Ricardo Noblat: Rodrigo Maia contra um vice do DEM

Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, é contra a indicação de um nome do seu partido para a vaga de vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB).
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, é contra a indicação de um nome do seu partido para a vaga de vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB).

Natural. Faz parte do acordo de Alckmin com o Centrão o apoio a Maia para que se reeleja presidente da Câmara no próximo ano como ele tanto quer.

Um candidato a vice do DEM, a presidência da Câmara para o DEM… Seria colher de chá em excesso para o DEM, o que desagradaria os demais partidos do Centrão.

Alckmin quer escolher um vice o mais rápido possível. A demora só serve para desgastá-lo.

Jaques Wagner, o candidato de Lula
Por ora, ele nega para ficar a salvo de ataques

O ex-ministro de Lula e Dilma, e duas vezes governador da Bahia Jaques Wagner está pronto para ser o candidato do PT a presidente da República. Lula quer, Wagner topa, e ele só não será se até lá Lula mudar de ideia. Não parece provável.

Antes de ser encarcerado em Curitiba, Lula gravou um vídeo onde declara seu apoio a Wagner. O nome de Wagner é mais bem aceito dentro do PT do que o nome de Fernando Haddad, vice-prefeito de São Paulo, que não conseguiu se reeleger.

O marqueteiro que cuidará da campanha do candidato do PT à sucessão de Michel Temer é o mesmo que cuidou das campanhas passadas de Wagner, e também da que elegeu Rui Costa (PT) governador da Bahia, agora candidato à reeleição.

Wagner é um político que não teme correr riscos. Antes de se eleger e se reeleger governador da Bahia, havia sido candidato a prefeito de Salvador contra a vontade de Lula – perdeu. E uma vez candidato ao governo também contra a vontade de Lula – perdeu.

Na próxima semana, ele será lançado candidato ao Senado. Sua eleição é considerada certa até por seus adversários. Começará sua campanha de imediato. E aguardará a convocação para substituir Lula. Se ela não vier, tudo bem do mesmo jeito.

Seu rolo com a Lava Jato não o preocupa. Se disputar a perder a vaga de Temer, ocupará alguma secretaria de Estado no futuro governo Costa, o que lhe garantirá proteção especial da Justiça. Como senador, estará protegido da mesma maneira.

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