Defesa da democracia deve ser objetivo maior dos partidos, diz revista da FAP

Publicação mensal da Fundação Astrojildo Pereira diz que “2022 se apresenta como um ano difícil” para o governo
Foto: Pedro França / Agência Senado
Foto: Pedro França / Agência Senado

Publicação mensal da Fundação Astrojildo Pereira diz que “2022 se apresenta como um ano difícil” para o governo

 Cleomar Almeida, da equipe da FAP

É preciso “articular e consolidar, ao longo do ano, principalmente no período da campanha, os objetivos eleitorais específicos de cada partido e coligação com o objetivo maior e permanente de defesa do estado democrático de direito”. O alerta é do editorial da revista Política Democrática online de novembro, produzida e editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em Brasília.

Todo o conteúdo da revista pode ser acessado, gratuitamente, na versão flip, no portal da fundação. O editorial lembra que resta menos de um ano para o segundo turno das eleições de 2022.  “A perspectiva das eleições já domina o cenário político e a cada mês ocupará fatia maior das preocupações e projetos de todos os atores”, diz um trecho.

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No plano mais geral, segundo a 37ª edição da revista, a conjuntura no último ano do mandato presidencial parece marcada pela estabilização e relativo sucesso do pacto firmado entre o Presidente e a maioria da Câmara dos Deputados, dividida entre governistas convictos e ocasionais, radicais e Centrão.

“No fundo, uma barganha simples, mas eficaz: recuo no discurso e nas manifestações golpistas, contra a garantia da continuidade do mandato. Nem golpe, nem impeachment”, afirma a publicação.

De acordo com a revista, é difícil mensurar hoje os custos presentes e futuros da condescendência com um governo inaceitável, sob qualquer perspectiva. “Mas em algum momento, o ônus da reconstrução do país, em termos econômicos, institucionais, políticos e culturais, terá de ser enfrentado”, afirma.

Na perspectiva do governo, segundo o editorial, 2022 se apresenta como um ano difícil. “Apesar do arrefecimento esperado da pandemia, as consequências dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito se farão presentes. Simultaneamente, tudo aponta para o agravamento do quadro econômico, ou seja, estagnação com inflação, desemprego e pauperização da população”, pondera.

O vetor resultante é uma perspectiva eleitoral precária, alimentada apenas pela expectativa dos erros dos adversários, de acordo com a publicação. “Para a base parlamentar do governo, a incerteza é ainda maior. Deputados federais enfrentarão uma eleição na qual os ventos da opinião pública já mudaram de direção”, acrescenta.

“O viés para a direita, dominante em 2018, cedeu lugar, ao que tudo indica, à inflexão para o centro e para a esquerda”, diz, para emendar: “Além disso, deputados federais eleitos por um sistema eleitoral personalista perderam, com a mudança da regra, uma de suas muletas: a livre coligação entre partidos, mecanismo de distorção do sistema proporcional e de incentivo à irresponsabilidade dos mandatários”.

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A íntegra do editorial está disponível na versão flip da revista. A nova edição da revista da FAP também tem reportagem especial sobre as novas composições familiares, além de artigos sobre economia, cultura e política.

Compõem o conselho editorial da revista o diretor-geral da FAP, sociólogo e consultor do Senado, Caetano Araújo, o jornalista e escritor Francisco Almeida e o tradutor e ensaísta Luiz Sérgio Henriques. A Política Democrática online é dirigida pelo embaixador aposentado André Amado.

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