Alta do dólar é ponta de iceberg, afirma Luiz Paulo Vellozo Lucas

Em artigo publicado na revista Política Democrática Online, analista diz que Trump é líder que surfa.
Official White House Photo by D. Myles Cullen
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Em artigo publicado na revista Política Democrática Online, analista diz que Trump é líder que surfa

Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP

Num mundo em que existe liquidez mais de dez vezes maior que ativos reais medidos pela métrica do PIB e o valor destes flutua de acordo com a confiança da população, o pânico da bolsa e a alta do dólar são apenas a ponta do iceberg. A avaliação é do engenheiro e mestrando em Desenvolvimento Sustentável pela UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) Luiz Paulo Vellozo Lucas, em artigo que produziu para a 17ª edição da revista Política Democrática Online. A publicação é produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), que disponibiliza todos os conteúdos, gratuitamente, em seu site.

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“A crise deflagrada pela pandemia do coronavírus está apenas começando e pode evoluir na direção de um colapso das instituições internacionais de tal proporção que exija novo Bretton Woods’, afirma Lucas. Ele também é ex-prefeito de Vitória e ex-deputado federal pelo Espírito Santo.

De acordo com o artigo publicado na revista Política Democrática Online, não é certo que a ação coordenada dos principais bancos centrais do mundo, liderados pelo Fed, possa conter o pânico dos mercados, como ocorreu com a crise de 2008, detonada pelo mercado imobiliário subprime americano. “Até porque Trump é um líder que surfa, se elege e governa na onda de desconfiança nas instituições causada pela interferência das fake news na política e na economia, que também atingiu o Brasil na eleição de Bolsonaro”, observa o engenheiro.

Segundo o analista, todos achavam que viria uma recuperação cíclica até porque a agenda das reformas liberais possui apoio e uma torcida ativa bem mais ampla que os fanáticos seguidores do presidente. “Em meados do ano passado, algumas vozes já se ouviam alertando para a crença excessiva no ímpeto dinâmico do setor privado, que haveria de investir pesado, confiante na solvência fiscal do país, empurrado por juros baixos e o compromisso fiscalista do governo e da equipe econômica de Paulo Guedes”, disse ele, no artigo.

A crise do orçamento impositivo, de acordo com Lucas, mostra como o debate sobre a reforma do Estado está interditado. “A disputa política se resume a uma briga de rua pela captura de espaços de poder na máquina pública, cargos e controle de órgãos e, principalmente, pelo dinheiro do orçamento”, afirma, para acrescentar. “A agenda das reformas, sempre apresentada setorialmente em ‘caixinhas’, fica como uma fraca luz no fim do túnel selvagem da operação no dia a dia da economia e da política, sem projeto nacional”.

 

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