100 anos da semana de 1922

“Ilustração sempre foi o patinho feio”, diz Chiarelli sobre Semana de 22

João Vitor*, com edição do Coordenador de Publicações da FAP, Cleomar Almeida

O professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) Tadeu Chiarelli afirma que “a ilustração sempre foi o patinho feio”. “A fotografia não entrou no modernismo da época. Então, também tinham outros patinhos feios”, disse. Ele vai discutir o assunto, na terça-feira (22/2), em webinar da Biblioteca Salomão Malina e da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília.



Em celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, o evento será realizado a partir das 18 horas e transmitido no Facebook da biblioteca, assim como no site e Youtube da fundação. Além de Chiarelli, a historiadora Paula Ramos e o jornalista Sergio Leo confirmaram participação.

O professor afirmou que as produções de 1922 eram de cunho conservador. “O objetivo era falar da paisagem humana. Falar do Brasil, como Anita Malfatti fez, é um figurativismo muito conservador. Não que ela tenha sido nacionalista, mas tem viés conservador”, analisou.

Chiarelli ressaltou, ainda, que os modernistas se viam como herdeiros de uma tradição europeia. “As ligações com a Europa são desejadas. Você pinta o tema brasileiro, mas a visualidade e tradição são europeias”, explicou.

O jornalista Sergio Leo, por sua vez, diz que a semana de 1922 foi uma “aventura modernista”. Segundo ele, há quase 100 obras a serem analisadas, mas conforme ressaltou, alguns artistas foram esquecidos ao longo dos anos.


IMG_7927 (Copy)
IMG_7981 (Copy)
IMG_7985 (Copy)
IMG_7987 (Copy)
IMG_7991 (Copy)
IMG_7997 (Copy)
IMG_8012 (Copy)
IMG_8013 (Copy)
IMG_8019 (Copy)
IMG_8052 (Copy)
IMG_8062 (Copy)
IMG_8137 (Copy)
IMG_8159 (Copy)
IMG_8167 (Copy)
IMG_8198 (Copy)
IMG_8206 (Copy)
IMG_8209 (Copy)
IMG_8229 (Copy)
IMG_8267 (Copy)
IMG_8270 (Copy)
IMG_8274 (Copy)
IMG_8276 (Copy)
IMG_8278 (Copy)
IMG_8328 (Copy)
IMG_8346 (Copy)
IMG_8429 (Copy)
IMG_8349 (Copy)
IMG_8364 (Copy)
IMG_8396 (Copy)
IMG_8400 (Copy)
IMG_8406 (Copy)
IMG_8413 (Copy)
IMG_8421 (Copy)
IMG_8423 (Copy)
IMG_8432 (Copy)
IMG_8436 (Copy)
IMG_8450 (Copy)
IMG_8470 (Copy)
IMG_8477 (Copy)
IMG_8505 (Copy)
IMG_8506 (Copy)
IMG_8514 (Copy)
IMG_8519 (Copy)
IMG_8522 (Copy)
IMG_8536 (Copy)
IMG_8539 (Copy)
IMG_8546 (Copy)
IMG_8548 (Copy)
IMG_8550 (Copy)
IMG_8583 (Copy)
IMG_8609 (Copy)
IMG_8620 (Copy)
IMG_8667 (Copy)
IMG_8671 (Copy)
previous arrow
next arrow

Sobre os artistas e agitadores da semana de 100 anos atrás, Leo destaca o trabalho de Tarsila de Amaral que estava em Paris, na época, mas que se juntou ao grupo que liderou a manifestação pouco depois. “Trouxe algo ousado. Não chegava a ser revolucionário porque tentava incorporar o clássico europeu, mas a brasilidade está lá”, analisou.

O jornalista enalteceu o trabalho de Di Cavalcanti, destacando algumas características. “Mantém ligação com elementos conservadores, ideias do real e representação. É impressionista. A arte questiona o modernismo, que é a ruptura de movimentos artísticos. É a modernidade contemporânea”, afirmou Leo.

Por outro lado, o jornalista também citou o trabalho de Anita Malfatti. “Teve representação relativamente pequena. [A arte dela] sofreu críticas de Monteiro Lobato”, ponderou.

Webinário sobre Artes na Semana de 22: moderna ou conservadora?
Dia: 22/02/2022
Transmissão: a partir das 18h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira

“Cultura contrastante” marca modernismo e tropicalidade de Bye Bye Brazil

Debate quer ampliar consciência sobre livros clássicos da arquitetura moderna

‘Eles não usam black-tie’ fala da disputa de classes com força histórica

Pedra no meio do caminho, de Carlos Drummond, “simboliza transtornos”

Terra em Transe, um dos marcos do tropicalismo, é tema de webinário

“Arquiteto depende da livre disposição da força de trabalho alheio”, diz livro

Cem anos depois, pintura modernista volta às ruas de São Paulo, Brasília e Rio

Filme Homem do Pau Brasil aborda “sexo com leveza”, diz cineasta

Manuel Bandeira via poesia “nas coisas mais insignificantes”, diz professora

Adaptação do conto de Guimarães Rosa, filme remete ao sertão




Webinar debate o livro Terras do Sem-fim de Jorge Amado

O romance de 1943 escrito por Jorge Amado será analisado em evento online com transmissão pela internet

*João Vitor, da equipe FAP

Escrito por Jorge Amado em 1943, o romance Terras do Sem-fim conta “uma disputa de terra sangrenta”, como destaca a professora Margarida Patriota. Ela vai discutir a obra, nesta quinta-feira (21/10), a partir das 17 horas, em webinar da Biblioteca Salomão Malina e da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), como parte das atividades de pré-celebração do centenário da Semana de arte moderna.

Assista!



A obra será discutida pela escritora durante o evento, que será transmitido na página da biblioteca no Facebook. O público também poderá conferir o debate no portal da FAP e nas redes sociais da entidade (Facebook e Youtube).

A história do romance Terras do Sem-fim mostra como foi, no sul da Bahia, a briga por terras, a fim de transformá-las em plantações de cacau.

É um marco importante do chamado "ciclo do cacau", que ocorreu no período da história econômica do Brasil em que o país era o segundo maior produtor mundial da fruta. Atualmente, no ranking mundial, encontra-se no sétimo lugar.

O romance conta histórias dos coronéis do sul da Bahia que queriam transformar a mata de Ilhéus em uma enorme produção de cacau, mas, para isso, travaram uma intensa batalha pelas terras.

No livro, Jorge Amado aborda também a questão da política em uma cidade comandada pelo coronelismo, a violência impune, a luta pela subsistência que se entrelaça com intrigas políticas e relações amorosas e crimes passionais.

Editado pela Companhia das letras, o livro faz críticas sociais atemporais à um povo ganancioso e pouco empático. A obra tem 282 páginas, é dividida em 6 partes e virou filme no ano de 1948.

*Estagiário integrante do programa de estágios da FAP

Ciclo de Debates - O modernismo na literatura brasileira  
Webinário sobre o livro "Terras do sem-fim" - Jorge Amado
Dia: 21/10/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira

Com canções nacionais, filme Brasil Ano 2000 remete a tropicalismo

Modernismo no cinema brasileiro

Lançado há 50 anos, filme Bang Bang subverte padrões estéticos do cinema

Projeto cultural de Lina e Pietro Bardi é referência no Brasil, diz Renato Anelli

Filme Baile Perfumado é marco da “retomada” do cinema brasileiro

Romance de 30, um dos momentos mais autênticos da literatura

Com inspiração modernista, filme explora tipologia da classe média

Webinário destaca “A hora da estrela”, baseado em obra de Clarice Lispector

Obra de Oswald de Andrade foi ‘sopro de inovação’, diz Margarida Patriota

O homem de Sputnik se mantém como comédia histórica há 62 anos

‘Desenvolvimento urbano no Brasil foi para o espaço’, diz Vicente Del Rio

‘Mário de Andrade deu guinada na cultura brasileira’, diz escritora

Influenciado pelo Cinema Novo, filme relaciona conceito de antropofagia

Mesmo caindo aos pedaços, ‘quitinete é alternativa de moradia em Brasília’

‘Semana de Arte Moderna descontraiu linguagem literária’, diz escritora

‘Modernismo influenciou ethos brasileiro’, analisa Ciro Inácio Marcondes

Um dos marcos do Cinema Novo, filme Macunaíma se mantém como clássico

Filme premiado de Arnaldo Jabor retrata modernismo no cinema brasileiro