“Falta de justiça social nos impede de desenvolver plenamente”, diz Raquel Dias

Gestora pública e ativista social vai discutir a identidade e o empoderamento da mulher negra em webinar
Arte: FAP
Arte: FAP

João Vitor*, da equipe da FAP

Ativista social e gestora pública, Raquel Dias, de 38 anos, afirma que a identidade e o empoderamento da mulher negra não ocorrerão sem diálogo. “A falta de justiça social é o que nos impede de nos desenvolver plenamente”, afirma. Ela é uma das quatro mulheres que participarão do evento que será realizado na sexta-feira (10/12), a partir das 17 horas, com tema sobre empoderamento e identidade da mulher negra.

Apoiada pela Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília, o webinar será transmitido ao vivo no Youtube e site da FAP, assim como na página da biblioteca no Facebook. Confirmaram presença a diretora executiva da FAP Jane Monteiro Neves, a doutora em ciências sociais Zélia Amador de Deus, a jornalista Maíra de Deus Brito e a gestora pública Raquel Nascimento Dias.

Mãe e moradora de Fortaleza (CE), Raquel se considera uma mulher negra que luta todo dia consigo mesma contra o enfraquecimento de sua raiz. “Atuo para auxiliar outras manas a acharem seus caminhos. Essa é a abordagem da minha vida”, diz a gestora.

“Qual a importância de falarmos que a vacinação é o caminho para sairmos da pandemia? Para que os negacionistas tomem a vacina e nos deixem sair dessa? É a mesma coisa para mim. Falar sobre equidade, seja em que campo for, serve para que possamos construir caminhos para chegar até ela”, explica Raquel.

Raquel diz que não há receita, pois, conforme acrescenta, quem sabe o que desperta seu empoderamento é quem está nesse processo. “Às vezes, ser mãe te enche de coragem. Às vezes, é descobrindo o caminho do amor próprio, todas as vezes envolve acreditar em si. Mas ainda não sei bem, ainda estou no caminho”, conta.

Ela trabalha na Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação da Prefeitura de Fortaleza. É secretária executiva no grupo de trabalho com religiosos de matriz africana no Ministério Público do Trabalho (MPT) e atua na área técnica da plataforma educacional àwúre educa.

“Tento equilibrar tudo isso com ser mãe de uma menina negra de 7 anos com 2 anos de pandemia no meio”, diz Raquel.

*Estagiário integrante do programa de estágios da FAP, sob supervisão do jornalista Cleomar Almeida

Webinar sobre identidade e empoderamento da mulher negra
Dia:
10/12/2021
Horário da transmissão: 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira

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