Fundação Astrojildo Pereira discute Mobilidade Urbana em Seminário

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A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) tem uma responsabilidade e tanto: fazer um trabalho à altura do nome que homenageia. Afinal de contas, trata-se de ninguém menos do que Astrojildo Pereira Duarte Silva, um dos maiores críticos literários brasileiros, especialista na obra de Machado de Assis – a quem chegou a conhecer pessoalmente – e fundador do Partido Comunista Brasileiro, do qual o PPS, responsável pela fundação, é descendente. Trata-se de um padrão mínimo que a FAP precisa seguir para que sua homenagem a “Jildo”, como era carinhosamente conhecido pelos amigos, seja plenamente válida. Homenageados geram responsabilidades.

Felizmente, com a realização do Seminário sobre Mobilidade Urbana, ocorrido em Curitiba neste dia 20 de fevereiro, a FAP reafirma que pode cumprir com esta responsabilidade. A sede paranaense foi escolhida por alguns simbolismos. A mobilidade urbana em Curitiba é há muitos anos um modelo de sistema de transporte que funciona, e realizar o seminário fora do grande eixo Rio-São Paulo-Minas também foi determinante: o PPS quer trazer as grandes discussões para o maior número de centros do país.

Representantes do partido de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Manaus, Acre, Paraná, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Pernambuco fizeram parte do Seminário. O evento apresentou idéias e alternativas para a mobilidade urbana do Brasil, que serão trabalhadas em um fórum de discussão nacional sobre o tema a realizar-se no próximo mês de março, em Vitória, no Espírito Santo.

O Seminário de Mobilidade Urbana recebeu explanações dos membros da reunião apresentando propostas, idéias, experiências de administrações e modelos de mobilidades que funcionaram em centros urbanos brasileiros. O foco das discussões foi refletir a respeito dos problemas que afetam o dia-a-dia da sociedade e como solucioná-los: a qualidade, os valores e a oferta de transportes públicos e modais de transportes alternativos.

Como disse Astrojildo Pereira, “É preciso sacudir pelas entranhas os cegos que não querem ver e os surdos que não querem ouvir. Entre outras razões, porque não queremos que o Brasil se transforme num país de mudos”. A relevância do tema impõe que as grandes entidades políticas brasileiras discutam e não se omitam em um momento de estrangulamento viário nos centros urbanos nacionais.

Por: Fábio Uequed Pitol

Fonte: perspectivaonline.com.br

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