Política Democrática: Em 2018, GDF tem segundo pior investimento aplicado na assistência social em 10 anos

Dados revelam desmonte das ações de atendimento à população em situação de rua e são detalhados em reportagem da revista Política Democrática de novembro.
Foto: Erivelton Viana
Foto: Erivelton Viana

Dados revelam desmonte das ações de atendimento à população em situação de rua e são detalhados em reportagem da revista Política Democrática de novembro

Por Cleomar Almeida

Histórias de pessoas em situação de rua, a forma como elas movimentam a economia marginalizada e o desmonte de políticas públicas voltadas a esse segmento da população, com redução de investimentos do Governo do Distrito Federal (GDF) na área de assistência social, são abordados em reportagem especial da edição de novembro da revista Política Democrática online. Dados obtidos pela publicação por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) mostram que o GDF voltou a diminuir as verbas efetivamente aplicadas no setor, chegando ao segundo pior índice em dez anos, atrás apenas do total aplicado em 2016.

Em formato multimídia, a reportagem relata o drama em vídeo, fotos e textos e apresenta uma arte detalhada sobre a diminuição dos investimentos e aponta que o governo não divulga dados detalhados sobre verbas aplicadas especificamente no atendimento à população em situação de rua. Histórias de vida, como as de Márcio Vinícius Peixoto (37 anos) e de Paulo Henrique dos Santos (25), que foram morar na rua depois de perderem o emprego, também levam ao internauta detalhes do drama de quem tem de se virar nas ruas na luta pela sobrevivência.

» Acesse aqui a edição de novembro da revista Política Democrática online

A reportagem lembra que a crise na área de assistência social levou os profissionais do setor deflagrarem greve de 83 dias. Eles reivindicam o pagamento do retroativo do aumento salarial previsto em lei desde 2015 e a realização de concurso público para suprir o desfalque de trabalhadores, que, segundo o Sindicato dos Servidores de Assistência Social e Cultural (Sindsasc), chega a 2.600 pessoas. O governo só prometeu lançar o edital do certame. O pessoal voltou ao trabalho por decisão judicial contrária ao movimento.

Com o título “População em Situação de Rua na Economia Marginal”, a reportagem mostra, ainda, que é crescente o número desse segmento da população no Distrito Federal. O governo informa que, no final de ano, chega a 3.500 o número de pessoas nesse quadro. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que, em 2015, em todo o país, havia 101.854 indivíduos nessa condição de desamparo e invisibilidade social, além de sugerir que esse tipo de levantamento seja incluído no Censo População de 2020.

Leia também:

» Eleição de Bolsonaro deve gerar “novo governo de transição”, diz Sérgio Abranches

» Política Democrática online de novembro repercute eleição de Bolsonaro

Privacy Preference Center