‘Brasil é destaque entre países com respostas tardias e insuficientes à pandemia’

Em artigo publicado na Política Democrática Online, Lígia Bahia e Mario Scheffer analisam comportamento do governo brasileiro na crise sanitária global.
Foto: Alex Pazuello/Semcom
Foto: Alex Pazuello/Semcom

Em artigo publicado na Política Democrática Online, Lígia Bahia e Mario Scheffer analisam comportamento do governo brasileiro na crise sanitária global

Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP

Promessas não cumpridas, omissões e o reconhecimento da indisponibilidade de insumos estratégicos para o SUS (Sistema Único de Saúde) têm marcado a gestão do governo federal no combate à pandemia do coronavírus. A análise é da médica e professora adjunta da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Lígia Bahia e do professor do DMP (Departamento de Medicina Preventiva) da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP) Mario Scheffer, em artigo que produziram, conjuntamente, para a revista Política Democrática Online de novembro.

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A publicação é produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), sediada em Brasília e vinculada ao Cidadania. Todos os conteúdos da revista podem ser acessados, gratuitamente, no site da entidade. “A pandemia da Covid-19 e seus trágicos desdobramentos sanitários, políticos e econômicos concederam ao Brasil lugar destacado entre os países com respostas tardias e insuficientes à prevenção de casos e óbitos”, criticam os autores do artigo.

Lígia e Scheffer destacam que a demora e a desproporção entre a quantidade de recursos para rastreamento e tratamento de pacientes mobilizados e a magnitude da epidemia passaram a ser um problema em si. “Entre fevereiro e agosto de 2020, houve nítida mudança no conteúdo de pronunciamentos governamentais. No primeiro semestre, a preocupação com a ‘falta’ de leitos, equipamentos e testes competiu com debates em torno do uso ou não da cloroquina”, lamentam.

Em seguida, de acordo com os autores, o foco das atenções convergiu para o auxílio emergencial e para a abertura das atividades econômicas. Em maio de 2020, conforme eles lembram, três meses após o governo federal ter declarado o estado de emergência em saúde pública no Brasil, o SUS, os profissionais da saúde e a população diretamente afetada pela Covid-19 ainda conviviam, em muitas cidades, com problemas. “Grave insuficiência de leitos de internação, falta de médicos e de equipamentos de proteção individual para profissionais de saúde, assim como era precário o fornecimento de ventiladores e kits de testes diagnósticos”, afirmam.

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