Bolsonaro para Alckmin no Planalto: ‘Nos livre do comunismo’

No fim da conversa com vice eleito, presidente mostrou que continua assombrado por falsas ameaças
Vice-presidente eleito Geraldo Alckmin em coletivo de imprensa no Palácio do Planalto | Foto: Gabriela Biló /Folhapress
Vice-presidente eleito Geraldo Alckmin em coletivo de imprensa no Palácio do Planalto | Foto: Gabriela Biló /Folhapress

Folha UOL*

No fim da breve conversa que teve com Geraldo Alckmin (PSB), na semana passada, Jair Bolsonaro (PL) mostrou que continua assombrado por falsas ameaças.

Alckmin contou a aliados que, já na porta do gabinete presidencial, Bolsonaro agarrou seu braço e disse: “Por favor, nos livre do comunismo”.

O vice-presidente eleito fez o relato a pelo menos três pessoas que estiveram com ele nos últimos dias. A frase de Bolsonaro variou em cada reprodução feita por Alckmin, mas todas as versões falavam de uma necessidade de proteger o país de um fantasma que não está no horizonte.

Alckmin demonstrou ter achado graça no episódio. O ex-governador paulista fez carreira no PSDB como um político de centro-direita e nunca ligou Lula a uma ameaça comunista, mesmo quando os dois eram adversários. Agora, ele se tornou o símbolo de uma caminhada do petista em direção ao centro.

Na conversa com Bolsonaro, também chamou a atenção de Alckmin a decoração do gabinete presidencial. Ele disse a aliados que, assim que entrou na sala, viu pendurado um enorme lençol com um escudo do Palmeiras.

O encontro entre Alckmin e Bolsonaro, na última quinta-feira (3), não estava previsto. O vice-presidente eleito saía de uma reunião com o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil) quando foi chamado por um assessor do presidente para subir ao gabinete.

Texto publicado originalmente no portal Folha UOL.

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