FAO: Desastres geraram 11 bilhões de dólares de perdas na América Latina; Brasil é o principal afetado

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O estudo analisou 37 desastres naturais ocorridos em 19 países da região entre 2003 e 2013. Relatório da FAO destacou que as perdas correspondem a cerca de 3% do valor projetado de produção para o mesmo período.

Em uma década, a região da América Latina e o Caribe perdeu 11 bilhões de dólares na agricultura e pecuária devido aos desastres naturais, revelou na quinta-feira (03) a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

O estudo analisou 37 desastres naturais ocorridos em 19 países da região entre 2003 e 2013 e destacou que as perdas correspondem a cerca de 3% do valor projetado de produção para o mesmo período.

A maior parte dessas perdas ocorreu após inundações (55% do total) e, em menor medida, por estiagens e tempestades. O Brasil foi o país mais afetado devido ao tamanho da sua produção agrícola. Outros seriamente impactados foram Colômbia, México e Paraguai. O furacão Tomás que passou por Santa Lucia em 2010, por exemplo, gerou uma perda de 43,4% do PIB da nação insular, o que corresponde a nove vezes o seu PIB agrícola e a 47% da sua dívida pública externa.

Segundo o responsável de Recursos Naturais da FAO, Benjamin Kiersch, a mudança climática constitui um grande obstáculo para a erradicação da fome na região, meta assumida por todos os governos através do Plano de Segurança Alimentar, Nutrição e Erradicação da Fome da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC).

A América Latina e o Caribe tem a maior extensão de terra cultivável no mundo. Segundo o Escritório Regional da FAO, as mudanças climáticas na região vão provocar alterações nos padrões de chuvas e temperaturas, o que afetarão o rendimento de cultivos básicos. Em 2010, por exemplo, 98 dos mais importantes desastres naturais do mundo aconteceram na região.

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Fonte: nacoesunidas.org

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