsapp oficial da Biblioteca Salomão Malina (61 984015561) para solicitarem o catálogo online com mais de 3,1 mil livros disponíveis para empréstimo. O serviço é oferecido a todos os leitores cadastrados na unidade. Para se cadastrar, é necessário enviar foto do documento oficial e comprovante de residência pelo whatsapp, além de fornecer demais dados pessoais necessários e de contato.

Após serem devolvidos, os livros são armazenados em local separado e apropriado antes de serem submetidos aos procedimentos de higienização indicados nas recomendações do SNBP (Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas). A Biblioteca Salomão Malina é privada. Em períodos normais, fica aberta ao público, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h

Leia também:

Biblioteca Salomão Malina oferece empréstimo de livro em casa, de forma gratuita


Cineclube Vladimir Carvalho exibe quatro filmes brasileiros neste mês de janeiro

Com entrada gratuita e mantido pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), local apresenta obras cinematográficas com o objetivo de ampliar discussões de temas relevantes para a sociedade

Cleomar Almeida

O documentário Rock Brasília, Era de Ouro será exibido, a partir das 16 horas da próxima sexta-feira (11), no Cineclube Vladimir Carvalho, localizado no Espaço Arildo Dória, no Conic, em Brasília. A obra cinematográfica é uma das quatro incluídas na programação de janeiro do cineclube, que tem entrada gratuita e é mantido pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), vinculada ao Partido Popular Socialista (PPS). As exibições passaram a ser às sextas-feiras, ainda em 2018, e não mais às terças.

Depois de passar por uma reforma e ser reinaugurado em dezembro de 2017, o cineclube iniciou um processo de redefinição de suas atividades e foi reaberto ao público com cadeiras almofadadas e removíveis. No dia de 4 setembro de 2018, o local passou a oferecer ao público uma programação semanal de filmes e documentários diversificados que, de acordo com a diretoria da FAP, tem como objetivo promover e ampliar as discussões de assuntos relevantes para a sociedade.

Dirigido por Vladimir Carvalho, o documentário Rock Brasília, Era de Ouro foi produzido, no Brasil, em 2011, e conta a trajetória do cenário musical da capital do país nos anos 1980, desde os primórdios das bandas embrionárias até a explosão nacional de grupos como Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude. Com duração de 1h20 e classificação indicativa de 14 anos, o documentário apresenta depoimentos de diversos músicos, familiares e personalidades importantes da época.

No dia 18 de janeiro, a partir das 16 horas, o Cineclube Vladimir Carvalho vai exibir o filme Noite de Reis, dirigido por Vinícius Reis, no Brasil, em 2013. O drama conta como, após uma tragédia familiar, mãe e filha começam a viver outra vez, aprendendo a lidar com a dor. A história é contada no litoral do Rio de Janeiro, onde a rotina da família é abalada com o inesperado retorno que deixou a mulher após a morte do filho. O encontro abre a dor da perda, mas retoma os caminhos da superação. O filme tem 1h33 de duração e é indicado para pessoas a partir de 12 anos de idade.

Já o romance Olga, dirigido por Jayme Monjardim, no Brasil, em 2011, será exibido no Cineclube Vladimir Carvalho no dia 25 de janeiro, a última sexta-feira do mês, a partir das 16 horas. Com classificação indicativa de 14 anos e 1h39 de duração, o filme conta a história de uma jovem judia alemã, que foi perseguida pela polícia e fugiu de Berlim para Moscou, no início do século 20. Em Moscou, ela recebeu treinamento militar e foi encarregada de acompanhar Luís Carlos Prestes de volta ao Brasil. Os dois terão de lutar pelo amor, pelo comunismo e pela sobrevivência.

Na primeira sexta-feira de janeiro de 2019, o público assistiu ao filme Rasga Coração, dirigido por Jorge Furtado, no Brasil, em 2013. Com classificação indicativa para pessoas a partir de 16 anos de idade e com 1h53 de duração, o drama conta a história de um homem que, ao mesmo tempo, é herói. Ele tem de enfrentar o caso de seu filho que pretende deixar a faculdade de Medicina e ingressar de vez no movimento hippie.

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Pública, Biblioteca Salomão Malina tem 5,9 mil usuários em 2018

Mantida pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em Brasília, biblioteca também recebeu 2.310 obras doadas no período

Por Cleomar Almeida

A Biblioteca Salomão Malina, mantida pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP) no Conic, em Brasília, alcançou 5.939 usuários no ano de 2018, de acordo com levantamento oficial. No total, a biblioteca pública também recebeu 2.310 obras doadas no período, o que, segundo a coordenadora Thalyta Jubé, contribuiu ainda mais para otimizar o acervo de mais de 6,5 mil livros disponíveis para empréstimo.

» Acesse aqui o Relatório Anual de Serviços da Biblioteca Salomão Malina

http://www.fundacaoastrojildo.com.br/2015/wp-content/uploads/2018/12/relatorio_anual_servicos_BSM.pdf

De acordo com o levantamento, os meses que registraram maior número de usuários foram, pela ordem, maio (730), abril (670), março (586), agosto (574), setembro (564) e outubro (534). Completam a lista, na sequência, os meses de junho (529), julho (435), novembro (387), janeiro (328), dezembro (308) e fevereiro (300).

Localizada no Espaço Arildo Dória, onde também funciona o Cineclube Vladimir Carvalho, a Biblioteca Salomão Malina oferece empréstimo facilitado de obras para o público em geral da capital do país por meio de um simples cadastro de dados pessoais. Nela, além de obras literárias, estão disponíveis Wi-Fi grátis, assim como jornais e revistas nacionais atualizados, diária e semanalmente, para leitura.

» Acesse aqui o acervo da biblioteca

Thalyta Jubé afirma que os livros doados foram analisados conforme a área temática de cada obra e autor. De acordo com a coordenadora, os exemplares que não corresponderam à área temática do acervo da biblioteca foram dispostos no quiosque cultural como livros de livre circulação, aos quais o público também tem acesso de graça.

Como fazer empréstimos
Para utilizar o serviço de empréstimo de livros, o usuário deve se cadastrar pessoalmente no balcão de atendimento e apresentar documento oficial com foto e comprovante de residência. Cada pessoa tem direito à retirada de até quatro livros por vez. A devolução da obra fora do prazo (dez dias úteis) implica em pagamento de multa de dois reais, por dia de atraso e para cada obra.

Além de consulta e empréstimos de livros, a biblioteca disponibiliza ao público um quiosque cultural, onde as pessoas podem pegar gratuitamente as publicações da FAP e outros livros de diversos temas. O local fica aberto de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.

Eixos temáticos
A coordenadora da biblioteca ressalta, ainda, que as obras estão organizadas em seis eixos temáticos. A seguir, veja cada uma deles:

1. Coleção geral: contém obras de áreas temáticas que permeiam as ciências Sociais e humanas. Está disponível para consulta e empréstimo.

2. Coleção PCB-PSS: contém obras que registram a memória do PCB, a transição do PCB para o PPS e, também, obras sobre o PPS. Está disponível para consulta e empréstimo.

3.Coleção Astrojildo Pereira: disponível somente para consulta. Não é disponibilizada para empréstimo por se tratar de obras que foram escritas pelo autor e sobre o autor.

4. Coleção infantil: contém livros diversos de literatura infanto-juvenil de diferentes autores. Está disponível para consulta e empréstimo.

5. Coleção de referência: não é disponibilizada para empréstimo por se tratar de obras de consulta rápida, como dicionários gerais e especializados, enciclopédias, vocabulários, guias e repertórios biográficos. Disponível somente para consulta.

6. Coleção reserva técnica: contém obras da mesma área temática que a da coleção Geral, mas são alocadas na Fundação Astrojildo Pereira. As obras desta coleção ficam disponíveis para empréstimos, caso sejam solicitadas na biblioteca

Memória viva
Inaugurada em 28 de fevereiro de 2008, a Biblioteca Salomão Malina se tornou um importante espaço de incentivo à produção do conhecimento em Brasília. Sua missão é servir como instrumento para análise e discussão das complexas questões da atualidade, aberta a todo cidadão. Ela foi reinaugurada em 8 de dezembro de 2017, após uma ampla reforma.

A biblioteca leva o nome do último secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB), entre 1987 e 1991. Ele ingressou no PCB no início dos anos 1940 e, durante sua vida, passou alguns anos presos e cerca de 30 anos na clandestinidade. Seus livros foram o embrião da biblioteca.

Salomão Malina combateu, como oficial da força Expedicionária Brasileira (FEB), nos campos da Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Ele foi agraciado, por sua bravura, com a cruz de combate de Primeira Classe, a maior condecoração do Exército Brasileiro. Também atuou como diretor do Jornal Imprensa Popular, do PCB, nos anos de 1950.

Serviço
Biblioteca Salomão Malina
Horário de funcionamento: De segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.
Endereço: Conic – Setor de Diversões Sul – Bloco P – Edifício Venâncio III, Loja 52, em Brasília (DF), próximo à Rodoviária do Plano Piloto.

Leia também:
» Biblioteca Salomão Malina renova acervo e conta com 6,5 mil livros para empréstimo
» FAP destaca a Biblioteca Salomão Malina no Dia Mundial do Livro
» Biblioteca Salomão Malina e Espaço Arildo Dória são reinaugurados em Brasília
» Doação de livros para modernizar o acervo da Biblioteca Salomão Malina

 

 

Confira as novas aquisições da Biblioteca Salomão Malina

http://www.fundacaoastrojildo.com.br/2015/wp-content/uploads/2018/08/lista_aquisicoes.pdf

 

 

Confira a lista de livros catalogados na Biblioteca Salomão Malina
http://www.fundacaoastrojildo.com.br/2015/wp-content/uploads/2018/08/livros_catalogados.pdf

 

 

Confira a lista de livros cadastrados na Biblioteca Salomão Malina

http://www.fundacaoastrojildo.com.br/2015/wp-content/uploads/2018/08/livros_cadastrados.pdf

 

 

 


Filmes destacam o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

Colegas e Bicho de Sete Cabeças serão exibidos ao público com entrada gratuita. Ao final das sessões, haverá conversa com especialistas

Por Cleomar Rosa

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) divulgou, nesta quinta-feira (13), a programação dos filmes que serão exibidos ao longo de setembro no Cineclube Vladimir Carvalho, no Conic, próximo à Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília (DF). Em alusão ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado no dia 21 deste mês, o filme Colegas será exibido na próxima terça-feira (18) e o Bicho de Sete Cabeças, no dia 25. As sessões começarão às 18h30. A entrada é gratuita.

As exibições dão continuidade à programação do cineclube, reaberto ao público no dia 4 de setembro, após uma ampla reforma no local. A proposta é mostrar obras cinematográficas que têm relação com o respectivo mês de exibição delas no local. Ao final das sessões, haverá rodas de conversa entre o público e especialistas.

Dirigido por Marcelo Galvão e lançado em 2012, Colegas (aventura/comédia dramática) tem duração de 1h34 e conta a história de três jovens que viviam juntos em um instituto para portadores da Síndrome de Down. Um dia, eles decidem fugir para se aventurar e realizar o sonho de cada um, envolvendo-se em muitas aventuras e confusões. A classificação do filme é para pessoas a partir de 10 anos.

Já o Bicho de Sete Cabeças, dirigido por Laís Bodanzky, conta o drama vivido por pai e filho. Lançado em 2000, e com classificação para pessoas a partir de 14 anos, o filme mostra que a situação entre os dois chega ao seu limite, até que o pai decide internar o filho em um manicômio, onde o rapaz enfrenta condições terríveis de tratamento. O longa-metragem tem duração de 1h30.

Responsável pelo cineclube, Alexandre Marcelo Bezerra de Menezes Queiros diz que a proposta é exibir filmes brasileiros e estrangeiros no local todas as terças-feiras. Segundo ele, com isso, o cineclube volta a ser um importante ponto de difusão cultural e de produção do conhecimento, a partir dos diálogos que ocorrem ao final dos filmes.

Com capacidade para 65 lugares, o Cineclube Vladimir Carvalho fica em uma parte do Espaço Arildo Dória, onde também está a Biblioteca Salomão Malina, todos mantidos pela Fundação Astrojildo Pereira. Tudo para garantir conforto e praticidade às pessoas. Todos os filmes serão exibidos em uma tela de projeção retrátil de 150 polegadas, com imagem de ótima qualidade.

Leia também:
Brasília volta a ter cineclube de graça com nova programação


Cinema e literatura

O cineclube leva ao público de Brasília uma nova opção de fortalecimento da cultura, na opinião de Alexandre Queiros. A direção da FAP entendeu que a retomada das programações é mais uma forma de atender às demandas dos usuários da Biblioteca Salomão Malina, assim como às do público em geral, produzindo e difundindo conhecimento por meio do cinema e de obras literárias.

A biblioteca recebe, em média, 30 pessoas por dia. No local, o público tem à disposição espaços específicos para leitura e estudo, assim como mesa coletiva e ambientes individuais. Além das obras literárias, a biblioteca também disponibiliza jornais do dia (O Globo, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e o Correio Braziliense) e revistas da semana, como a Veja e a Piauí, além de rede wi-fi grátis. Para fazer empréstimo dos livros, os interessados precisam apenas fazer um cadastro pessoalmente com apresentação de documento oficial com foto e comprovante de residência.

 

 

 


Biblioteca Salomão Malina renova acervo e conta com 6,5 mil livros para empréstimo

Obras são provenientes de compras, permutas e doações. Local integra a Fundação Astrojildo Pereira (FAP), no Conic, em Brasília

Por Cleomar Rosa

Estudantes, pesquisadores e demais segmentos da população de Brasília têm à disposição 1.674 novos livros do ramo de ciências sociais na Biblioteca Salomão Malina, no Conic, um importante ponto de cultura urbana próximo à Rodoviária do Planto Piloto. Com as novas aquisições, a biblioteca pública, que integra a Fundação Astrojildo Pereira (FAP), passa a oferecer à população um acervo de 6,5 mil obras para empréstimo. A FAP é a fundação mantida pelo Partido Popular Socialista (PPS).

Entre os novos livros adquiridos - e que estão à disposição de todos os frequentadores da biblioteca - estão obras como As consequências da modernidade, de Anthony Giddnes; Modernidade líquida, de Zygmunt Bauman; A Revolução Global: História Do Comunismo Internacional 1917-1991, de Silvio Pons; Pensadores da Nova Esquerda, de Roger Scruton; História Da Riqueza No Brasil, de Jorge Caldeira; A Quarta Revolução de John Micklethwait; Uma Breve História da Humanidade - Sapiens, de Yuval Noah Harari; Pós-Guerra - História da Europa desde 1945 e Pensando o século XX, de Tony Judt; a série sobre a Ditadura, de Elio Gaspari (quatro volumes) e Redes de Indignação e Esperança, de Manuel Castells, entre outras.

Os empréstimos são feitos após um simples cadastro dos usuários no local e sem qualquer custo. Além de livros, a biblioteca oferece ao público jornais diários e revistas semanais, como a Veja e a Piauí e jornais como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Valor Econômico, O Globo, Correio Braziliense, por exemplo, para leitura no local e rede wi-fi grátis, em um ambiente climatizado. O acervo predominante é do ramo de ciências sociais, com obras de história, sociologia, filosofia, economia e política.

Do total do novo acervo, a fundação comprou 140 novos livros, no valor de R$ 6.382,19, de acordo com a coordenadora da biblioteca, Thalyta Jubé. Segundo ela, 34 obras foram adquiridas por meio de permuta, enquanto outras 1,5 mil foram doadas por usuários do local, integrantes da diretoria ou conselheiros da FAP e simpatizantes do Partido Popular Socialista (PPS).

As doações começaram em setembro de 2017 e a mais recente foi cadastrada neste mês de agosto. Interessados ainda podem fazer novas doações. Antes de disponibilizá-las ao público, a biblioteca realiza uma seleção conforme o perfil do acervo. As obras que têm perfis diferentes são doadas, posteriormente, pela biblioteca, com o intuito de favorecer a cultura.

Para consultar o acervo da biblioteca, clique aqui e aqui.

Eixos temáticos
Conselheiro da FAP, Caetano Ernesto Pereira de Araújo explica que o acervo da biblioteca se baseia em três linhas temáticas, prioritariamente. A primeira, segundo ele, é sobre a história do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e do Partido Popular Socialista (PPS).

A segunda linha temática envolve obras de grandes escritores brasileiros que foram filiados ao PCB. Ele citou, por exemplo, Raquel de Queiroz, Graciliano Ramos, Carlos Drummond de Andrade e Jorge Amado. “Há diversos outros. A influência do PCB nas artes e no meio intelectual foi muito forte”, afirmou o conselheiro.

O terceiro eixo temático é mais teórico. “Tem as obras da teoria marxista e do leninismo, que inspirou a formação de partidos comunistas no mundo”, disse o representante da FAP. Ele ressaltou, ainda, que a biblioteca conta com obras que surgiram a partir das formulações marxistas e obras de teóricos que pensam uma esquerda pós-comunista.

Sistema informatizado
A Biblioteca Salomão Malina está em processo de nova catalogação de todas as obras em um sistema informatizado, que também serve para o cadastro de usuários e empréstimo de livros. “As novas aquisições possibilitam aos usuários mais opções de pesquisa a conteúdos mais atuais e relevantes para a formação de opinião e formação crítica”, diz Thalyta Jubé.

Para utilizar o serviço de empréstimo de livros, o usuário deve se cadastrar pessoalmente no balcão de atendimento e apresentar documento oficial com foto e comprovante de residência. Cada pessoa tem direito à retirada de até dois livros por vez. A devolução da obra fora do prazo (dez dias consecutivos) implica em pagamento de multa de dois reais, por dia de atraso e para cada obra.

Além de consulta e empréstimos de livros, a biblioteca disponibiliza ao público um quiosque cultural, onde as pessoas podem pegar gratuitamente as publicações da FAP e outros livros de diversos temas. O local fica aberto de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.

Memória viva
Inaugurada em 28 de fevereiro de 2008, a Biblioteca Salomão Malina se tornou um importante espaço de incentivo à produção do conhecimento em Brasília. Sua missão é servir como instrumento para análise e discussão das complexas questões da atualidade, aberta a todo cidadão. Ela foi reinaugurada em 8 de dezembro de 2017, após uma ampla reforma.

A biblioteca leva o nome do último secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB), entre 1987 e 1991. Ele ingressou no PCB no início dos anos 1940 e, durante sua vida, passou alguns anos presos e cerca de 30 anos na clandestinidade. Seus livros foram o embrião da biblioteca.

Salomão Malina combateu, como oficial da força Expedicionária Brasileira (FEB), nos campos da Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Ele foi agraciado, por sua bravura, com a cruz de combate de Primeira Classe, a maior condecoração do Exército Brasileiro. Também atuou como diretor do Jornal Imprensa Popular, do PCB, nos anos de 1950.

Serviço
Biblioteca Salomão Malina
Horário de funcionamento: De segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.
Endereço: Conic - Setor de Diversões Sul – Bloco P – Edifício Venâncio III, Loja 52, em Brasília (DF), próximo à Rodoviária do Plano Piloto.

 

Confira as novas aquisições da Biblioteca Salomão Malina

http://www.fundacaoastrojildo.com.br/2015/wp-content/uploads/2018/08/lista_aquisicoes.pdf

 

 

Confira a lista de livros catalogados na Biblioteca Salomão Malina
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Confira a lista de livros cadastrados na Biblioteca Salomão Malina

http://www.fundacaoastrojildo.com.br/2015/wp-content/uploads/2018/08/livros_cadastrados.pdf

 

 

 


Brasília volta a ter cineclube de graça com nova programação

Fundação Astrojildo Pereira (FAP) retoma exibições no Cineclube Vladimir Carvalho no dia 4 de setembro, após fazer ampla reforma no local

Por Cleomar Rosa

Brasília volta a ter, no próximo mês, mais um ponto de difusão de produções audiovisuais e do conhecimento. A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) vai retomar, no dia 4 de setembro, a partir das 18h30, as atividades do Cineclube Vladimir Carvalho, no Conic, um importante ponto de cultura próximo à Rodoviária do Plano Piloto. O documentário Barra 68 – Sem Perder a Ternura será exibido ao público na data do lançamento da nova programação do cineclube. A entrada é gratuita. As exibições de outros filmes brasileiros e estrangeiros também estão previstas para todas às terças-feiras, a partir do mesmo horário.

Depois de passar por uma reforma e ser reinaugurado em dezembro de 2017, o cineclube iniciou um processo de redefinição de suas atividades e será reaberto ao público com cadeiras almofadadas e removíveis. A primeira exibição será no dia 4 de setembro, e aborda a luta de Darcy Ribeiro, nos anos 1960, para criar e implantar a Universidade de Brasília (UnB). Tem duração de 1 hora e 22 minutos.

Com direção do próprio cineasta Vladimir Carvalho, de 83 anos, cujo nome batizou o cineclube, o documentário mostra, ainda, a série de agressões sofridas pela comunidade da UnB desde o golpe militar até os anos de 1968, ano em que cerca de 400 estudantes foram agredidos e presos em uma quadra de esportes. O período da ditadura militar no Brasil é de 31 de março de 1964 a 15 de janeiro de 1985.

Produzido em 2000 e lançado no ano seguinte, o filme foi bem recebido, à época, pelo público de festivais nacionais. A obra cinematográfica parte de um depoimento de Darcy Ribeiro no momento em que revela o seu sonho de criar, em Brasília, uma universidade autônoma que representasse o grande centro de pensamento da crítica nacional.

Conversa com Vladimir Carvalho  
No dia da exibição, o público terá a oportunidade de conversar pessoalmente com Vladimir em uma roda de discussão sobre o documentário. Para ele, a invasão à UnB foi uma barbárie. “Havia pessoas que tinham filhos lá na universidade. Foi muito marcante para Brasília, já que foi uma agressão ao lugar sagrado, que é lugar do conhecimento”, afirmou.

A nova proposta do Cineclube Vladimir Carvalho, que homenageia o nome do cineasta paraibano radicado em Brasília, é exibir produções audiovisuais que abordem temas que tenham alguma relação com o respectivo mês de sua apresentação no local.

“Vamos apresentar filmes brasileiros e filmes estrangeiros até para também trabalharmos com produções de mostras competitivas francesas e alemãs, por exemplo, e realizar parcerias com os festivais de cinema regionais”, afirma o responsável pelo cineclube, Alexandre Marcelo Bezerra de Menezes Queiros. “A ideia do cineclube é ter, ao final de toda exibição, uma roda de conversa sobre o tema abordado no filme, porque isso ajuda a difundir a cultura”, acrescenta.

Com capacidade para 65 lugares, o Cineclube Vladimir Carvalho fica em uma parte do Espaço Arildo Dória, onde também está a Biblioteca Salomão Malina, todos mantidos pela Fundação Astrojildo Pereira. Tudo para garantir conforto e praticidade às pessoas. Todos os filmes serão exibidos em uma tela de projeção retrátil de 150 polegadas, com imagem de ótima qualidade.

Cinema e literatura
A reabertura do cineclube leva ao público de Brasília uma nova opção de fortalecimento da cultura, na opinião de Alexandre. A direção da FAP entendeu que a retomada das programações é mais uma forma de atender às demandas dos usuários da Biblioteca Salomão Malina, assim como às do público em geral, produzindo e difundindo conhecimento por meio do cinema e de obras literárias.

A biblioteca recebe, em média, 30 pessoas por dia. A coordenadora do local, Thalyta Jubé, lembra que o público tem à disposição espaços específicos para leitura e estudo, assim como mesa coletiva e ambientes individuais. Além das obras literárias, a biblioteca também disponibiliza jornais do dia e revistas da semana, além de rede wi-fi grátis. Para fazer empréstimo dos livros, os interessados precisam apenas fazer um cadastro pessoalmente com apresentação de documento oficial com foto e comprovante de residência.

Assim como Alexandre, a coordenadora da biblioteca acredita que a retomada das atividades do cineclube, com exibições programadas, representa mais uma opção de atração cultural para o público em Brasília.

Serviço
Reabertura do Cineclube Vladimir Carvalho, com a exibição do documentário Barra 68 – Sem Perder a Ternura.
Data: 4 de setembro de 2018, às 18h30.
Onde: Cineclube Vladimir Carvalho, no Espaço Arildo Dória, no Conic, próximo à Rodoviária do Plano Piloto de Brasília.

 

 


FAP realiza o curso “A Nova Legislação Eleitoral Brasileira”

Aulas serão ministradas na Biblioteca Salomão Malina, no Espaço Arildo Dória, no Conic, em Brasilia, de amanhã até o dia 19/04, e vão ser transmitidas ao vivo por meio do perfil da FAP no Facebook: https://www.facebook.com/facefap

Por Germano Martiniano

Neste ano em que ocorrem as eleições para deputados, senadores, governadores e presidente, a Fundação Astrojildo Pereira (FAP) realiza, de amanhã (terça-feira - 17/04) até o dia 19/04, o curso "A Nova Legislação Eleitoral Brasileira". O objetivo da Fundação é promover estudos e debates  relativos às complexas questões da atualidade do país. As aulas serão ministradas na Biblioteca Salomão Malina, no Espaço Arildo Dória, no Conic, em Brasilia e vão ser transmitidas ao vivo por meio do perfil da FAP no Facebook: https://www.facebook.com/facefap/.  O curso será ministrado por Renato Galuppo, advogado especialista em Direito Eleitoral; Caetano Araújo, sociólogo, servidor público e Arlindo Fernandes, advogado.

O Brasil vive um ano agitado politicamente, não bastassem as eleições que decidirão quem irá comandar o país nos próximos anos, nos bastidores da política a prisão do ex-presidente Lula, depois de investigação conduzida pela operação Lava-Jato, polarizou ainda mais a discussão sobre os rumos da política e justiça brasileira. O líder petista também se tornou inelegível pela Lei da Ficha Limpa.

Para Renato Galuppo, a operação Lava-Jato não terá tanta repercussão nas eleições. “Para o cidadão ficar inelegível, nos termos da Lei da Ficha Limpa, é necessária a condenação por órgão colegiado, ou seja, por decisões de segunda instância", informa. "Nas eleições de 2018, além do Lula não existem muitos pré-candidatos que já terão sido condenados em segunda instância até a data do registro de candidatos (15 de agosto)”, completa Gallupo.

Entretanto se a Lei da Ficha Limpa não for problema para os candidatos ao governo do país, ainda assim os mesmos precisarão estar atentos à nova legislação eleitoral. Entre algumas regras que foram modificadas estão  o autofinanciamento eleitoral; doações e propagandas menores; debates televisivos; financiamento coletivo; prestação de contas, entre outras.

De acordo com Caetano Araújo, a mudança de maior impacto na nova legislação eleitoral é a proibição do financiamento empresarial. “Vamos ver como essa questão será equacionada nas eleições deste ano com a maior parte do financiamento público concentrado nos maiores partidos”, avalia.

Arlindo Fernandes aponta o financiamento das campanhas como um ponto importante a ser debatido durante as aulas do curso. “O que me pareceu controverso foi o critério para a repartição entre os partidos desses recursos. Os grandes (PT, PMDB e PSDB), que negociaram e aprovaram a lei de reforma eleitoral, concentraram os recursos neles próprios”, acentuou Fernandes.

Confira abaixo a programação do curso A Nova Legislação Eleitoral Brasileira:


Relatório do Seminário “Desenvolvimento sustentável e inclusão social” - Brasília (10/03/2018)

Seminário  “Desenvolvimento sustentável e inclusão social” - Brasília (10/03/20018)

Relatório: professora Maria Amélia Enríquez 

Não se pode debater “desenvolvimento sustentável” e tampouco “inclusão social”, com a profundidade que o tema requer, dissociados da discussão do modelo econômico do país, tendo em conta que é na reprodução da vida material que os impactos socioambientais são gerados, mas é também na esfera econômica que os impostos que financiam as políticas públicas, inclusivas ou não, são arrecadados.

Dessa forma, não é exagero afirmar que o modelo econômico adotado pelo Brasil, que é resultante das escolhas políticas feitas ao longo do tempo, é um dos principais obstáculos para a busca por um futuro com mais prosperidade, mais justiça social e sustentabilidade para todos. Tal modelo está assentado no tripé: 1) sistema financeiro distorcido; 2) sistema produtivo focado em commodities; e 3) sistema de inovação nacional frágil. Esse tripé tem feito do país um dos campeões de concentração de renda, de exclusão social e de desigualdades regionais.

Para o ano de 2017, o lucro do setor financeiro registrará um crescimento de 20%, em relação a 2016, o equivalente a R$ 70 bilhões. Nesse período, o crescimento do PIB será, no máximo, de 1%. O próprio setor financeiro reconhece que "não adianta ser uma empresa rica, num país pobre"[1]. Os altos juros historicamente praticados pelo sistema financeiro nacional desestimulam investimentos produtivos, afetam negativamente as expectativas dos investidores produtivos e, por conseguinte, inibem a criação de novos empregos e de renda; mas um dos principais facilitadores desses altos juros é o próprio governo, por causa do déficit público, cuja escalada é crescente.

Dessa forma, a nova política deve ter em conta que é necessário:

» Assumir o compromisso com uma gestão cuidadosa do dinheiro público. Deve-se recordar que juro é o preço do dinheiro, e cada vez que o governo demanda esse bem no sistema financeiro ele joga este preço lá para cima – não há mágica que possa mudar isso, a não ser a responsabilidade fiscal. Então é urgente uma clara definição de quais as prioridades sociais devem ser atendidas, já que o cobertor é curto e as necessidades são imensas. A história mostra que a sociedade aceita sofrer algum tipo de privação no presente, para assegurar uma vida mais justa e sustentável no futuro, mas é indispensável um diálogo muito claro sobre as perdas e ganhos.

» Resgatar o papel dos bancos de agente de financiamento da produção, a fim de que o dinheiro que entra no circuito não sirva apenas para alimentar o próprio sistema, mas sim retorne a sociedade por meio de crédito e a taxas decentes.

A alta dependência das exportações de commodities, de baixo valor agregado, alto custo socioambiental e baixo retorno tributário, conduziu o país à armadilha dos saldos comerciais superavitários, bem difícil e complexa de se destravar. Embora as exportações representem 13% do PIB nacional (dados de 2016)[2], as divisas que geram são indispensáveis para manutenção da estabilidade cambial e consequente equilíbrio macroeconômico, mas também o atual modelo exportador de commodities, é um forte limitante da capacidade de inovação do país, que é o esteio da verdadeira sustentabilidade do desenvolvimento.


Em 2017, o país exportou 218 bilhões de dólares, dos quais 61% compostos por produtos básicos e semielaborados, com predomínio das commodities agrícolas e minerais (MDIC[3]), foram aproximadamente 100 milhões de toneladas de grãos, 400 milhões de toneladas de minérios[4], além de 400 mil cabeças de boi vivo[5], entre outros, gerando renda e emprego de qualidade em outros países e, o mais grave, sem a contrapartida da geração de impostos, uma vez que estão isentos do ICMS, de PIS/COFINS e, ainda podem ter redução de até 75% de imposto de renda, caso a produção ocorrer nas áreas da SUDAM, SUDENE e SUDECO[6]. Há uma estimativa do Tribunal de Contas da União (TCU) de que apenas as perdas decorrentes da Lei Kandir, que desonerou do recolhimento de ICMS os produtos básicos e semi-elaborados, entre 1996 e 2016[7], estão estimadas em R$ 707 bilhões, reforçando o rombo das contas públicas, principalmente dos estados exportadores. Assim, se por um lado é imperativo gerar divisas ao país, por outro, deve-se questionar qual o retorno socioambiental das atividades que estão gerando tais divisas?

O avanço das monoculturas, pela rápida expansão da fronteira agrícola, tem deixado um rastro de dano ecológico, pelo uso desenfreado de pesticidas, fungicidas e agrotóxicos em geral, afetando qualidade da água e a biodiversidade, além de gerar danos sociais, não apenas na fase da produção, mas em toda cadeia logística para o escoamento da produção. Práticas inadequadas do manejo do solo são responsáveis pelo avanço de grandes áreas desertificadas[8], principalmente na região Nordeste do Brasil, além do comprometimento dos aquíferos pelo excesso de NPK[9]. A extração mineral gera poucas conexões produtivas, mas compete fortemente com outras formas de uso e ocupação do território e potencializa riscos socioambientais – água, solo, ar e deslocamentos compulsórios – como cruelmente revelou o desastre de Mariana[10], em 2015. No caso das exportações de boi vivo, o Pará vivenciou, também 2015, um desastre ambiental de enormes proporções resultante do naufrágio do navio Haidar com cinco mil bois[11] e 700 toneladas de óleo a bordo, cujas carcaças ainda submergem no porto de Barcarena, grupos de ativistas e o Ministério Público (MP) impediram as exportações de 27 mil bois vivos no Sul do país[12], entre outros motivos, pelos impactos do transporte no centro da cidade.


Em síntese, a permanência da resignação histórica do Brasil ao seu papel global de exportador de commodities, de baixo valor agregado, pouca intensidade em P&D, ainda continua a responder por boa parte das mazelas socioambientais em que o pais se encontra. A questão é saber quais as alternativas para sair dessa armadilha? É importante frisar que não há soluções milagrosas e imediatas, mas é preciso começar a promover urgentemente a transição para uma economia assentada no conhecimento, que é a real fonte riqueza de qualquer sociedade, e isso requer:

» Direcionar parte dos ganhos da exportação de commodities para fortalecer a nova economia sustentável baseada em conhecimento que está latente, mas que não consegue tomar fôlego por falta do oxigênio de políticas modernas consistentes e estáveis. Uma economia que possa gerar emprego e renda para muitos, afinal somos 208 milhões de brasileiros, que mobilize o potencial criativo, artístico e inovador de cada região, a partir de seus atributos e potencialidades. É preciso levar em conta que as intensas mudanças tecnológicas estão reconfigurando totalmente o mundo do trabalho[13]. Há que preparar, principalmente, a juventude para essas mudanças, que já estão ocorrendo em ritmo acelerado. Isso significa investir mais em ciência, em tecnologia e, fundamentalmente, em fomento à inovação, que é o conhecimento aplicado ao mundo da produção, e preferencialmente nos territórios em que esta produção ocorre, não raras vezes sem nenhum suporte científico e tecnológico que permita elevar a produção e a produtividade. Convém lembrar que um dos componentes fundamentais do crescimento do PIB é o aumento da capacidade de inovação da indústria. Portanto, é mandatório que os superávits do setor exportador de commodities possam financiam com a estabilidade e a regularidade necessária as políticas[14] em prol da inovação.

» Redirecionar os incentivos do modelo de commodities para outro modelo com maior valor agregado, inclusão social e renda. Isso requer uma mudança na política tributária que reveja criticamente o mantra de que “imposto não se exporta”. Ao exportar commodities se estão exportando água, nutrientes do solo, base de biodiversidade, serviços ecossistêmicos (captura de carbono, por exemplo), patrimônio natural que levou bilhões de anos para ser formado e empregos de qualidade, mas nada disso está precificado; muito pelo contrário esses bens e serviços estão saindo como bônus nas mochilas ecológicas dos bens primários exportados [15], por causa da agonia do curto prazo. Há muitos exemplos de países que taxaram fortemente as exportações de commodities e concederam vários incentivos a atividades de maior valor agregado[16], essa sim merecesse ser isenta já que mobiliza os fatores produtivos internamente. Ao invés de produtos básicos, deve-se ter um olhar atento para os serviços que são a base da economia desta 4ª Revolução Tecnológica que já estamos vivenciando, e que tem o potencial de gerar no curto prazo muito empregos. Isso requer mudança substantiva na lógica atual que premia quem exporta commodities, com isenções tributárias, e pune quem agrega valor, emprego, produz e vende internamente, com a alta carga tributária[17].

» Reduzir os custos e a burocracia para quem produz, gera empregos e recolhe impostos no país. Isso requer uma administração pública saneada da corrupção, mais eficiente, mais produtiva e mais engajada em transformar para melhor o país. Há muitos servidores imbuídos com esse espírito público, mas que precisam de protagonismo e voz. O que deve ser feito por meio de mecanismos de controle social bem mais transparentes, com premiação ao mérito e punição exemplar aos maus feitos.

O estímulo excessivo ao consumo interno, como meio de alavancar a economia, que ficou conhecido como “keynesiansmo vulgar”[18], teve vida curta e não produziu os efeitos duradouros desejados. Em grande parte, por limitação do sistema produtivo, pois sem a retaguarda da ciência, da tecnologia e da inovação, para produzir mais com menos desperdício, menos impactos socioambientais, mais eficiência e mais resultados, não há como ser competitivo. Aliás, esse é outro aspecto pouco explorado do modelo econômico que conduziu o país ao quadro recessivo e de insustentabilidade socioambiental. Aumento de consumo não significa necessariamente aumento de produção e de emprego, pois se a demanda for atendida pela importação de bens e serviços, haverá “vazamentos” de renda, e também de empregos, para outras economias. Além do que o aumento do consumo supérfluo é anti-ecológico, reproduz e agrava as injustiças sociais.

Mais uma vez, o desafio é:

» Mobilizar a capacidade criativa, empreendedora e inovadora da sociedade. Embora tenha gerado benefícios socioeconômicos no curto prazo, o estímulo ao consumo interno não se sustenta sem uma base produtiva sólida e, para isso, é indispensável o correto estímulo com foco para atividades sustentáveis. Isso implica em escolhas, às vezes duras, mas absolutamente indispensáveis.

» Priorizar o investimento em capital humano. Educação de qualidade é a melhor forma de inclusão. O modelo apenas assentado em consumo, desconectado de uma educação transformadora, tem gerado milhares de lixões e prefeituras que estão incorrendo em ilícitos ambientais e passivos ambientais impagáveis.

» Mobilizar forças sociais em prol de uma conduta centrada em valores – para além da base produtiva é preciso alimentar a capacidade transformadora da sociedade em cada cidadão se reconheça como partícipe da construção de um país melhor e mais justo para todos. Nenhuma colaboração, por menor que seja, é dispensável. Uma cultura do ego e do ter sem limites, em detrimento à de solidariedade humana e planetária, nos empurra para o caos e para violência desenfreada que vivenciamos a cada dia.

Desde os anos 1990 Amartya Sen[19] alerta que a educação é tanto fim como meio e contribui expressivamente para geração de emprego e de renda não só para o futuro, mas no presente mesmo- pequenas cidades que abrigam centros tecnológicos ou universidade têm experimentado importantes índices de crescimento. Por fim, é preciso permitir o florescimento de uma economia calcada em valores e inovação, recursos que o Brasil dispõe em abundância, que a visão curto-prazista dá pouca importância, mas que será extinta pela nova realidade que está emergindo.

 

Participaram do seminário: André Amado, Alberto Aggio,Caetano Araújo, Alba Zaluar, Benjamin Sicsu, Dina Lida Kinoshita, Elimar Pinheiro Nascimento, Felipe Salto, Francisco Inácio De Almeida ,George Gurgel De Oliveira, Ivanir Dos Santos, Luiz Carlos Azedo, Maria Amélia R Da Silva Enriquez , Pedro Strozemberg, Sônia Francine Gaspar Marmo, Rubi Martins Dos Santos, Tereza Vitalle , Vitor Missiato, Vladimir Carvalho Da Silva, Elaiane Marinho Faria.

 

Leia mais:

» Relatório do Seminário “Novo pacto entre o Estado e a sociedade brasileira” – Rio de Janeiro (24/02/2018)

» Relatório do Seminário “O Brasil em um mundo em transformação” – São Paulo (03/03/2018)

» Relatório da Conferência Nacional “A Nova Agenda do Brasil”

 


Links:

[1] http://www.valor.com.br/financas/5318767/bancos-terao-que-conviver-com-juros-menores-diz-lazari-jornal

[2] http://unctadstat.unctad.org/CountryProfile/GeneralProfile/en-GB/076/index.html

[3] http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior

[4] http://www.mme.gov.br/web/guest/pagina-inicial/outras-noticas

[5] http://www.canalrural.com.br/noticias/boi-gordo/exportacao-gado-vivo-sobe-2017-71231

[6] Lei 7.827 de 1989, que criou os Fundos Constitucionais.

[7] https://www.diarioonline.com.br/noticias/para/noticia-460314-lei-kandir-criada-pelo-psdb-sangrou-os-cofres-do-para-em-r$-325-bilhoes.html

[8] http://www.mma.gov.br/gestao-territorial/combate-a-desertificacao

[9] http://cetesb.sp.gov.br/aguas-subterraneas/informacoes-basicas/poluicao-das-aguas-subterraneas/

[10] http://www.bbc.com/portuguese/brasil-41873660

[11] https://g1.globo.com/pa/para/noticia/naufragio-de-navio-com-cinco-mil-bois-vivos-em-barcarena-completa-dois-anos.ghtml

[12] https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/porto-mar/noticia/navio-com-27-mil-bois-e-retido-no-porto-de-santos-por-ordem-da-justica.ghtml

[13] Entre janeiro de 2012 a abril de 2017, os bancos fecharam 44.830 postos de trabalho, o que equivale a uma redução de quase 10% da categoria. (http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2017/08/tecnologia-no-setor-bancario-aumenta-lucro-causa-demissoes-e-nao-reduz-tarifa )

[14] Em 2005, quando o Chile impôs a política de royalties minerais, também criou o “Fundo de Inovação para a Competividade” atrelado ao recolhimento desses royalties; o principal argumento é de que “uma atividade de exploração de recursos não renováveis deve alimentar a acumulação de recursos renováveis sob a forma de conhecimento, ciência e inovação” (https://www.razonpublica.com/index.php/internacional-temas-32/7513-chile-modelo-exitoso-de-ciencia,-tecnolog%C3%ADa-e-innovaci%C3%B3n.html )

[15] http://www.resourcepanel.org/reports/international-trade-resources

[16] A China proibiu exportação de bens primários desde XX, modelo que foi seguido pela Indonésia. http://www.europarl.europa.eu/RegData/etudes/STUD/2016/534997/EXPO_STU(2016)534997_EN.pdf

[17] Para uma comparação da carga tributária no setor da mineração acessar “Perspectiva Mineral n,2”( MME-DF) http://www.mme.gov.br/documents/1138775/1732823/SGM+apresenta+estudo+de+tributa%C3%A7%C3%A3o+das+cadeias+produtivas+do+ferro+e+do+alum%C3%ADnio+01/68e6dc11-c1a1-406c-b9dd-6e759c6e7902

[18] https://jlcoreiro.wordpress.com/2014/11/08/o-retorno-do-keynesianismo-vulgar/

[19] “Desenvolvimento como Liberdade” https://www.saraiva.com.br/desenvolvimento-como-liberdade-livro-de-bolso-2880948.html

 


FAP lança "Brasil, Brasileiros – Por que Somos assim?" nesta terça (23), em Brasília

Lançamento será no Espaço Arildo Dória, no Conic, e terá transmissão ao vivo por meio do canal da Fundação Astrojildo Pereira no Facebook 

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) convida para o lançamento em Brasília,  nesta terça-feira (23), do livro “Brasil, Brasileiros – Por que Somos assim?”, organizado e publicado pela FAP e Verbena Editora. O lançamento, que vai ocorrer a partir das 18h no Espaço Arildo Dória (Edifício Venâncio III, loja 52 - Conic - Em frente à Praça Vermelha), terá debate e sessão de autógrafos com dois dos três organizadores da coletânea: o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) e Francisco Almeida. O professor de História (Universidade de Brasília - UnB), Antônio José Barbosa, também será um dos participantes do debate.

Em recente artigo publicado na Revista IstoÉ (https://istoe.com.br/como-nos-tornamos-o-que-hoje-somos/), o sociólogo e cientista político Bolívar Lamounier comentou a obra. Confira a íntegra do artigo abaixo:

"Durante a primeira metade do século passado e até algumas décadas atrás, numerosos escritores tentaram compreender o “caráter nacional” brasileiro. Uns o descreviam como otimista, alegre, bondoso e cordial; para outros seríamos justo o contrário: pessimistas, tristes, egoístas, violentos. Prepotentes para uns, subservientes para outros.

Tais tentativas nunca deram bons resultados, pela singela razão de que partiam de uma premissa insustentável: a de que o caráter de um povo seja imutável ao longo do tempo e possa ser retratado por meio de um traço ou de um pequeno conjunto de traços comuns.

Auxiliado por Francisco Almeida e Zander Navarro, o senador Cristovam Buarque retomou a questão mencionada de uma forma instigante e inovadora no livro “Brasil, brasileiros: por que somos assim?” (Editora Verbena, 2017). Na condição de organizadores, os três convidaram dezesseis autores renomados a responder a questão, oferecendo cada um sua definição daquele “assim” do título – sua imagem dos brasileiros como povo – e tentando explicar como se formaram nossos traços predominantes.

Por que somos como somos: eis a indagação que permeia os dezesseis ensaios. Não vou contar o fim do filme. Vou apenas insistir em minha tese de que todo povo é heterogêneo e mutável. Os traços que o definem mudam ao longo do tempo, em função das circunstâncias. Por exemplo: acho razoável dizer que a maioria dos brasileiros tem um jeito cordial, pacífico, avesso à violência, mas o fato é que, de umas três ou quatro décadas para cá, passamos a viver em redutos fortificados, protegidos por grades de ferro, muito arame farpado e cães que não brincam em serviço. Somos contraditórios; podemos ser ao mesmo tempo bondosos e cruéis.

Na economia, não somos aquele povo preguiçoso e sem iniciativa imortalizado por Mário de Andrade no romance “Macunaíma”; basta ver o pujante agronegócio que construímos no transcurso do último meio século. Somos, isso sim, uma gente impedida de empreender e trabalhar, pois até hoje não conseguimos nos livrar do Estado patrimonialista, essa máquina que nos reduz à impotência a fim de preservar o que alguns chamam de capitalismo de Estado e que eu prefiro chamar de capitalismo de compadrio, de corruptos e de burocratas incompetentes."

A coletânea também foi lançada no último dia 14 de dezembro, em São Paulo, na Fundação FHC. O evento foi antecidido de um diálogo entre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Cristovam Buarque. A íntegra do debate pode ser conferida em http://fundacaofhc.org.br/iniciativas/debates/brasil-brasileiros-por-que-somos-assim---um-dialogo-entre-cristovam-buarque-e-fhc.

O evento será transmitido ao vivo pelo canal da FAP no Facebook: http://www.facebook.com/facefap.

Serviço
Lançamento do livro "Brasil, Brasileiros – Por que Somos assim?"
Data: 23/01/2018, das 18h até as 20h30
Local: Espaço Arildo Dória (Edifício Venâncio III, loja 52 - Conic - Em frente à Praça Vermelha)
Informações: (61) 3011-9300

 


Biblioteca Salomão Malina e Espaço Arildo Dória são reinaugurados em Brasília

Arildo Dória, antigo militante do PCB, destacou o trabalho coletivo encabeçado pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP) para que o projeto saísse do papel

Por Germano Martiniano

A Biblioteca Salomão Malina foi reinaugurada nesta sexta-feira (8/12) em evento promovido pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), que contou com a participação de dirigentes históricos do Partido Comunista Brasileiro (PCB), legenda que antecedeu o Partido Popular Socialista (PPS). Na ocasião, também foram entregues, completamente revitalizados, o Cineclube Vladimir de Carvalho e o Espaço Arildo Dória.

Arildo, militante histórico do PCB, e o único dos três homenageados com a colocação de seus nomes nos respectivos espaços que foram revitalizados (a Biblioteca Salomão Malina, Cineclube Vladimir de Carvalho e o Espaço Arildo Dória) que esteve presente na celebração (Malina já falecido e Vladimir não pôde comparecer), destacou o trabalho coletivo para que esse projeto saísse do papel: “A revitalização deste espaço é resultado de um trabalho coletivo, que leva meu nome."

Antes que todos convidados conhecessem os novos espaços, Luiz Carlos Azedo, diretor-geral da FAP, discursou na parte externa da Biblioteca, em frente a “Praça Vermelha” do Conic, o edifício Venâncio III, em Brasília, onde ocorreram diversos encontros, comícios e reuniões durante a existência do PCB. Azedo destacou a importância simbólica da localização da Biblioteca Salomão Malina, “palco de resistência política”, assim como o trabalho árduo de todos os envolvidos no projeto de revitalização.

Após o discurso do diretor-geral da FAP, o presidente do Conselho Curador da Fundação, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) e o deputado e presidente do PPS nacional, Roberto Freire (SP), abriram em conjunto a porta de acesso do local. Entre as mudanças ocorridas na revitalização, o público pôde  conferir a Biblioteca Salomão Malina ampliada e atualizada e o novo auditório, que foi completamente modernizado, com instalações adequadas para o acesso de pessoas com deficiência de locomoção, inclusive com um elevador, e que será um espaço multiuso, de sessões de cinema a dinâmicas de grupo.

Em seguida, Cristovam Buarque, Roberto Freire, Chico Andrade, presidente do PPS do Distrito Federal; Lenise Loureiro, dirigente do PPS, Luiz Carlos Azedo e Arildo Dória compuseram a mesa do auditório, onde puderam discorrer sobre a importância do espaço multiuso revitalizado pela FAP. “Fiquei encantado com cada detalhe que foi modernizado, ficou tudo muito bonito. Porém, o maior desafio, a partir de agora, será fazer este espaço estar sempre movimentado”, ressaltou Cristovam Buarque.

No auditório revitalizado, o público também assistiu à exibição do curta “A última visita”, de Zelito Viana, que conta a preocupação que teve Astrojildo Pereira em promover as obras de Machado de Assis.

Biblioteca Salomão Malina
Inaugurada em 28 de fevereiro de 2008 e localizada no Conic (Setor de Diversões Sul – Bloco P – Edifício Venâncio III, Loja 52), em Brasília (DF), a Biblioteca Salomão Malina dispõe de todo o acervo da FAP – mais de cinco mil títulos – além de obras diversas, principalmente sobre história, sociologia, filosofia, economia e política. Também conta com um vasto acervo digitalizado, totalmente disponível para consulta e com muitas das obras disponíveis para download gratuito. É aberta diariamente ao público e oferece acesso gratuito à internet, imprime currículos e disponibiliza também revistas e os jornais do dia para leitura e pesquisa.

Salomão Malina
O patrono da Biblioteca Salomão Malina foi o último secretário geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB), entre 1987 e 1991. Ingressou no PCB no inicio dos anos 1940 e, durante sua vida, passou alguns anos presos e cerca de 30 anos na clandestinidade. Combateu, como oficial da força Expedicionária Brasileira (FEB), nos campos da Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Foi agraciado, por sua bravura, com a cruz de combate de Primeira Classe, a maior condecoração do Exército Brasileiro. Foi diretor do Jornal Imprensa Popular, do PCB, nos anos de 1950. A biblioteca que leva o seu nome tem, como missão, “servir como instrumento para análise e discussão das complexas questões da atualidade, aberta a todo cidadão, independentemente de ser filiado ou não a agremiação partidária e de suas concepções políticas e filosóficas.”

Saiba mais:
O Espaço Arildo Dória e a Biblioteca Salomão Malina estarão abertos ao público a partir desta segunda-feira (11/12).
Local: Setor de Diversões Sul – Bloco P – Edifício Venâncio III, Loja 52 – Conic

 

Galeria de fotos\ Fotos: Germano Martiniano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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