cidadania

Autores - Edição 37 (Novembro/2021)

Bernard Appy é o entrevistado especial da Revista Política Democrática Edição 37. É diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), uma organização voltada a análises econômicas que buscam a melhora na gestão pública, além disto Bernard é o mentor da proposta de reforma tributária que está em transitou no congresso em 2019. Appy ficou em evidência nas eleições presidências de 2018, quando se tornou referência de diversos candidatos à presidência no modelo de pensar novas alternativas de pensar a aplicação do imposto de renda.


Caetano Araújo é um dos entrevistadores do economista Bernard Appy. É graduado em Sociologia pela Universidade de Brasília (1976), mestre (1980) e doutor (1992) em Sociologia pela mesma instituição de ensino. Atualmente, é diretor-geral da FAP e Consultor Legislativo do Senado Federal. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Teoria Sociológica e Sociologia Política.


André Amado é um dos entrevistadores do economista Bernard Appy. É escritor, pesquisador, embaixador aposentado e diretor da revista Política Democrática On-line. É autor de diversos livros, entre eles, A História de Detetives e a Ficção de Luiz Alfredo Garcia-Roza. Ele também é o autor do artigo Despedidas. Sempre para melhor, sobre as mudanças da Revista Política Democrática Online


Cleomar Almeida é autor da Reportagem Especial Afeto e cuidado aumentam diversidade de configurações de famílias. É graduado em jornalismo, produziu conteúdo para Folha de S. Paulo, El País, Estadão e Revista Ensino Superior, como colaborador, além de ter sido repórter e colunista do O Popular (Goiânia). Recebeu menção honrosa do 34° Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos e venceu prêmios de jornalismo de instituições como TRT, OAB, Detran e UFG. Atualmente, é coordenador de publicações da FAP.


JCaesar é o autor da charge da Revista Política Democrática Online. É o pseudônimo do jornalista, sociólogo e cartunista Júlio César Cardoso de Barros. Foi chargista e cronista carnavalesco do Notícias Populares, checador de informação, gerente de produção editorial, secretário de redação e editor sênior da VEJA. É autor da charge publicada pela Revista Política Democrática Online.


Jornalista e escritor, Henrique Brandão é autor do artigo Uma história de amor e resilência.


Élida Graziane Pinto é procuradora do Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo e Professora de Finanças Públicas da FGV-SP. É autor do artigo  Inadiável necessidade de revisão do teto.


Lilia Lustosa
Autora do artigo Remakes, reboots, spin-offs… Faltam ideias?, é formada em Publicidade, especialista em Marketing, mestre e doutora em História e Estética do Cinema pela Universidade de Lausanne, França.



José Luis Oreiro é professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília, Pesquisador Nível IB do CNPq e Lider do Grupo de Pesquisa "Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento", cadastrado no CNPq. É autor do livro "Macroeconomia do Desenvolvimento: uma perspectiva Keynesiana", LTC: Rio de Janeiro (2016). 


Fábio Fonseca Figueiredo é autor do artigo Cidades sustentáveis, a cidade para as pessoas. É professor do Departamento de Políticas Públicas e pesquisador do grupo de pesquisa SEMAPA (Socioeconomia do Meio Ambiente e Política Ambiental) da UFRN. 


Autor do artigo Da pandemia se sai pela esquerda?, Gianluca Fiocco é professor e pesquisador de História Contemporânea vinculado a Universidade Roma2, “Tor Vergata”. É também membro do Conselho de Direção Científica da Fundação Gramsci de Roma. Dentre as suas publicações está Togliatti, il realismo della política, Roma: Carocci, 2018. A tradução do artigo é de Alberto Aggio.


Vicente Costa Pithon é autor do artigo A promessa do clube-empresa. É consultor legislativo do Senado, mestre em Direito pela UnB e especialista em Direito Desportivo.


Autor do artigo Outros olhos para um comunista brasileiro – A biografia de Lindolfo Hill, Ricardo Marinho é professor do Instituto Devecchi e da Unyleya Educacional.


Direitos políticos são abordados na segunda aula da Jornada Cidadã 2022

Consultor do Senado também explica sistema partidário a partir da Constituição de 88

Cleomar Almeida, da equipe FAP

No Brasil, a garantia de direitos sociais, políticos e civis, sucessivamente, representa uma inversão em relação ao padrão histórico de países desenvolvidos, de acordo com o consultor do Senado e especialista em direito eleitoral Arlindo Fernandes. Ele vai explicar o assunto, na segunda aula do curso Jornada Cidadã 2022, na quarta-feira (20/10), a partir das 19 horas, na plataforma Somos Cidadania.

A aula de Arlindo Fernandes tem como tema direitos políticos e sistema partidário na Constituição de 1988, também conhecida como Constituição Cidadã. Ele também abordará direitos civis e sociais e a forma como se firmaram no mundo a partir das Revoluções Francesa, Inglesa e Americana, que, conforme explicou, “representam o processo de configuração da democracia moderna e contemporânea”.

https://youtu.be/vql-Zbk0XiA

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“O que marca, no mundo, é a evolução de direitos civis, políticos e sociais, um atrás do outro. No Brasil, houve inversão, já que os direitos políticos vieram por último aqui entre nós. No país, por razões históricas, as leis asseguraram primeiro os direitos sociais, depois os políticos e civis, o que representa uma inversão em relação ao padrão histórico de países desenvolvidos”, ressaltou.

Arlindo Fernandes também vai abordar a evolução do processo eleitoral no Brasil, que, segundo ele, carrega uma contradição por ter garantido direito a voto, ao longo de anos, para mulheres, negros e analfabetos, apesar de ser um país com “riquíssimo histórico de processos eleitorais”. “O Brasil tem muito essa contradição que vale a pena ser explorada”, disse.

“Durante maior parte do tempo, mulheres, negros e analfabetos não votavam. No Império, por exemplo, tinha que ter renda para votar e ao mesmo tempo havia realização sistemática e periódica de eleições. Até durante a ditadura, houve eleições periódicas no Brasil”, acentuou.

TV FAP - JORNADA CIDADÃ 2022





Arlindo Fernandes também destacará, em sua aula, como se organiza o sistema eleitoral no Brasil, a partir da Constituição de 1988, apontando o que há de semelhante e de diferente em relação a outros países. Ele também abordará a importância da Justiça eleitoral para a garantia do exercício não só de direitos políticos, mas também da cidadania.

Outro assunto a ser abordado na aula são as exigências de cláusulas de barreira ou de desempenho para os partidos e para os candidatos e como seria, em tese, a proposta de federação de partidos.

“A proposta de federação é uma boa ideia democrática e revela uma forma de aliança ou coligação mais consistente e mais coerente do que a coligação praticada no Brasil, tradicionalmente, que nem sempre resulta de uma afinidade ideológica e política entre os partidos, pois, na maioria das vezes, se aliam por razões e conveniências meramente eleitorais”, explica.

A proposta de federação, conforme lembra o especialista, impõe que os partidos se mantenham em aliança por quatro anos.

O curso

As inscrições no curso podem ser feitas, diretamente, na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, que é totalmente interativa, moderna, com design responsivo e tem acesso gratuito para matriculados. Nela, além das aulas, os alunos têm à disposição uma série de informações relevantes e atuais sobre o contexto político brasileiro e eventos contínuos realizados pela FAP.

O curso, segundo a coordenação, reúne uma série de professores altamente qualificados para abordar temas que afetam diretamente o dia a dia das pessoas e devem ser encarados por meio de políticas públicas eficazes, em meio a um cenário tomado pela pandemia da covid-19.

A seguir, veja a lista de temas de cada aula e seus respectivos professores:

Aula Inaugural: Ética na política
(realizada)
13/10
(quarta-feira)
Alessandro Vieira
1. História, princípios e identidade do Cidadania 23 (realizada)18/10
(segunda-feira)
Caetano Araújo
2. Direitos políticos e sistema partidário na Constituição de 8820/10
(quarta-feira)
Arlindo Fernandes
3. Pré-campanha: organização, planejamento e estratégias. Orçamento de campanha e arrecadação de recursos.25/10
(segunda-feira)
Rubens Bueno  
4. Direito e Regras Eleitorais na Campanha de 2022 – Legislação e Regulamentação do TSE: o que pode e o que não pode.27/10
(quarta-feira)
Marcelo Nunes
5. Liderança, Engajamento e mobilização3/11
(quarta-feira)
Arnaldo Jordy  
6. Marketing e Comunicação política8/11
(segunda-feira)
Édson Barbosa
  7. Estratégias de uso das redes sociais10/11
(quarta-feira)
Jordana Saldanha
8. Análise de Conjuntura das Eleições 202217/11
(quarta-feira)
Luiz Carlos Azedo
9. Educação22/11
(segunda-feira)
Cristovam Buarque
10. Redução da desigualdade e erradicação da pobreza24/11
(quarta-feira)
Eliziane Gama
11. Saúde29/11
(segunda-feira)
Luiz Santini
12. Segurança1º/12
(quarta-feira)
Raul Jungmann
13. Meio-ambiente e sustentabilidade  6/12
(segunda-feira)
Sérgio Besserman
14. Estratégias pós-covid  8/12
(quarta-feira)
Luciano Rezende
Aula de encerramento15/12
(quarta-feira)
Roberto Freire

História e identidade do Cidadania 23 são temas de aula da Jornada Cidadã 2022

Professores sugerem obras para alunos do curso Jornada Cidadã 2022

FAP abre inscrições para curso de formação política Jornada Cidadã 2022


Caetano Araújo explica história, princípios e identidade do Cidadania 23

Prof. Dr. pela UnB, diretor-geral da FAP e consultor legislativo do Senado Federal ministrou a Aula 01 do curso Jornada Cidadã 2022, que segue com inscrições abertas

João Rodrigues, da equipe da FAP

Com o tema “História, princípios e identidade do Cidadania 23”, a primeira aula oficial do curso Jornada Cidadã 2022 foi realizada na noite desta segunda-feira (18/10) pelo diretor-geral da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e consultor legislativo do Senado Federal, Caetano Araújo.
O curso, destinado a pré-candidatos para as eleições do próximo ano e suas equipes, segue com inscrições abertas por meio da plataforma Somos Cidadania.
A aula completa está disponível no Youtube da FAP.

Confira o vídeo com parte da aula do Prof. Dr. Caetano Araújo.




Alessandro Vieira: “É preciso aplicar os melhores valores éticos na vida pública”

Pré-candidato à Presidência da República pelo partido Cidadania ministrou a Aula Inaugural do curso Jornada Cidadã 2022

João Rodrigues, da equipe da FAP

Com mais de 500 inscritos, o curso Jornada Cidadã 2022 teve início na última quarta-feira (13). A capacitação telepresencial visa preparar pré-candidatos do Cidadania 23 e suas equipes para as eleições do próximo ano. O podcast Rádio FAP desta semana faz um balando da Aula Inaugural do curso, ministrada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Pré-candidato à Presidência da República, é membro titular do Diretório Nacional do partido e foi eleito senador em 2018 com 474.449 votos. É delegado da polícia civil, casado e tem três filhos. Faz parte dos movimentos RenovaBR e Acredito.



A relação entre a ética na vida pessoal e atuação pública, como fazer uma campanha bem-sucedida com respeito a princípios morais sólidos e a importância de uma postura coerente desde o início do mandato são alguns dos temas do programa. O episódio conta com áudios do canal da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) no Youtube.

O Rádio FAP é publicado semanalmente, às sextas-feiras, em diversas plataformas de streaming como Spotify, Youtube, Google Podcasts, Ancora, RadioPublic e Pocket Casts. O programa tem a produção e apresentação do jornalista João Rodrigues. A edição-executiva é de Renato Ferraz.




Professores sugerem obras para alunos do curso Jornada Cidadã 2022

Atividades complementares são fundamentais para enriquecer ainda mais a discussão relacionada ao tema de cada aula

Cleomar Almeida, da equipe da FAP

Uma série de textos, livros e filmes será indicada por professores do curso Jornada Cidadã 2022 aos alunos interessados em se candidatar nas eleições do próximo ano, a fim de complementar as discussões das aulas telepresenciais ao vivo e exclusivas para filiados ao Cidadania. A aula inaugural do curso foi realizada, nesta quarta-feira (13/10), por meio da plataforma Somos Cidadania.

Na seleta lista de indicações dos professores, estão o documentário Our planet (Nosso planeta) e os filmes Eu, Daniel Blake, de Ken Loach, e Contágio, de Steven Soderbergh, além do livro Representantes de quem (Editora Zahar), do cientista político Jairo Nicolau.

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Segundo a coordenação do curso, todas as atividades complementares são fundamentais para enriquecer ainda mais a discussão relacionada ao tema de cada aula. O curso é oferecido pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em parceria com o Cidadania.


cerrado44
Onçafari – Onças-pintadas no Pantanal (crédito Edu Fragoso)
foto wwf_divulgação2
foto wwf_divulgação1
foto wwf_divulgação
Foto Netflix13
Foto Netflix12
Foto Netflix11
foto netflix3 _ divulgação
foto netflix2 _ divulgação
Foto Netflix1
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Onçafari – Onças-pintadas no Pantanal (crédito Edu Fragoso)
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Our planet (Nosso planeta) é uma série documental realista, com narrativa e filmagens raríssimas, que toca na alma de quem o assiste: você jamais será o mesmo ao observar como a ação humana no meio ambiente e os efeitos das alterações climáticas provocam nos animais, em todas as partes da terra.

https://www.youtube.com/watch?v=JkaxUblCGz0

Produzida pela Netflix, a série é feita por David Attenborough e os criadores de documentários históricos da BBC. Sobre o primeiro, uma ressalva: não há quem, gostando da natureza, não tenha ouvido falar desse senhor de 95 anos.

Desde 1952, especialmente na BBC Television, ele encanta o mundo com sua voz rouca e suave para falar da natureza - e principalmente denunciar agressões ao meio ambiente. Todos seus documentários têm uma marca: o visual impressionante, a linguagem compreensiva e o som caprichado que leva cada vez mais gente a se interessar pelo tema.

Longa-metragem de Ken Loach, Eu, Daniel Blake (2016) apresenta personagens carentes e ordinários, banais e cativantes. Segundo a crítica, os personagens são gente que fala com a coragem crua e uma paixão humana.

https://www.youtube.com/watch?v=ob_uqy1aouk

Daniel Blake é um carpinteiro que teve um ataque cardíaco e, por isso, não tem permissão médica para voltar ao trabalho. Ainda assim, Blake se depara com uma série de processos burocráticos que impedem que ele continue recebendo um auxílio financeiro do governo enquanto não pode trabalhar. É um filme com sotaque britânico carregado que diz muito sobre o Brasil contemporâneo.

No filme Contágio, um novo vírus se origina na China, provavelmente de um animal silvestre. Entra em contato com os humanos e, em poucos dias, já infecta centenas de pessoas em diversos países.

Os sintomas são similares a uma gripe, porém mais severos. Enquanto milhares de pessoas morrem, governo e órgãos de saúde correm contra o tempo para testar medicamentos e uma vacina capaz de imunizar a população. Em meio a isso, fronteiras fecham, a circulação é restrita e aos supermercados se esvaziam.

https://www.youtube.com/watch?v=u-eGomOPITc

A situação do filme se encaixa facilmente na recente pandemia da covid-19.  Suspense de 2011 e que voltou à tona em 2020 por causa da crise sanitária global, Contágio se tornou um dos filmes mais comentados no Letterboxd, rede social focada em cinema, e está na segunda posição na lista de filmes mais procurados do catálogo da Warner Bros.  

Já o livro Representantes de quem é uma obra que esclarece, informa e colabora para a busca de uma sociedade com cidadãos mais conscientes e uma política mais responsável. Aborda, por exemplo, o porquê de a reforma política, um dos temas mais discutidos no país, nunca sair do papel e como alguns deputados são eleitos com menos votos do que outros candidatos que, mesmo mais votados, não se elegem.

A obra Jairo Nicolau também mostra porque as coligações, muitas vezes, produzem resultados estranhos e adulteram o voto do eleitor e explica como o Brasil tem o Legislativo mais fragmentado do mundo. Além disso, explica o que acontece com o voto dos eleitores depois que saem da cabine eleitoral.

O cientista político estuda partidos, eleições e sistemas eleitorais há mais de 20 anos. Produzido a partir de perguntas de eleitores, o livro foi escrito para ser lido e entendido por quem não tem conhecimento técnico, mas se espanta e quer compreender melhor diferentes aspectos do quebra-cabeça da representação política no Brasil.



O curso

As inscrições no curso podem ser feitas, diretamente, na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, que é totalmente interativa, moderna, com design responsivo e tem acesso gratuito para matriculados. Nela, além das aulas, os alunos têm à disposição uma série de informações relevantes e atuais sobre o contexto político brasileiro e eventos contínuos realizados pela FAP.

O curso, segundo a coordenação, reúne uma série de professores altamente qualificados para abordar temas que afetam diretamente o dia a dia das pessoas e devem ser encarados por meio de políticas públicas eficazes, em meio a um cenário tomado pela pandemia da covid-19.

A seguir, veja a lista de temas de cada aula e seus respectivos professores:

Aula Inaugural: Ética na política13/10
(quarta-feira)
Alessandro Vieira
1. História, princípios e identidade do Cidadania 2318/10
(segunda-feira)
Caetano Araújo
2. Direitos políticos e sistema partidário na Constituição de 8820/10
(quarta-feira)
Arlindo Fernandes
3. Pré-campanha: organização, planejamento e estratégias. Orçamento de campanha e arrecadação de recursos.25/10
(segunda-feira)
Rubens Bueno  
4. Direito e Regras Eleitorais na Campanha de 2022 – Legislação e Regulamentação do TSE: o que pode e o que não pode.27/10
(quarta-feira)
Marcelo Nunes
5. Liderança, Engajamento e mobilização3/11
(quarta-feira)
Arnaldo Jordy  
6. Marketing e Comunicação política8/11
(segunda-feira)
Édson Barbosa
  7. Estratégias de uso das redes sociais10/11
(quarta-feira)
Jordana Saldanha
8. Análise de Conjuntura das Eleições 202217/11
(quarta-feira)
Luiz Carlos Azedo
9. Educação22/11
(segunda-feira)
Cristovam Buarque
10. Redução da desigualdade e erradicação da pobreza24/11
(quarta-feira)
Eliziane Gama
11. Saúde29/11
(segunda-feira)
Luiz Santini
12. Segurança1º/12
(quarta-feira)
Raul Jungmann
13. Meio-ambiente e sustentabilidade  6/12
(segunda-feira)
Sérgio Besserman
14. Estratégias pós-covid  8/12
(quarta-feira)
Luciano Rezende
Aula de encerramento15/12
(quarta-feira)
Roberto Freire

“CPI expôs governo sem empatia com seu povo”, diz senador Alessandro Vieira

Parlamentar diz que investigação do Senado “escancarou erros e omissões graves”

Cleomar Almeida, da equipe FAP

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) diz que a comissão parlamentar de inquérito (CPI) da covid-19 “expôs um governo sem um pingo de empatia com seu povo, com os hospitais lotados e os cemitérios cheios, passando longe das agendas das autoridades”. “A CPI seguiu o dinheiro, e o mau-cheiro, chegando aos mais altos escalões da República”, afirma ele, em artigo que produziu para a revista Política Democrática online de outubro (36ª edição).

A revista é produzida e editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília e que disponibiliza todo o conteúdo para o público, por meio da versão flip, gratuitamente. No artigo, o senador, um dos nomes de destaque da CPI, observa o sofrimento de pacientes e de familiares de vítimas da pandemia.

Clique aqui e veja a revista Política Democrática online de outubro

“Internações, intubações, dores lancinantes, cadáveres em carros frigorífico, covas coletivas, sequelas de todo tipo, tomaram o noticiário, mas não entraram nos amplos salões do Planalto - e de muitos de seus equivalentes locais”, ressalta. “Tivemos, tragicamente, o pior governo do mundo contemporâneo no pior momento de nossa história administrativa recente”, lamenta.

No artigo, o senador diz que, com base em provas documentais e depoimentos, “a CPI mostra que o governo não foi só inepto”. “É ganancioso, favorecendo a disseminação da epidemia e o enriquecimento de empresários e políticos aliados, despejando toda sua ignorância, despreparo, ideologia, ambição, e misturando jalecos com fardas, transformou a política de saúde pública em um genocídio”, critica.  



De acordo com o Alessandro Vieira, à medida que a CPI da pandemia se aproxima de seu término, aumenta, na mesma proporção, a cobrança por resultados práticos dos seis meses de depoimentos, quebras de sigilos e milhares de documentos colhidos. “Você já viu muitas CPIs atravessarem momentos históricos difíceis, mas certamente nunca testemunhou uma comissão parlamentar que fez tanto de fato pelo país - os porões que abriu, as portas que lacrou e, sem falsa modéstia, as vidas que salvou”.

“A CPI tirou o foco do cercadinho e escancarou erros e omissões graves do governo federal. Ademais, descobriu indícios da existência de um mecanismo de favorecimento de empresas para desvio de recurso público operando dentro do Ministério da Saúde”, diz o senador.  

Veja lista de autores da revista Política Democrática online de outubro

A íntegra do artigo do senador Alessandro Vieira pode ser conferida na versão flip da revista, disponível no portal da FAP, gratuitamente. A edição deste mês também mostra entrevista com o delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva e os riscos de a covid-19 se tornar uma endemia, além de artigos sobre política, economia, meio ambiente e cultura.

Compõem o conselho editorial da revista o diretor-geral da FAP, sociólogo e consultor do Senado, Caetano Araújo, o jornalista e escritor Francisco Almeida e o tradutor e ensaísta Luiz Sérgio Henriques. A Política Democrática online é dirigida pelo embaixador aposentado André Amado.

Caminho de Bolsonaro ao segundo turno é “estreito e vulnerável”, diz revista da FAP

“Tem traficante de drogas indo para a madeira”, diz delegado da PF Alexandre Saraiva

Veja todas as edições da revista Política Democrática online! 


Relatório paralelo: Senador propõe indiciamento de Bolsonaro por 7 crimes

Texto de autoria de Alessandro Vieira pode auxiliar relatório final de Renan Calheiros, que será votado na próxima terça-feira (19/10)

Raphael Felice / Correio Braziliense

senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) protocolou, nesta sexta-feira (15/10), um relatório paralelo de sua autoria na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19. O texto pode ser aproveitado pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), que fará a leitura de sua exposição final na próxima terça-feira (19/10). No relatório, o delegado propõe o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por sete crimes: crime de responsabilidade, crime de epidemia, infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo, incitação ao crime e crime contra a humanidade. O senador ainda pede maiores investigações sobre a infração de prevaricação.

O relatório é dividido em cinco partes ( gestão e definição de políticas públicas de combate à pandemia; mortes evitáveis; indícios de mau uso de recursos públicos; análise dos pareceres e notas técnicas e propostas legislativas).

Além de Bolsonaro, Alessandro Vieira propõe a responsabilização de outros membros do governo federal, como o ministro da Economia, Paulo Guedes, o coordenador do Comitê de Crise da pandemia e ex-ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, a Secretária de Gestão, Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro (capitã cloroquina), o ministro do trabalho Onyx Lorenzoni, o ex-secretário especial de comunicação, o ex-secretário da Saúde, coronel Élcio Franco, Fábio Wajngarten, entre outros.

Integrantes do setor privado que participaram de irregularidades junto ao governo Bolsonaro na pandemia, como o os representantes da Prevent Senior, Pedro Batista, Fernando Parillo e o virologista Paolo Zanotto também constam como indiciados.

Segundo Alessandro, a ação do governo federal trouxe confusões e minimização da gravidade da pandemia. Também foram feitas ações para descredibilizar instituições e a vacina por meio de disseminação de notícias falsas, descaso com povos indígenas e a divulgação de medicamentos sem eficácia comprovada por autoridades de saúde.

O senador lembra ainda que a pandemia não acabou e que ações precisam ser tomadas. Assim como no relatório de Renan Calheiros, Vieira sugere propostas legislativas dentro das áreas de saúde, educação, combate à pobreza, combate à corrupção, gestão pública e processo legislativo.

Fonte: Correio Braziliense
https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/10/4955683-alessandro-vieira-propoe-indiciamento-de-bolsonaro-por-7-crimes-em-relatorio-paralelo.html


Especialistas debatem modelos da Alemanha e Itália para eleições no Brasil

Webinar da FAP será realizado no dia 16 de outubro com participação de Renata Bueno, Arlindo Fernandes e Soninha Francine

Cleomar Almeida,da equipe da FAP

Especialistas vão discutir possíveis contribuições ao sistema eleitoral brasileiro por parte de experiências da Itália e Alemanha, onde os social-democratas de centro-esquerda venceram por uma pequena margem o partido da chanceler Angela Merkel nas eleições realizadas no mês passado. O debate será realizado, no dia 16 de outubro, a partir das 10 horas, em evento online da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília.

O webinar terá transmissão, em tempo real, no portal, na página do Facebook e no canal da fundação no Youtube. Confirmaram participação a primeira cidadã nascida no Brasil a tornar-se deputada no Parlamento italiano, Renata Bueno, que também é ex-vereadora de Curitiba (PR); a ex-vereadora de São Paulo Soninha Francine e o consultor do Senado Arlindo Fernandes, especialista em direito eleitoral.

Assista!



Fernandes diz ser muito comum o sistema eleitoral alemão ser adotado como referência no mundo quando se discute o assunto. “Lá, eles adotaram sistema eleitoral misto”, afirma o consultor do Senado. “Não havia maioria, na Constituinte de 46, nem para adotar o sistema proporcional nem para adotar o sistema majoritário distrital”, explica.

Na época, conforme lembra o especialista, a Alemanha fez um acordo para adotar o sistema misto, “considerado, tecnicamente, bastante desenvolvido”. “Nas últimas décadas, com a onda de democratização e reformas dos sistemas eleitorais, em democracias mais consolidadas, como Nova Zelândia e Itália, o modelo alemão tem sido o sistema adotado em países que mudam o sistema eleitoral”, diz.

Na avaliação de Fernandes, “o sistema alemão é possível ser adotado no Brasil porque não ofende, não afronta, a cultura política, com a qual o povo brasileiro está acostumado, que é a do voto na pessoa”. “Tem o voto no partido, mas também tem o voto na pessoa”, observa o consultor.

Renata Bueno, por sua vez, acredita que o resultado da eleição na Alemanha, um dos líderes fundadores da União Europeia, provocou uma “boa mudança no cenário político” no país e em todo o restante do quadro europeu, “justamente porque levanta uma bandeira de mais centro-esquerda”.

Ela também acredita que o modelo italiano seja interessante. “Na Itália, é parlamentarismo. São as listas eleitorais que acabam somando a maioria no parlamento, e isso gera a vaga para o primeiro-ministro. Eles votam lei eleitoral próximo a eleição, dando detalhes de como funcionará aquela disputa”, explica.

“Na última lei eleitoral na Itália, eles seguiram muito o modelo alemão, com alguns votos uninominais e outros por listas proporcionais, isso porque ali tem Senado e Câmara e acaba tendo voto misto. Seria quase um distrital misto com vários detalhes também”, compara ela.

Na avaliação de Soninha Francine, a discussão de modelo político, a partir de experiências de outros países, pode ajudar muito o Brasil a adotar um sistema mais adequado para as eleições. “Não tem como evoluir, como discussão política, se não entender melhor do que está falando. Analisar os modelos de outros países pode fazer a maior diferença”, ressalta.

Webinar sobre sistemas eleitorais na Alemanha e Itália
Data: 16/10/2021
Horário: 10 horas
Transmissão: portal e redes sociais (Facebook e Youtube)  da FAP
Realização: FAP

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FAP abre inscrições para curso de formação política Jornada Cidadã 2022

Em parceria com o Cidadania, fundação realiza nova formação política em plataforma a distância com aulas telepresenciais

Cleomar Almeida, da equipe FAP

Na busca por capacitar líderes interessados em se candidatar nas próximas eleições, alinhando técnicas de gestão e talento político, a Fundação Astrojildo Pereira (FAP) abre, na sexta-feira (1º/10), as inscrições online para o curso Jornada Cidadã 2022, com aulas telepresenciais ao vivo e exclusivas para filiados ao Cidadania, ao qual é vinculada. Vagas são limitadas. O início das aulas está marcado para o dia 13 de outubro.

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A aula inaugural será realizada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), um dos nomes de destaque da CPI da Pandemia, que investiga ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia no Brasil. O presidente nacional do partido, Roberto Freire, fará o encerramento do curso.

Aula inaugural do curso será realizada pelo Senador Alessandro Vieira. Foto: Agência Senado

As inscrições poderão ser feitas, diretamente, na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, que é totalmente interativa, moderna, com design responsivo e tem acesso gratuito para matriculados. Nela, além das aulas, os alunos têm à disposição uma série de informações relevantes e atuais sobre o contexto político brasileiro e eventos contínuos realizados pela FAP.

O curso, segundo a coordenação, reúne uma série de professores altamente qualificados para abordar temas que afetam diretamente o dia a dia das pessoas e devem ser encarados por meio de políticas públicas eficazes, em meio a um cenário tomado pela pandemia da covid-19.



Também serão abordados desafios nas áreas de educação, saúde, segurança, meio ambiente e sustentabilidade, além de caminhos práticos para a redução da desigualdade e erradicação da pobreza.

Os interessados terão, ainda, informações relevantes sobre direito e regras eleitorais na campanha de 2022, com abordagem sobre legislação e regulamentação por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o que é permito e proibido na disputa. Também haverá aulas sobre direitos políticos e sistema partidário na Constituição de 1988, também conhecida como Constituição Cidadã.

Curso

Luciano Rezende: Curso é continuidade à missão da FAP de formar líderes comprometidos com a “boa política". Foto: Fernando Madeira

O curso foi pensando e planejado conforme a crescente necessidade de interação das pessoas no mundo digital. É por isso que os alunos terão aulas exclusivas sobre liderança, engajamento e mobilização, estratégias de uso das redes sociais, marketing e comunicação política, além de discutirem, de forma prática, objetiva e assertiva, a conjuntura das eleições 2022.

Presidente do Conselho Curador da FAP, coordenador do curso e ex-prefeito de Vitória (ES) por dois mandatos, o médico Luciano Rezende destacou que o curso de formação dá continuidade à missão da entidade de formar líderes comprometidos com a “boa política”.

“A aliança da boa técnica de gestão com o talento político é igual à boa política, de que o Brasil precisa. O país precisa de bons líderes, boas ideias, pessoal envolvido com política e preparado para gestão”, destacou ele, ressaltando o histórico da fundação na realização de cursos de formação.

Luciano lembrou que o curso Gestão Cidadão, realizado pela FAP no primeiro semestre de 2021, “foi um sucesso”. “Agora estamos lançando mais um curso para pré-candidatos e filiados ao Cidadania, para que possam se preparar tecnicamente para as eleições de 2022’, ressaltou ele.

Marrafon fala sobre o novo curso de formação política da FAP



A seguir, veja a lista de temas de cada aula e seus respectivos professores:

Aula Inaugural: Ética na política13/10
(quarta-feira)
Alessandro Vieira
1. História, princípios e identidade do Cidadania 2318/10
(segunda-feira)
Caetano Araújo
2. Direitos políticos e sistema partidário na Constituição de 8820/10
(quarta-feira)
Arlindo Fernandes
3. Pré-campanha: organização, planejamento e estratégias. Orçamento de campanha e arrecadação de recursos.25/10
(segunda-feira)
Rubens Bueno  
4. Direito e Regras Eleitorais na Campanha de 2022 – Legislação e Regulamentação do TSE: o que pode e o que não pode.27/10
(quarta-feira)
Marcelo Nunes
5. Liderança, Engajamento e mobilização3/11
(quarta-feira)
Arnaldo Jordy  
6. Marketing e Comunicação política8/11
(segunda-feira)
Édson Barbosa
  7. Estratégias de uso das redes sociais10/11
(quarta-feira)
Jordana Saldanha
8. Análise de Conjuntura das Eleições 202217/11
(quarta-feira)
Luiz Carlos Azedo
9. Educação22/11
(segunda-feira)
Cristovam Buarque
10. Redução da desigualdade e erradicação da pobreza24/11
(quarta-feira)
Eliziane Gama
11. Saúde29/11
(segunda-feira)
Luiz Santini
12. Segurança1º/12
(quarta-feira)
Raul Jungmann
13. Meio-ambiente e sustentabilidade  6/12
(segunda-feira)
Sérgio Besserman
14. Estratégias pós-covid  8/12
(quarta-feira)
Luciano Rezende
Aula de encerramento15/12
(quarta-feira)
Roberto Freire

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Fator CPI tem potencial para impactar eleições de 2022

Comissão pedirá o indiciamento de dezenas de investigados, entre os quais o presidente Bolsonaro

Raphael Felice/ Correio Braziliense

A CPI da Covid completa, hoje, seis meses desde sua instauração. De lá para cá, houve um rol de depoimentos, quebras de sigilo e investigações, levado a cabo pela comissão, que conseguiu ocupar espaço de protagonismo no jogo político. O fim dos trabalhos ocorrerá no próximo dia 20, quando haverá a votação do relatório do senador Renan Calheiros (MDB/AL).

Nesta reta final, a cúpula do colegiado mudou o cronograma dos trabalhos. Desistiu da convocação, pela terceira vez, do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cujo depoimento estava marcado para segunda-feira. Na data, ocorrerá a oitiva do médico pneumologista Carlos Carvalho e de parentes de vítimas do novo coronavírus.

No dia 19, Calheiros apresentará o relatório. Ele já antecipou que relacionou 37 investigados no parecer. Disse, ainda, que mais de 40 pessoas devem ser responsabilizadas no documento, entre elas o presidente Jair Bolsonaro. Segundo o parlamentar, a CPI não poderia “falar grosso na investigação e miar no relatório”.

Com a aprovação do parecer, a intenção é entregá-lo à Procuradoria-Geral da República (PGR) já no dia 21. O órgão terá 30 dias para decidir se dará prosseguimento às denúncias, pedirá o arquivamento ou definirá diligências. No dia 26, membros da CPI vão se reunir com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para protocolar um pedido de impeachment contra Bolsonaro.

De acordo com o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a cúpula do colegiado pretende levar o relatório, também, até o Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda. A Corte é responsável pelo julgamento de acusados de crimes contra a humanidade, como genocídio.

Conforme analistas, a CPI tem sido responsável por equilibrar o noticiário político, antes pautado por ações e ataques de Bolsonaro. Para eles, o ritmo do jogo político era, de certa forma, ditado pelo chefe do Executivo, que sempre se utilizou da política do enfrentamento e de cortinas de fumaça para tentar encobrir insucessos.

“Uma das grandes mudanças que a CPI trouxe na pauta política foi justamente o fato de ser capaz de ditar a pauta política. A comissão acabou tirando um pouco do protagonismo do presidente no cenário político, sendo ela mesma a produtora de notícias, a produtora de informações para a sociedade”, afirmou Valdir Pucci, professor e mestre em ciência política.

Com repercussão e força política própria, a CPI expôs informações que podem custar caro a Bolsonaro, como a demora para comprar vacinas contra a covid-19, a propaganda do chamado “tratamento precoce”, a revelação de que o Ministério da Saúde negociou imunizantes superfaturados e o escândalo recente com a Prevent Senior — segundo depoimentos ao colegiado, a operadora usava seus pacientes como cobaias em experimentos com substâncias como cloroquina, ivermectina, azitromicina e até ozônio no “tratamento” do coronavírus.

Com grande audiência — sendo constantemente um dos assuntos mais comentados nas redes sociais —, mesmo após o seu término, o fantasma da CPI deve continuar assombrando Bolsonaro durante a campanha eleitoral no ano que vem.

Para o cientista político André Rosa, o presidente pode ser impactado com algo parecido com o que sofreram petistas com relação à Operação Lava-Jato. “A CPI da Covid será objeto de grande repercussão nas eleições e também na formação das preferências do eleitor na hora da escolha do voto. Tal como a Operação Lava-Jato, que impulsionou a candidatura de Jair Bolsonaro, será a da covid-19 que proporcionará aos concorrentes o combustível da propagação de campanha negativa da gestão do atual presidente”, frisou.

Conforme Rosa, o relatório de Calheiros trará sérios problemas para a já abalada imagem do chefe do Executivo. “Os impactos na sociedade serão fragmentados entre os apoiadores do presidente e os seus dissidentes. Aos dissidentes, a certeza de um país mal gerido, que alcançou o nível inflacionário pré-Plano Real, alta fora da curva dos combustíveis e mais desigual”, listou. “Por fim, a CPI formaliza em um relatório o resumo de um dos piores governos da história do país.”

Queiroga

A decisão da cúpula da CPI de abrir mão da terceira convocação do ministro Marcelo Queiroga foi tomada porque senadores não acreditam que ele apresentaria informações capazes de contribuir com as investigações. Na semana passada, o titular da Saúde já havia respondido, por escrito, a questionamentos feitos pela comissão.

Os parlamentares preferem, então, focar no médico pneumologista Carlos Carvalho, professor da Universidade de São Paulo. Ele coordenou um estudo que refutou o uso de medicamentos, como a hidroxicloroquina, cloroquina e a azitromicina, em pacientes com covid-19. A pesquisa seria analisada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), órgão do Ministério da Saúde, mas acabou retirado de pauta. (Colaboraram Israel Medeiros e Tainá Andrade)

Para driblar Aras

Diante do alinhamento do procurador-geral da República, Augusto Aras, com o presidente Jair Bolsonaro, a CPI da Covid estuda formas de driblar uma eventual omissão da Procuradoria-Geral da República (PGR) para avançar com processos contra o chefe do Executivo e outros políticos com foro.

Uma das opções seria levar o processo adiante por meio de entidades privadas, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que tem prerrogativa para encaminhar os indiciamentos diretamente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Outra opção é entrar com uma ação penal subsidiária da pública, diretamente no STF — medida possível em caso de inércia do Ministério Público.

Fonte: Correio Braziliense
https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/10/4955059-fator-cpi-tem-potencial-para-impactar-eleicoes-de-2022.html


RPD || Alessandro Vieira: A CPI que fez a diferença

Comissão expôs erros e omissões graves da desastrosa atuação do governo Bolsonaro no combate à pandemia

À medida que a CPI da Pandemia se aproxima de seu término, aumenta, na mesma proporção, a cobrança por resultados práticos dos seis meses de depoimentos, quebras de sigilo e milhares de documentos colhidos, em um país que, a essa altura da tragédia, beira os 600 mil brasileiros mortos pelo coronavírus. Você já viu muitas CPIs atravessarem momentos históricos difíceis, mas certamente nunca testemunhou uma comissão parlamentar que fez tanto de fato pelo país - os porões que abriu, as portas que lacrou e, sem falsa modéstia, as vidas que salvou. A CPI tirou o foco do cercadinho e escancarou erros e omissões graves do Governo Federal. Ademais, descobriu indícios da existência de um mecanismo de favorecimento de empresas para desvio de recurso público operando dentro do Ministério da Saúde.  

Já tivemos muitas comissões de inquérito, retratos de seus momentos políticos, da realidade do país. Algumas mornas, outras efervescentes. Algumas mero conchavo entre amigos - terminando em 'pizza' -, outras esmagadas pelos tentáculos do Estado. Mas nenhuma - e não tenho dúvida em cravar isso - como a CPI da Pandemia. Uma CPI realizada na era das tecnologias da informação e comunicação e da efervescência das redes sociais, que de forma inédita tem de lidar com o gabinete das fake news, mas também com a checagem de fatos em tempo real. Estamos chegando aos derradeiros dias de trabalho, da CPI das CPIs, como já foi consagrada. E o que lhe garante esse título é o volume de erros, omissões, irregularidades e evidências de crimes de corrupção que estão sendo desvendados à medida que ainda se vive a Pandemia, e que a cada dia novos fatos se revelam. 

Mais de 600 mil brasileiros perderam suas vidas – pais, mães, irmãos, amigos, que não retornarão. Algumas ceifadas por falta de vacinas, outras por falta de orientação e comunicação acerca de medidas não farmacológicas e tantas outras pela falta de políticas concretas de gestão e contensão e propagação do vírus. Não há precedente para tal massacre - ainda mais turbinado por um esquema corrupto e desumano, em diversos escalões e com diferentes fardamentos. Mas a CPI da Covid também reflete uma ruptura no que considero ser um momento particularmente baixo da degradação da atividade parlamentar, com o esforço do Executivo para reduzir as Casas Legislativas a um entreposto de emendas e cargos. A CPI da Covid é, mesmo em meio a esse cenário hostil, uma luz no fim do túnel para o povo, mostrando que, mesmo em tempos sombrios, ainda que em menor número, existem pessoas sérias que pensam no Brasil e que lutam pela justiça, pela ciência e pela verdade. 

Foram desafios marcantes. Graças ao equilíbrio de seus líderes, e membros mais combativos, a CPI terminará seus trabalhos sem se desviar do caminho. Muito claramente, narramos, ao longo desses meses, um enredo terrível - longe de poder ter um final feliz. Além da omissão fatal do Governo Federal, comprovada nos depoimentos que convocou e documentos que analisou, a CPI expôs a vergonhosa atuação do presidente e de seus subordinados, ele que favoreceu a disseminação da epidemia causada pelo novo coronavírus, sendo incapaz de proteger seu povo - que continua enterrando centenas de brasileiros por dia. Pior: isso não foi casual, foi deliberado, baseado numa crença negacionista, anticiência e antivacina. 

A CPI expôs um governo sem um pingo de empatia com seu povo, com os hospitais lotados e os cemitérios cheios passando longe das agendas das autoridades. A CPI seguiu o dinheiro, e o mau-cheiro, chegando aos mais altos escalões da República. Internações, intubações, dores lancinantes, cadáveres em carros frigorífico, covas coletivas, sequelas de todo tipo, tomaram o noticiário, mas não entraram nos amplos salões do Planalto - e de muitos de seus equivalentes locais. Tivemos, tragicamente, o pior governo do mundo contemporâneo no pior momento de nossa história administrativa recente. Com base em provas documentais e depoimentos, a CPI mostra que o governo não foi só inepto, é ganancioso, favorecendo a disseminação da epidemia e o enriquecimento de empresários e políticos aliados. Despejando toda sua ignorância, despreparo, ideologia, ambição, e misturando jalecos com fardas, transformou a política de saúde pública em um genocídio.  

Quanto mais avançamos, mais desafios tem a comissão para que a sociedade, num novo momento, por meio de seus mecanismos legais, dê prosseguimento ao que não será possível concluir agora. Por seu tempo de vida, e por nossas próprias limitações, a CPI não conseguirá investigar todos os âmbitos de corrupção. Não acabaremos com a escuridão. Mas certamente teremos jogado muita luz sobre muitas realidades ocultas. E aberto espaços novos para o exercício da cidadania. Nossos frutos estarão espalhados por quem sabe, outras CPIs - spin-offs depois da nossa última temporada - investigações do Supremo Tribunal Federal, do Tribunal Superior Eleitoral, do Tribunal de Contas, do Ministério Público, da Polícia Federal. E, especialmente, em nossas consciências, valores e práticas. 

__Esse texto é uma homenagem póstuma a um amigo que, no meio da pandemia, perdemos para a Covid. E que, presente em nossas vidas, nos animou a enfrentar o que enfrentamos. Dor e saudade, Senador Major Olímpio. Um Brasil melhor vai nascer, muito graças a seu espírito. 

*Alessandro Vieira é senador da República (Cidadania-SE). Integra o Movimento Acredito e o RenovaBR. Pautou sua campanha  política no combate à corrupção e é um dos senadores que mais se destacaram nas sessões da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.


Podcast discute luta contra a violência à mulher

Irina Storni analisa importância do enfrentamento à violência doméstica e das políticas públicas para as mulheres

João Rodrigues, da equipe da FAP

O Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, celebrado em 10 de outubro, é um marco na discussão sobre a equidade de gênero no Brasil. A data foi instituída em 1980, após uma mobilização feita em São Paulo por mulheres que ocuparam as escadarias do Teatro Municipal para defender seus direitos. O podcast desta semana da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) coloca em pauta importância do enfrentamento à violência doméstica e familiar. Uma das principais especialistas do país no assunto, Irina Storni é a convidada do episódio. Ela é economista, subsecretária de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres do Distrito Federal e milita na causa há mais de 30 anos.



O aumento dos crimes de feminicídio no país, o crescimento de agressões a mulheres durante a pandemia e os danos psicológicos às vítimas de violência estão entre os temas do programa. O episódio conta com áudios da Rede TVT, TV Senado, TV Cultura, Agência Brasília e TV Brasil.

O Rádio FAP é publicado semanalmente, às sextas-feiras, em diversas plataformas de streaming como Spotify, Youtube, Google Podcasts, Ancora, RadioPublic e Pocket Casts. O programa tem a produção e apresentação do jornalista João Rodrigues. A edição-executiva é de Renato Ferraz.