Qual interface do modernismo com cinema brasileiro? Veja explicação

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Cleomar Almeida, Coordenador de Publicações da FAP

Os grandes movimentos modernos do século 20, como o Tropicalismo, Concretismo e a Vanguarda Paulista, inspirados nas ideias da Semana de Arte Moderna de 1922, tiveram profunda interface com o cinema. A avaliação é do doutor em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB) Ciro Inácio Marcondes.

No artigo “A aventura modernista do cinema brasileiro”, que publicou na revista mensal Política Democrática online de junho (32ª edição), ele também observa a importância da Semana de Arte Moderna de 1922, que completará 100 anos em fevereiro do próximo ano. A publicação é produzida e editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em Brasília.

Veja a versão flip da 32ª edição da Política Democrática Online: junho de 2021

“Isso suscita diversas questões quanto ao desempenho e dispersão do nosso modernismo (e da nossa cultura moderna em geral) no contexto brasileiro, um século depois”, escreve, no artigo publicado na revista da FAP. Ele também é crítico de cinema e professor da Universidade Católica de Brasília (UCB).

Em seu artigo, ele levanta uma pergunta que chama de “intrigante”. “Por que o cinema, forma de arte então nascente e signo para o trator de linguagem e expressão da modernidade em diversos países, não foi contemplado pelos artistas do hoje mítico evento paulistano?”, questiona, no texto.

Em seguida, ele lembra que, ainda em 1924, reformulando seu primeiro manifesto, Oswald de Andrade publicaria, no poema “Falação”, o que parece uma síntese das ambições que visionaria o cinema moderno brasileiro, décadas depois: “O Carnaval, O Sertão e a Favela, Pau-Brasil, Bárbaro e nosso”.

“É verdade que nosso cinema, apesar de desprezado pela primeira intelligentsia modernista – ainda que seus recursos de montagem aparecessem na poesia de Oswald, Manuel Bandeira e Menotti Del Picchia – não deixou de absorver influência da própria estética do cinema de vanguarda internacional”, observa.

O autor do artigo cita como exemplos os filmes mudos São Paulo Sinfonia da Metrópole (Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny, 1929) e Limite (Mário Peixoto, 1931), que, segundo ele, dialogaram com o expressionismo, o impressionismo, o construtivismo, o cubismo e o dadaísmo. “Essas vanguardas transitavam com forte confluência entre artes na Europa – e o cinema era peça central delas”, diz.

Confira todos os autores da 32ª edição da revista Política Democrática Online

Para ler a íntegra do artigo “Limite chega aos 90 anos, atual e surpreendente”, basta acessar a versão flip da revista mensal da FAP.

Essa e outras discussões estão presentes no ciclo de debates “O modernismo no cinema brasileiro”, realizado de forma on-line, todas às quintas-feiras, quinzenalmente, até o aniversário da Semana de Arte Moderna, pela FAP, com a participação de Marcondes, do cineasta Vladimir Carvalho e de outros convidados.

Os internautas também podem conferir entrevista exclusiva do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e reportagem especial sobre profissionais em campo de guerra nos hospitais, diante de novas variantes do coronavírus. A publicação mensal da FAP também tem artigos sobre políticas nacional e externa, economia, meio ambiente e cinema.

Além do diretor-geral da FAP, Caetano Araújo, o escritor Francisco Almeida e o ensaísta Luiz Sérgio Henriques compõem o conselho editorial da revista.

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