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Filmes destacam o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

Colegas e Bicho de Sete Cabeças serão exibidos ao público com entrada gratuita. Ao final das sessões, haverá conversa com especialistas

Por Cleomar Rosa

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) divulgou, nesta quinta-feira (13), a programação dos filmes que serão exibidos ao longo de setembro no Cineclube Vladimir Carvalho, no Conic, próximo à Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília (DF). Em alusão ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado no dia 21 deste mês, o filme Colegas será exibido na próxima terça-feira (18) e o Bicho de Sete Cabeças, no dia 25. As sessões começarão às 18h30. A entrada é gratuita.

As exibições dão continuidade à programação do cineclube, reaberto ao público no dia 4 de setembro, após uma ampla reforma no local. A proposta é mostrar obras cinematográficas que têm relação com o respectivo mês de exibição delas no local. Ao final das sessões, haverá rodas de conversa entre o público e especialistas.

Dirigido por Marcelo Galvão e lançado em 2012, Colegas (aventura/comédia dramática) tem duração de 1h34 e conta a história de três jovens que viviam juntos em um instituto para portadores da Síndrome de Down. Um dia, eles decidem fugir para se aventurar e realizar o sonho de cada um, envolvendo-se em muitas aventuras e confusões. A classificação do filme é para pessoas a partir de 10 anos.

Já o Bicho de Sete Cabeças, dirigido por Laís Bodanzky, conta o drama vivido por pai e filho. Lançado em 2000, e com classificação para pessoas a partir de 14 anos, o filme mostra que a situação entre os dois chega ao seu limite, até que o pai decide internar o filho em um manicômio, onde o rapaz enfrenta condições terríveis de tratamento. O longa-metragem tem duração de 1h30.

Responsável pelo cineclube, Alexandre Marcelo Bezerra de Menezes Queiros diz que a proposta é exibir filmes brasileiros e estrangeiros no local todas as terças-feiras. Segundo ele, com isso, o cineclube volta a ser um importante ponto de difusão cultural e de produção do conhecimento, a partir dos diálogos que ocorrem ao final dos filmes.

Com capacidade para 65 lugares, o Cineclube Vladimir Carvalho fica em uma parte do Espaço Arildo Dória, onde também está a Biblioteca Salomão Malina, todos mantidos pela Fundação Astrojildo Pereira. Tudo para garantir conforto e praticidade às pessoas. Todos os filmes serão exibidos em uma tela de projeção retrátil de 150 polegadas, com imagem de ótima qualidade.

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Cinema e literatura

O cineclube leva ao público de Brasília uma nova opção de fortalecimento da cultura, na opinião de Alexandre Queiros. A direção da FAP entendeu que a retomada das programações é mais uma forma de atender às demandas dos usuários da Biblioteca Salomão Malina, assim como às do público em geral, produzindo e difundindo conhecimento por meio do cinema e de obras literárias.

A biblioteca recebe, em média, 30 pessoas por dia. No local, o público tem à disposição espaços específicos para leitura e estudo, assim como mesa coletiva e ambientes individuais. Além das obras literárias, a biblioteca também disponibiliza jornais do dia (O Globo, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e o Correio Braziliense) e revistas da semana, como a Veja e a Piauí, além de rede wi-fi grátis. Para fazer empréstimo dos livros, os interessados precisam apenas fazer um cadastro pessoalmente com apresentação de documento oficial com foto e comprovante de residência.

 

 

 


FAP realiza o curso “A Nova Legislação Eleitoral Brasileira”

Aulas serão ministradas na Biblioteca Salomão Malina, no Espaço Arildo Dória, no Conic, em Brasilia, de amanhã até o dia 19/04, e vão ser transmitidas ao vivo por meio do perfil da FAP no Facebook: https://www.facebook.com/facefap

Por Germano Martiniano

Neste ano em que ocorrem as eleições para deputados, senadores, governadores e presidente, a Fundação Astrojildo Pereira (FAP) realiza, de amanhã (terça-feira - 17/04) até o dia 19/04, o curso "A Nova Legislação Eleitoral Brasileira". O objetivo da Fundação é promover estudos e debates  relativos às complexas questões da atualidade do país. As aulas serão ministradas na Biblioteca Salomão Malina, no Espaço Arildo Dória, no Conic, em Brasilia e vão ser transmitidas ao vivo por meio do perfil da FAP no Facebook: https://www.facebook.com/facefap/.  O curso será ministrado por Renato Galuppo, advogado especialista em Direito Eleitoral; Caetano Araújo, sociólogo, servidor público e Arlindo Fernandes, advogado.

O Brasil vive um ano agitado politicamente, não bastassem as eleições que decidirão quem irá comandar o país nos próximos anos, nos bastidores da política a prisão do ex-presidente Lula, depois de investigação conduzida pela operação Lava-Jato, polarizou ainda mais a discussão sobre os rumos da política e justiça brasileira. O líder petista também se tornou inelegível pela Lei da Ficha Limpa.

Para Renato Galuppo, a operação Lava-Jato não terá tanta repercussão nas eleições. “Para o cidadão ficar inelegível, nos termos da Lei da Ficha Limpa, é necessária a condenação por órgão colegiado, ou seja, por decisões de segunda instância", informa. "Nas eleições de 2018, além do Lula não existem muitos pré-candidatos que já terão sido condenados em segunda instância até a data do registro de candidatos (15 de agosto)”, completa Gallupo.

Entretanto se a Lei da Ficha Limpa não for problema para os candidatos ao governo do país, ainda assim os mesmos precisarão estar atentos à nova legislação eleitoral. Entre algumas regras que foram modificadas estão  o autofinanciamento eleitoral; doações e propagandas menores; debates televisivos; financiamento coletivo; prestação de contas, entre outras.

De acordo com Caetano Araújo, a mudança de maior impacto na nova legislação eleitoral é a proibição do financiamento empresarial. “Vamos ver como essa questão será equacionada nas eleições deste ano com a maior parte do financiamento público concentrado nos maiores partidos”, avalia.

Arlindo Fernandes aponta o financiamento das campanhas como um ponto importante a ser debatido durante as aulas do curso. “O que me pareceu controverso foi o critério para a repartição entre os partidos desses recursos. Os grandes (PT, PMDB e PSDB), que negociaram e aprovaram a lei de reforma eleitoral, concentraram os recursos neles próprios”, acentuou Fernandes.

Confira abaixo a programação do curso A Nova Legislação Eleitoral Brasileira:


FAP promove curso sobre obra de William Shakespeare nos dias 13 a 16 de março

A complexa obra do dramaturgo inglês será abordada durante os dias  13 a 16 de março pelo professor universitário Martin Cézar Feijó

Por Germano Martiniano

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) realiza, de 13 a 16 de março, o curso "Shakespeare em Sete Lições", que vai tratar da obra de William Shakespeare, um dos maiores dramaturgos de todos os tempos. As aulas vão ocorrer no revitalizado Espaço Arildo Dória, no Conic, em Brasília e será ministrado pelo escritor e professor universitário Martin Cézar Feijó, que há dois anos vem realizando eventos com essa temática em São Paulo (SP).

“Em primeiro lugar Shakespeare é um clássico, o maior dramaturgo de todos os tempos, e ser um clássico nos indica tanto a importância que ele teve na época original em que escreveu como também pertencer a qualquer época”, informa Feijó, sobre o conteúdo do curso.

De acordo com Feijó, a complexa obra de Shakespeare será abordada durante os quatro dias de aulas: Introdução a Shakespeare -13/03; A Natureza do Mal e A Mulher em Shakespeare – 14/03; Mil Vezes Mais Justo e o Amor em Shakespeare – 15/03; As Idades e a Velhice e a Inteligência – 15/03. Segundo Feijó, Shakespeare é "atemporal”. Com isso será possível traçar um paralelo de sua obra com os temas que acometem a sociedade atual.

Quem foi Shakespeare?
Shakespeare nasceu em 1564 na Inglaterra e faleceu aos 52 anos na mesma cidade de nascimento, Stratford-upon-Avon. Foi poeta, ator e dramaturgo. Entre seus principais trabalhos estão: Romeu e Julieta, Hamlet, Rei Lear, Macbeth e a Megera Domada. Suas peças foram traduzidas para todas as principais línguas modernas e são mais encenadas que as de qualquer outro dramaturgo. Muitos de seus textos e temas permanecem vivos até os nossos dias, sendo revisitados com frequência, especialmente no teatro, na televisão, no cinema e na literatura.

Confira, a seguir, alguns dos trechos da entrevista com o professor Martin Cézar Feijó:

Qual a motivação de ministrar um curso sobre Shakespeare em parceria com a FAP?
A FAP me fez um convite, pois sabia que eu ministrava esse curso em algumas entidades em São Paulo. Há dois anos tenho lecionado sobre a complexidade da obra de Shakespeare. Em primeiro lugar Shakespeare é um clássico, o maior dramaturgo de todos os tempos, e ser um clássico nos indica tanto a importância que ele teve na época original em que escreveu como também pertencer a qualquer época. Portanto, é neste sentido que a FAP, que é uma fundação que se dedica às atividades culturais, teve interesse em discutir alguns aspectos da obra do poeta inglês.

Um dos temas do curso é a Mulher em Shakespeare. Em tempos que muito se discute o papel da mulher na sociedade, até mediante a recente polêmica entre as feministas norte-americanas, do movimento “Me Too”, com as ativistas francesas, como se pode traçar um paralelo entre a época do dramaturgo inglês e atual?
Primeiramente, Shakespeare trata a mulher de uma maneira muito digna e muito diversificada, desde a mais inteligente que é Julieta, perpassando por Catarina, da peça A Megera Domada, que se caracteriza por ser "domável", até a mais vinculada ao mal que é Lady MacBeth, da tragédia MacBeth. Veremos em aula que as mulheres de Shakespeare têm muito a ver com a mulher na contemporaneidade e com suas lutas pela liberdade e respeito por sua identidade.

Sobre o amor, o filósofo Bauman, já falecido, nos diz que vivemos em épocas de "amores líquidos". Como poderíamos fazer essa leitura a partir de Shakespeare?
Algumas pessoas dizem que Shakespeare inventou o amor romântico. Por exemplo, na peça Romeu e Julieta o amor é retratado de uma maneira sincrônica e diacrônica. Ao mesmo tempo em que reflete uma critica ao contexto patriarcal, na qual ela foi escrita e montada, ela reflete também uma norma do amor romântico em que os amantes são livres para escolherem seus parceiros e, de certa forma, a partir de uma espiritualidade que garanta a eternidade, mesmo sendo uma peça que se passe em cinco dias. É impressionante a concentração de questões que envolvem o amor nesta peça. E o amor não é liquido, ele é sólido, profundo, espiritual, carnal, ele é completo, por isso o fascínio que causa ainda no mundo todo.

"As Idades e a Velhice" é o último tema que será abordado e que faz uma relação com a questão temporal, com o tempo. Vivemos numa sociedade que as pessoas vivem mais, porém em que a velhice não é totalmente aceita. Muitas pessoas buscam a jovialidade eterna. O senhor concorda com isso? E como seria o tempo para Shakespeare?
Em Shakespeare a experiência humana é tratada de uma maneira completa, e como ela é completa, ele retrata tanto de personagens jovens, como Romeu e Julieta, como personagens maduros como A Megera Domada e, finalmente, O Rei Lear que é um personagem já velho para os padrões medievais e que precisa transmitir o trono para as filhas. Todo o drama está na decomposição da idade, da velhice, no fim da vida. É neste sentido que a questão das idades é muito bem tratada na peça Como Gostais (As You Like It), ou seja, quando ele compara os estágios da vida. Isso será tratado em nossas aulas e faremos um paralelo com Leonard Cohen, músico canadense, que escreveu uma música que trata dessa questão do tempo.


*Taxa de inscrição: R$ 25,00


FAP lança "Brasil, Brasileiros – Por que Somos assim?" nesta terça (23), em Brasília

Lançamento será no Espaço Arildo Dória, no Conic, e terá transmissão ao vivo por meio do canal da Fundação Astrojildo Pereira no Facebook 

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) convida para o lançamento em Brasília,  nesta terça-feira (23), do livro “Brasil, Brasileiros – Por que Somos assim?”, organizado e publicado pela FAP e Verbena Editora. O lançamento, que vai ocorrer a partir das 18h no Espaço Arildo Dória (Edifício Venâncio III, loja 52 - Conic - Em frente à Praça Vermelha), terá debate e sessão de autógrafos com dois dos três organizadores da coletânea: o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) e Francisco Almeida. O professor de História (Universidade de Brasília - UnB), Antônio José Barbosa, também será um dos participantes do debate.

Em recente artigo publicado na Revista IstoÉ (https://istoe.com.br/como-nos-tornamos-o-que-hoje-somos/), o sociólogo e cientista político Bolívar Lamounier comentou a obra. Confira a íntegra do artigo abaixo:

"Durante a primeira metade do século passado e até algumas décadas atrás, numerosos escritores tentaram compreender o “caráter nacional” brasileiro. Uns o descreviam como otimista, alegre, bondoso e cordial; para outros seríamos justo o contrário: pessimistas, tristes, egoístas, violentos. Prepotentes para uns, subservientes para outros.

Tais tentativas nunca deram bons resultados, pela singela razão de que partiam de uma premissa insustentável: a de que o caráter de um povo seja imutável ao longo do tempo e possa ser retratado por meio de um traço ou de um pequeno conjunto de traços comuns.

Auxiliado por Francisco Almeida e Zander Navarro, o senador Cristovam Buarque retomou a questão mencionada de uma forma instigante e inovadora no livro “Brasil, brasileiros: por que somos assim?” (Editora Verbena, 2017). Na condição de organizadores, os três convidaram dezesseis autores renomados a responder a questão, oferecendo cada um sua definição daquele “assim” do título – sua imagem dos brasileiros como povo – e tentando explicar como se formaram nossos traços predominantes.

Por que somos como somos: eis a indagação que permeia os dezesseis ensaios. Não vou contar o fim do filme. Vou apenas insistir em minha tese de que todo povo é heterogêneo e mutável. Os traços que o definem mudam ao longo do tempo, em função das circunstâncias. Por exemplo: acho razoável dizer que a maioria dos brasileiros tem um jeito cordial, pacífico, avesso à violência, mas o fato é que, de umas três ou quatro décadas para cá, passamos a viver em redutos fortificados, protegidos por grades de ferro, muito arame farpado e cães que não brincam em serviço. Somos contraditórios; podemos ser ao mesmo tempo bondosos e cruéis.

Na economia, não somos aquele povo preguiçoso e sem iniciativa imortalizado por Mário de Andrade no romance “Macunaíma”; basta ver o pujante agronegócio que construímos no transcurso do último meio século. Somos, isso sim, uma gente impedida de empreender e trabalhar, pois até hoje não conseguimos nos livrar do Estado patrimonialista, essa máquina que nos reduz à impotência a fim de preservar o que alguns chamam de capitalismo de Estado e que eu prefiro chamar de capitalismo de compadrio, de corruptos e de burocratas incompetentes."

A coletânea também foi lançada no último dia 14 de dezembro, em São Paulo, na Fundação FHC. O evento foi antecidido de um diálogo entre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Cristovam Buarque. A íntegra do debate pode ser conferida em http://fundacaofhc.org.br/iniciativas/debates/brasil-brasileiros-por-que-somos-assim---um-dialogo-entre-cristovam-buarque-e-fhc.

O evento será transmitido ao vivo pelo canal da FAP no Facebook: http://www.facebook.com/facefap.

Serviço
Lançamento do livro "Brasil, Brasileiros – Por que Somos assim?"
Data: 23/01/2018, das 18h até as 20h30
Local: Espaço Arildo Dória (Edifício Venâncio III, loja 52 - Conic - Em frente à Praça Vermelha)
Informações: (61) 3011-9300