‘País vive em tempos sombrios’, alerta Martin Cezar Feijó à Política Democrática de dezembro

Revista online da FAP publica artigo do historiador afirma que teorias como a da Terra Plana estão na cabeça de alguns brasileiros.
Foto: Reprodução
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Revista online da FAP publica artigo do historiador afirma que teorias como a da Terra Plana estão na cabeça de alguns brasileiros

Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP

O historiador Martin Cezar Feijó, doutor em comunicação pela USP (Universidade de São Paulo) e professor de comunicação comparada na FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), afirma que o Brasil vive em tempos sombrios. Em artigo de sua autoria publicado na revista Política Democrática online de dezembro, ele diz que teorias sobre a Terra plana, bruxas e conspirações são alguns dos temas que permeiam a mente de alguns brasileiros em pleno século XXI.

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“Quem poderia imaginar que, em pleno século XXI, em um país moderno e democrático há mais de trinta anos, como o Brasil, com todos seus problemas de desigualdade ainda existentes, se acreditasse em Terra Plana, em bruxas e conspirações satânicas?”, questiona. “E não por pessoas comuns, que não tivessem nenhuma educação formal e responsabilidade social, mas por pessoas que ocupam cargos públicos importantes na esfera federal.”, afirma ele, na publicação produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira).

No artigo exclusivo produzido para a edição de dezembro da revista Política Democrática online, ele também afirma que a cultura é cheia de contradições. “Principalmente riscos. Mas o maior risco é o de sua instrumentalização. Seja satanizando o rock como causador de aborto e adorador do diabo, ou questionando a escolha de uma poeta para uma homenagem em um encontro literário em Parati, como o caso de Elisabeth Bishop”, observa Feijó.

Na avaliação o historiador, ambos padecem de um mal anunciado, o da confusão entre conhecimento e estética e política no sentido de partidarização e ideologia. “Claro que um caso se insere na questão de liberdade de opinião, mas o primeiro se trata de um claro posicionamento, com implicações práticas, como imposição de uma política que abre caminho para cerceamentos e censuras. O pior dos cenários, portanto”, assevera.

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